From alux em sigmanet.com.br Fri Jun 1 11:29:19 2007 From: alux em sigmanet.com.br (MLuciAlex) Date: Fri, 1 Jun 2007 11:29:19 -0300 (Hora oficial do Brasil) Subject: [ANPPOM-L] Revista Opus Message-ID: <46602D3F.00000C.01952@ALEX> Caros associados da ANPPOM, Esta é a chamada de trabalhos para a revista OPUS n. 13, publicação anual da ANPPOM. Estará aberta de 01/06 a 31/07/07. As normas para publicação estão no site www.anppom.com.br Os trabalhos poderão ser enviados nos seguintes endereços: alux em sigmanet.com.br ou akayama em iar.unicamp.br Informamos ainda que a OPUS n. 12. (2006) foi publicada no site, bem como demais números sob nossa responsabilidade de edição. Os números 9. 10. e 11. (1) também estão no formato impresso. Cordial abraço, Maria Lúcia Pascoal Editora da OPUS ANPPOM/UNICAMP -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: faint_grain.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 1458 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: imstp_pets_cat1_pt.gif Tipo: image/gif Tamanho: 37170 bytes Descrição: não disponível URL: From palombini em terra.com.br Fri Jun 1 21:01:50 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 01 Jun 2007 21:01:50 -0300 Subject: [ANPPOM-L] International Music Score Library Project Message-ID: <4660B36E.4000904@terra.com.br> O IMSLP tenta criar uma biblioteca virtual que contenha todas as partituras de domínio público, bem como partituras de compositores que desejem compartilhar suas músicas com o mundo gratuitamente. Você pode ler a lista completa de objetivos que o IMSLP tentará alcançar. http://imslp.org/wiki/P%C3%A1gina_principal_%28pt%29 O IMSLP também encoraja a troca de idéias musicais, tanto na criação de trabalhos musicais quanto na análise de trabalhos existentes. Por isso, sinta-se à vontade para criar/editar uma página com sua análise de uma peça particular (Favor usar o link "Discussão" na página de trabalhos daquela peça em particular). Na rubrica "Scriabin", por exemplo, encontram-se disponíveis para dowmload A * Allegro appassionato (Scriabin, Alexander) E * Etudes, Op.8 (Scriabin, Alexander) * Etudes, Op.42 (Scriabin, Alexander) * 3 Etudes, Op.65 (Scriabin, Alexander) F * Fantasie Op. 28 (Scriabin, Alexander) M * Mazurka, Op.3 No.9 (Scriabin, Alexander) * 2 Mazurkas Op.40 (Scriabin, Alexander) * 10 Mazurkas, Op 3. (Scriabin, Alexander) P * Piano Concerto, Op. 20 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.1, Op. 6 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.2, Op.19 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.3, Op.23 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.4, Op.30 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.5, Op.53 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.6, Op.62 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.7, Op.64 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.8, Op.66 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.9, Op.68 (Scriabin, Alexander) * Piano Sonata No.10, Op.70 (Scriabin, Alexander) * Three Pieces, Op.2 (Scriabin, Alexander) * Three Pieces, Op.49 (Scriabin, Alexander) * Four Pieces, Op.56 (Scriabin, Alexander) * Poème Satanique, Op.36 (Scriabin, Alexander) * Poème Tragique, Op.34 (Scriabin, Alexander) * Poème de l'extase, Op. 54 (Scriabin, Alexander) * Poèmes, Op.32 (Scriabin, Alexander) * 24 Preludes, Op. 11 (Scriabin, Alexander) * Preludes, Op. 74 (Scriabin, Alexander) * Préludes, Op.16 (Scriabin, Alexander) Q * Quasi valse, Op. 47 (Scriabin, Alexander) S * Symphony No. 5, 'Prometheus, Poem of Fire'. Op.60 (Scriabin, Alexander) T * Tempo di Ballo (Scriabin, Alexander) V * Vers la Flamme, Op. 72 (Scriabin, Alexander) --- cvp From rodcv em acd.ufrj.br Fri Jun 1 21:10:24 2007 From: rodcv em acd.ufrj.br (Rodrigo Cicchelli Velloso) Date: Fri, 1 Jun 2007 21:10:24 -0300 Subject: [ANPPOM-L] workshop gmem Message-ID: <002901c7a4aa$70edb290$36a205c9@RODRIGO> Olá, Muito obrigado por sua mensagem e por seu interesse no Workshop GMEM. Caso queira solicitar sua inscrição no workshop, pedimos que envie mensagem para arcos2 em oi.com.br até o dia 2 de junho de 2007 com as seguintes informações: Nome completo: Atividade principal: Local de trabalho/estudo: Formação: Experiência com informática musical: Telefone: Email: Entraremos em contato em breve com a resposta a sua solicitação. Atenciosamente, Equipe de Organização do Workshop GMEM -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rodcv em acd.ufrj.br Fri Jun 1 21:17:12 2007 From: rodcv em acd.ufrj.br (Rodrigo Cicchelli Velloso) Date: Fri, 1 Jun 2007 21:17:12 -0300 Subject: [ANPPOM-L] workshop gmem References: <002901c7a4aa$70edb290$36a205c9@RODRIGO> Message-ID: <004c01c7a4ab$61202d10$36a205c9@RODRIGO> Olá, Mil perdões pelo envio equivocado desta mensagem à lista da Anppom. Atenciosamente, RCV ----- Original Message ----- From: Rodrigo Cicchelli Velloso To: anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Friday, June 01, 2007 9:10 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] workshop gmem Olá, Muito obrigado por sua mensagem e por seu interesse no Workshop GMEM. Caso queira solicitar sua inscrição no workshop, pedimos que envie mensagem para arcos2 em oi.com.br até o dia 2 de junho de 2007 com as seguintes informações: Nome completo: Atividade principal: Local de trabalho/estudo: Formação: Experiência com informática musical: Telefone: Email: Entraremos em contato em breve com a resposta a sua solicitação. Atenciosamente, Equipe de Organização do Workshop GMEM ------------------------------------------------------------------------------ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From psotuyo em ufba.br Sat Jun 2 11:35:17 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Sat, 2 Jun 2007 11:35:17 -0300 Subject: [ANPPOM-L] ENC: Acerca das normas e modelos do XVII Congresso... Message-ID: Prezados Srs. da Comissão Organizadora do XVII Congresso da ANPPOM, Estou re-enviando e-mail de dois dias atrás por acreditar que se trata de dúvida pertinente e relevante para todos os interessados em participar do processo de submissão e avaliação do mais importante congresso brasileiro na área de música. Muito atenciosamente, ====================================== Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco Programa de Pós-Graduação em Música Escola de Música Universidade Federal da Bahia ====================================== e-mailto: psotuyo em ufba.br homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ ====================================== -----Mensagem original----- De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br [mailto:anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Pablo Sotuyo Blanco Enviada em: quinta-feira, 31 de maio de 2007 08:41 Para: ANPPOM-L Assunto: [ANPPOM-L] Acerca das normas e modelos do XVII Congresso... Prezada Profa. Dorotéa Kerr, Segundo consta no novo site do XVII Congresso da ANPPOM, as normas para submissão de trabalhos não concordam com o modelo .doc disponibilizado (nem no tamanho de folha, nem nas margens... etc.). Gostaria de saber a qual dos dois deveríamos nos restringir... Ou o modelo disponibilizado é apenas para a formatação final dos trabalhos aprovados? Outrossim, a indicação de autoria em página aparte deve ser no mesmo documento eletrônico (com quebra de página) ou essa página deve constituir um novo documento eletrônico .doc ou .rtf? Atenciosamente, ====================================== Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco Programa de Pós-Graduação em Música Escola de Música Universidade Federal da Bahia ====================================== e-mailto: psotuyo em ufba.br homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ ====================================== ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From lucianocaroso em gmail.com Sat Jun 2 18:03:11 2007 From: lucianocaroso em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Luciano_Car=F4so?=) Date: Sat, 2 Jun 2007 18:03:11 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Acerca das normas e modelos do XVII Congresso... In-Reply-To: References: Message-ID: À Comissão organizadora do XVII congresso: As dúvidas do Prf. Pablo Sotuyo também são minhas. Ficaria muito agradecido com a sua resposta às questões dele. Atenciosamente, Luciano Carôso Doutorando em Etnomusicologia PPGMUS - UFBA Em 02/06/07, Pablo Sotuyo Blanco escreveu: > > Prezados Srs. da Comissão Organizadora do XVII Congresso da ANPPOM, > Estou re-enviando e-mail de dois dias atrás por acreditar que se trata de > dúvida pertinente e relevante para todos os interessados em participar do > processo de submissão e avaliação do mais importante congresso brasileiro > na > área de música. > Muito atenciosamente, > > ====================================== > Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco > Programa de Pós-Graduação em Música > Escola de Música > Universidade Federal da Bahia > ====================================== > e-mailto: psotuyo em ufba.br > homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ > ====================================== > > -----Mensagem original----- > De: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br > [mailto: anppom-l-bounces em iar.unicamp.br]Em nome de Pablo Sotuyo Blanco > Enviada em: quinta-feira, 31 de maio de 2007 08:41 > Para: ANPPOM-L > Assunto: [ANPPOM-L] Acerca das normas e modelos do XVII Congresso... > > > Prezada Profa. Dorotéa Kerr, > Segundo consta no novo site do XVII Congresso da ANPPOM, as normas para > submissão de trabalhos não concordam com o modelo .doc disponibilizado > (nem > no tamanho de folha, nem nas margens... etc.). > Gostaria de saber a qual dos dois deveríamos nos restringir... Ou o modelo > disponibilizado é apenas para a formatação final dos trabalhos aprovados? > Outrossim, a indicação de autoria em página aparte deve ser no mesmo > documento eletrônico (com quebra de página) ou essa página deve constituir > um novo documento eletrônico .doc ou .rtf? > > Atenciosamente, > > ====================================== > Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco > Programa de Pós-Graduação em Música > Escola de Música > Universidade Federal da Bahia > ====================================== > e-mailto: psotuyo em ufba.br > homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ > ====================================== > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Sun Jun 3 10:27:19 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Sun, 03 Jun 2007 10:27:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! Message-ID: <4662C1B7.5070708@terra.com.br> O Youtube é muito bom: encontram-se lá desde a execução de obras de Xenakis ou _Vingt regards_ de Messiaen até um outro tipo de obra-prima. [quem não gostar de funk carioca, por favor, não leia o que se segue] A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si só, uma das coisas mais engraçadas da web: www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE O DJ Raphael Mendes fez o que precisava ser feito: transformou a aula de sexo anal do SBT num funk que é uma das coisas mais engraçadas do funk: www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da sexóloga. Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal", que contém apenas --- e contém muito menos do que --- a professora disse, vc necessita concordar que: "This video may contain content that is inappropriate for some users, as flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you are agreeing that all videos flagged by the YouTube community will be viewable by this account." A quem quiser experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de estudos preliminares. -- cvp From sbrandao em nyc.rr.com Sun Jun 3 11:55:40 2007 From: sbrandao em nyc.rr.com (Stela Brandao) Date: Sun, 3 Jun 2007 10:55:40 -0400 Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! References: <4662C1B7.5070708@terra.com.br> Message-ID: <001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP> Que lamentável tudo isto! Muito mais lamentável ainda ser a lista da ANPPOM veículo de propagação de coisa desse gênero, dessa crescente degeneração da cultura popular facilitada e promovida pelos veículos de comunicação em massa. É mesmo para baixar de vez o nível do pensamento do povo, que já tinha uma concentração pélvica de proporção mais do que exagerada, patológica até, para rebaixá-la ainda mais ao cano de esgoto. As pessoas não precisam desse tipo de aula. O sexo está sendo instrumento de bestialização da humanidade em geral e do Brasil muito em particular. Seria interessante lembrar que nós, seres humanos, temos outros centros para onde fazer ascender a energia criativa gerada no chacra básico onde se encontram nossos órgãos genitais. Toda essa vulgaridade está íntimamente ligada à cultura da violência (as letras do "Funk" bem o demostram), à exacerbação fálica da pior espécia, negando ao homem a possibilidade de nobreza e auto-domínio e reduzindo a mulher ao seu pior papel de servilismo sexual; à exaltação da libidinagem como um valor supostamente ligado à liberdade individual, quanto mais degradante melhor, reduzindo a libido, ou energia criativa, a um brinquedo perigoso de mentes incultas e ignorantes. Isto tudo não tem nada a ver com Arte, com liberdade, com cultura! Se é cultura, eu abomino essa cultura e conclamaria os jovens a educarem o seu pensamento e a impulsionarem sua energia vital em outras direções de verdadeiro significado e auto-conhecimento para a edificação da cultura de seu país. Se há algum mérito em expôr tais baixarias na TV, Internet, etc., que seja para acender um debate sobre os rumos da cultura popular e da educação atual e avaliar os seus efeitos na consciência de uma sociedade, de um povo. Stela Brandão, EdD ----- Original Message ----- From: "carlos palombini" To: "ANPPOM" Cc: "Leonardo Aldrovandi" ; Sent: Sunday, June 03, 2007 9:27 AM Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! O Youtube é muito bom: encontram-se lá desde a execução de obras de Xenakis ou _Vingt regards_ de Messiaen até um outro tipo de obra-prima. [quem não gostar de funk carioca, por favor, não leia o que se segue] A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si só, uma das coisas mais engraçadas da web: www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE O DJ Raphael Mendes fez o que precisava ser feito: transformou a aula de sexo anal do SBT num funk que é uma das coisas mais engraçadas do funk: www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da sexóloga. Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal", que contém apenas --- e contém muito menos do que --- a professora disse, vc necessita concordar que: "This video may contain content that is inappropriate for some users, as flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you are agreeing that all videos flagged by the YouTube community will be viewable by this account." A quem quiser experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de estudos preliminares. -- cvp ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From rrrr em usp.br Sun Jun 3 13:07:36 2007 From: rrrr em usp.br (rrrr em usp.br) Date: Sun, 03 Jun 2007 13:07:36 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! In-Reply-To: <001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP> References: <4662C1B7.5070708@terra.com.br> <001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP> Message-ID: <1180886856.4662e748edd74@webmail.usp.br> profa. Stela Brandão (EdD), receba aqui toda minha solidariedade por suas sábias palavras, pois sua indignação é a mais legítima, e, se me permite ainda, seu espanto é aquela reação essencial presente em todo bem-pensar... hoje em dia - com a ditadura da opinião pública e as distorções do politicamente correto que fala até em nome de supostas minorias - já se perdeu a competência de se espantar, uma vez que tudo se banaliza, as relações humanas, a criatividade artística, os pensamentos, uma existência já sem "Dasein"... só acho que está na hora (e já escrevi isto mais de uma vez aqui nestas listinhas da ANPPOM) de separarmos este "Universo Mediano" (mediano de "media" ou mídia, do meio, da mediocridade, da Indústria Cultural, da Cultura de Massa, da meio-música, da meia-arte, de uma escuta fragmentada e diluída típica do ser humano ausente mesmo presente, enfim, de um "logos" poluído audio-visualmente que completa as outras poluições físicas do mundo em nossos tempos), de separarmos toda esta brutalidade de sistema, do que possa ser "cultura popular", já que as expressões artísticas oriundas de tradições populares ou de comunidades específicas nada têm a ver com este marketing multinacional, globalizado e agressivo de artigos produzidos em série enquanto fonogramas descartáveis, tecnologicamente mesquinhos, eficientes só na manipulação de uma massa de consumidores que está há muito empanzinada como o gado... atenciosamente, Prof. Rubens Ricciardi - titular da USP Citando Stela Brandao : > Que lamentável tudo isto! Muito mais lamentável ainda ser a lista da ANPPOM > veículo de propagação de coisa desse gênero, dessa crescente degeneração da > > cultura popular facilitada e promovida pelos veículos de comunicação em > massa. É mesmo para baixar de vez o nível do pensamento do povo, que já > tinha uma concentração pélvica de proporção mais do que exagerada, > patológica até, para rebaixá-la ainda mais ao cano de esgoto. As pessoas > não precisam desse tipo de aula. O sexo está sendo instrumento de > bestialização da humanidade em geral e do Brasil muito em particular. Seria > > interessante lembrar que nós, seres humanos, temos outros centros para onde > fazer ascender a energia criativa gerada no chacra básico onde se encontram > nossos órgãos genitais. Toda essa vulgaridade está íntimamente ligada à > cultura da violência (as letras do "Funk" bem o demostram), à exacerbação > fálica da pior espécia, negando ao homem a possibilidade de nobreza e > auto-domínio e reduzindo a mulher ao seu pior papel de servilismo sexual; à > > exaltação da libidinagem como um valor supostamente ligado à liberdade > individual, quanto mais degradante melhor, reduzindo a libido, ou energia > criativa, a um brinquedo perigoso de mentes incultas e ignorantes. Isto tudo > > não tem nada a ver com Arte, com liberdade, com cultura! Se é cultura, eu > abomino essa cultura e conclamaria os jovens a educarem o seu pensamento e > a impulsionarem sua energia vital em outras direções de verdadeiro > significado e auto-conhecimento para a edificação da cultura de seu país. > Se há algum mérito em expôr tais baixarias na TV, Internet, etc., que seja > para acender um debate sobre os rumos da cultura popular e da educação atual > > e avaliar os seus efeitos na consciência de uma sociedade, de um povo. > Stela Brandão, EdD > > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "ANPPOM" > Cc: "Leonardo Aldrovandi" ; > > Sent: Sunday, June 03, 2007 9:27 AM > Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! > > > > O Youtube é muito bom: encontram-se lá desde a execução de obras de > Xenakis ou _Vingt regards_ de Messiaen até um outro tipo de obra-prima. > > [quem não gostar de funk carioca, por favor, não leia o que se segue] > > A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si só, uma das > coisas mais engraçadas da web: > > www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE > > O DJ Raphael Mendes fez o que precisava ser feito: transformou a aula de > sexo anal do SBT num funk que é uma das coisas mais engraçadas do funk: > > www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk > > Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da sexóloga. > Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal", que contém apenas > --- e contém muito menos do que --- a professora disse, vc necessita > concordar que: > > "This video may contain content that is inappropriate for some users, as > flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you are > agreeing that all videos flagged by the YouTube community will be > viewable by this account." > > A quem quiser experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de estudos > preliminares. > > -- > cvp > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > From sandramontreal em hotmail.com Sun Jun 3 13:15:46 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sun, 03 Jun 2007 13:15:46 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! In-Reply-To: <001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Sun Jun 3 15:18:18 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Sun, 3 Jun 2007 15:18:18 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! In-Reply-To: <001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP> References: <4662C1B7.5070708@terra.com.br> <001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP> Message-ID: <1589EE42-4881-4B65-A3ED-DA008FF687D4@yahoo.com.br> Prezada Stela e colegas, Acho que ficou claro que o Palombini quis destacar a clareza do preconceito à música funk, evidenciando os avisos destinados a seus ouvintes que não surgiam para o acesso ao material equivalente que o gerou, e não divulgar materiais pornográficos. Talvez pudesse ter deixado isso mais claro, mas talvez tenha imaginado que seria esse o olhar que prevaleceria. Apesar de também ser parcialmente indignado com a carência melódica, harmônica e rítmica do "funk marginal" (se é que tal conceito é válido, mas aqui uso apenas para diferenciá-lo de suas variações mais bem aceitas pela casta crítica, como James Brown, Tim Maia ou Fernanda Abreu), nas raras em que identificamos tais elementos, não podemos deixar de observá-lo - e admiti-lo - como manifestação legítima, originária de um grupo social bem definido, que assim se mostra capaz de encontrar na vastidão desse vazio educacional a que é relegado, essas duas ou três ferramentas com as quais grita, existe, cria identidade própria e experimenta uma fração mínima da auto- estima que lhe é permitida por sua desgraça, com a qual lida sem que lhe permitam sequer drogar-se, como se aplica morfina aos enfermos com dores extremas. Se tivemos a melhor educação pré-escolar, eles tiveram valas negras para brincar, e baixar os olhos e mudar de assunto não ajuda a melhorar o conteúdo da internet. Seus "manipuladores" são empresários tão gananciosos quanto os mais pródigos empreiteiros, mas com formação equivalente aos da música que promovem, são incapazes de nos distrair de modo a tornarem-se aceitáveis, e 15 minutos de conversa com os administradores do conglomerado Furacão 2000 eliminam qualquer dúvida. Por qualquer definição isenta em que se apóie, não há como excluir tais manifestações do conceito de cultura popular apenas por haver exploradores de sua difusão, sob pena de condenarmos também as rendeiras do Ceará, o artesanato de Pernambuco e outras manifestações inquestionáveis que, integradas a um sistema que não abre exceções românticas, condena indiscriminadamente à miséria ou ao dinheiro e o mercado da esquina. Talvez seja necessário refletir sobre a dor de perceber tantas características desconfortáveis no funk marginal. Não sou pesquisador do tema, e devo estar aglutinando subdivisões, estilos e tendências diversas que integram uma classe específica de produtos, mas capitulemos ao fato de que são oferecidos e consumidos de forma muito semelhante aos produtos culturais "legitimados" por nossa elite pós-graduada. O arrombamento de tradições locais pela difusão indiscriminada da cultura do Alto Leblon através das novelas da Globo é pornografia pura; a passividade com que nos mantemos ignorantes e assistimos o ECAD funcionar para a cupidez de seus controladores, sem qualquer fiscalização pública, é pornográfica, imoral e vergonhosa; o lucro do Bradesco (apenas um dentre os 20 bancos enormes) apenas no 1º trimestre de 2007, é escatológico, rendendo R$ 19 mil por DIA a quem detenha reles 0,1% de suas ações. Mas a meia-dúzia de centros- culturais com que conseguem tornar decente esse estupro são usufruídos por quem irá rejeitar as manifestações do grupo de degradados que, ingênuos e servis como a mulher que descreve, alimentam cada centavo dessa pedofilia pública. Fazem isso ao arcar religiosamente com juros criminosos praticados pelos atravessadores das migalhas eletrodomésticas com que nos sentimos atenuando o abismo dessas diferenças. Então, com suas migalhas, patrocinam as nossas orquestras, as novelas da Globo, "viabilizam os seus sonhos" e fica tudo certo. Se pagarmos melhor à nossa empregada doméstica, não sobrará para a viagem à Paris, e ainda é comum exigir-lhes, nas mais imaculadas famílias, que não estudem, para elidir suas já remotas chances de galgar ascenção social. E temos a cara-de-pau de não lembrar o nome do picareta em quem votamos, de torcer o nariz para quem reclama das coisas no restaurante, em apontar arrogância nos que buscam aprimorar a comunicação com