[ANPPOM-L] Notícia: UFPB

[Felipe Avellar de Aquino]

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                        2006-11-27 - 22:23:16 
                        Fonte: Agência de Notícias - Évellin Costa e Silva - estagiária  
                        UFPB não revalida diplomas de instituições de ensino superior não reconhecidas pelo MEC 


                       
                        Na última terça-feira (21), durante o III Fórum Educacional do Mercosul que ocorreu na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a diretora do Instituto Internacional para a Educação Superior na América-Latina e Caribe (Iesalc), Ana Lúcia Gazolla, condenou os cursos superiores de baixa qualidade - o que ela chama de "enlatados educacionais" - oferecidos por instituições de ensino estrangeiras que fazem da oferta de diplomas uma verdadeira fonte de renda. 

                        Embora seja favorável à integração educacional entre os países da América Latina, a diretora alerta para a necessidade de uma rigorosa fiscalização dos cursos de ensino superior e apresenta a multiplicação destes cursos como uma nova forma de colonização imposta pelos países desenvolvidos. Ela acredita que estes cursos sejam enganosos por não proporcionarem uma formação adequada, já que são muito rápidos e não têm vínculos com os modelos necessários da história, trajetória e evolução de cada sociedade. 

                        Para Gazolla, a internacionalização da educação superior só é aceitável se acompanhada de critérios que protejam a diversidade cultural dos países e que encarem a educação como um bem público e um direito social universal.

                        Como forma de inibir a criação de novos cursos no Brasil por aquelas instituições, em abril de 2001, o Ministério da Educação (MEC) baixou uma resolução que considerava ilegais todos os cursos de ensino superior não-credenciados. Seriam acobertadas, entretanto, todas as pessoas que já tinham concluído o curso ou aqueles que estavam em andamento. O MEC solicitou que todos aqueles que se encontrassem nessa situação, enviassem sua documentação juntamente com os programas da graduação para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para que seus diplomas fossem revalidados. A medida, entretanto, surpreendeu a CAPES, que recebeu cerca de 8.600 processos e, sem condições de atendê-los, foi obrigada a encaminhá-los às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) para que estas efetuassem o processo de revalidação.

                        Não obstante as medidas tomadas pelo MEC para sanar os prejuízos causados pela criação de cursos não-reconhecidos, muitas instituições continuam com a prática ilegal e iludem o alunado, fazendo-o acreditar que algumas IFES efetuam a revalidação. Segundo o Coordenador de Pós-Graduação, professor Newton César, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) tem sido alvo desses boatos e frisa que a instituição não concorda e, portanto, não realiza este tipo de acordo com essas instituições. 


                       
                          
                          
                 
                    
            
                 
                 
                 
           
              
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