melhor vocabulário. Chique é não precisar: que loucura! Imagino que a origem de sua indignação se remeta muito mais à culpa - que não nos permitimos sentir - ao tolerar essas pornografias mais graves, malgrado plenamente abastecidos com conceitos ampliados pelo conhecimento de línguas e linguagens, com as quais refinamos o humor em rodas de chá importado antes do concerto no Municipal, comprado com dinheiro que tantos privilégios reduziram a chance de não tê-lo. Temos todas as ferramentas para censurar tantas pornografias, mas os depravados são tão competentes que conquistaram - não sem a colaboração de um certo medo cívico nascido nos anos de chumbo - o nosso constrangimento até para falar dela, quiçá para implementá-la. Penso que, enquanto mantivermos o olhar insular, e olharmos os funkeiros como os "outros", invasores de nosso castelo de cultura ocidental européia, só teremos deles melodias assim tão simples, com conteúdos assim tão primários, quando muito. Assim, jamais seremos candidatos ao primeiro mundo já que, nos indignemos ou não, são também habitantes de um mesmo reino que, para ter acesso à simples curiosidade pelo que não lhe causa estímulos orgânicos, precisam não temer por sua vida, por sua sobrevivência ou por seu futuro, quando são heróis e chegam a ter um. Me perdoem a ênfase e a extensão. Abraços! Alexandre On Jun 3, 2007, at 11:55 AM, Stela Brandao wrote: > Que lamentável tudo isto! Muito mais lamentável ainda ser a lista > da ANPPOM > veículo de propagação de coisa desse gênero, dessa crescente > degeneração da > cultura popular facilitada e promovida pelos veículos de > comunicação em > massa. É mesmo para baixar de vez o nível do pensamento do povo, > que já > tinha uma concentração pélvica de proporção mais do que exagerada, > patológica até, para rebaixá-la ainda mais ao cano de esgoto. As > pessoas > não precisam desse tipo de aula. O sexo está sendo instrumento de > bestialização da humanidade em geral e do Brasil muito em > particular. Seria > interessante lembrar que nós, seres humanos, temos outros centros > para onde > fazer ascender a energia criativa gerada no chacra básico onde se > encontram > nossos órgãos genitais. Toda essa vulgaridade está íntimamente > ligada à > cultura da violência (as letras do "Funk" bem o demostram), à > exacerbação > fálica da pior espécia, negando ao homem a possibilidade de nobreza e > auto-domínio e reduzindo a mulher ao seu pior papel de servilismo > sexual; à > exaltação da libidinagem como um valor supostamente ligado à liberdade > individual, quanto mais degradante melhor, reduzindo a libido, ou > energia > criativa, a um brinquedo perigoso de mentes incultas e ignorantes. > Isto tudo > não tem nada a ver com Arte, com liberdade, com cultura! Se é > cultura, eu > abomino essa cultura e conclamaria os jovens a educarem o seu > pensamento e > a impulsionarem sua energia vital em outras direções de verdadeiro > significado e auto-conhecimento para a edificação da cultura de seu > país. > Se há algum mérito em expôr tais baixarias na TV, Internet, etc., > que seja > para acender um debate sobre os rumos da cultura popular e da > educação atual > e avaliar os seus efeitos na consciência de uma sociedade, de um povo. > Stela Brandão, EdD > > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "ANPPOM" > Cc: "Leonardo Aldrovandi" ; > > Sent: Sunday, June 03, 2007 9:27 AM > Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! > > > > O Youtube é muito bom: encontram-se lá desde a execução de obras de > Xenakis ou _Vingt regards_ de Messiaen até um outro tipo de obra- > prima. > > [quem não gostar de funk carioca, por favor, não leia o que se segue] > > A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si só, uma das > coisas mais engraçadas da web: > > www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE > > O DJ Raphael Mendes fez o que precisava ser feito: transformou a > aula de > sexo anal do SBT num funk que é uma das coisas mais engraçadas do > funk: > > www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk > > Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da sexóloga. > Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal", que contém apenas > --- e contém muito menos do que --- a professora disse, vc necessita > concordar que: > > "This video may contain content that is inappropriate for some > users, as > flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you are > agreeing that all videos flagged by the YouTube community will be > viewable by this account." > > A quem quiser experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de estudos > preliminares. > > -- > cvp > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ From psotuyo em ufba.br Sun Jun 3 15:20:17 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Sun, 3 Jun 2007 15:20:17 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Desculpas... Message-ID: Prezados Srs. da Comissão Organizadora do XVII Congresso da ANPPOM, Peço desculpas pela confusão na leitura das normas na página html. De fato não existe nenhuma discrepância, tendo eu, na pressão gerada pelo tempo, lido por engano o número de laudas para formatar os textos dos pósteres. Peço, então, que se desconsidere o meu e-mail anterior. Grato pela compreensão e desculpas, me despeço muito atenciosamente, ====================================== Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco Programa de Pós-Graduação em Música Escola de Música Universidade Federal da Bahia ====================================== e-mailto: psotuyo em ufba.br homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ ====================================== From silvio.ferraz em terra.com.br Sun Jun 3 15:58:51 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Sun, 3 Jun 2007 15:58:51 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! e bota susto nisto! In-Reply-To: <1589EE42-4881-4B65-A3ED-DA008FF687D4@yahoo.com.br> References: <4662C1B7.5070708@terra.com.br> <001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP> <1589EE42-4881-4B65-A3ED-DA008FF687D4@yahoo.com.br> Message-ID: bravo por tua mensagem alexandre realmente interessante a leitura e a argumentação. no mais: antes que nos apavoremos com coisas que pertencem a comunidades das quais não entendemos nada (vale a pena ler um pouco ou ouvir as entrevistas com juninho do complexo do alemão pra entender que estamos por fora de uma dinâmica muito mais complexa do que nossos preconceitos)... então, antes que nos apavoremos mais vale a pena entrar na página abaixo e assinar a petição contra a aprovação da lei rouanet para templos, projeto do crivelinha (prb-rio; mais conhecido por ser sobrinho do edir maicedo). http://www.petitiononline.com/cult2007/petition.html não precisa assinar ou visitar a página, assim como também não era necessário visitar a página sugerida pelo carlos palombini (a qual eu ainda não tive paciência de visitar). silvio ferraz petição: To: Congresso Nacional do Brasil O Senado está a um passo de aprovar um projeto de lei, de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus) que incluiria as igrejas entre as beneficiárias do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Mais conhecida como "Lei Rouanet", aprovada em 1991 pelo Congresso Nacional, o Pronac permite que empresas invistam em projetos culturais até 4% do equivalente ao Imposto de Renda devido. O projeto chegou a ser aprovado em caráter terminativo na Comissão de Educação, mas um recurso para que fosse apreciado pelo plenário impediu que seguisse para a Câmara. Uma emenda apresentada pelo senador Sibá Machado (PT-AC) obrigou a volta do texto para a comissão. Ainda precisará ser votado no plenário do Senado e depois ir à Câmara. Como o projeto original fazia referência apenas a "templos", sem especificar sua natureza, ao estender a eles os benefícios da Lei Rouanet, o senador Sibá considerou necessário acrescentar um adendo. A emenda, que teve o parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovada pela Comissão de Educação e deixa mais claro que o Pronac poderá ser usado para contemplar não só museus, bibliotecas, arquivos e entidades culturais, como também "templos de qualquer natureza ou credo religioso". A proposta agora segue novamente para o plenário, onde alguns senadores prometem reagir contra a idéia. Está mais do que na hora de as pessoas envolvidas e/ou preocupadas com a verdadeira cultura em nosso País, reagirem e tomarem uma providência. Sincerely, >Prezada Stela e colegas, > >Acho que ficou claro que o Palombini quis destacar a clareza do >preconceito à música funk, evidenciando os avisos destinados a seus >ouvintes que não surgiam para o acesso ao material equivalente que o >gerou, e não divulgar materiais pornográficos. Talvez pudesse ter >deixado isso mais claro, mas talvez tenha imaginado que seria esse o >olhar que prevaleceria. > >Apesar de também ser parcialmente indignado com a carência melódica, >harmônica e rítmica do "funk marginal" (se é que tal conceito é >válido, mas aqui uso apenas para diferenciá-lo de suas variações mais >bem aceitas pela casta crítica, como James Brown, Tim Maia ou >Fernanda Abreu), nas raras em que identificamos tais elementos, não >podemos deixar de observá-lo - e admiti-lo - como manifestação >legítima, originária de um grupo social bem definido, que assim se >mostra capaz de encontrar na vastidão desse vazio educacional a que é >relegado, essas duas ou três ferramentas com as quais grita, existe, >cria identidade própria e experimenta uma fração mínima da auto- >estima que lhe é permitida por sua desgraça, com a qual lida sem que >lhe permitam sequer drogar-se, como se aplica morfina aos enfermos >com dores extremas. Se tivemos a melhor educação pré-escolar, eles >tiveram valas negras para brincar, e baixar os olhos e mudar de >assunto não ajuda a melhorar o conteúdo da internet. > >Seus "manipuladores" são empresários tão gananciosos quanto os mais >pródigos empreiteiros, mas com formação equivalente aos da música que >promovem, são incapazes de nos distrair de modo a tornarem-se >aceitáveis, e 15 minutos de conversa com os administradores do >conglomerado Furacão 2000 eliminam qualquer dúvida. Por qualquer >definição isenta em que se apóie, não há como excluir tais >manifestações do conceito de cultura popular apenas por haver >exploradores de sua difusão, sob pena de condenarmos também as >rendeiras do Ceará, o artesanato de Pernambuco e outras manifestações >inquestionáveis que, integradas a um sistema que não abre exceções >românticas, condena indiscriminadamente à miséria ou ao dinheiro e o >mercado da esquina. Talvez seja necessário refletir sobre a dor de >perceber tantas características desconfortáveis no funk marginal. Não >sou pesquisador do tema, e devo estar aglutinando subdivisões, >estilos e tendências diversas que integram uma classe específica de >produtos, mas capitulemos ao fato de que são oferecidos e consumidos >de forma muito semelhante aos produtos culturais "legitimados" por >nossa elite pós-graduada. > >O arrombamento de tradições locais pela difusão indiscriminada da >cultura do Alto Leblon através das novelas da Globo é pornografia >pura; a passividade com que nos mantemos ignorantes e assistimos o >ECAD funcionar para a cupidez de seus controladores, sem qualquer >fiscalização pública, é pornográfica, imoral e vergonhosa; o lucro do >Bradesco (apenas um dentre os 20 bancos enormes) apenas no 1º >trimestre de 2007, é escatológico, rendendo R$ 19 mil por DIA a quem >detenha reles 0,1% de suas ações. Mas a meia-dúzia de centros- >culturais com que conseguem tornar decente esse estupro são >usufruídos por quem irá rejeitar as manifestações do grupo de >degradados que, ingênuos e servis como a mulher que descreve, >alimentam cada centavo dessa pedofilia pública. Fazem isso ao arcar >religiosamente com juros criminosos praticados pelos atravessadores >das migalhas eletrodomésticas com que nos sentimos atenuando o abismo >dessas diferenças. Então, com suas migalhas, patrocinam as nossas >orquestras, as novelas da Globo, "viabilizam os seus sonhos" e fica >tudo certo. Se pagarmos melhor à nossa empregada doméstica, não >sobrará para a viagem à Paris, e ainda é comum exigir-lhes, nas mais >imaculadas famílias, que não estudem, para elidir suas já remotas >chances de galgar ascenção social. E temos a cara-de-pau de não >lembrar o nome do picareta em quem votamos, de torcer o nariz para >quem reclama das coisas no restaurante, em apontar arrogância nos que >buscam aprimorar a comunicação com melhor vocabulário. Chique é não >precisar: que loucura! > >Imagino que a origem de sua indignação se remeta muito mais à culpa - >que não nos permitimos sentir - ao tolerar essas pornografias mais >graves, malgrado plenamente abastecidos com conceitos ampliados pelo >conhecimento de línguas e linguagens, com as quais refinamos o humor >em rodas de chá importado antes do concerto no Municipal, comprado >com dinheiro que tantos privilégios reduziram a chance de não tê-lo. >Temos todas as ferramentas para censurar tantas pornografias, mas os >depravados são tão competentes que conquistaram - não sem a >colaboração de um certo medo cívico nascido nos anos de chumbo - o >nosso constrangimento até para falar dela, quiçá para implementá-la. >Penso que, enquanto mantivermos o olhar insular, e olharmos os >funkeiros como os "outros", invasores de nosso castelo de cultura >ocidental européia, só teremos deles melodias assim tão simples, com >conteúdos assim tão primários, quando muito. Assim, jamais seremos >candidatos ao primeiro mundo já que, nos indignemos ou não, são >também habitantes de um mesmo reino que, para ter acesso à simples >curiosidade pelo que não lhe causa estímulos orgânicos, precisam não >temer por sua vida, por sua sobrevivência ou por seu futuro, quando >são heróis e chegam a ter um. > >Me perdoem a ênfase e a extensão. >Abraços! > >Alexandre > > > >On Jun 3, 2007, at 11:55 AM, Stela Brandao wrote: > >> Que lamentável tudo isto! Muito mais lamentável ainda ser a lista >> da ANPPOM >> veículo de propagação de coisa desse gênero, dessa crescente > > degeneração da >> cultura popular facilitada e promovida pelos veículos de >> comunicação em >> massa. É mesmo para baixar de vez o nível do pensamento do povo, >> que já >> tinha uma concentração pélvica de proporção mais do que exagerada, >> patológica até, para rebaixá-la ainda mais ao cano de esgoto. As >> pessoas >> não precisam desse tipo de aula. O sexo está sendo instrumento de >> bestialização da humanidade em geral e do Brasil muito em >> particular. Seria >> interessante lembrar que nós, seres humanos, temos outros centros >> para onde >> fazer ascender a energia criativa gerada no chacra básico onde se >> encontram >> nossos órgãos genitais. Toda essa vulgaridade está íntimamente >> ligada à >> cultura da violência (as letras do "Funk" bem o demostram), à >> exacerbação >> fálica da pior espécia, negando ao homem a possibilidade de nobreza e >> auto-domínio e reduzindo a mulher ao seu pior papel de servilismo >> sexual; à >> exaltação da libidinagem como um valor supostamente ligado à liberdade >> individual, quanto mais degradante melhor, reduzindo a libido, ou >> energia >> criativa, a um brinquedo perigoso de mentes incultas e ignorantes. >> Isto tudo >> não tem nada a ver com Arte, com liberdade, com cultura! Se é >> cultura, eu >> abomino essa cultura e conclamaria os jovens a educarem o seu >> pensamento e >> a impulsionarem sua energia vital em outras direções de verdadeiro >> significado e auto-conhecimento para a edificação da cultura de seu >> país. >> Se há algum mérito em expôr tais baixarias na TV, Internet, etc., >> que seja >> para acender um debate sobre os rumos da cultura popular e da >> educação atual >> e avaliar os seus efeitos na consciência de uma sociedade, de um povo. >> Stela Brandão, EdD >> >> >> ----- Original Message ----- >> From: "carlos palombini" >> To: "ANPPOM" >> Cc: "Leonardo Aldrovandi" ; >> >> Sent: Sunday, June 03, 2007 9:27 AM >> Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! >> >> >> >> O Youtube é muito bom: encontram-se lá desde a execução de obras de >> Xenakis ou _Vingt regards_ de Messiaen até um outro tipo de obra- >> prima. >> >> [quem não gostar de funk carioca, por favor, não leia o que se segue] >> >> A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si só, uma das >> coisas mais engraçadas da web: >> >> www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE >> >> O DJ Raphael Mendes fez o que precisava ser feito: transformou a >> aula de >> sexo anal do SBT num funk que é uma das coisas mais engraçadas do >> funk: >> >> www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk >> >> Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da sexóloga. >> Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal", que contém apenas >> --- e contém muito menos do que --- a professora disse, vc necessita >> concordar que: >> >> "This video may contain content that is inappropriate for some >> users, as >> flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you are >> agreeing that all videos flagged by the YouTube community will be >> viewable by this account." >> >> A quem quiser experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de estudos >> preliminares. >> >> -- >> cvp >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. >Para alterar a categoria classificada, visite >http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1180894713.401027.21403.ladigue.hst.terra.com.br,12735,Des15,Des15 > >Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 01/06/2007 / Versão: 5.1.00/5044 >Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rrrr em usp.br Sun Jun 3 22:41:03 2007 From: rrrr em usp.br (Rubens Ricciardi) Date: Sun, 3 Jun 2007 22:41:03 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! e bota susto nisto! References: <4662C1B7.5070708@terra.com.br><001c01c7a5ef$4198fae0$6501a8c0@STELALAP><1589EE42-4881-4B65-A3ED-DA008FF687D4@yahoo.com.br> Message-ID: <013501c7a649$6979ec90$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> Ai, que susto! e bota susto nisto!caríssimo Silvio Ferraz, sobre os teus citados "preconceitos" em relação às "comunidades", só espero que vc, por outro lado, não esteja tão-somente assumindo uma visão sociologicamente redutiva e ignorando as reais dimensões do problema enquanto música... um abraço do Rubens Ricciardi ----- Original Message ----- From: silvio To: anppom-l em iar.unicamp.br Sent: Sunday, June 03, 2007 3:58 PM Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! e bota susto nisto! bravo por tua mensagem alexandre realmente interessante a leitura e a argumentação. no mais: antes que nos apavoremos com coisas que pertencem a comunidades das quais não entendemos nada (vale a pena ler um pouco ou ouvir as entrevistas com juninho do complexo do alemão pra entender que estamos por fora de uma dinâmica muito mais complexa do que nossos preconceitos)... então, antes que nos apavoremos mais vale a pena entrar na página abaixo e assinar a petição contra a aprovação da lei rouanet para templos, projeto do crivelinha (prb-rio; mais conhecido por ser sobrinho do edir maicedo). http://www.petitiononline.com/cult2007/petition.html não precisa assinar ou visitar a página, assim como também não era necessário visitar a página sugerida pelo carlos palombini (a qual eu ainda não tive paciência de visitar). silvio ferraz petição: To: Congresso Nacional do Brasil O Senado está a um passo de aprovar um projeto de lei, de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus) que incluiria as igrejas entre as beneficiárias do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Mais conhecida como "Lei Rouanet", aprovada em 1991 pelo Congresso Nacional, o Pronac permite que empresas invistam em projetos culturais até 4% do equivalente ao Imposto de Renda devido. O projeto chegou a ser aprovado em caráter terminativo na Comissão de Educação, mas um recurso para que fosse apreciado pelo plenário impediu que seguisse para a Câmara. Uma emenda apresentada pelo senador Sibá Machado (PT-AC) obrigou a volta do texto para a comissão. Ainda precisará ser votado no plenário do Senado e depois ir à Câmara. Como o projeto original fazia referência apenas a "templos", sem especificar sua natureza, ao estender a eles os benefícios da Lei Rouanet, o senador Sibá considerou necessário acrescentar um adendo. A emenda, que teve o parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovada pela Comissão de Educação e deixa mais claro que o Pronac poderá ser usado para contemplar não só museus, bibliotecas, arquivos e entidades culturais, como também "templos de qualquer natureza ou credo religioso". A proposta agora segue novamente para o plenário, onde alguns senadores prometem reagir contra a idéia. Está mais do que na hora de as pessoas envolvidas e/ou preocupadas com a verdadeira cultura em nosso País, reagirem e tomarem uma providência. Sincerely, Prezada Stela e colegas, Acho que ficou claro que o Palombini quis destacar a clareza do preconceito à música funk, evidenciando os avisos destinados a seus ouvintes que não surgiam para o acesso ao material equivalente que o gerou, e não divulgar materiais pornográficos. Talvez pudesse ter deixado isso mais claro, mas talvez tenha imaginado que seria esse o olhar que prevaleceria. Apesar de também ser parcialmente indignado com a carência melódica, harmônica e rítmica do "funk marginal" (se é que tal conceito é válido, mas aqui uso apenas para diferenciá-lo de suas variações mais bem aceitas pela casta crítica, como James Brown, Tim Maia ou Fernanda Abreu), nas raras em que identificamos tais elementos, não podemos deixar de observá-lo - e admiti-lo - como manifestação legítima, originária de um grupo social bem definido, que assim se mostra capaz de encontrar na vastidão desse vazio educacional a que é relegado, essas duas ou três ferramentas com as quais grita, existe, cria identidade própria e experimenta uma fração mínima da auto- estima que lhe é permitida por sua desgraça, com a qual lida sem que lhe permitam sequer drogar-se, como se aplica morfina aos enfermos com dores extremas. Se tivemos a melhor educação pré-escolar, eles tiveram valas negras para brincar, e baixar os olhos e mudar de assunto não ajuda a melhorar o conteúdo da internet. Seus "manipuladores" são empresários tão gananciosos quanto os mais pródigos empreiteiros, mas com formação equivalente aos da música que promovem, são incapazes de nos distrair de modo a tornarem-se aceitáveis, e 15 minutos de conversa com os administradores do conglomerado Furacão 2000 eliminam qualquer dúvida. Por qualquer definição isenta em que se apóie, não há como excluir tais manifestações do conceito de cultura popular apenas por haver exploradores de sua difusão, sob pena de condenarmos também as rendeiras do Ceará, o artesanato de Pernambuco e outras manifestações inquestionáveis que, integradas a um sistema que não abre exceções românticas, condena indiscriminadamente à miséria ou ao dinheiro e o mercado da esquina. Talvez seja necessário refletir sobre a dor de perceber tantas características desconfortáveis no funk marginal. Não sou pesquisador do tema, e devo estar aglutinando subdivisões, estilos e tendências diversas que integram uma classe específica de produtos, mas capitulemos ao fato de que são oferecidos e consumidos de forma muito semelhante aos produtos culturais "legitimados" por nossa elite pós-graduada. O arrombamento de tradições locais pela difusão indiscriminada da cultura do Alto Leblon através das novelas da Globo é pornografia pura; a passividade com que nos mantemos ignorantes e assistimos o ECAD funcionar para a cupidez de seus controladores, sem qualquer fiscalização pública, é pornográfica, imoral e vergonhosa; o lucro do Bradesco (apenas um dentre os 20 bancos enormes) apenas no 1º trimestre de 2007, é escatológico, rendendo R$ 19 mil por DIA a quem detenha reles 0,1% de suas ações. Mas a meia-dúzia de centros- culturais com que conseguem tornar decente esse estupro são usufruídos por quem irá rejeitar as manifestações do grupo de degradados que, ingênuos e servis como a mulher que descreve, alimentam cada centavo dessa pedofilia pública. Fazem isso ao arcar religiosamente com juros criminosos praticados pelos atravessadores das migalhas eletrodomésticas com que nos sentimos atenuando o abismo dessas diferenças. Então, com suas migalhas, patrocinam as nossas orquestras, as novelas da Globo, "viabilizam os seus sonhos" e fica tudo certo. Se pagarmos melhor à nossa empregada doméstica, não sobrará para a viagem à Paris, e ainda é comum exigir-lhes, nas mais imaculadas famílias, que não estudem, para elidir suas já remotas chances de galgar ascenção social. E temos a cara-de-pau de não lembrar o nome do picareta em quem votamos, de torcer o nariz para quem reclama das coisas no restaurante, em apontar arrogância nos que buscam aprimorar a comunicação com melhor vocabulário. Chique é não precisar: que loucura! Imagino que a origem de sua indignação se remeta muito mais à culpa - que não nos permitimos sentir - ao tolerar essas pornografias mais graves, malgrado plenamente abastecidos com conceitos ampliados pelo conhecimento de línguas e linguagens, com as quais refinamos o humor em rodas de chá importado antes do concerto no Municipal, comprado com dinheiro que tantos privilégios reduziram a chance de não tê-lo. Temos todas as ferramentas para censurar tantas pornografias, mas os depravados são tão competentes que conquistaram - não sem a colaboração de um certo medo cívico nascido nos anos de chumbo - o nosso constrangimento até para falar dela, quiçá para implementá-la. Penso que, enquanto mantivermos o olhar insular, e olharmos os funkeiros como os "outros", invasores de nosso castelo de cultura ocidental européia, só teremos deles melodias assim tão simples, com conteúdos assim tão primários, quando muito. Assim, jamais seremos candidatos ao primeiro mundo já que, nos indignemos ou não, são também habitantes de um mesmo reino que, para ter acesso à simples curiosidade pelo que não lhe causa estímulos orgânicos, precisam não temer por sua vida, por sua sobrevivência ou por seu futuro, quando são heróis e chegam a ter um. Me perdoem a ênfase e a extensão. Abraços! Alexandre On Jun 3, 2007, at 11:55 AM, Stela Brandao wrote: > Que lamentável tudo isto! Muito mais lamentável ainda ser a lista > da ANPPOM > veículo de propagação de coisa desse gênero, dessa crescente > degeneração da > cultura popular facilitada e promovida pelos veículos de > comunicação em > massa. É mesmo para baixar de vez o nível do pensamento do povo, > que já > tinha uma concentração pélvica de proporção mais do que exagerada, > patológica até, para rebaixá-la ainda mais ao cano de esgoto. As > pessoas > não precisam desse tipo de aula. O sexo está sendo instrumento de > bestialização da humanidade em geral e do Brasil muito em > particular. Seria > interessante lembrar que nós, seres humanos, temos outros centros > para onde > fazer ascender a energia criativa gerada no chacra básico onde se > encontram > nossos órgãos genitais. Toda essa vulgaridade está íntimamente > ligada à > cultura da violência (as letras do "Funk" bem o demostram), à > exacerbação > fálica da pior espécia, negando ao homem a possibilidade de nobreza e > auto-domínio e reduzindo a mulher ao seu pior papel de servilismo > sexual; à > exaltação da libidinagem como um valor supostamente ligado à liberdade > individual, quanto mais degradante melhor, reduzindo a libido, ou > energia > criativa, a um brinquedo perigoso de mentes incultas e ignorantes. > Isto tudo > não tem nada a ver com Arte, com liberdade, com cultura! Se é > cultura, eu > abomino essa cultura e conclamaria os jovens a educarem o seu > pensamento e > a impulsionarem sua energia vital em outras direções de verdadeiro > significado e auto-conhecimento para a edificação da cultura de seu > país. > Se há algum mérito em expôr tais baixarias na TV, Internet, etc., > que seja > para acender um debate sobre os rumos da cultura popular e da > educação atual > e avaliar os seus efeitos na consciência de uma sociedade, de um povo. > Stela Brandão, EdD > > > ----- Original Message ----- > From: "carlos palombini" > To: "ANPPOM" > Cc: "Leonardo Aldrovandi" ; > > Sent: Sunday, June 03, 2007 9:27 AM > Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto! > > > > O Youtube é muito bom: encontram-se lá desde a execução de obras de > Xenakis ou _Vingt regards_ de Messiaen até um outro tipo de obra- > prima. > > [quem não gostar de funk carioca, por favor, não leia o que se segue] > > A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si só, uma das > coisas mais engraçadas da web: > > www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE > > O DJ Raphael Mendes fez o que precisava ser feito: transformou a > aula de > sexo anal do SBT num funk que é uma das coisas mais engraçadas do > funk: > > www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk > > Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da sexóloga. > Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal", que contém apenas > --- e contém muito menos do que --- a professora disse, vc necessita > concordar que: > > "This video may contain content that is inappropriate for some > users, as > flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you are > agreeing that all videos flagged by the YouTube community will be > viewable by this account." > > A quem quiser experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de estudos > preliminares. > > -- > cvp > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. 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URL: From palombini em terra.com.br Mon Jun 4 20:38:42 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Mon, 04 Jun 2007 20:38:42 -0300 Subject: [ANPPOM-L] David Osmond-Smith Message-ID: <4664A282.7020603@terra.com.br> Transmito à lista a notícia "oficial" do falecimento de meu amigo David Osmond-Smith, especialista na vanguarda musical italiana (e em Berio em particular), colaborador de Umberto Eco e curador musical da Bienal de Veneza, divulgada na lista da AMS hoje. Dear all, This has already been announced here, but here the 'official' notice: It is with great sadness that I have to report the death of David Osmond-Smith. David joined the music department at the University of Sussex in the early 1970s and continued to serve it until his untimely death, most recently as research professor. Although he had been severely ill for many years, his death, when it did come, was unexpected: he was found in his armchair on the morning of 31 May, reportedly with a smile on his lips and without signs of a struggle. Those who had the privilege of knowing him can testify that he was an inspiring teacher, supportive supervisor and wonderful colleague. We will miss him sorely. The funeral will be held on 11 June at Downs Crematorium (Brighton) at 2,15pm, followed by a thanksgiving service at Rodmell Church at 3,30pm and a wake at his home. The family have made it clear that everybody is welcome. The family prefer donations to the Sussex Beacon, an HIV clinic, http://www.sussexbeacon.org.uk/index.html, to flowers. Both can be sent to the funeral directors (checques payable to 'The Sussex Beacon'; flowers to arrive on Monday 11 June): Derriman & Haynes 56 Ladies Mile Road Patcham Brighton East Sussex BN1 8QF Tel. 01273 540 168 There will also be a memorial service at the university in autumn; details will be made public as and when appropriate. Finally, we are in the process of setting up a webpage for personal tributes. This will be accessible through the 'people' tab at http://www.sussex.ac.uk/music; there will also be an announcement on the welcome page. Björn Dr Björn Heile Head of Music Music Department University of Sussex Brighton UK-BN1 9QN Tel.: +44(0)1273 873198 Fax: +44(0)1273 623246 B.Heile em sussex.ac.uk http://www.sussex.ac.uk/Users/bh25 -- cvp From psotuyo em ufba.br Sun Jun 3 14:51:09 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Sun, 3 Jun 2007 14:51:09 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Normas_mut=E1veis=3F_Como_assim=3F?= Message-ID: Prezados Srs.. da Comissão Organizadora do XVII Congresso da ANPPOM, Gostaria de saber o porquê da redução tão radical no número de páginas definido na última versão das normas. Segundo as normas disponibilizadas inicialmente em arquivo .pdf e que agora estão disponibilizadas em arquivo .doc, se informa que o número de laudas pode chegar às 15. Só que na página html esse número fica reduzido ao de 6 laudas. Eu já tenho escrito e formatado o meu trabalho segundo as normas disponibilizadas no arquivo .doc ficando quase que impossível reduzir todo o seu conteúdo para apenas 6 laudas. Em função da discrepância tão séria entre as duas normas de formatação fornecidas por vocês (e que envio em anexo a guisa de simples confirmação), sugiro enfaticamente que, em virtude do tempo disponível para todos nós, seja mantida a dimensão de 15 laudas e não a de 6. Muito atenciosamente, ====================================== Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco Programa de Pós-Graduação em Música Escola de Música Universidade Federal da Bahia ====================================== e-mailto: psotuyo em ufba.br homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ ====================================== -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Normas_ANPPOM.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 63059 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Normas_ANPPOM_2007.doc Tipo: application/msword Tamanho: 68096 bytes Descrição: não disponível URL: From mvirmond em ilsl.br Mon Jun 4 21:12:19 2007 From: mvirmond em ilsl.br (Dr. Marcos Virmond) Date: Mon, 4 Jun 2007 21:12:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Normas_mut=E1veis=3F_Como_assim=3F?= References: Message-ID: <006801c7a706$2e76d2d0$9401a8c0@residenciadrMarcos> Pablo O nº de páginas é o mesmo tanto no PDF quanto no .DOC. A diferença é entre Poster e Comunicação oral, mas as informações são consistentes nos dois documentos! Abraços Marcos Virmond Dep. Música USC - Bauru ----- Original Message ----- From: "Pablo Sotuyo Blanco" To: "ANPPOM-L" Sent: Sunday, June 03, 2007 2:51 PM Subject: [ANPPOM-L] Normas mutáveis? Como assim? > Prezados Srs.. da Comissão Organizadora do XVII Congresso da ANPPOM, > > Gostaria de saber o porquê da redução tão radical no número de páginas > definido na última versão das normas. > Segundo as normas disponibilizadas inicialmente em arquivo .pdf e que > agora > estão disponibilizadas em arquivo .doc, se informa que o número de laudas > pode chegar às 15. Só que na página html esse número fica reduzido ao de 6 > laudas. > > Eu já tenho escrito e formatado o meu trabalho segundo as normas > disponibilizadas no arquivo .doc ficando quase que impossível reduzir todo > o > seu conteúdo para apenas 6 laudas. > > Em função da discrepância tão séria entre as duas normas de formatação > fornecidas por vocês (e que envio em anexo a guisa de simples > confirmação), > sugiro enfaticamente que, em virtude do tempo disponível para todos nós, > seja mantida a dimensão de 15 laudas e não a de 6. > > Muito atenciosamente, > > ====================================== > Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco > Programa de Pós-Graduação em Música > Escola de Música > Universidade Federal da Bahia > ====================================== > e-mailto: psotuyo em ufba.br > homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ > ====================================== > -------------------------------------------------------------------------------- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From psotuyo em ufba.br Mon Jun 4 22:50:48 2007 From: psotuyo em ufba.br (Pablo Sotuyo Blanco) Date: Mon, 4 Jun 2007 22:50:48 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?RES=3A__Normas_mut=E1veis=3F_Como_assim?= =?iso-8859-1?q?=3F?= In-Reply-To: <006801c7a706$2e76d2d0$9401a8c0@residenciadrMarcos> Message-ID: Caro Marcos, caros todos... Esse é, de fato, o e-mail pelo qual tinha pedido desculpas anteriormente... Só que, por essas coisas da internet, as desculpas chegaram antes deste e-mail... Saibam, mais uma vez, desculpar o stress... mea culpa... Abraços para todos... ====================================== Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco Programa de Pós-Graduação em Música Escola de Música Universidade Federal da Bahia ====================================== e-mailto: psotuyo em ufba.br homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ ====================================== -----Mensagem original----- De: Dr. Marcos Virmond [mailto:mvirmond em ilsl.br] Enviada em: segunda-feira, 4 de junho de 2007 21:12 Para: psotuyo em ufba.br; ANPPOM-L Assunto: Re: [ANPPOM-L] Normas mutáveis? Como assim? Pablo O nº de páginas é o mesmo tanto no PDF quanto no .DOC. A diferença é entre Poster e Comunicação oral, mas as informações são consistentes nos dois documentos! Abraços Marcos Virmond Dep. Música USC - Bauru ----- Original Message ----- From: "Pablo Sotuyo Blanco" To: "ANPPOM-L" Sent: Sunday, June 03, 2007 2:51 PM Subject: [ANPPOM-L] Normas mutáveis? Como assim? > Prezados Srs.. da Comissão Organizadora do XVII Congresso da ANPPOM, > > Gostaria de saber o porquê da redução tão radical no número de páginas > definido na última versão das normas. > Segundo as normas disponibilizadas inicialmente em arquivo .pdf e que > agora > estão disponibilizadas em arquivo .doc, se informa que o número de laudas > pode chegar às 15. Só que na página html esse número fica reduzido ao de 6 > laudas. > > Eu já tenho escrito e formatado o meu trabalho segundo as normas > disponibilizadas no arquivo .doc ficando quase que impossível reduzir todo > o > seu conteúdo para apenas 6 laudas. > > Em função da discrepância tão séria entre as duas normas de formatação > fornecidas por vocês (e que envio em anexo a guisa de simples > confirmação), > sugiro enfaticamente que, em virtude do tempo disponível para todos nós, > seja mantida a dimensão de 15 laudas e não a de 6. > > Muito atenciosamente, > > ====================================== > Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco > Programa de Pós-Graduação em Música > Escola de Música > Universidade Federal da Bahia > ====================================== > e-mailto: psotuyo em ufba.br > homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ > ====================================== > ---------------------------------------------------------------------------- ---- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From rudrasena em uol.com.br Tue Jun 5 09:17:04 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Tue, 05 Jun 2007 09:17:04 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=22Luartrovado=22__-_Adapta_=E7?= =?iso-8859-1?q?=E3_o_da_obra_=22Pierrot_Lunaire=22=2C_de_Arnold_Sch_=F6_n?= =?iso-8859-1?q?berg?= In-Reply-To: <4654344.1181012489109.JavaMail.SYSTEM@WEBTB437> Message-ID: ÓPERAS NO SESC PINHEIROS Projeto que propõe apresentações do gênero criado há 400 anos, que dialogam com a cultura contemporânea. Luartrovado Adaptação da obra "Pierrot Lunaire", de Arnold Schönberg, que foi composta em 1912 e é uma das obras inaugurais da música moderna. Dividida em três partes, com uma configuração instrumental camerística, foi construída a partir de vinte e um poemas do belga Albert Giraud, poeta simbolista com temática fantástica. A versão em português é de Augusto de Campos. A partitura original é apresentada sem nenhuma mudança de nota, com Adélia Issa, a ela são colocadas composições que criam reverberações e signficados. Em contraponto com a formação instrumental original, a ópera inclui músicas com timbres eletrônicos e instrumentos como a Tuba. Com a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (Porto Alegre / RS). Regência de Antônio Carlos Borges Cunha. Direção musical de Lívio Tragtenberg. Direção cênica de Gerald Thomas. Vozes de Adélia Issa. Participações especiais: Elke Maravilha, Lucila Tragtenberg, Deise Tigrona e Arnaldo Moura. Teatro. Recomendável para maiores de 7 anos. Não é permitida a entrada após o início do espetáculo. Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 25/05. R$ 20,00; R$ 15,00 (usuário matriculado). R$ 10,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes, a partir de 60 anos e estudantes). Dia(s) 09/06, 10/06 Sábado, às 21h e Domingo, às 18h. SESC Pinheiros Clique aqui para saber mais informações sobre o evento no site. ------ End of Forwarded Message From rudrasena em uol.com.br Tue Jun 5 12:35:55 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Tue, 05 Jun 2007 12:35:55 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=22Luartrovado=22__-_Adapta_=E7?= =?iso-8859-1?q?=E3_o_da_obra_=22Pierrot_Lunaire=22=2C_de_Arnold_Sch_=F6_n?= =?iso-8859-1?q?berg?= In-Reply-To: <4665660A.5050500@terra.com.br> Message-ID: Olá Carlos, Deise da Injeção? O que é isso? Estou por fora dessas coisas. Achei meio estranho Elke Maravilha com Adélia Issa, mas essa estória de injeção é nova pra mim. Você poderia me explicar? Abraços, Martinez On 05/06/2007 10:32, "carlos palombini" wrote: > > A Deise da Injeção no Pierrot Lunaire? A concentração pélvica da Segunda > Escola de Viena se rebaixando ao cano da injeção! Gente, não vamos > perder a capacidade de nos espantar! O que será que ela vai achar de > aparecer para uma platéia cheia de Dasein? > > > José Luiz Martinez escreveu: >> ÓPERAS NO SESC PINHEIROS >> >> Projeto que propõe apresentações do gênero criado há 400 anos, que dialogam >> com a cultura contemporânea. >> >> >> Luartrovado >> >> Adaptação da obra "Pierrot Lunaire", de Arnold Schönberg, que foi composta >> em 1912 e é uma das obras inaugurais da música moderna. Dividida em três >> partes, com uma configuração instrumental camerística, foi construída a >> partir de vinte e um poemas do belga Albert Giraud, poeta simbolista com >> temática fantástica. A versão em português é de Augusto de Campos. >> >> A partitura original é apresentada sem nenhuma mudança de nota, com Adélia >> Issa, a ela são colocadas composições que criam reverberações e signficados. >> Em contraponto com a formação instrumental original, a ópera inclui músicas >> com timbres eletrônicos e instrumentos como a Tuba. >> >> Com a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (Porto Alegre / RS). Regência de >> Antônio Carlos Borges Cunha. Direção musical de Lívio Tragtenberg. Direção >> cênica de Gerald Thomas. Vozes de Adélia Issa. Participações especiais: Elke >> Maravilha, Lucila Tragtenberg, Deise Tigrona e Arnaldo Moura. >> >> Teatro. Recomendável para maiores de 7 anos. Não é permitida a entrada após >> o início do espetáculo. Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC, a >> partir de 25/05. R$ 20,00; R$ 15,00 (usuário matriculado). R$ 10,00 >> (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes, a partir de >> 60 anos e estudantes). Dia(s) 09/06, 10/06 Sábado, às 21h e Domingo, às >> 18h. SESC Pinheiros >> >> Clique aqui >> >> >> >> para saber mais informações sobre o evento no site. >> >> ------ End of Forwarded Message >> >> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> >> >> > From iazzetta em usp.br Tue Jun 5 12:43:52 2007 From: iazzetta em usp.br (Fernando Iazzetta) Date: Tue, 05 Jun 2007 12:43:52 -0300 Subject: [ANPPOM-L] extended dead-line- 11th Brazilian Symposium on Computer Music In-Reply-To: <49559.82.228.218.101.1181046109.squirrel@formulaires.ircam.fr> Message-ID: O prazo para submissão de trabalhos para o XI Simpósio Brasileiro de Computação Musical foi extendido para 15/06. CALL FOR PAPERS ========================================== 11th Brazilian Symposium on Computer Music September 1-3 2007 São Paulo - Brazil http://gsd.ime.usp.br/sbcm/2007 ========================================== The Symposium ------------- The Brazilian symposia on computer music have consolidated the significance of Brazil's international position in the field of Computer Music. The 11th Brazilian Symposium on Computer Music is organized by NUCOM, the computer music branch of the Brazilian Computing Society (SBC), and it will be held in São Paulo from September 1st to 3rd, 2007. During the symposium there will be speeches by renowned researchers, Technical and music paper sessions, discussion panels, and concerts. Researchers, scientists, composers, educators, manufacturers, and all concerned with the interplay between music and technology are invited to submit work. The Program will include, among others, a keynote speech and a workshop by Roger B. Dannenberg (Carnegie-Mellon University, USA). The program committee will give a prize for the best student papers presented at SBCM. Papers that have a student as a major author are eligible. Two awards will be given: one for the best technical paper and another for the best music paper. ORGANIZATION ------------ General Chairs: Fabio Kon (University of São Paulo) Fernando Iazzetta (University of São Paulo) Technical Papers Chair: Geber Ramalho (Federal University of Pernambuco) Music Papers Chair: Mikhail Malt (IRCAM/Sorbonne-Paris IV) Local Arrangements Chair: Marcelo Queiroz (University of São Paulo) IMPORTANT DATES --------------- June 15th Full papers and posters submissions due July 15th Full papers and posters notification of acceptance July 30th Camera-ready version of papers and posters due TECHNICAL TOPICS OF INTEREST ---------------------------- The topics to be covered include, but are not limited to . Acoustics, Diffusion, Sonorization . Artificial Intelligence . Artificial Life and Evolutionary Music Systems . Audio Hardware design . Audio Digital Signal Processing . Computer-Aided Music Analysis . Computer-Aided Musical Education . Computer-Aided Musicology . Distributed Music . Internet and Web Applications . Multimedia Systems and Applications . Music Data Structures and Representation . Music Information Retrieval . Music Notation, Printing, and Optical Recognition . Quality of Service for Audio . Psychoacoustics and Cognitive Modeling . Real-time Interactive Systems . Software Systems and Languages for Composition . Sound Synthesis Technical Program committee --------------------------- Adolfo Maia Jr. Universidade Estadual de Campinas Aluizio Arcela Universidade de Brasilia Andrew Horner The Hong Kong University of Science & Technology Chris Chafe Stanford University Edilson Ferneda Universidade Católica de Brasília Eduardo Miranda University of Plymouth Emilios Cambouropoulous Aristotle University of Thessaloniki Fabio Kon Universidade de São Paulo Flávio Soares Silva Universidade de São Paulo François Pachet Sony Computer Science Laboratory Gérard Assayag IRCAM Geber Ramalho Universidade Federal de Pernambuco Giordano Cabral Université Paris 6 Henkjan Honing University of Amsterdam Hugo de Paula PUC Minas Ian Whalley University of Waikato Jean-Pierre Briot CNRS - Université Paris 6 & PUC-Rio Jonatas Manzolli Universidade Estadual de Campinas Lelio Camilleri University of Bologna Luis Jure Universidad de la República Marcelo Pimenta Universidade Federal do Rio Grande do Sul Marcelo Queiroz Universidade de São Paulo Marcelo Wanderley McGill University Marcio Brandao Universidade de Brasilia Maurício Loureiro Universidade Federal de Minas Gerais Oscar Di Liscia Universidad Nacional de Quilmes Palle Dahlstedt Göteborg University/Chalmers Univ. of Technology Peter Beyls Hogeschool Gent Petri Toiviainen University of Jyvaskyla Regis R. A. Faria Universidade de São Paulo Roger Dannenberg Carnegie Mellon University Rosa Viccari Universidade Federal do Rio Grande do Sul Sever Tipei University of Illinois School of Music Victor Lazzarini National University of Ireland Music Papers Program Committee ------------------------------ Mikhail Malt (chair) IRCAM/Sorbonne-Paris IV Alexandre Lunsqui Columbia University, NY -USA Fernando Iazzetta Universidade de São Paulo, Brazil Jonathas Manzoli UNICAMP, Brazil Karim Haddad IIRCAM, Paris-France Daniel Teruggi Ina-GRM, Paris- France Marc Battier Sorbonne-Paris IV, France Luiz Naom Paris Conservatory/Geneva Music School) Martin Supper Berlin University of the Arts, Germany Damian Keller Federal University of Acre Papers Submission ----------------- Papers must be submitted in PDF format via the JEMS online system (https://submissoes.sbc.org.br/home.cgi?c=450). Technical papers, up to 12 pages long, are supposed to present original research with scientific contributions. Music papers, up to 12 pages long, describe the experience of composers and users of computational tools to produce music. Extended abstracts of posters, up to 4 pages long, should present on-going research. Please carefully comply with instructions in publication templates. Papers which do not fulfill the requirements can not be published. Download files for manuscript preparation in accordance with the SBC guidelines from http://gsd.ime.usp.br/sbcm/2007/templates In order to get the paper published, it is required that at least one author register for the symposium by August 1st. More Information ================ For further information, please visit the symposium home page at http://gsd.ime.usp.br/sbcm/2007. For questions regarding the technical papers, contact Geber Ramalho (glr em cin.ufpe.br), for music papers, contact Mikhail Malt (Mikhail.Malt em ircam.fr). For other inquiries contact the symposium general chairs Fernando Iazzetta (iazzetta at usp.br) or Fabio Kon (kon at ime.usp.br). From silvio.ferraz em terra.com.br Tue Jun 5 17:30:21 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Tue, 5 Jun 2007 17:30:21 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Normas_mut=E1veis=3F_Como_assim=3F?= In-Reply-To: References: Message-ID: pelo q entendi são 6 páginas para poster 15 páginas para comuncações certo? continua valando isto? >Prezados Srs.. da Comissão Organizadora do XVII Congresso da ANPPOM, > >Gostaria de saber o porquê da redução tão radical no número de páginas >definido na última versão das normas. >Segundo as normas disponibilizadas inicialmente em arquivo .pdf e que agora >estão disponibilizadas em arquivo .doc, se informa que o número de laudas >pode chegar às 15. Só que na página html esse número fica reduzido ao de 6 >laudas. > >Eu já tenho escrito e formatado o meu trabalho segundo as normas >disponibilizadas no arquivo .doc ficando quase que impossível reduzir todo o >seu conteúdo para apenas 6 laudas. > >Em função da discrepância tão séria entre as duas normas de formatação >fornecidas por vocês (e que envio em anexo a guisa de simples confirmação), >sugiro enfaticamente que, em virtude do tempo disponível para todos nós, >seja mantida a dimensão de 15 laudas e não a de 6. > >Muito atenciosamente, > >====================================== >Prof. Dr. Pablo Sotuyo Blanco >Programa de Pós-Graduação em Música >Escola de Música >Universidade Federal da Bahia >====================================== >e-mailto: psotuyo em ufba.br >homepage: http://www.ufba.br/~psotuyo/ >====================================== > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. >Para alterar a categoria classificada, visite >http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1181001916.797145.25889.capalaba.hst.terra.com.br,182002,Des15,Des15 > >Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 04/06/2007 / Versão: 5.1.00/5045 >Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/ > >Attachment converted: Macintosh HD:Normas_ANPPOM.pdf (PDF /«IC») (0010AEC0) >Attachment converted: Macintosh >HD:Normas_ANPPOM_2007.doc (WDBN/«IC») (0010AEC1) >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ From palombini em terra.com.br Tue Jun 5 19:41:38 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 05 Jun 2007 19:41:38 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Inje=E7=E3o_no_Pierrot?= In-Reply-To: References: Message-ID: <4665E6A2.3000407@terra.com.br> Olá, José Luiz Deise Tigrona é a famosa Deise da Injeção, uma das funkeiras mais importantes da Cidade de Deus (CDD), autora do famoso: "Quando vou ao médico, sinto uma dor, quer me dar injeção, olha o papo do doutor" etc, que ganhou projeção internacional ao ser sampleado por M.I.A., a namorada do Diplo, DJ norte-americano que está produzindo o Bonde do Rolê, o Cansei de se Sexy e um documentário sobre funk carioca patrocinado pela Fabrica, o laboratório de experimentação em arte eletrônica que a Benetton mantém numa vila renascentista em Torino (o "hot site" do filme está aqui: ). É ela quem guia Denise Garcia (a diretora do RS, não a compositora de SP) pela CDD no filme _Sou feia mas tô na moda_, um excelente documentário sobre as mulheres no funk carioca (com Tati Quebra-Barraco, Gaiola da Popozudas, Mr Catra, Cidinho e Doca, o DJ Marlboro, Sérginho e Lacraia etc). Neste filme, ela tem um ótimo depoimento sobre a discriminação da mídia (e das chamadas classes dominantes) contra o funk carioca. Como ela diz, a discriminação não é contra o sexo, mas contra o favelado. Denise Garcia havia me falado da existência de um grupo em São Paulo, com o qual Gerald Thomas estava envolvido, misturando música erudita com funk carioca. Não sabia que se tratava da fina flor da vanguarda paulista. Um abraço, Carlos José Luiz Martinez escreveu: > Olá Carlos, > > Deise da Injeção? O que é isso? Estou por fora dessas coisas. Achei meio > estranho Elke Maravilha com Adélia Issa, mas essa estória de injeção é nova > pra mim. > > Você poderia me explicar? > > Abraços, > Martinez > > > On 05/06/2007 10:32, "carlos palombini" wrote: > > >> A Deise da Injeção no Pierrot Lunaire? A concentração pélvica da Segunda >> Escola de Viena se rebaixando ao cano da injeção! Gente, não vamos >> perder a capacidade de nos espantar! O que será que ela vai achar de >> aparecer para uma platéia cheia de Dasein? >> >> >> José Luiz Martinez escreveu: >> >>> ÓPERAS NO SESC PINHEIROS >>> >>> Projeto que propõe apresentações do gênero criado há 400 anos, que dialogam >>> com a cultura contemporânea. >>> >>> >>> Luartrovado >>> >>> Adaptação da obra "Pierrot Lunaire", de Arnold Schönberg, que foi composta >>> em 1912 e é uma das obras inaugurais da música moderna. Dividida em três >>> partes, com uma configuração instrumental camerística, foi construída a >>> partir de vinte e um poemas do belga Albert Giraud, poeta simbolista com >>> temática fantástica. A versão em português é de Augusto de Campos. >>> >>> A partitura original é apresentada sem nenhuma mudança de nota, com Adélia >>> Issa, a ela são colocadas composições que criam reverberações e signficados. >>> Em contraponto com a formação instrumental original, a ópera inclui músicas >>> com timbres eletrônicos e instrumentos como a Tuba. >>> >>> Com a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (Porto Alegre / RS). Regência de >>> Antônio Carlos Borges Cunha. Direção musical de Lívio Tragtenberg. Direção >>> cênica de Gerald Thomas. Vozes de Adélia Issa. Participações especiais: Elke >>> Maravilha, Lucila Tragtenberg, Deise Tigrona e Arnaldo Moura. >>> >>> Teatro. Recomendável para maiores de 7 anos. Não é permitida a entrada após >>> o início do espetáculo. Ingressos à venda pelo sistema INGRESSOSESC, a >>> partir de 25/05. R$ 20,00; R$ 15,00 (usuário matriculado). R$ 10,00 >>> (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes, a partir de >>> 60 anos e estudantes). Dia(s) 09/06, 10/06 Sábado, às 21h e Domingo, às >>> 18h. SESC Pinheiros >>> >>> Clique aqui >>> >>> >>> >>> para saber mais informações sobre o evento no site. >>> >>> ------ End of Forwarded Message >>> >>> >>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> >>> >>> > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > From luisrsq em uol.com.br Tue Jun 5 20:35:51 2007 From: luisrsq em uol.com.br (Luis Ricardo) Date: Tue, 5 Jun 2007 20:35:51 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Lan=E7amento_do_site_=2E=2E=2E?= Message-ID: Caros Colegas O Grupo de Pesquisa Ensino e Aprendizagem da Música em Múltiplos Contextos da Universidade Federal da Paraíba completou, no último mês de maio, três anos de trabalho efetivo na área de educação musical, atuando, também, em pesquisas e ações diversas relacionadas ao campo da etnomusicologia. Para comemorarmos esses três anos de produtivas experiências e aprendizagens estamos lançando o nosso site com informações sobre os trabalhos que temos realizado e sobre aspectos gerais relacionados ao campo da música e, mais especificamente, da educação musical. Convido a todos para que visitem o nosso site no endereço www.pesquisamusicaufpb.com.br. Atenciosamente, ====================================== Prof. Dr. Luis Ricardo Silva Queiroz - Coordenador do GP Práticas de Ensino e Aprendizagem da Música em Múltiplos Contextos - Departamento de Educação Musical - Programa de Pós Graduação em Música - Universidade Federal da Paraíba ====================================== From palombini em terra.com.br Tue Jun 5 21:49:00 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 05 Jun 2007 21:49:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Edital MinC Cultura GLTB 2007 Message-ID: <4666047C.5050903@terra.com.br> A União, por intermédio do Ministério da Cultura torna público o Edital para convocar as organizações/instituições de direito público e privado, sem fins lucrativos, que desenvolvam ações de caráter cultural voltadas para a afirmação da identidade de gays, lésbicas, trangêneros e bissexuais-GLTB. O Objetivo do Edital é promover a difusão da diversidade cultural, com ênfase na qualidade, na diversidade e na visibilidade de grupos formadores da cultura brasileira. Suas diretrizes são: fortalecer as organizações sócio-culturais GLTB. O Edital visa apoiar os projetos culturais e artísticos de afirmação do direito à expressão de orientação sexual, nos segmentos de Teatro, Dança, Audiovisual, Música, Cultura Popular, Literatura, Paradas/Marchas, Internet e Patrimônio Material e Imaterial, incluindo shows, debates, encontros, seminários, mostra, festivais, espetáculos, exibições, exposições e publicações. Data Limite As propostas devem ser encaminhadas até 1º de julho de 2007 (registro de postagem). Elegibilidade Organizações/instituições de direito público e privado, sem fins lucrativos, que comprovem ações de natureza cultural, por meio do: a) Registro do estatuto ou regimento da organização/ instituição; b) Portfólio com apresentação de atividades e ações anteriores que comprovem a natureza cultural efetiva da organização/instituição e a experiência do proponente no desenvolvimento das ações propostas. Valor Financiado O valor total do repasse dos recursos será de até R$ 1.000.000,00 exclusivamente à realização do projeto, conforme objeto do Edital, sendo vedado ao concorrente utilizar os recursos concedidos para as metas que não forem apoiadas pela Comissão. Serão atribuídos valores de até R$ 100.000,00 para cada projeto, de acordo com as características da proposta e decisão da Comissão de Avaliação. Projetos que estejam acima do valor estabelecido não serão avaliados pela comissão de seleção, sendo desclassificados. Não serão cobertos, além dos descritos no artigo 8º da IN/STS Nº 01/97, os custos administrativos de manutenção e funcionamento da instituição/organização proponente, incluindo taxa de administração, gerência, encargos sociais e coquetéis. Requisitos Na avaliação dos projetos, a Comissão de Avaliação levará em conta os seguintes aspectos: 1. Inclusão de gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais nas ações, de modo a garantir a visibilidade de cada público e suas especificidades; 2. Projetos que apresentem caráter exemplar e inovador dos objetivos; 3. Realização de ações de informação, conscientização e mobilização da população em geral de modo a divulgar valores de respeito à diversidade humana e cultural; 4. Realização de ações que garantam a visibilidade das diversas manifestações culturais, de modo a estimular a participação cultural e cidadã da população beneficiada, reconhecendo a sua história, seus bens culturais e sociais, inclusive do aproveitamento de elementos das linguagens artísticas e das expressões da cultura popular; 5. Projetos que prevejam uma ação social e cultural efetiva junto a comunidade a que estão vinculados; 6. Projetos que apresentem maior equilíbrio na relação custo/benefício. Comprovar a natureza cultural efetiva da organização/instituição, por meio de apresentação por vídeo, fotografias, material jornalístico ou publicações. Caso seja o primeiro evento, encaminhar o curriculum do seu dirigente máximo. Somente a instituição proponente responderá administrativamente pelos recursos, mesmo que o projeto envolva duas ou mais organizações/instituições. A proposta apresentada deverá explicitar os benefícios resultantes do evento, as perspectivas de continuidade e desdobramentos, bem como prever a participação da comunidade local, sob formas de conferências, cursos, oficinas, debates e outras. Restrições Cada organização/instituição poderá inscrever apenas 1 (um) projeto. A constatação, em qualquer tempo, de falsidade documental, inadimplência da organização/instituição proponente junto aos órgãos federais, inviabilidade da execução do projeto ou de fato cuja gravidade incorra em prejuízo ao objetivo proposto, ensejará, sem prejuízo das sanções penais, civis e administrativas, o cancelamento da participação da organização/instituição selecionada. Forma de Solicitação O projeto deverá ser apresentado no formulário específico, conforme modelo constante do Anexo I, contendo obrigatoriamente todas as informações nele solicitadas e acompanhada das cópias autenticada seguintes documentações: 1. Estatuto ou contrato social e posteriores alterações; 2. Termo de posse do dirigente da organização/instituição ou ata de eleição da diretoria, devidamente registradas em cartório; 3. Comprovante do endereço da instituição; 4. CPF e da carteira de identidade do dirigente principal; 5. CNPJ da organização/instituição. As organizações/instituições não deverão fazer nenhum alteração no formato do formulário para projetos, nem tão pouco utilizar recursos de apresentação, como espiral e encadernação. A proposta somente poderá ser encaminhada por meio dos serviços de postagem de correspondência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, para Caixa Postal nº 8572, até a data limite, fazendo constar no endereçamento: Cultura GLTB - 2007 Caixa Postal 8572 SHS, Qd. 02, Bl. B CEP: 70312 970, Brasília / DF -- cvp From rudrasena em uol.com.br Wed Jun 6 00:29:31 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Wed, 06 Jun 2007 00:29:31 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Inje_=E7=E3_o_no_Pierrot?= In-Reply-To: <4665E6A2.3000407@terra.com.br> Message-ID: Olá Carlos, Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no mínimo bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da obra original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges Cunha (da UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. Abraços, Martinez -- Prof. Dr. José Luiz Martinez Departamento de Linguagens do Corpo Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música http://www.pucsp.br/pos/cos/rism Musikeion - fórum sobre signficação musical http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ From palombini em terra.com.br Wed Jun 6 00:49:35 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Wed, 06 Jun 2007 00:49:35 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: References: Message-ID: <46662ECF.7060802@terra.com.br> Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de injetar (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo exangue (não me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ quanto à simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture tudo o que não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo sugere, posso estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a pirâmide do Louvre? Um abraço, Carlos José Luiz Martinez escreveu: > Olá Carlos, > > Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no mínimo > bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da obra > original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges Cunha (da > UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. > > Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto > simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. > > Abraços, > Martinez > > > From rudrasena em uol.com.br Wed Jun 6 01:16:05 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Wed, 06 Jun 2007 01:16:05 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: <46662ECF.7060802@terra.com.br> Message-ID: Assisti aos vídeos que você indicou, sobre o funk e o da Deise em especial. Tenho a impressão que as meninas gostam de dançar e se divertem, mas não sei se se dão conta da letra do funk da injeção. Parece que há um hiato entre a compreensão do ritmo e do texto. Foi a própria Deise quem escreveu esse funk? No vídeo 6, com Galo, "Periferia é mil graus", esse descompasso não existe. Dá pra sentir que a coisa é real. Sobre o Pierrot funkado, a coisa pode ser bizarra, mas também pode ser patética. No final, quem estará mais fora de contexto será a Deise Tigrona, você tem razão. O que esperar disso? Estado da pós-modernidade? Não sei, só indo pra ver. Espírito científico, mano velho! Abraços, Zéluiz On 06/06/2007 00:49, "carlos palombini" wrote: > > Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de injetar > (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo exangue (não > me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ quanto à > simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture tudo o que > não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo sugere, posso > estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a pirâmide do Louvre? > > Um abraço, > Carlos > > José Luiz Martinez escreveu: >> Olá Carlos, >> >> Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no mínimo >> bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da obra >> original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges Cunha (da >> UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. >> >> Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto >> simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. >> >> Abraços, >> Martinez >> >> >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ From palombini em terra.com.br Wed Jun 6 02:19:35 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Wed, 06 Jun 2007 02:19:35 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: References: Message-ID: <466643E7.1030905@terra.com.br> A versão do "Funk da injeção" que está no hotsite do filme de Leandro é decepcionante. A letra é amenizada, a coreografia esvaziada. Penetrar no mundo da Cidade de Deus é ver e ouvir o "Funk da injeção" como Deise o canta no filme da Denise, que é amicíssima dela: com a letra explícita, cantada pela Deise na porta da casa dela, e com a coreografia mais explícita ainda, executada por Ramona, uma transgênero. Toda vez que assisto esta cena (e já devo ter visto o filme da D mais de dez vezes), é um choque. Mas é neste choque que está a verdade do filme da Denise: a CDD (quase) como ela é, sem concessões aos pudores do "asfalto". Quando Mr Catra apresentou-se em BH, fui entrevistá-lo no camarim, morrendo de medo dele. Ele foi gentilíssimo e fez questão de responder uma a uma minhas inúmeras perguntas, por quase vinte minutos antes de entrar em cena. Depois dei uma palestra e citei o evento. Disse que Catra apresenta em seu show uma mistura fascinante de "Jesus, maconha e putaria" (o termo é dele), que tem afinidades com as origens do soul, que resulta da profanização do gospel ("Have Mercy Lord" tornando-se "Have Mercy Baby" e "I Have a Savior" tornando-se "I Have a Woman"). Quando fui apresentar o mesmo evento no rádio, perguntei a co-produtora do programa se podia falar "putaria" no ar; ela fez uma cara feia e eu falei "sexo". Na semana seguinte, para o programa de rádio, entrevistamos um rapper, que havia assistido à minha palestra. Ele disse, durante a gravação, que havia gostado muito, e que saíra da palestra pensando em "Jesus, maconha e putaria" e na relação entre as três coisas. Raquel (a co-produtora e co-apresentadora do programa) e eu nos entreolhamos sem coragem de sorrir. E ele havia dito, minutos antes, que, enquanto rapper, seu papel era apenas dizer aquilo que os outros não tinham coragem de dizer. Finda a gravação, depois de 40 ou 45 programas, Raquel veio me dizer, pela primeira vez, que o programa havia ficado legal! É essa, a meu ver, a grande contribuição do funk carioca à cultura brasileira: num país que, como afirmou Eero Tarasti em seu livro sobre Villa-Lobos, é o paraíso da perífrase, onde nada se exprime de modo direto, o funk carioca --- que já não fala para um asfalto que preferiu entregar a administração do morro aos comandos ou às milícias --- pode se dar ao luxo de ser direto, de dar as coisas os seus devidos nomes; e se divertir com isso. Não acho que seja pouco. Um abraço, Carlos José Luiz Martinez escreveu: > Assisti aos vídeos que você indicou, sobre o funk e o da Deise em especial. > Tenho a impressão que as meninas gostam de dançar e se divertem, mas não sei > se se dão conta da letra do funk da injeção. Parece que há um hiato entre a > compreensão do ritmo e do texto. Foi a própria Deise quem escreveu esse > funk? No vídeo 6, com Galo, "Periferia é mil graus", esse descompasso não > existe. Dá pra sentir que a coisa é real. > > Sobre o Pierrot funkado, a coisa pode ser bizarra, mas também pode ser > patética. No final, quem estará mais fora de contexto será a Deise Tigrona, > você tem razão. O que esperar disso? Estado da pós-modernidade? Não sei, só > indo pra ver. > > Espírito científico, mano velho! > > Abraços, > Zéluiz > > > On 06/06/2007 00:49, "carlos palombini" wrote: > > >> Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de injetar >> (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo exangue (não >> me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ quanto à >> simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture tudo o que >> não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo sugere, posso >> estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a pirâmide do Louvre? >> >> Um abraço, >> Carlos >> >> José Luiz Martinez escreveu: >> >>> Olá Carlos, >>> >>> Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no mínimo >>> bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da obra >>> original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges Cunha (da >>> UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. >>> >>> Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto >>> simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. >>> >>> Abraços, >>> Martinez >>> >>> >>> >>> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > > > From alux em sigmanet.com.br Tue Jun 5 19:20:37 2007 From: alux em sigmanet.com.br (MLuciAlex) Date: Tue, 5 Jun 2007 19:20:37 -0300 (Hora oficial do Brasil) Subject: [ANPPOM-L] Fw: Arnaldo Jabor expulso da CBN!!! REPASSEM Message-ID: <4665E1B5.000001.03384@ALEX> -------Mensagem original------- De: paschoal Data: 5/6/2007 16:45:47 Para: Undisclosed-Recipient:, Assunto: Fw: Arnaldo Jabor expulso da CBN!!! REPASSEM ----- Original Message ----- Subject: Fw: Arnaldo Jabor expulso da CBN!!! REPASSEM Arnaldo Jabor expulso da CBN!!! REPASSEM REPASSANDO COM TRISTEZA REPASSO Tem cheiro de ditadura no ar ! Comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo: "A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário De Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lulla' até pode ter Amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa e de expressão, configurando-se, portanto, um ato de censura." Em outro trecho: "Jabor faz parte de uma lista de profissionais tidos pelo Presidente Lula como desafetos e, por isso, passíveis de retaliação à medida que se apresentem as oportunidades!" Não deixem de ler, reler, passem adiante!!!!!! A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE ( ARNALDO JABOR ) O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, explicáveis" demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira. Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, Infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada. Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, Viram-lhe as costas passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e Comandante em "vítima". E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo. Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito. .. Está havendo uma desmoralização do pensamento Deprimo-me: " Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?". A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo Fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos! Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações. No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a Pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-Petistas clamam: "Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?". Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista". Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FH, que não Teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando... Mas Agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em "a favor" do povo e "contra", recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Alguns otimistas dizem: "Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades!" . Este texto deve se transformar na maior corrente que a internet já viu __,_._,___ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: imstp_pets_cat1_pt.gif Tipo: image/gif Tamanho: 37170 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rudrasena em uol.com.br Wed Jun 6 20:32:50 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Wed, 06 Jun 2007 20:32:50 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: <466643E7.1030905@terra.com.br> Message-ID: Caro Carlos, Obrigado pelos esclarecimentos. Sua área de pesquisa, ainda que rejeitada por muitos, é importante e oferece um contraponto vivo ao pensamento formalista de boa parte da musicologia brasileira. Eu também tenho horror à hipocrisia e ao eufemismo. VocÊ está certo em falar sobre o funk brasileiro com o vocabulário direto usado nas canções. Chocar-se com essas questões é, de certo modo, se fechar a realidade brasileira. Vemos aqui, mais uma vez, a questão do significado musical. O funk não apresenta as sutilezas e a finesse da música de concerto ou do jazz contemporâneo, mas representa, como índice de fato, a secundidade e a terceiridade da vida nas favelas brasileiras. Ninguém pode se posicionar indiferentemente a isso, a não ser como uma grande hipocrisia. É preciso pesquisar para que se tenha, no mínimo como hipótese científica, uma esperança de mudar alguma coisa para melhor. E o trabalho recente de etnomusicólogos, como o projeto na Maré, dirigido pelo Samuel Araújo, mostra que é possível ir além de meras hipóteses apresentadas em "papers". Abraços, Martinez On 06/06/2007 02:19, "carlos palombini" wrote: > > A versão do "Funk da injeção" que está no hotsite do filme de Leandro é > decepcionante. A letra é amenizada, a coreografia esvaziada. Penetrar no > mundo da Cidade de Deus é ver e ouvir o "Funk da injeção" como Deise o > canta no filme da Denise, que é amicíssima dela: com a letra explícita, > cantada pela Deise na porta da casa dela, e com a coreografia mais > explícita ainda, executada por Ramona, uma transgênero. Toda vez que > assisto esta cena (e já devo ter visto o filme da D mais de dez vezes), > é um choque. Mas é neste choque que está a verdade do filme da Denise: a > CDD (quase) como ela é, sem concessões aos pudores do "asfalto". > > Quando Mr Catra apresentou-se em BH, fui entrevistá-lo no camarim, > morrendo de medo dele. Ele foi gentilíssimo e fez questão de responder > uma a uma minhas inúmeras perguntas, por quase vinte minutos antes de > entrar em cena. Depois dei uma palestra e citei o evento. Disse que > Catra apresenta em seu show uma mistura fascinante de "Jesus, maconha e > putaria" (o termo é dele), que tem afinidades com as origens do soul, > que resulta da profanização do gospel ("Have Mercy Lord" tornando-se > "Have Mercy Baby" e "I Have a Savior" tornando-se "I Have a Woman"). > Quando fui apresentar o mesmo evento no rádio, perguntei a co-produtora > do programa se podia falar "putaria" no ar; ela fez uma cara feia e eu > falei "sexo". > > Na semana seguinte, para o programa de rádio, entrevistamos um rapper, > que havia assistido à minha palestra. Ele disse, durante a gravação, que > havia gostado muito, e que saíra da palestra pensando em "Jesus, maconha > e putaria" e na relação entre as três coisas. Raquel (a co-produtora e > co-apresentadora do programa) e eu nos entreolhamos sem coragem de > sorrir. E ele havia dito, minutos antes, que, enquanto rapper, seu papel > era apenas dizer aquilo que os outros não tinham coragem de dizer. Finda > a gravação, depois de 40 ou 45 programas, Raquel veio me dizer, pela > primeira vez, que o programa havia ficado legal! > > É essa, a meu ver, a grande contribuição do funk carioca à cultura > brasileira: num país que, como afirmou Eero Tarasti em seu livro sobre > Villa-Lobos, é o paraíso da perífrase, onde nada se exprime de modo > direto, o funk carioca --- que já não fala para um asfalto que preferiu > entregar a administração do morro aos comandos ou às milícias --- pode > se dar ao luxo de ser direto, de dar as coisas os seus devidos nomes; e > se divertir com isso. Não acho que seja pouco. > > Um abraço, > Carlos > > José Luiz Martinez escreveu: >> Assisti aos vídeos que você indicou, sobre o funk e o da Deise em especial. >> Tenho a impressão que as meninas gostam de dançar e se divertem, mas não sei >> se se dão conta da letra do funk da injeção. Parece que há um hiato entre a >> compreensão do ritmo e do texto. Foi a própria Deise quem escreveu esse >> funk? No vídeo 6, com Galo, "Periferia é mil graus", esse descompasso não >> existe. Dá pra sentir que a coisa é real. >> >> Sobre o Pierrot funkado, a coisa pode ser bizarra, mas também pode ser >> patética. No final, quem estará mais fora de contexto será a Deise Tigrona, >> você tem razão. O que esperar disso? Estado da pós-modernidade? Não sei, só >> indo pra ver. >> >> Espírito científico, mano velho! >> >> Abraços, >> Zéluiz >> >> >> On 06/06/2007 00:49, "carlos palombini" wrote: >> >> >>> Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de injetar >>> (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo exangue (não >>> me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ quanto à >>> simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture tudo o que >>> não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo sugere, posso >>> estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a pirâmide do Louvre? >>> >>> Um abraço, >>> Carlos >>> >>> José Luiz Martinez escreveu: >>> >>>> Olá Carlos, >>>> >>>> Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no mínimo >>>> bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da obra >>>> original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges Cunha >>>> (da >>>> UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. >>>> >>>> Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto >>>> simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. >>>> >>>> Abraços, >>>> Martinez >>>> >>>> >>>> >>>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >> >> >> >> >> >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ From liliarosa em iar.unicamp.br Wed Jun 6 19:36:18 2007 From: liliarosa em iar.unicamp.br (Lilia de Oliveira Rosa) Date: Wed, 6 Jun 2007 19:36:18 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Lan=E7amento_do_site_=2E=2E=2E?= In-Reply-To: References: Message-ID: <1181169378.466736e2ba0c6@webmail.iar.unicamp.br> Prezado Prof. Dr. Luis Ricardo Silva Queiroz, parabéns pela iniciativa, desejo-lhe sucessos, Lilia Rosa Citando Luis Ricardo : > Caros Colegas > > O Grupo de Pesquisa Ensino e Aprendizagem da Música em Múltiplos Contextos da > Universidade Federal da Paraíba completou, no último mês de maio, três anos > de trabalho efetivo na área de educação musical, atuando, também, em > pesquisas e ações diversas relacionadas ao campo da etnomusicologia. > Para comemorarmos esses três anos de produtivas experiências e aprendizagens > estamos lançando o nosso site com informações sobre os trabalhos que temos > realizado e sobre aspectos gerais relacionados ao campo da música e, mais > especificamente, da educação musical. > Convido a todos para que visitem o nosso site no endereço > www.pesquisamusicaufpb.com.br. > > Atenciosamente, > > ====================================== > Prof. Dr. Luis Ricardo Silva Queiroz > - Coordenador do GP Práticas de Ensino e Aprendizagem da Música em Múltiplos > Contextos > - Departamento de Educação Musical > - Programa de Pós Graduação em Música > - Universidade Federal da Paraíba > ====================================== > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. From caesar em acd.ufrj.br Thu Jun 7 09:49:49 2007 From: caesar em acd.ufrj.br (Rodolfo Caesar) Date: Thu, 07 Jun 2007 09:49:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: <46662ECF.7060802@terra.com.br> References: <46662ECF.7060802@terra.com.br> Message-ID: <4667FEED.80409@acd.ufrj.br> Meus caros, Setores da chamada 'Música Contemporanea', tendo há muito percebido a falência de suas instituiçoes (salas de concerto, criticos, mercado, etc.), estão se esforçando por encontrar saídas. Esta de ligar com o funk não é fortuita. O grupo em questão parece saber bem o que faz, ou pelo menos tenta alguma coisa. Pelo que conheço de cada um, nunca houve motivo pra chamar qualquer um de 'vanguardista', se entendermos por essa palavra aquele artista militantã com sede de derrubar as instituições, etc. O deles é um esforço que eu não chamaria de 'bizarro' sem antes ver no que dá. (Talvez até soe estranho, mas ainda não se sabe...) Me incomoda é esse adjetivo antecipado, traduzindo preconceito contra as misturas, o abastardamento, as hibridações, as interseções, etc. Por que a música 'vanguardista' deveria se confinar a uma sua (por sinal jamais conceituada) especificidade? Por que raios os DJs (como Aphex Twin, Cujo, etc.) podem soar 'eletroacústicos', mas os 'vanguardistas' devem permanecer presos a um (congelado) modelo modernista-'formalista'? Ora, é muita surdez com relação ao que já se faz há uns trinta anos! E afinal de contas, 'bizarra' é o nome pelo qual se conhece uma forma específica de sexualidade. Haverá espaço para todas? PS.: Ontem mesmo um orientando havia comentado sobre um Sprechgesang em frases da Tati Quebra-Barraco... Uma brilhante observação 'formalista' que de certo modo defende a 'bizarria'. abs, Rodolfo carlos palombini wrote: > Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de injetar > (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo exangue (não > me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ quanto à > simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture tudo o que > não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo sugere, posso > estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a pirâmide do Louvre? > > Um abraço, > Carlos > > José Luiz Martinez escreveu: > >> Olá Carlos, >> >> Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no mínimo >> bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da obra >> original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges Cunha (da >> UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. >> >> Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto >> simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. >> >> Abraços, >> Martinez >> >> >> >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > From palombini em terra.com.br Thu Jun 7 10:18:30 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 07 Jun 2007 10:18:30 -0300 Subject: [ANPPOM-L] musicologia e idiossincrasia In-Reply-To: References: Message-ID: <466805A6.4090105@terra.com.br> Obrigado pelo apoio, José Luiz. Eu vejo o estudo do funk carioca como um desdobramento do estudo da música contemporânea ou, mais precisamente, de orientações não formalistas de vanguardas do pós-guerra, das quais infiro que o musical é o correlato de uma intenção de escuta. Ouço muitas sutilezas sonoras no funk, ainda que estas às vezes se condensem em elementos mínimos. É uma questão de focar a escuta. E descobrir. Acontece às vezes destes elementos estarem organizados com uma precisão extrema. Mas há complexidades no funk. De significado, por exemplo. Na forma como as músicas negras norte-americanas sofrem um alvejamento ao chegarem ao Brasil. Foi assim com o rock, que chegou aqui nas vozes de Nora Ney e Cauby Peixoto. Foi assim com a disco, que aqui é Frenéticas e Dancing Days. Foi assim com o jazz, cuja influência maior, ou pelo menos, a mais reconhecida, é a do cool Chet Baker dos anos 50 sobre a bossa nova, enquanto a relação do Dixieland com o choro nos anos 20 ou do swing sobre os arranjos dos anos 30, 40 e 50 não são algo de que se goste de falar. E o bebop nos chega como coisa de existencialista em café de Paris. É interessante --- e complexo, do ponto de vista de quem quer entender isto --- que a cena funk carioca tenha, através dos bailes black dos anos 70 e dos bailes funk dos anos 80 incorporado o soul, o funk e o hip-hop em contravenção a este modelo, como signos de uma cultura independente de periferia. Tudo isto a despeito da matriz historiográfica miscigenatória, que se expressa em tantas figuras de raciocínio como "a modinha e o lundu", "a casa de Tia Ciata", "o morro e o asfalto", a "flor amorosa de três raças tristes". Na realidade, a historiografia do funk não tem escapado ao conteúdo ideológico desta matriz, cuja dominação ele relança no jovem mito de sua origem nos Bailes da Pesada, no Canecão. Aí, as classes e as cores se encontravam no paraíso da zona sul, e daí foram expulsas, como Adão e Eva, para florescerem na periferia. Ou o jovem mito da bateria que Hermano Vianna deu de presente a Marlboro, que com ela criou o funk carioca (como Hermano discretamente sugere em _O mundo funk carioca_ em 88 e Marlboro discretamente endossa no _Funk Brasil 1_, de 89). Ora, misturar bateria com discotecagem é coisa que já se fazia no início dos anos 70 nos primeiros clubes da nascente cena disco de Manhattan, e é deste experimento que vai nascer a house no início dos anos 80. Estes supostos fatos (i.e. que o funk carioca começou no Canecão e que Hermano Vianna foi sua parteira) colocam em jogo questões de dominação cultural que me parecem muito interessantes. Este tipo de preocupações é o mesmo que orientou e continua orientando minha pesquisa sobre música concreta. Quando comecei meu trabalho, a música concreta ainda era um movimento quase tão marginal quanto o funk carioca hoje no contexto dos estudos de MPB. Por questões de cunho psicanalítico, isto é, não sendo neurótico, mas perverso (segundo a idéia de que o perverso é aquele que tem prazer com sua neurose), eu não me dedicaria ao estudo daquilo que todos prezam. Portanto, o desprezo do establishment musical pelos meus temas é o que move minha pesquisa. Sem esquecer, é claro, que, nos centros hegemônicos de produção de conhecimento musical, a execração das vanguardas formalistas é um processo que talvez já tenha atingido seu pico. Portanto, de acordo com a lei da bateria eletrônica de Vianna, deverá chegar logo ao Brasil. Se, quando este processo já estiver consumando, eu ainda estiver vivo e ainda estiver pensando, você irá me encontrar estudando Análise Schenkeriana, Pitch Set Theory e a Modinha e o Lundu. Conheço sim uma parte do trabalho de Samuel, com quem tenho, sempre que podemos, o prazer de conversar sobre estas e outras coisas no Rio e em Belo Horizonte. Da última vez que estive no Rio, passei uma manhã de quarta-feira com o grupo de universitários e pré-universitários da Maré que lá se reúnem duas vezes por semana para trocar idéias e realizar sua cartografia musical. Evidentemente, conversamos muito sobre funk e eu continuo trocando informações e experiências com alguns membros do grupo por msn. Mas o que mais me marcou nesta visita foi a dinâmica deles enquanto grupo de estudos e de discussão, colocando em questão pressupostos de concentração e disciplina em sala de aula. Mais uma vez, agradeço o apoio, a gentileza e a oportunidade de expor minhas idiossincrasias diante de um público tão vasto. Um abraço, Carlos José Luiz Martinez escreveu: > Caro Carlos, > > Obrigado pelos esclarecimentos. Sua área de pesquisa, ainda que rejeitada > por muitos, é importante e oferece um contraponto vivo ao pensamento > formalista de boa parte da musicologia brasileira. Eu também tenho horror à > hipocrisia e ao eufemismo. VocÊ está certo em falar sobre o funk brasileiro > com o vocabulário direto usado nas canções. Chocar-se com essas questões é, > de certo modo, se fechar a realidade brasileira. Vemos aqui, mais uma vez, a > questão do significado musical. O funk não apresenta as sutilezas e a > finesse da música de concerto ou do jazz contemporâneo, mas representa, como > índice de fato, a secundidade e a terceiridade da vida nas favelas > brasileiras. Ninguém pode se posicionar indiferentemente a isso, a não ser > como uma grande hipocrisia. É preciso pesquisar para que se tenha, no mínimo > como hipótese científica, uma esperança de mudar alguma coisa para melhor. E > o trabalho recente de etnomusicólogos, como o projeto na Maré, dirigido pelo > Samuel Araújo, mostra que é possível ir além de meras hipóteses apresentadas > em "papers". > > > Abraços, > Martinez > > > > On 06/06/2007 02:19, "carlos palombini" wrote: > > >> A versão do "Funk da injeção" que está no hotsite do filme de Leandro é >> decepcionante. A letra é amenizada, a coreografia esvaziada. Penetrar no >> mundo da Cidade de Deus é ver e ouvir o "Funk da injeção" como Deise o >> canta no filme da Denise, que é amicíssima dela: com a letra explícita, >> cantada pela Deise na porta da casa dela, e com a coreografia mais >> explícita ainda, executada por Ramona, uma transgênero. Toda vez que >> assisto esta cena (e já devo ter visto o filme da D mais de dez vezes), >> é um choque. Mas é neste choque que está a verdade do filme da Denise: a >> CDD (quase) como ela é, sem concessões aos pudores do "asfalto". >> >> Quando Mr Catra apresentou-se em BH, fui entrevistá-lo no camarim, >> morrendo de medo dele. Ele foi gentilíssimo e fez questão de responder >> uma a uma minhas inúmeras perguntas, por quase vinte minutos antes de >> entrar em cena. Depois dei uma palestra e citei o evento. Disse que >> Catra apresenta em seu show uma mistura fascinante de "Jesus, maconha e >> putaria" (o termo é dele), que tem afinidades com as origens do soul, >> que resulta da profanização do gospel ("Have Mercy Lord" tornando-se >> "Have Mercy Baby" e "I Have a Savior" tornando-se "I Have a Woman"). >> Quando fui apresentar o mesmo evento no rádio, perguntei a co-produtora >> do programa se podia falar "putaria" no ar; ela fez uma cara feia e eu >> falei "sexo". >> >> Na semana seguinte, para o programa de rádio, entrevistamos um rapper, >> que havia assistido à minha palestra. Ele disse, durante a gravação, que >> havia gostado muito, e que saíra da palestra pensando em "Jesus, maconha >> e putaria" e na relação entre as três coisas. Raquel (a co-produtora e >> co-apresentadora do programa) e eu nos entreolhamos sem coragem de >> sorrir. E ele havia dito, minutos antes, que, enquanto rapper, seu papel >> era apenas dizer aquilo que os outros não tinham coragem de dizer. Finda >> a gravação, depois de 40 ou 45 programas, Raquel veio me dizer, pela >> primeira vez, que o programa havia ficado legal! >> >> É essa, a meu ver, a grande contribuição do funk carioca à cultura >> brasileira: num país que, como afirmou Eero Tarasti em seu livro sobre >> Villa-Lobos, é o paraíso da perífrase, onde nada se exprime de modo >> direto, o funk carioca --- que já não fala para um asfalto que preferiu >> entregar a administração do morro aos comandos ou às milícias --- pode >> se dar ao luxo de ser direto, de dar as coisas os seus devidos nomes; e >> se divertir com isso. Não acho que seja pouco. >> >> Um abraço, >> Carlos >> >> José Luiz Martinez escreveu: >> >>> Assisti aos vídeos que você indicou, sobre o funk e o da Deise em especial. >>> Tenho a impressão que as meninas gostam de dançar e se divertem, mas não sei >>> se se dão conta da letra do funk da injeção. Parece que há um hiato entre a >>> compreensão do ritmo e do texto. Foi a própria Deise quem escreveu esse >>> funk? No vídeo 6, com Galo, "Periferia é mil graus", esse descompasso não >>> existe. Dá pra sentir que a coisa é real. >>> >>> Sobre o Pierrot funkado, a coisa pode ser bizarra, mas também pode ser >>> patética. No final, quem estará mais fora de contexto será a Deise Tigrona, >>> você tem razão. O que esperar disso? Estado da pós-modernidade? Não sei, só >>> indo pra ver. >>> >>> Espírito científico, mano velho! >>> >>> Abraços, >>> Zéluiz >>> >>> >>> On 06/06/2007 00:49, "carlos palombini" wrote: >>> >>> >>> >>>> Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de injetar >>>> (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo exangue (não >>>> me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ quanto à >>>> simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture tudo o que >>>> não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo sugere, posso >>>> estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a pirâmide do Louvre? >>>> >>>> Um abraço, >>>> Carlos >>>> >>>> José Luiz Martinez escreveu: >>>> >>>> >>>>> Olá Carlos, >>>>> >>>>> Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no mínimo >>>>> bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da obra >>>>> original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges Cunha >>>>> (da >>>>> UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. >>>>> >>>>> Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto >>>>> simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. >>>>> >>>>> Abraços, >>>>> Martinez >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>>> >>>> ________________________________________________ >>>> Lista de discussões ANPPOM >>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>>> ________________________________________________ >>>> >>>> >>> >>> >>> >>> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > From sandramontreal em hotmail.com Thu Jun 7 10:19:44 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 07 Jun 2007 10:19:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Lan=E7amento_do_site_=2E=2E=2E?= In-Reply-To: <1181169378.466736e2ba0c6@webmail.iar.unicamp.br> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Thu Jun 7 10:21:22 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 07 Jun 2007 10:21:22 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: <4667FEED.80409@acd.ufrj.br> References: <46662ECF.7060802@terra.com.br> <4667FEED.80409@acd.ufrj.br> Message-ID: <46680652.4020809@terra.com.br> Olá, Duda Como acontece às vezes, você tem razão. Desculpe o preconceito. Um abraço, Carlos Rodolfo Caesar escreveu: > Meus caros, > > > > Setores da chamada 'Música Contemporanea', tendo há muito percebido a > falência de suas instituiçoes (salas de concerto, criticos, mercado, > etc.), estão se esforçando por encontrar saídas. Esta de ligar com o > funk não é fortuita. O grupo em questão parece saber bem o que faz, ou > pelo menos tenta alguma coisa. Pelo que conheço de cada um, nunca > houve motivo pra chamar qualquer um de 'vanguardista', se entendermos > por essa palavra aquele artista militantã com sede de derrubar as > instituições, etc. O deles é um esforço que eu não chamaria de > 'bizarro' sem antes ver no que dá. (Talvez até soe estranho, mas ainda > não se sabe...) > Me incomoda é esse adjetivo antecipado, traduzindo preconceito contra > as misturas, o abastardamento, as hibridações, as interseções, etc. > Por que a música 'vanguardista' deveria se confinar a uma sua (por > sinal jamais conceituada) especificidade? Por que raios os DJs (como > Aphex Twin, Cujo, etc.) podem soar 'eletroacústicos', mas os > 'vanguardistas' devem permanecer presos a um (congelado) modelo > modernista-'formalista'? Ora, é muita surdez com relação ao que já se > faz há uns trinta anos! > > E afinal de contas, 'bizarra' é o nome pelo qual se conhece uma forma > específica de sexualidade. Haverá espaço para todas? > > > > PS.: Ontem mesmo um orientando havia comentado sobre um Sprechgesang > em frases da Tati Quebra-Barraco... Uma brilhante observação > 'formalista' que de certo modo defende a 'bizarria'. > > > abs, > > > Rodolfo > > > > > carlos palombini wrote: >> Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de >> injetar (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo >> exangue (não me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ >> quanto à simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture >> tudo o que não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo >> sugere, posso estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a >> pirâmide do Louvre? >> >> Um abraço, >> Carlos >> >> José Luiz Martinez escreveu: >> >>> Olá Carlos, >>> >>> Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no >>> mínimo >>> bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da >>> obra >>> original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges >>> Cunha (da >>> UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. >>> >>> Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto >>> simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. >>> >>> Abraços, >>> Martinez >>> >>> >>> >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ >> >> > > > > From palombini em terra.com.br Thu Jun 7 11:34:38 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 07 Jun 2007 11:34:38 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: MLA Notes Message-ID: <4668177E.70409@terra.com.br> CALL FOR PROPOSALS: NOTES The Music Library Association invites contributions to its quarterly journal, Notes. Founded in 1934 (1st series: 1934-1942), and beginning its 2nd series in 1943, the journal offers its readers interesting, informative, and well-written articles in the areas of music librarianship, music bibliography and discography, the music trade, and on certain aspects of music history. Both completed manuscripts and preliminary ideas on these and other topics are welcome. All submissions and inquiries should be directed to the editor. For more information about Notes, see: http://www.musiclibraryassoc.org/publications/notes.shtml Editor: James P. Cassaro University of Pittsburgh, Music Library B-30 Music Building Pittsburgh, PA 15260 cassaro at pitt.edu -- cvp From sandramontreal em hotmail.com Thu Jun 7 12:58:00 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 07 Jun 2007 12:58:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_NOVO_SITE_DO_IHGMG_-_EM_CONSTRU?= =?iso-8859-1?q?=C7=C3O?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From caesar em acd.ufrj.br Thu Jun 7 15:22:30 2007 From: caesar em acd.ufrj.br (Rodolfo Caesar) Date: Thu, 07 Jun 2007 15:22:30 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: <46680652.4020809@terra.com.br> References: <46662ECF.7060802@terra.com.br> <4667FEED.80409@acd.ufrj.br> <46680652.4020809@terra.com.br> Message-ID: <46684CE6.8060204@acd.ufrj.br> Valeu, Carlos! Certezas demais pegam a gente na esquina... Putz! Pela primeira vez defendi um cara como Gerald Thomas. Algo deve estar errado comigo! Grande abraço!! Rc carlos palombini wrote: > Olá, Duda > > Como acontece às vezes, você tem razão. Desculpe o preconceito. > > Um abraço, > Carlos > > Rodolfo Caesar escreveu: > >> Meus caros, >> >> >> >> Setores da chamada 'Música Contemporanea', tendo há muito percebido a >> falência de suas instituiçoes (salas de concerto, criticos, mercado, >> etc.), estão se esforçando por encontrar saídas. Esta de ligar com o >> funk não é fortuita. O grupo em questão parece saber bem o que faz, ou >> pelo menos tenta alguma coisa. Pelo que conheço de cada um, nunca >> houve motivo pra chamar qualquer um de 'vanguardista', se entendermos >> por essa palavra aquele artista militantã com sede de derrubar as >> instituições, etc. O deles é um esforço que eu não chamaria de >> 'bizarro' sem antes ver no que dá. (Talvez até soe estranho, mas ainda >> não se sabe...) >> Me incomoda é esse adjetivo antecipado, traduzindo preconceito contra >> as misturas, o abastardamento, as hibridações, as interseções, etc. >> Por que a música 'vanguardista' deveria se confinar a uma sua (por >> sinal jamais conceituada) especificidade? Por que raios os DJs (como >> Aphex Twin, Cujo, etc.) podem soar 'eletroacústicos', mas os >> 'vanguardistas' devem permanecer presos a um (congelado) modelo >> modernista-'formalista'? Ora, é muita surdez com relação ao que já se >> faz há uns trinta anos! >> >> E afinal de contas, 'bizarra' é o nome pelo qual se conhece uma forma >> específica de sexualidade. Haverá espaço para todas? >> >> >> >> PS.: Ontem mesmo um orientando havia comentado sobre um Sprechgesang >> em frases da Tati Quebra-Barraco... Uma brilhante observação >> 'formalista' que de certo modo defende a 'bizarria'. >> >> >> abs, >> >> >> Rodolfo >> >> >> >> >> carlos palombini wrote: >> >>> Também acho que será bizarro. A mim me soa como uma tentativa de >>> injetar (perdoe o trocadilho) alguma vitalidade numa vanguardismo >>> exangue (não me refiro a Schoenberg), que fará tão mal ao _Pierrot_ >>> quanto à simpaticíssima Deise. Parece aquela velha receita: misture >>> tudo o que não combina, que pode ser que dê certo. Mas, como vc mesmo >>> sugere, posso estar errado. Afinal, não tem gente que acha linda a >>> pirâmide do Louvre? >>> >>> Um abraço, >>> Carlos >>> >>> José Luiz Martinez escreveu: >>> >>> >>>> Olá Carlos, >>>> >>>> Obrigado pelo esclarecimento. Estou achando que esse Pierrot será no >>>> mínimo >>>> bizarro. Ao que tudo indica, Adélia Issa vai fazer as 21 canções da >>>> obra >>>> original. Os instrumentistas e a regência de Antônio Carlos Borges >>>> Cunha (da >>>> UFRGS) devem garantir a interpretação correta da partitura. >>>> >>>> Agora, o que esperar de Deise Tigrona e Elke Maravilha no contexto >>>> simbolista (ou vice-versa), só pagando pra ver. >>>> >>>> Abraços, >>>> Martinez >>>> >>>> >>>> >>>> >>> ________________________________________________ >>> Lista de discussões ANPPOM >>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >>> ________________________________________________ >>> >>> >>> >> >> >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 7 18:09:28 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 07 Jun 2007 18:09:28 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: <4667FEED.80409@acd.ufrj.br> Message-ID: Caro Rodolfo, On 07/06/2007 09:49, "Rodolfo Caesar" wrote: > O deles é um esforço que eu não chamaria de 'bizarro' sem antes ver no que dá. > (Talvez até soe estranho, mas ainda não se sabe...) Me incomoda é esse > adjetivo antecipado, traduzindo preconceito contra as misturas, o > abastardamento, as hibridações, as interseções, etc. A mim o adjetivo não incomoda. Mas me espanta a ligação que vocÊ faz entre aquela palavra e o que você chama de "preconceito contra as misturas". Não foi isso que eu quis dizer quando me referi ao espetáculo montado ao redor de "Pierrot Lunaire". Aqui me parece que sua interpretação realmente não foi a mais generosa que o signo bizarro poderia oferecer. De acordo com o Aurélio, bizarro abarca: 1. Gentil, nobre, generoso; 2. Bem-apessoado, bem-parecido, garboso; 3. Vestido com elegância, bem vestido, 4. Fanfarrão, jactancioso, 5. Extravagante, esquisito. O Houaiss oferece muitas outras variantes, mas essencialmente concorda com o Aurélio, acrescentando que a acepção de bizarro como estranho, extravagante, excêntrico deriva, por um lado, do francês, _bizarre_, e por outro, do italiano, onde significa furioso, fogoso. Eu não creio que nenhuma dessas acepções represente o preconceito contra misturas de que vocÊ fala. Muito pelo contrário. Na verdade, os poemas de Giraud são repletos de bizarrices e, portanto, o adjetivo não é "antecipado" para quem conheça a obra. De minha parte, essa combinação da bizarrice do "Pierrot" original com o elenco sui generis e suas possíveis atuações provavelmente resultará em alguma coisa interessante de se ver. Desde o princípio, eu me coloquei entre àqueles que vão pagar para ver. Me interessa a possibilidade de ouvi/ver algo além da interpretação correta da partitura. No entanto, como destaquei na mensagem que você citou, esse é um ponto de partida essencial. Assim, caro Rodolfo, por favor, não leia preconceito onde o que há é interesse pelo espetáculo e vontade de conversar a respeito, antecipando o que poderia ser esse "Luar Trovado", sobre "Pierrot Lunaire" de Shoenberg/Giraud. > > E afinal de contas, 'bizarra' é o nome pelo qual se conhece uma forma > específica de sexualidade. Haverá espaço para todas? > > Mais uma vez, isso é novo para mim. Nenhum dos meus dicionários cita essa forma de sexualidade. Você poderia esclarecer? Outra pergunta: por que você menciona isso nesta nossa discussão? Abraços, Martinez -- Prof. Dr. José Luiz Martinez Departamento de Linguagens do Corpo Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música http://www.pucsp.br/pos/cos/rism Musikeion - fórum sobre signficação musical http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 7 18:18:33 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 07 Jun 2007 18:18:33 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Pierrot bizarre 5 Message-ID: Valse de Chopin Como o sangue a gotejar Tinge os lábios de um doente, Também tomba destes timbres Um mortífero torpor. Um a um, os sons ressoam No gelado pesadelo Como o sangue a gotejar Tinge os lábios de um doente. Torturante, doce e doida, Melancólica é a valsa Que se infiltra nos sentidos E retine na lembrança Como o sangue a gotejar. Poema de Albert Giraud Tradução: Augusto de Campos _Música de Invenção_, São Paulo: Perspectiva, 1998, 53. From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 7 18:24:19 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 07 Jun 2007 18:24:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Pierrot bizarre 10 Message-ID: Roubo Rubros, rútilos rubis, Sangue azul de velhas galas, Velam o sono dos mortos Dentro de remotas tumbas. Só, de noite, sorrateiro, Eis Pierrô que vem - roubar Rubros, rútilos rubis, Sangue azul de velhas galas. Mas estaca, seu cabelo Todo em pé, as mão geladas: Sob a escuridão mil olhos Miram o sono dos mortos Rubros, rútilos rubis. Poema de Albert Giraud Tradução: Augusto de Campos _Música de Invenção_, São Paulo: Perspectiva, 1998, 58. From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 7 18:26:55 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 07 Jun 2007 18:26:55 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Pierrot bizarre 12 Message-ID: Canção da Forca A virgem hirta De colo fino Idéia fixa Antes do fim. Dentro da mente Como um espinho A virgem hirta De colo fino. Como um caniço De trança e fita, Carícia fina, Lasciva o fita A virgem hirta. Poema de Albert Giraud Tradução: Augusto de Campos _Música de Invenção_, São Paulo: Perspectiva, 1998, 60. From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 7 18:30:03 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 07 Jun 2007 18:30:03 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Pierrot bizarre 16 Message-ID: Atrocidade Na cabeça de Cassandro, Cujos gritos soam alto, Faz Pierrô com ares sonsos, Ágil - um buraco fundo! Depois preme com o dedo O seu fino fumo turco Na cabeça de Cassandro, Cujos gritos soam alto! Um canudo de cachimbo Mete nesse crânio calvo E, sorrindo, sopra e puxa O seu fino fumo turco Na cabeça de Cassandro! Poema de Albert Giraud Tradução: Augusto de Campos _Música de Invenção_, São Paulo: Perspectiva, 1998, 64. From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 7 18:33:22 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 07 Jun 2007 18:33:22 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Pierrot bizarre 19 Message-ID: Serenata Mil grotescas dissonâncias Faz Pierrô numa viola. Sobre um pé, como cegonha, Ele arranha um pizzicato. Logo vem Cassandro, tonto Com o estranho virtuose. Mil grotescas dissonâncias Faz Pierrô numa viola. Da viola já se cansa. Com os delicados dedos Pega o velho pela gola E viola o crânio calvo Com grotescas dissonâncias. Poema de Albert Giraud Tradução: Augusto de Campos _Música de Invenção_, São Paulo: Perspectiva, 1998, 67. From caesar em acd.ufrj.br Thu Jun 7 21:05:36 2007 From: caesar em acd.ufrj.br (Rodolfo Caesar) Date: Thu, 07 Jun 2007 21:05:36 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Schoenberg e Deise In-Reply-To: References: Message-ID: <46689D50.7090507@acd.ufrj.br> Meu caro Martinez, Obrigado pela mensagem. Eu estava somente defendendo a possibilidade de pedir a todos o mesmo cuidado contra quaisquer preconceitos, tal qual tem sido pleiteado em mensagens anteriores, seja contra o funk, seja contra expressoes de sexualidade, etc. Quis mostrar que mesmo a mais justa causa pode, às vezes, ser cobrada em termos que a prejudicam. Em suma: ninguém entre nós pode dizer que está totalmente livre de preconceitos. Livrar-se deles é um esforço incessante. Não custa nada lembrar. > Assim, caro Rodolfo, por favor, não leia preconceito onde o que há é > interesse pelo espetáculo e vontade de conversar a respeito, antecipando o > que poderia ser esse "Luar Trovado", sobre "Pierrot Lunaire" de > Shoenberg/Giraud. > Aceito de bom grado o seu argumento, porque acredito em vocÊ! (Confesso que quando me dei conta que tinha G. Thomas no meio, meus preconceitos se inflamaram...). > Mais uma vez, isso é novo para mim. Nenhum dos meus dicionários cita essa > forma de sexualidade. Você poderia esclarecer? Outra pergunta: por que você > menciona isso nesta nossa discussão? > Sobre o 'bizarro', parece que não está nos dicionários. Mas as coisas precisam disso para que passem a existir? (É só passear pela internet.). abraços, Rodolfo From silvio.ferraz em terra.com.br Fri Jun 8 19:52:49 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Fri, 8 Jun 2007 19:52:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] sobre formatos Message-ID: enviei esta mensagem para o endereço de contato do congresso como não recebi resposta envio pra lista alguém q já tenha finalizado sua comunicação poderia me responder? preciso de algumas informacoes q não entendi no template q foi disponibilzado 1. no template os nomes das seções estão normais, nas normas pede-se em negrito, vale negrito ou normal? 2. no template aparece um cabeçalho com nome do congresso, etc, este cabeçalho deve ser usado na proposta de comunicação que está sendo submetida? 3. no template figuram nome e e-mail, estes são apenas para versão final correto, após aprovação. É isto? 4. nome, instituição,e-mail, isto vai em uma folha a parte...arquivo à parte ou no mesmo arquivo do paper só q em página separada? 5. não há normas para figuras....Fig.X ou fig.X ou..fig/X? Em tamanho 12 ou 10, centralizado ou margeado à esquerda? As figuras, devem de estar margeadas à esquerda ou centralizadas? 6. na versão final não seria interessante constar: nome, instituição, e-mail (como nos anos anteriores)? obrigado silvio ferraz -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Sat Jun 9 18:00:44 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Sat, 9 Jun 2007 18:00:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] sobre formatos In-Reply-To: <001a01c7aa33$17e7a6e0$964e34c9@homek8mvejntx7> References: <001a01c7aa33$17e7a6e0$964e34c9@homek8mvejntx7> Message-ID: oi dorotea obrigado pela pronta resposta mas continuo com duas pergs. sem resps.: 1. nome, instituição,e-mail, isto vai em uma folha a parte...arquivo à parte ou no mesmo arquivo do paper só q em página separada? 2. no template aparece um cabeçalho com nome do congresso, etc, este cabeçalho deve ser usado na proposta de comunicação que está sendo submetida? silvio >Prezado Silvio, para a versão definitiva daremos >um formato. Para o envio para os pareceristas, o >formato está indicado. > >Dorotéa Kerr > >----- Original Message ----- >From: silvio >To: anppom-l em iar.unicamp.br >Sent: Friday, June 08, 2007 7:52 PM >Subject: [ANPPOM-L] sobre formatos > >enviei esta mensagem para o endereço de contato do congresso >como não recebi resposta envio pra lista >alguém q já tenha finalizado sua comunicação poderia me responder? > >preciso de algumas informacoes q não entendi no template q foi disponibilzado > >1. no template os nomes das seções estão >normais, nas normas pede-se em negrito, vale >negrito ou normal? >2. no template aparece um cabeçalho com nome do >congresso, etc, este cabeçalho deve ser usado na >proposta de comunicação que está sendo submetida? >3. no template figuram nome e e-mail, estes são >apenas para versão final correto, após >aprovação. É isto? >4. nome, instituição,e-mail, isto vai em uma >folha a parte...arquivo à parte ou no mesmo >arquivo do paper só q em página separada? >5. não há normas para figuras....Fig.X ou fig.X >ou..fig/X? Em tamanho 12 ou 10, centralizado ou >margeado à esquerda? As figuras, devem de estar >margeadas à esquerda ou centralizadas? >6. na versão final não seria interessante >constar: nome, instituição, e-mail (como nos >anos anteriores)? > >obrigado >silvio ferraz > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. >Para alterar a categoria classificada, visite o >Terra >Mail > > >Esta mensagem foi verificada pelo >E-mail Protegido >Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 08/06/2007 / Versão: 5.1.00/5049 >Proteja o seu e-mail Terra: >http://mail.terra.com.br/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rudrasena em uol.com.br Mon Jun 11 22:51:43 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Mon, 11 Jun 2007 22:51:43 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_espet_=E1_culo_=22Luar_Trovado?= =?iso-8859-1?q?=22=2C_baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Schoenberg?= In-Reply-To: Message-ID: Caros colegas, Eu e o Fernando Iazzetta assistimos o espetáculo "Luar Trovado", baseado em "Pierrot Lunaire" de Schoenberg, sábado passado. O espetáculo aconteceu no teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo. A direção cênica é assinada por Gerald Thomas e a direção musical é de Lívio Tratenberg. Embora eu e o Fernando não tenhamos nos encontrado no teatro, concordamos sobre o resultado. Repasso agora para as listas onde foi realizada (alguns dias antes do espetáculo) uma proveitosa discussão sobre Pierrot, Deise Tigrona, bizarrices, etc. as mensagens trocadas hoje entre eu, o Fernando e mais alguns colegas. Confesso que toda a nossa discussão na lista da Anppom e na Musikeion foi me instigando. Eu estava curioso para ver o "Luar Trovado". Afinal, o espetáculo portava boas promessas como a obra de Schoenberg com tradução de Augusto de Campos e diversos convidados que no mínimo garantiriam algo de bizarro. A partitura de "Pierrot Lunaire" foi executada corretamente. Mas, infelizmente, o espetáculo foi decepcionante. Valeu apenas pela iniciativa. Que outras experiências venham à luz e que o Sesc possa continuar bancando algo fundamental em ópera contemporânea. Criar e colocar em cena para que o público veja e julgue. Gostaria de advertir que concordamos em não omitir ou utilizar quaisquer eufemismos para os títulos dos funks cantados pela Deise Tigrona. Assim, aqueles que possivelmente se ofenderiam com palavras de baixo calão, por favor, desconsiderem essa mensagem e não leiam o que segue. Cordialmente, Martinez -- Prof. Dr. José Luiz Martinez Departamento de Linguagens do Corpo Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música http://www.pucsp.br/pos/cos/rism Musikeion - fórum sobre signficação musical http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ ********************************************************************** Caro Fernando, Eu também estava lá no sábado, pena que a gente não se encontrou na saída para bebericar uma crítica ferina ao espetáculo, chamado de ópera. Eu pretendia escrever alguma coisa na lista da Anppom e na Musikeion. Afinal, depois de tanta conversa, nossos colegas devem estar curiosos. Você permitiria que eu citasse sua mensagem e postasse na lista da Anppom? Será que teremos que usar eufemismos para o funk "a porra da boceta é minha"? Eu concordo com tudo o que você disse. E acrescentaria o desnível entre as composições do Lívio Tratenberg e as peças do "Pierrot" de Schoenberg. É uma responsabiliade muito grande você compor peças para serem executadas ao lado de um clássico do séc. XX. Na minha opinião, as do Lívio eram todas muito fracas, inclusive as eletroacústicas. Outra coisa difícil de aguentar eram as "interações" entre a Lucila Tratenberg e a Adélia Issa. A coisa foi colocada como um conflito entre as duas cantoras, inclusive resvalando sobre uma politicamente incorreta briga entre a gorda e a magra (respectivamente Adélia e Lucila). Musicalmente era fraquíssimo. Num ponto da cena entrava um clarone e uma tuba, mas os dois músicos passavam sem nenhuma interação cênica com as duas. Se é para fazer uma cena grotesca e politicamente incorreta, que se faça direito! O diálogo ficou mesmo entre a Deise e os músicos fazendo o "Pierrot". O público aplaudia fortemente a funqueira. Poderia ter sido construído por aí. Mas era uma simples alternância. Os músicos e a Adélia ficavam no escuro e entrava a Deise. A Deise saia e voltavam os músicos. Seria melhor do que toda a cenografia obvia e efeitos desperdiçados. Até uma encenação de algumas das canções de Schoenberg teria sido melhor. "Lavadeira Lívida", por exemplo, poderia ter uma cena correspondente com a bailarina. Qualquer coisa seria melhor do que aquele casal de atores fazendo piquenique na lua, ou um fotógrafo que entrava em cena disparando o flash, personagens completamente inexpressivos e dispensáveis. Ainda que óbvio por outro lado, eu preferiria que o cenário fosse uma favela. Seria mais instigante do que o pastiche lunar. Acho que a Elke Maravilha (dublando horrivelmente sua voz gravada, num texto fraco e mal interpretado) representa bem a idéia central da direção cênica de colocar alguns ícones da mídia, mais pelo nome do que pela atuação, para compor algo muito bizarro, mas que no fim implodiu pela inconsistência musical e cênica. Para mim a amplificação da voz da Adélia tinha um problema técnico. Não sei se você (Fernando) concorda. Mas estava tudo bem enquanto ela cantava em pp ou mf, mas quando ela ia para o f e ff a amplificação fazia a voz da Adélia ficar insuportavelmente forte, encobrindo completamente os instrumentos. Faltou aí um compressor? A história do Tom Zé era o que faltava para acabar com toda a "ópera". Talvez o G. Thomas tenha percebido ao final que nada daquilo parava de pé e resolveu transformar tudo em programa de auditório. Ao menos disfarçou a reação da platéia... Abraços, Martinez On 10/06/2007 02:50, "Fernando Iazzetta" wrote: > Meus caros, > > Foi alarme falso. Me dei ao trabalho de ir conferir o pierrot com funk. A > deise tigrona funkeou com "a buceta é minha, eu dou pra quem eu quiser", a > Elke maravilha fez um "dueto" com a lucilia tragtemberg e a adelia issa > cantou direitinho umas partes do pierrot schoenberguiano. Tudo normal. > Fizeram boa música até. > > O bizarro ficou mesmo por conta do Gerald Thomas e põe bizarro nisso. O > espetáculo é horroroso, dos cenários à direção de cena, parecia trabalho de > estudantes de artes cênicas que ainda não entenderam como se juntam idéias e > realização. > > Para completar no finalzinho da encenação o G Thomas entrou no palco e falou > que no Brasil tem um cara mais fantástico e radical que Schoenberg, e chamou > o Tom Zé que levantou da primeira fila da platéia e fez um discurso > gaguejado em que misturou assuntos como "o cromatismo de Mahler" com a > buceta da tigrona e por aí vai... De repente chamaram o Danilo Miranda > (manda-chuva do SESC), depois o cara que fez a cenografia, depois a deise > tigrona com a Elke, todo mundo se cumprimentou palco (tudo bem, os músicos > ficaram num canto sem saber o que fazer). Quando a coisa começou a sair de > controle o G Thomas pediu para baixar a cortina, e... acabou! > > Tão bizarro que muita gente não sabia se era pra bater palma ou se a "coisa" > ia recomeçar depois de um intervalo. > > > Abraços, fernando > > From lucianocaroso em gmail.com Tue Jun 12 04:03:24 2007 From: lucianocaroso em gmail.com (=?ISO-8859-1?Q?Luciano_Car=F4so?=) Date: Tue, 12 Jun 2007 04:03:24 -0300 Subject: [ANPPOM-L] sobre formatos In-Reply-To: References: <001a01c7aa33$17e7a6e0$964e34c9@homek8mvejntx7> Message-ID: Caros: Já que estas dúvidas sobre os formatos da submissão de trabalhos ao congresso parecem ser de algumas pessoas que já se manifestaram, ou de outras que ainda não o fizeram (eu estou entre elas), talvez fosse útil a todos que a professora Dorotéa ou outra pessoa responsável pela organização do evento pudesse dirimi-las aqui na lista. Gostaria de acrescentar mais algumas: 1. Porque as dimensões do documento modelo (tamanho do papel e margens, etc.) são diferentes ou não obedecem às normas requeridas? 2. O envio da autoria do trabalho deve ser feito logo de saída, mesmo que em folha à parte, ou só depois da eventual aprovação do trabalho? Atenciosamente, -- LUCIANO CARÔSO http://caroso.teec.com.br lucianocaroso em gmail.com 55[71]88356015 Salvador-Bahia-Brasil Em 09/06/07, silvio escreveu: > > oi dorotea > > obrigado pela pronta resposta > mas continuo com duas pergs. sem resps.: > > 1. nome, instituição,e-mail, isto vai em uma folha a parte...arquivo à > parte ou no mesmo arquivo do paper só q em página separada? > 2. no template aparece um cabeçalho com nome do congresso, etc, este > cabeçalho deve ser usado na proposta de comunicação que está sendo > submetida? > > silvio > > Prezado Silvio, para a versão definitiva daremos um formato. Para o envio > para os pareceristas, o formato está indicado. > > > > Dorotéa Kerr > > ----- Original Message ----- > > *From:* silvio > > *To:* anppom-l em iar.unicamp.br > > *Sent:* Friday, June 08, 2007 7:52 PM > > *Subject:* [ANPPOM-L] sobre formatos > > > enviei esta mensagem para o endereço de contato do congresso > > como não recebi resposta envio pra lista > > alguém q já tenha finalizado sua comunicação poderia me responder? > > > preciso de algumas informacoes q não entendi no template q foi > disponibilzado > > > 1. no template os nomes das seções estão normais, nas normas pede-se em > negrito, vale negrito ou normal? > > 2. no template aparece um cabeçalho com nome do congresso, etc, este > cabeçalho deve ser usado na proposta de comunicação que está sendo > submetida? > > 3. no template figuram nome e e-mail, estes são apenas para versão final > correto, após aprovação. É isto? > > 4. nome, instituição,e-mail, isto vai em uma folha a parte...arquivo à > parte ou no mesmo arquivo do paper só q em página separada? > > 5. não há normas para figuras....Fig.X ou fig.X ou..*fig/X*? Em tamanho 12 > ou 10, centralizado ou margeado à esquerda? As figuras, devem de estar > margeadas à esquerda ou centralizadas? > > 6. na versão final não seria interessante constar: nome, instituição, > e-mail (como nos anos anteriores)? > > > obrigado > > silvio ferraz > > ------------------------------ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > ------------------------------ > > E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. > Para alterar a categoria classificada, visite o Terra Mail > > > ------------------------------ > > Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. > Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 08/06/2007 / Versão: > 5.1.00/5049 > Proteja o seu e-mail Terra: > http://mail.terra.com.br/ > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -- LUCIANO CARÔSO http://caroso.teec.com.br lucianocaroso em gmail.com 55[71]88356015 Salvador-Bahia-Brasil -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rudrasena em uol.com.br Tue Jun 12 08:40:22 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Tue, 12 Jun 2007 08:40:22 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?CFP=3A_M_=DA_SICA=2C_CIUDADES=2C_REDES?= =?iso-8859-1?q?=3A_CREACI_=D3_N_MUSICAL_E_INTERACCI_=D3_N_SOCIAL?= Message-ID: MÚSICA, CIUDADES, REDES: CREACIÓN MUSICAL E INTERACCIÓN SOCIAL Detalles para la participación en el congreso (castellano) 06.03.2008 - 09.03.2008 X Congreso de la SIBE-Sociedad de Etnomusicología V Congreso de IASPM-España II Congreso de músicas populares del mundo hispano y lusófono Uno de los fenómenos sociales más característicos de las últimas décadas es la movilidad. Las ciudades de todo el mundo se pueblan de inmigrantes venidos de todas partes. Esto nos invita a reflexionar sobre el papel de la música en los procesos migratorios. Nos preguntamos de qué manera la música, en tanto forma sonora y práctica cultural, colabora a la integración o la segregación social y cultural; cómo las comunidades desplazadas o las virtuales ven modificada su experiencia y su propia percepción; cómo las músicas cambian, se mezclan, pugnan por sobrevivir y se influyen mutuamente, dando lugar a nuevos sonidos, nuevas prácticas y nuevos espacios de producción cultural. Queremos que este congreso sea una ocasión para poner en común perspectivas teóricas y metodológicas. Así mismo, es una buena oportunidad tanto para avanzar en el estudio de todas esas situaciones y compartir casos de estudio, como para tender un puente que nos ayude a conocer mejor el trabajo de nuestras comunidades académicas estrechando sus vínculos. La SIBE-Sociedad de Etnomusicología celebra su 15º aniversario con este congreso, al que se suma IASPM-España para continuar con la valiosa experiencia del I Congreso de Música popular del mundo hispano y lusófono que se celebró en Newcastle el año 2006. Contamos para ello con la colaboración del Conservatorio Superior de Música de Salamanca y del Instituto de Etnomusicologia (INET) de la Universidade Nova de Lisboa. Los idiomas oficiales del congreso son el español, el portugués y el inglés. El congreso ofrece cuatro modalidades de participación: * Comunicación sobre uno de los temas centrales (excepcionalmente se aceptarán comunicaciones sobre otras temáticas).Las comunicaciones se presentarán en exposiciones orales de un máximo de 15 minutos con un tiempo posterior destinado a la discusión colectiva. * Participación en un panel colectivo.Los paneles se organizan como grupos de trabajo que debatirán previamente al congreso las diferentes aportaciones, coordinados por el responsable del mismo. La SIBE pone a disposición de cada panel los recursos de su página web (foros, enlaces, bibliografías, etc). Las presentaciones en el congreso se harán en forma de mesa redonda. * Posters (recomendado para trabajos en curso e investigaciones doctorales).Las presentaciones en forma de posters serán equivalentes a las comunicaciones a todos los efectos (curriculum, publicación de actas, etc). Para participar con un poster se presentará el contenido de la comunicación en un formato gráfico (esquema de ideas e hipótesis principales, tablas, fotografías, etc.) y se acompañará de un texto con resumen extenso de la investigación (3000 palabras). Durante los días del congreso estará habilitado permanentemente un espacio para su exposición y se destinarán varias sesiones a la presentación pública y discusión de las investigaciones resumidas en los posters. * Formatos audiovisuales. Las investigaciones que tengan como soporte un formato audiovisual (en su edición final o como material en bruto) se podrán exponer en sesiones de proyección introducidas por una breve presentación de las mismas y seguidas de un tiempo un debate abierto a todos los asistentes. Las presentaciones audiovisuales tendrán el mismo reconocimiento como participación en el congreso que el resto de formatos. TEMAS CENTRALES Ciudades, músicas y diásporas Las ciudades multiculturales son espacios privilegiados de estudio de la interacción entre músicas; lugares en los que se crean redes que permiten entrecruzar las experiencias musicales de los nuevos ciudadanos y las de los miembros de comunidades largamente asentadas; contextos que permiten reinventar las tradiciones y desarrollar sonidos mestizos. Animamos a presentar trabajos que destaquen aspectos metodológicos innovadores en el estudio del espacio urbano, la música y la interacción cultural. También casos concretos que presenten situaciones o géneros musicales de interés para el estudio global del fenómeno. Escenas locales e historia global Lo local aparece en los discursos contemporáneos como el contrapeso de lo global, una especie de santuario en el que se mantienen identidades fuertes enlazadas en la tradición. Pero es evidente que los flujos de población y las actuales actitudes políticas modifican estos escenarios. Nos interesa promover las reflexiones que aborden la relación de las músicas tradicionales con las nuevas identidades así como los repliegues hacia los nacionalismos, regionalismos y localismos. También aportaciones que estudien la vocación globalizadora y cosmopolita de otras músicas locales y su contribución al diseño de una historia que comprenda las músicas marginadas tradicionalmente del discurso histórico global. Tecnologías e industria musical Internet, la telefonía móvil, los reproductores de MP3, o las videoconsolas son hoy por hoy vías de distribución y consumo musical de primer orden, siendo ésta uno de los activos más importantes de sus usuarios. Invitamos a los investigadores a reflexionar sobre las consecuencias sociales y culturales de las nuevas formas de circulación de la música, su impacto sobre las comunidades locales y la interacción con las experiencias corporales y socialmente localizadas, así como a las políticas de protección y cuestionamiento de los derechos de autor y la propiedad intelectual. Nuevos aspectos teóricos y metodológicos de la Etnomusicología La complejidad de nuestro contexto cultural supone un desafío para los investigadores, que han de encontrar nuevas herramientas que enriquezcan las perspectivas teóricas desde las que afrontamos el estudio de las dinámicas musicales contemporáneas. Por ello el congreso invita a presentar comunicaciones en torno a las nuevas aproximaciones teóricas, conceptuales y metodológicas que se están desarrollando en la actualidad. PANELES Cuerpo, discurso y performance Coordinador: Rubén López Cano Modelos y contextos de escucha Coordinadora: Marta García Quiñones Música, política, poder y desafío Coordinadora: Salwa el Shawan Castelo-Branco La improvisación musical: práctica, teoría e historia Coordinador: Eduardo Contreras Antropología sonora Coordinador: Iñigo Sánchez Patrimonio musical en el siglo XXI Coordinador: Rafael Martín * Estos son los paneles propuestos inicialmente. Cualquier socio que desee proponer algún otro, puede hacerlo escribiendo a la dirección salamanca2008 em sibetrans.com POSTERS Animamos a los participantes a presentar propuestas de posters individuales o colectivos en los cuales expongan trabajos en curso (experiencias de trabajo de campo, investigaciones de final de carrera, etc.). Asimismo es el formato perfecto para presentar investigaciones pre-doctorales y doctorales no concluidas, por el esfuerzo de síntesis metodológica y de contenido que supone la presentación gráfica de un poster. PRESENTACIÓN DE PROPUESTAS Todas las propuestas de participación deben presentarse con un resumen extenso de 600 palabras que deberá incluir la siguiente información: (1) titulo, (2) tres palabras clave que hagan referencia al objeto de estudio, principales teorías o conceptos que empleará (3) los principales argumentos que se defenderán, (4) la perspectiva teórica y metodológica utilizada y (5) la bibliografía de referencia. En el caso de los formatos audiovisuales se añadirá (6) la duración y (7) los requerimientos técnicos para la proyección. En el caso de los paneles la aceptación definitiva estará supeditada, además de a la selección del comité científico, a la participación previa del ponente en la discusión y el trabajo colectivo previo al congreso. Todas las propuestas deberán presentarse antes del 15 de julio de 2007 por correo electrónico a la dirección salamanca2008 em sibetrans.com especificando como asunto ³Propuesta de participación-APELLIDO². Importante!: deberán enviarse dos documentos en formato Word o RTF (siempre como documentos adjuntos): 1) uno de los documentos debe contener exclusivamente el título y resumen de la propuesta; 2) el otro únicamente el título, nombre y filiación institucional del autor. Si se requiere para la exposición un equipamiento extraordinario (otro que PC, conexión a ordenador portátil, proyector, reproductor de CD y DVD) deberá especificarse en la propuesta. El comité científico las evaluará anónimamente y la resolución será notificada a todos los participantes antes del 15 de septiembre de 2007. From antunes em unb.br Tue Jun 12 10:41:10 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Tue, 12 Jun 2007 10:41:10 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_espet_=E1_culo_=22Luar_Trovado?= =?iso-8859-1?q?=22=2C=09baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Schoen?= =?iso-8859-1?q?berg?= References: Message-ID: <466EA272.BD5C1C11@unb.br> Caros Zé Luiz, Fernando e Carlos: Gostei muito da discussão sobre o tema do diálogo Pierrot & Funk. Não vi e não gostei. As opiniões de vocês, que assistiram, corroboram meu vaticínio. Gostaria de informar que apresentei, em 2005, nos CCBBs do Rio e de Brasília, espetáculos que também colocavam no palco linguagens tradicionalmente consideradas antagônicas. Estou me referindo à série intitulada Speculum Brasilis. Os espetáculos eram do tipo "non stop". Cada um deles mesclava música eletroacústica (pré-gravada, sintetizador analógico e computador) com uma manifestação musical popular. O primeiro espetáculo usava o chorinho com bandolim (Hamilton de Holanda). No segundo tínhamos o grupo de bumba-meu-boi do Seu Teodoro. O terceiro contava com a participação de um coro de câmara cantando canções folclóricas. O quarto tinha a viola caipira (Roberto Corrêa). Cada um desses espetáculos usava a simultaneidade das linguagens. Diálogos esporádicos, linguagens alternadas, também eram usados, mas com breves durações. Assim, o que acontecia predominantemente era a fusão. Em boa parte do tempo em que a tradição popular atuava, eu a processava no computador em tempo real com o GRM-Tools no G4. A seguir relato o que mais interessa. No Rio teríamos que apresentar um quinto espetáculo. Para este estava prevista, no projeto, a participação do funk carioca com a Tati Quebra-Barraco. O meu produtor entrou em contato com ela, que o enviou ao seu empresário (creio que este era seu próprio marido). Não deu certo, porque o empresário era arrogante e exigia uma fortuna de cachê. Depois convidamos o Claudinho Bochecha. O empresário desse foi mais cordial e interessado e o valor pedido como cachê era bem mais coerente e acessível para nós. Quando ficou tudo acertado, o Bochecha me pediu um "demo" da "tal" música eletroacústica. A conversa acabou logo. Segundo o empresário, o Claudinho Bochecha não gostou, ou ficou amedrontado. Finalmente, fizemos o quinto espetáculo com uma dupla caipira. Devo salientar que todas as músicas, com exceção daquela do bumba-meu-boi, eram de minha autoria. Tanto as eletroacústicas quanto as "populares" : choros, canções, coco, embolada, cantoria etc. Modestia à parte, deu tudo muito certo, com resultado muito bom. O público que assistiu era eclético e gostou. Dos nossos colegas membros da Anppom que assistiram, lembro-me de apenas três nomes: Carlos Kater, Isabel Montandom e Ricardo Tacuchian. Creio que o acerto foi conseqüência de dois fatores que não estiveram presentes nessa experiência do Sesc Pinheiros, com o diálogo Schoenberg & Funk: 1- O predomínio da simultaneidade de linguagens, em lugar da alternância; 2- A utilização de obras do mesmo autor. Abraço, Jorge Antunes PS. A seguir, para que se divirtam um pouco, reproduzo as redondilhas que escrevi para os cantadores do quinto espetáculo. CANTORIAS de Jorge Antunes para o Speculum Brasilis para serem cantadas por Chico de Assis e João Santana O dotô da Academia sabe tudo de montão. Ele faz até transplante de rim e de coração. Só não quero que ele cante: vai tirá meu ganha-pão. Mas tem coisa que o dotô não tem a menor noção. É saber que quem conhece é o cabôco do sertão, que sabe de muita prece pra curá todo cristão. Da cozinheria na roça vou contar segredo dela: pro arroz não se queimar não ficar como a barrela é uma cruz você riscar bem no fundo da panela. Quando tem dois cantadô nossa voz a gente dobra. Na noite escura e sombria o cuidado se redobra: ai daquele que assobia pois está chamando cobra. O dotô não sabe tudo, acho que nem sabe rima. Se a ferida de sarar pó e banha não anima, de manhã, ao levantar, cospe três vezes em cima. O mestre do contraponto sabe até fazê uma fuga. Mas aponta uma estrela que no infinito madruga, pois não sabe que ao vê-la vem no dedo uma verruga. O maestro que dá aula lá na Universidade sabe tudo de Chopén, sabe de tonalidade, dizem que sabe também fazer música que agrade. O meu filho Joãozinho e minha sobrinha Mônica estudaram com um mestre que tinha doença crônica: só compunha Sinfonia misturada em eletrônica. Muitas coisas eles ouvem desde Bach até Beethoven. Gravam sons que vêm do céu, fazem musca com o mause, ouvem Bruckner, Ravel, até mesmo Stockrrause. Eles ligam as orelha num sonzinho muito doido. Fazem zumbidos de abelha som de pato, som de cuco, tocam o que dá na telha, fazem um som bem maluco. Nós aqui fora do campus só fazemos som singelo. Não entendo o que houve, eu me espanto, eu me gelo: o maestro que nos ouve diz que nosso som é belo. Nosso canto é matuto mas não chega ao fracasso. Eu insisto e eu luto pra mostrar tudo que faço, e tô sempre muito puto quando não encontro espaço. Também diz a mesma coisa o maestro sabichão. Só de ópera tem quatro com muita bela canção, não encontra um teatro pra mostrar a produção. Muita obra tem o home, sinfonias e quartetos. Ele escreve em qualquer data acordes muito bem feitos. Ele tem até cantata, muitos trios e duetos Com apoio dos ricaço por aí tem muita droga. O que é bom não tem espaço, não tem grana, não tem folga. (tirando o chapéu) O chapéu que agora eu passo vai todo pra óp'ra Olga. Se esse trabalho do mestre tá um pouco esquecido, ele tá que nem a gente, sem apoio, bem fudido. Se juntá a gente sente vai ficar fortalecido. Música que tem ciência, tem beleza, tem poema, que tem alma, tem essência, que tem som um tanto novo, pode fundir sem problema com o canto do meu povo. O saber da Academia não pode estacionar. Toda aquela teoria ganha muito se juntar a busca do dia-a-dia com o saber popular. O cantar do erudito tá perdido no mercado. É que nem canto na feira que em busca de um trocado anda sem eira nem beira e sai sempre machucado. Pega a voz do cantador e transforma em alquimia. Mete no computador transformando a noite em dia. É liquidificador que enlouquece a melodia. Eletrônica e canto vão juntando energia. Ri o jovem, chora a dona, ri o home, chora a moça. É fusão que emociona, é união que faz a força. José Luiz Martinez wrote: > Caros colegas, > > Eu e o Fernando Iazzetta assistimos o espetáculo "Luar Trovado", baseado em > "Pierrot Lunaire" de Schoenberg, sábado passado. O espetáculo aconteceu no > teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo. A direção cênica é assinada por > Gerald Thomas e a direção musical é de Lívio Tratenberg. > > Embora eu e o Fernando não tenhamos nos encontrado no teatro, concordamos > sobre o resultado. Repasso agora para as listas onde foi realizada (alguns > dias antes do espetáculo) uma proveitosa discussão sobre Pierrot, Deise > Tigrona, bizarrices, etc. as mensagens trocadas hoje entre eu, o Fernando e > mais alguns colegas. > > Confesso que toda a nossa discussão na lista da Anppom e na Musikeion foi me > instigando. Eu estava curioso para ver o "Luar Trovado". Afinal, o > espetáculo portava boas promessas como a obra de Schoenberg com tradução de > Augusto de Campos e diversos convidados que no mínimo garantiriam algo de > bizarro. A partitura de "Pierrot Lunaire" foi executada corretamente. Mas, > infelizmente, o espetáculo foi decepcionante. Valeu apenas pela iniciativa. > Que outras experiências venham à luz e que o Sesc possa continuar bancando > algo fundamental em ópera contemporânea. Criar e colocar em cena para que o > público veja e julgue. > > Gostaria de advertir que concordamos em não omitir ou utilizar quaisquer > eufemismos para os títulos dos funks cantados pela Deise Tigrona. Assim, > aqueles que possivelmente se ofenderiam com palavras de baixo calão, por > favor, desconsiderem essa mensagem e não leiam o que segue. > > Cordialmente, > Martinez > > -- > Prof. Dr. José Luiz Martinez > Departamento de Linguagens do Corpo > Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP > > Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música > http://www.pucsp.br/pos/cos/rism > > Musikeion - fórum sobre signficação musical > http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion > http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ > > ********************************************************************** > > Caro Fernando, > > Eu também estava lá no sábado, pena que a gente não se encontrou na saída > para bebericar uma crítica ferina ao espetáculo, chamado de ópera. Eu > pretendia escrever alguma coisa na lista da Anppom e na Musikeion. Afinal, > depois de tanta conversa, nossos colegas devem estar curiosos. Você > permitiria que eu citasse sua mensagem e postasse na lista da Anppom? Será > que teremos que usar eufemismos para o funk "a porra da boceta é minha"? > > Eu concordo com tudo o que você disse. E acrescentaria o desnível entre as > composições do Lívio Tratenberg e as peças do "Pierrot" de Schoenberg. É uma > responsabiliade muito grande você compor peças para serem executadas ao lado > de um clássico do séc. XX. Na minha opinião, as do Lívio eram todas muito > fracas, inclusive as eletroacústicas. Outra coisa difícil de aguentar eram > as "interações" entre a Lucila Tratenberg e a Adélia Issa. A coisa foi > colocada como um conflito entre as duas cantoras, inclusive resvalando sobre > uma politicamente incorreta briga entre a gorda e a magra (respectivamente > Adélia e Lucila). Musicalmente era fraquíssimo. Num ponto da cena entrava um > clarone e uma tuba, mas os dois músicos passavam sem nenhuma interação > cênica com as duas. Se é para fazer uma cena grotesca e politicamente > incorreta, que se faça direito! > > O diálogo ficou mesmo entre a Deise e os músicos fazendo o "Pierrot". O > público aplaudia fortemente a funqueira. Poderia ter sido construído por aí. > Mas era uma simples alternância. Os músicos e a Adélia ficavam no escuro e > entrava a Deise. A Deise saia e voltavam os músicos. Seria melhor do que > toda a cenografia obvia e efeitos desperdiçados. Até uma encenação de > algumas das canções de Schoenberg teria sido melhor. "Lavadeira Lívida", por > exemplo, poderia ter uma cena correspondente com a bailarina. Qualquer coisa > seria melhor do que aquele casal de atores fazendo piquenique na lua, ou um > fotógrafo que entrava em cena disparando o flash, personagens completamente > inexpressivos e dispensáveis. Ainda que óbvio por outro lado, eu preferiria > que o cenário fosse uma favela. Seria mais instigante do que o pastiche > lunar. > > Acho que a Elke Maravilha (dublando horrivelmente sua voz gravada, num texto > fraco e mal interpretado) representa bem a idéia central da direção cênica > de colocar alguns ícones da mídia, mais pelo nome do que pela atuação, para > compor algo muito bizarro, mas que no fim implodiu pela inconsistência > musical e cênica. > > Para mim a amplificação da voz da Adélia tinha um problema técnico. Não sei > se você (Fernando) concorda. Mas estava tudo bem enquanto ela cantava em pp > ou mf, mas quando ela ia para o f e ff a amplificação fazia a voz da Adélia > ficar insuportavelmente forte, encobrindo completamente os instrumentos. > Faltou aí um compressor? > > A história do Tom Zé era o que faltava para acabar com toda a "ópera". > Talvez o G. Thomas tenha percebido ao final que nada daquilo parava de pé e > resolveu transformar tudo em programa de auditório. Ao menos disfarçou a > reação da platéia... > > Abraços, > Martinez > > On 10/06/2007 02:50, "Fernando Iazzetta" wrote: > > > Meus caros, > > > > Foi alarme falso. Me dei ao trabalho de ir conferir o pierrot com funk. A > > deise tigrona funkeou com "a buceta é minha, eu dou pra quem eu quiser", a > > Elke maravilha fez um "dueto" com a lucilia tragtemberg e a adelia issa > > cantou direitinho umas partes do pierrot schoenberguiano. Tudo normal. > > Fizeram boa música até. > > > > O bizarro ficou mesmo por conta do Gerald Thomas e põe bizarro nisso. O > > espetáculo é horroroso, dos cenários à direção de cena, parecia trabalho de > > estudantes de artes cênicas que ainda não entenderam como se juntam idéias e > > realização. > > > > Para completar no finalzinho da encenação o G Thomas entrou no palco e falou > > que no Brasil tem um cara mais fantástico e radical que Schoenberg, e chamou > > o Tom Zé que levantou da primeira fila da platéia e fez um discurso > > gaguejado em que misturou assuntos como "o cromatismo de Mahler" com a > > buceta da tigrona e por aí vai... De repente chamaram o Danilo Miranda > > (manda-chuva do SESC), depois o cara que fez a cenografia, depois a deise > > tigrona com a Elke, todo mundo se cumprimentou palco (tudo bem, os músicos > > ficaram num canto sem saber o que fazer). Quando a coisa começou a sair de > > controle o G Thomas pediu para baixar a cortina, e... acabou! > > > > Tão bizarro que muita gente não sabia se era pra bater palma ou se a "coisa" > > ia recomeçar depois de um intervalo. > > > > > > Abraços, fernando > > > > > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dguigue em cchla.ufpb.br Tue Jun 12 14:13:28 2007 From: dguigue em cchla.ufpb.br (Didier Guigue) Date: Tue, 12 Jun 2007 14:13:28 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] releituras do "Pierrot Lunaire" de Schoenberg In-Reply-To: References: Message-ID: <38630.189.23.38.210.1181668408.squirrel@webmail.cchla.ufpb.br> Entre as releituras modernas do "Pierrot", sugiro conferir o filme "Pierrot Lunaire. One night. One Life" dirigido por Oliver Herrmann com Christine Schafer no papel de Pierrot. E' um DVD Arthaus de 1999. Didier From sandramontreal em hotmail.com Tue Jun 12 14:26:26 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Tue, 12 Jun 2007 14:26:26 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_Colloqu?= =?iso-8859-1?q?e_Edgar_Morin_-_Autour_de_la_Complexit=E9_en_musique?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rudrasena em uol.com.br Tue Jun 12 17:21:04 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Tue, 12 Jun 2007 17:21:04 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Espet_=E1_culo_=28Re=29Volta_no_VIGA?= In-Reply-To: <008901c7acf4$a8bb66c0$58c353c9@JOSERENATO> Message-ID: Caros(as) amigos(as), Relembrando que o espetáculo (Re)volta tem música original composta por mim. Trata-se de uma suíte para quarteto de cordas e percussão, incluindo tabla, illatalam (címbalos do sul da Índia), ton-tons, caixa, gongos, pratos e vibrafone. A suíte foi gravada em sua maior parte em janeiro e fevereiro deste ano no Estúdio Cachuera, com Milton Pires (1º violino), Denise Pedrassoli (2º violino), Daniel Pires (viola), Teresa Cristina Rodrigues (violoncelo), Joaquim Abreu (percussão). As peças da suíte (opus 45) são as seguintes: 45.1 ³Praeludium 45.2 ³Ilattalam² 45.3 ³Passos da Paixão² 45.4 ³Passos Sobre a Ponte² 45.5 ³Passo da Contingência² 45.6 ³Interludium² 45.7 ³Cinco Passos ao Sol² 45.8 ³Sete Passos em Rupak² 45.9 ³Postludium - Fuga² A Fuga normalmente não é apresentada no espetáculo. Abraços, Martinez Serviço: "(Re)volta" Concepção, criação e interpretação: Carmen Gomide Concebido pela bailarina e coreógrafa Carmen Gomide, com direção de Mariana Muniz, (Re)volta traz poesia inédita de Alice Ruiz e música especialmente composta por José Luiz Martinez. Por este trabalho de dança e performance, Carmen Gomide foi agraciada com os Prêmios Klauss Vianna e Caravana Funarte Petrobrás de Circulação Nacional, ambos pela Funarte. (Re)volta também foi apresentado em Paris, na Journée Internationale de la Danse, com apoio da Unesco e da Casa do Canadá. Direção Geral: Mariana Muniz Poema: Alice Ruiz Música Original: José Luiz Martinez Figurino: Carmen Gomide Visagismo: Tânia Marcondes Projeto de Luz: André Boll Fotografia: Silvia Machado, Gil Grossi e Luciana Bortoletto Vídeo: Canvas Design Gráfico: Wilson Spinardi Jr Assessoria de Imprensa: Marra Assessoria de Comunicação Ltda. Produção: José Renato Fonseca de Almeida De 14 a 24 de junho de 2007 De quinta a sábado as 21hs e domingos as 19hs Preco: R$ 10,00 Meia-entrada para estudantes, idosos e classe teatral Workshop Dia 23 de junho de 2007 Sábado às 11hs Sala de Ensaio 20 Vagas - Gratuito Reservas podem ser feitas pelo e-mail joserfda em yahoo.com.br, com José Renato VIGA Espaço Cênico Telefone: (11) 38011843 - Rua: Capote Valente, 1323 - CEP: 05409-003 (entre a rua Heitor Penteado e a Amália de Noronha). Próximo ao metrô Sumaré. From rudrasena em uol.com.br Tue Jun 12 17:56:26 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Tue, 12 Jun 2007 17:56:26 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?ANPPOM_2007_-_GT_M_=E9_todos_de_An_=E1_?= =?iso-8859-1?q?lise_da_Significa_=E7=E3_o_Musical?= Message-ID: Colegas, Aqui está a chama para os interessados em participar do Grupo de Trabalho Métodos de Análise da Significação Musical no congresso 2007 da ANPPOM. Vocês devem ter percebido que a programação do congresso está cedendo bastante espaço para a semiótica da música. Assim, todos ligados à essa linha de pesquisa não devem perder esta oportunidade. Por favor, confirmem a sua participação me enviando com urgência os seguintes dados: Nome completo Filiação acadêmica E-mail Segue abaixo a descrição do GT. Conto com vocês! Abraços, Martinez -- Prof. Dr. José Luiz Martinez Departamento de Linguagens do Corpo Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música http://www.pucsp.br/pos/cos/rism Musikeion - fórum sobre signficação musical http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ A pesquisa em música e sua interação na sociedade SUBTEMAS 1. A pesquisa em Música no Brasil: inter-relações e contrastes 2. Ciência, tecnologia e políticas públicas para o conhecimento científico em música *************************************************************************** GT: Métodos de Análise da Significação Musical José Luiz Martinez Departamento de Linguagens do Corpo - PUC-SP e-mail: martinez em pucsp.br web: http://www.pucsp.br/pos/cos/rism Sumário: Este grupo de trabalho tem como objetivo promover discussões a respeito dos principais estudos da significação musical. Considerando-se todos os tipos e gêneros de linguagem musical, assim como quaisquer linhas de estudo ou teorias de semiótica musical, buscamos realizar avaliações epistemológicas a respeito das aplicações e os resultados dessas teorias. Assim, discutimos a pertinência, a adequação, os resultados obtidos e sua utilidade para a prática musical que podem ser derivados a partir de diversas linhas de análise semiótica. Palavras-Chave: significação musical, semiótica da música Histórico do GT Este grupo de trabalho, coordenado pelo Prof. Dr. José Luiz Martinez (PUC-SP), tem se reunido desde 2001 nos congressos da Anppom com excelentes resultados. O primeiro encontro ocorreu no XIII Congresso da ANPPOM, realizado na Escola de Música da UFMG, em abril de 2001. Nessa ocasião, a partir de um artigo de Jean-Jaques Nattiez, "A Comparison of Analyses from the Semiological Point of View (the theme of Mozart¹s Symphony in G minor, K550)", publicado na Contemporary Music Review (vide Nattiez 1998), foram realizadas discussões a respeito dos métodos de análise da significação musical. Houveram duas sessões de trabalho, uma delas inclusive com a participação do Prof. Dr. Jean-Jacques Nattiez. O GT contou com 15 participantes. O segundo encontro do GT foi realizado em Porto Alegre, na UFRGS, durante o XIV Congresso da ANPPOM, em agosto de 2003. Nessa edição, foram consideradas os três principais paradigmas da semiótica musica: a semiologia tripartite de Nattiez, a narratologia greimasiana aplicada à música, e a semiótica musical de base peirceana. Três representantes dessas linhas foram convidados a expor criticamente um panorama de cada abordagem. Os expositores foram, respectivamente, Prof. Dr. Luiz Paulo de Oliveira Sampaio (UNIRIO), Prof. Dr. Sidney José Molina Júnior (UniFiam-Faam, SP) e Prof. Dr. José Luiz Martinez (PUC-SP). O GT contou com 21 participantes. O encontro mais recente do GT foi realizado no Rio de Janeiro, na UFRJ, durnate o XV Congresso da ANPPOM, em julho de 2005. Nesta edição, os avanços nas três principais linhas do estudo da significação musical foram expostas: pela Profa. Dra. Sandra Loureiro de Freitas Reis (Pós-Graduação em Música da UFMG), que falou sobre a semiologia tripartite de Nattiez; pelo Prof. Dr. Ricardo Nogueira de Castro Monteiro (Universidade Anhembi-Morumbi e da Faculdade Carlos Gomes, São Paulo), que tratou da semiótica greimasiana aplicada à canção popular brasileira; e pelo Prof. Dr. José Luiz Martinez (PUC-SP), semiótica peirceana. O GT contou com 11 participantes. Os resultados das discussões foram publicados na revista Opus 11, 2005, 208-216. Objetivos do GT Este grupo de trabalho pretende elaborar discussões, com base na experiência musical e de pesquisa de cada participante, a respeito das diferentes metodologias de análise semiótica aplicadas à música. Estarão em foco questões como a pertinência, a adequação, os resultados obtidos e sua utilidade para a prática musical que podem ser derivados a partir de diversas linhas de análise semiótica. Tomaremos como base cinco paradigmas: 1. a semiologia tripartite de Nattiez, 2. a narratologia greimasiana aplicada à música (Tarasti, Tatit), 3. a semiótica musical de base peirceana (Hatten, Cumming, Martinez), 4. semiótica musical e as teorias da cognição (Canno, Brower), 5. o gesto musical (Hatten, Peirce). Representantes dessas linhas serão convidados a exporem seus pontos de vista e demonstrarem os resultados obtidos. Seguirão discussões e comentários com a participação de todo o grupo. From nanagifoni em gmail.com Tue Jun 12 19:37:10 2007 From: nanagifoni em gmail.com (Luciana Gifoni) Date: Tue, 12 Jun 2007 19:37:10 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_espet_=E1_culo_=22Luar_Trovado?= =?iso-8859-1?q?=22=2C_baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Schoenbe?= =?iso-8859-1?q?rg?= In-Reply-To: <9b5b7d3d0706121533meb10546gde28f3c5c0353ffe@mail.gmail.com> References: <466EA272.BD5C1C11@unb.br> <9b5b7d3d0706121533meb10546gde28f3c5c0353ffe@mail.gmail.com> Message-ID: <9b5b7d3d0706121537p7cbe84c5xe8c103a2e4115000@mail.gmail.com> Em 12/06/07, Luciana Gifoni escreveu: > > Prezado professor Antunes, > > interessante seu depoimento, gostaria mesmo de ter visto esse espetáculo, > mas apenas esclarecendo um ponto do relato: Claudinho E Bochecha formavam > uma dupla, o primeiro morreu em um acidente de carro em 1996, quanto ao > outro não faço idéia do que anda fazendo. > > Abraços, > > Luciana > > p.s.: quanto ao Luar Trovado, assisti no domingo, não teve Tom Zé nem > discurso nenhum do Gerald Thomas. Ufa. > > Em 12/06/07, Jorge Antunes escreveu: > > > > Caros Zé Luiz, Fernando e Carlos: > > > > Gostei muito da discussão sobre o tema do diálogo Pierrot & Funk. > > Não vi e não gostei. > > As opiniões de vocês, que assistiram, corroboram meu vaticínio. > > > > Gostaria de informar que apresentei, em 2005, nos CCBBs do Rio e de > > Brasília, espetáculos que também colocavam no palco linguagens > > tradicionalmente consideradas antagônicas. > > Estou me referindo à série intitulada Speculum Brasilis. > > Os espetáculos eram do tipo "non stop". Cada um deles mesclava música > > eletroacústica (pré-gravada, sintetizador analógico e computador) com uma > > manifestação musical popular. O primeiro espetáculo usava o chorinho com > > bandolim (Hamilton de Holanda). No segundo tínhamos o grupo de bumba-meu-boi > > do Seu Teodoro. O terceiro contava com a participação de um coro de câmara > > cantando canções folclóricas. O quarto tinha a viola caipira (Roberto > > Corrêa). > > Cada um desses espetáculos usava a simultaneidade das linguagens. > > Diálogos esporádicos, linguagens alternadas, também eram usados, mas com > > breves durações. Assim, o que acontecia predominantemente era a fusão. > > Em boa parte do tempo em que a tradição popular atuava, eu a processava > > no computador em tempo real com o GRM-Tools no G4. > > > > A seguir relato o que mais interessa. > > No Rio teríamos que apresentar um quinto espetáculo. Para este estava > > prevista, no projeto, a participação do funk carioca com a Tati > > Quebra-Barraco. > > O meu produtor entrou em contato com ela, que o enviou ao seu empresário > > (creio que este era seu próprio marido). > > Não deu certo, porque o empresário era arrogante e exigia uma fortuna de > > cachê. > > Depois convidamos o Claudinho Bochecha. O empresário desse foi mais > > cordial e interessado e o valor pedido como cachê era bem mais coerente e > > acessível para nós. Quando ficou tudo acertado, o Bochecha me pediu um > > "demo" da "tal" música eletroacústica. > > A conversa acabou logo. Segundo o empresário, o Claudinho Bochecha não > > gostou, ou ficou amedrontado. > > Finalmente, fizemos o quinto espetáculo com uma dupla caipira. > > > > Devo salientar que todas as músicas, com exceção daquela do > > bumba-meu-boi, eram de minha autoria. Tanto as eletroacústicas quanto as > > "populares" : choros, canções, coco, embolada, cantoria etc. > > > > Modestia à parte, deu tudo muito certo, com resultado muito bom. O > > público que assistiu era eclético e gostou. Dos nossos colegas membros da > > Anppom que assistiram, lembro-me de apenas três nomes: Carlos Kater, Isabel > > Montandom e Ricardo Tacuchian. > > > > Creio que o acerto foi conseqüência de dois fatores que não estiveram > > presentes nessa experiência do Sesc Pinheiros, com o diálogo Schoenberg & > > Funk: > > 1- O predomínio da simultaneidade de linguagens, em lugar da > > alternância; > > 2- A utilização de obras do mesmo autor. > > > > Abraço, > > Jorge Antunes > > > > PS. A seguir, para que se divirtam um pouco, reproduzo as redondilhas > > que escrevi para os cantadores do quinto espetáculo. > > > > CANTORIAS de Jorge Antunes para o Speculum Brasilis > > para serem cantadas por Chico de Assis e João Santana > > > > O dotô da Academia > > sabe tudo de montão. > > Ele faz até transplante > > de rim e de coração. > > Só não quero que ele cante: > > vai tirá meu ganha-pão. > > > > Mas tem coisa que o dotô > > não tem a menor noção. > > É saber que quem conhece > > é o cabôco do sertão, > > que sabe de muita prece > > pra curá todo cristão. > > > > Da cozinheria na roça > > vou contar segredo dela: > > pro arroz não se queimar > > não ficar como a barrela > > é uma cruz você riscar > > bem no fundo da panela. > > > > Quando tem dois cantadô > > nossa voz a gente dobra. > > Na noite escura e sombria > > o cuidado se redobra: > > ai daquele que assobia > > pois está chamando cobra. > > > > O dotô não sabe tudo, > > acho que nem sabe rima. > > Se a ferida de sarar > > pó e banha não anima, > > de manhã, ao levantar, > > cospe três vezes em cima. > > > > O mestre do contraponto > > sabe até fazê uma fuga. > > Mas aponta uma estrela > > que no infinito madruga, > > pois não sabe que ao vê-la > > vem no dedo uma verruga. > > > > O maestro que dá aula > > lá na Universidade > > sabe tudo de Chopén, > > sabe de tonalidade, > > dizem que sabe também > > fazer música que agrade. > > > > O meu filho Joãozinho > > e minha sobrinha Mônica > > estudaram com um mestre > > que tinha doença crônica: > > só compunha Sinfonia > > misturada em eletrônica. > > > > Muitas coisas eles ouvem > > desde Bach até Beethoven. > > Gravam sons que vêm do céu, > > fazem musca com o mause, > > ouvem Bruckner, Ravel, > > até mesmo Stockrrause. > > > > Eles ligam as orelha > > num sonzinho muito doido. > > Fazem zumbidos de abelha > > som de pato, som de cuco, > > tocam o que dá na telha, > > fazem um som bem maluco. > > > > > > Nós aqui fora do campus > > só fazemos som singelo. > > Não entendo o que houve, > > eu me espanto, eu me gelo: > > o maestro que nos ouve > > diz que nosso som é belo. > > > > Nosso canto é matuto > > mas não chega ao fracasso. > > Eu insisto e eu luto > > pra mostrar tudo que faço, > > e tô sempre muito puto > > quando não encontro espaço. > > > > Também diz a mesma coisa > > o maestro sabichão. > > Só de ópera tem quatro > > com muita bela canção, > > não encontra um teatro > > pra mostrar a produção. > > > > Muita obra tem o home, > > sinfonias e quartetos. > > Ele escreve em qualquer data > > acordes muito bem feitos. > > Ele tem até cantata, > > muitos trios e duetos > > > > Com apoio dos ricaço > > por aí tem muita droga. > > O que é bom não tem espaço, > > não tem grana, não tem folga. > > (*tirando o chapéu*) > > O chapéu que agora eu passo > > vai todo pra óp'ra Olga. > > > > Se esse trabalho do mestre > > tá um pouco esquecido, > > ele tá que nem a gente, > > sem apoio, bem fudido. > > Se juntá a gente sente > > vai ficar fortalecido. > > > > Música que tem ciência, > > tem beleza, tem poema, > > que tem alma, tem essência, > > que tem som um tanto novo, > > pode fundir sem problema > > com o canto do meu povo. > > > > O saber da Academia > > não pode estacionar. > > Toda aquela teoria > > ganha muito se juntar > > a busca do dia-a-dia > > com o saber popular. > > > > O cantar do erudito > > tá perdido no mercado. > > É que nem canto na feira > > que em busca de um trocado > > anda sem eira nem beira > > e sai sempre machucado. > > > > Pega a voz do cantador > > e transforma em alquimia. > > Mete no computador > > transformando a noite em dia. > > É liquidificador > > que enlouquece a melodia. > > > > Eletrônica e canto > > vão juntando energia. > > Ri o jovem, chora a dona, > > ri o home, chora a moça. > > É fusão que emociona, > > é união que faz a força. > > > > > > > > José Luiz Martinez wrote: > > > > Caros colegas, > > > > Eu e o Fernando Iazzetta assistimos o espetáculo "Luar Trovado", baseado > > em > > "Pierrot Lunaire" de Schoenberg, sábado passado. O espetáculo aconteceu > > no > > teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo. A direção cênica é assinada por > > Gerald Thomas e a direção musical é de Lívio Tratenberg. > > > > Embora eu e o Fernando não tenhamos nos encontrado no teatro, > > concordamos > > sobre o resultado. Repasso agora para as listas onde foi realizada > > (alguns > > dias antes do espetáculo) uma proveitosa discussão sobre Pierrot, Deise > > Tigrona, bizarrices, etc. as mensagens trocadas hoje entre eu, o > > Fernando e > > mais alguns colegas. > > > > Confesso que toda a nossa discussão na lista da Anppom e na Musikeion > > foi me > > instigando. Eu estava curioso para ver o "Luar Trovado". Afinal, o > > espetáculo portava boas promessas como a obra de Schoenberg com tradução > > de > > Augusto de Campos e diversos convidados que no mínimo garantiriam algo > > de > > bizarro. A partitura de "Pierrot Lunaire" foi executada corretamente. > > Mas, > > infelizmente, o espetáculo foi decepcionante. Valeu apenas pela > > iniciativa. > > Que outras experiências venham à luz e que o Sesc possa continuar > > bancando > > algo fundamental em ópera contemporânea. Criar e colocar em cena para > > que o > > público veja e julgue. > > > > Gostaria de advertir que concordamos em não omitir ou utilizar quaisquer > > > > eufemismos para os títulos dos funks cantados pela Deise Tigrona. Assim, > > > > aqueles que possivelmente se ofenderiam com palavras de baixo calão, por > > > > favor, desconsiderem essa mensagem e não leiam o que segue. > > > > Cordialmente, > > Martinez > > > > -- > > Prof. Dr. José Luiz Martinez > > Departamento de Linguagens do Corpo > > Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP > > > > Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música > > http://www.pucsp.br/pos/cos/rism > > > > Musikeion - fórum sobre signficação musical > > http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion > > http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ > > > > ********************************************************************** > > > > Caro Fernando, > > > > Eu também estava lá no sábado, pena que a gente não se encontrou na > > saída > > para bebericar uma crítica ferina ao espetáculo, chamado de ópera. Eu > > pretendia escrever alguma coisa na lista da Anppom e na Musikeion. > > Afinal, > > depois de tanta conversa, nossos colegas devem estar curiosos. Você > > permitiria que eu citasse sua mensagem e postasse na lista da Anppom? > > Será > > que teremos que usar eufemismos para o funk "a porra da boceta é minha"? > > > > > > Eu concordo com tudo o que você disse. E acrescentaria o desnível entre > > as > > composições do Lívio Tratenberg e as peças do "Pierrot" de Schoenberg. É > > uma > > responsabiliade muito grande você compor peças para serem executadas ao > > lado > > de um clássico do séc. XX. Na minha opinião, as do Lívio eram todas > > muito > > fracas, inclusive as eletroacústicas. Outra coisa difícil de aguentar > > eram > > as "interações" entre a Lucila Tratenberg e a Adélia Issa. A coisa foi > > colocada como um conflito entre as duas cantoras, inclusive resvalando > > sobre > > uma politicamente incorreta briga entre a gorda e a magra > > (respectivamente > > Adélia e Lucila). Musicalmente era fraquíssimo. Num ponto da cena > > entrava um > > clarone e uma tuba, mas os dois músicos passavam sem nenhuma interação > > cênica com as duas. Se é para fazer uma cena grotesca e politicamente > > incorreta, que se faça direito! > > > > O diálogo ficou mesmo entre a Deise e os músicos fazendo o "Pierrot". O > > público aplaudia fortemente a funqueira. Poderia ter sido construído por > > aí. > > Mas era uma simples alternância. Os músicos e a Adélia ficavam no escuro > > e > > entrava a Deise. A Deise saia e voltavam os músicos. Seria melhor do que > > > > toda a cenografia obvia e efeitos desperdiçados. Até uma encenação de > > algumas das canções de Schoenberg teria sido melhor. "Lavadeira Lívida", > > por > > exemplo, poderia ter uma cena correspondente com a bailarina. Qualquer > > coisa > > seria melhor do que aquele casal de atores fazendo piquenique na lua, ou > > um > > fotógrafo que entrava em cena disparando o flash, personagens > > completamente > > inexpressivos e dispensáveis. Ainda que óbvio por outro lado, eu > > preferiria > > que o cenário fosse uma favela. Seria mais instigante do que o pastiche > > lunar. > > > > Acho que a Elke Maravilha (dublando horrivelmente sua voz gravada, num > > texto > > fraco e mal interpretado) representa bem a idéia central da direção > > cênica > > de colocar alguns ícones da mídia, mais pelo nome do que pela atuação, > > para > > compor algo muito bizarro, mas que no fim implodiu pela inconsistência > > musical e cênica. > > > > Para mim a amplificação da voz da Adélia tinha um problema técnico. Não > > sei > > se você (Fernando) concorda. Mas estava tudo bem enquanto ela cantava em > > pp > > ou mf, mas quando ela ia para o f e ff a amplificação fazia a voz da > > Adélia > > ficar insuportavelmente forte, encobrindo completamente os instrumentos. > > > > Faltou aí um compressor? > > > > A história do Tom Zé era o que faltava para acabar com toda a "ópera". > > Talvez o G. Thomas tenha percebido ao final que nada daquilo parava de > > pé e > > resolveu transformar tudo em programa de auditório. Ao menos disfarçou a > > > > reação da platéia... > > > > Abraços, > > Martinez > > > > On 10/06/2007 02:50, "Fernando Iazzetta" wrote: > > > > > Meus caros, > > > > > > Foi alarme falso. Me dei ao trabalho de ir conferir o pierrot com > > funk. A > > > deise tigrona funkeou com "a buceta é minha, eu dou pra quem eu > > quiser", a > > > Elke maravilha fez um "dueto" com a lucilia tragtemberg e a adelia > > issa > > > cantou direitinho umas partes do pierrot schoenberguiano. Tudo normal. > > > > > Fizeram boa música até. > > > > > > O bizarro ficou mesmo por conta do Gerald Thomas e põe bizarro nisso. > > O > > > espetáculo é horroroso, dos cenários à direção de cena, parecia > > trabalho de > > > estudantes de artes cênicas que ainda não entenderam como se juntam > > idéias e > > > realização. > > > > > > Para completar no finalzinho da encenação o G Thomas entrou no palco e > > falou > > > que no Brasil tem um cara mais fantástico e radical que Schoenberg, e > > chamou > > > o Tom Zé que levantou da primeira fila da platéia e fez um discurso > > > gaguejado em que misturou assuntos como "o cromatismo de Mahler" com > > a > > > buceta da tigrona e por aí vai... De repente chamaram o Danilo Miranda > > > > > (manda-chuva do SESC), depois o cara que fez a cenografia, depois a > > deise > > > tigrona com a Elke, todo mundo se cumprimentou palco (tudo bem, os > > músicos > > > ficaram num canto sem saber o que fazer). Quando a coisa começou a > > sair de > > > controle o G Thomas pediu para baixar a cortina, e... acabou! > > > > > > Tão bizarro que muita gente não sabia se era pra bater palma ou se a > > "coisa" > > > ia recomeçar depois de um intervalo. > > > > > > > > > Abraços, fernando > > > > > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From nanagifoni em gmail.com Tue Jun 12 19:44:38 2007 From: nanagifoni em gmail.com (Luciana Gifoni) Date: Tue, 12 Jun 2007 19:44:38 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Sobre_o_espet_=E1_culo_=22Luar_Trovado?= =?iso-8859-1?q?=22=2C_baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Schoenbe?= =?iso-8859-1?q?rg?= In-Reply-To: <9b5b7d3d0706121537p7cbe84c5xe8c103a2e4115000@mail.gmail.com> References: <466EA272.BD5C1C11@unb.br> <9b5b7d3d0706121533meb10546gde28f3c5c0353ffe@mail.gmail.com> <9b5b7d3d0706121537p7cbe84c5xe8c103a2e4115000@mail.gmail.com> Message-ID: <9b5b7d3d0706121544h117274d2w78cce5a65a189e70@mail.gmail.com> Ooops, desculpem, 1996 não, acho que foi depois, 2002, por aí. Em 12/06/07, Luciana Gifoni escreveu: > > > > Em 12/06/07, Luciana Gifoni escreveu: > > > > Prezado professor Antunes, > > > > interessante seu depoimento, gostaria mesmo de ter visto esse > > espetáculo, mas apenas esclarecendo um ponto do relato: Claudinho E > > Bochecha formavam uma dupla, o primeiro morreu em um acidente de carro em > > 1996, quanto ao outro não faço idéia do que anda fazendo. > > > > Abraços, > > > > Luciana > > > > p.s.: quanto ao Luar Trovado, assisti no domingo, não teve Tom Zé nem > > discurso nenhum do Gerald Thomas. Ufa. > > > > Em 12/06/07, Jorge Antunes escreveu: > > > > > > Caros Zé Luiz, Fernando e Carlos: > > > > > > Gostei muito da discussão sobre o tema do diálogo Pierrot & Funk. > > > Não vi e não gostei. > > > As opiniões de vocês, que assistiram, corroboram meu vaticínio. > > > > > > Gostaria de informar que apresentei, em 2005, nos CCBBs do Rio e de > > > Brasília, espetáculos que também colocavam no palco linguagens > > > tradicionalmente consideradas antagônicas. > > > Estou me referindo à série intitulada Speculum Brasilis. > > > Os espetáculos eram do tipo "non stop". Cada um deles mesclava música > > > eletroacústica (pré-gravada, sintetizador analógico e computador) com uma > > > manifestação musical popular. O primeiro espetáculo usava o chorinho com > > > bandolim (Hamilton de Holanda). No segundo tínhamos o grupo de bumba-meu-boi > > > do Seu Teodoro. O terceiro contava com a participação de um coro de câmara > > > cantando canções folclóricas. O quarto tinha a viola caipira (Roberto > > > Corrêa). > > > Cada um desses espetáculos usava a simultaneidade das linguagens. > > > Diálogos esporádicos, linguagens alternadas, também eram usados, mas com > > > breves durações. Assim, o que acontecia predominantemente era a fusão. > > > Em boa parte do tempo em que a tradição popular atuava, eu a > > > processava no computador em tempo real com o GRM-Tools no G4. > > > > > > A seguir relato o que mais interessa. > > > No Rio teríamos que apresentar um quinto espetáculo. Para este estava > > > prevista, no projeto, a participação do funk carioca com a Tati > > > Quebra-Barraco. > > > O meu produtor entrou em contato com ela, que o enviou ao seu > > > empresário (creio que este era seu próprio marido). > > > Não deu certo, porque o empresário era arrogante e exigia uma fortuna > > > de cachê. > > > Depois convidamos o Claudinho Bochecha. O empresário desse foi mais > > > cordial e interessado e o valor pedido como cachê era bem mais coerente e > > > acessível para nós. Quando ficou tudo acertado, o Bochecha me pediu um > > > "demo" da "tal" música eletroacústica. > > > A conversa acabou logo. Segundo o empresário, o Claudinho Bochecha não > > > gostou, ou ficou amedrontado. > > > Finalmente, fizemos o quinto espetáculo com uma dupla caipira. > > > > > > Devo salientar que todas as músicas, com exceção daquela do > > > bumba-meu-boi, eram de minha autoria. Tanto as eletroacústicas quanto as > > > "populares" : choros, canções, coco, embolada, cantoria etc. > > > > > > Modestia à parte, deu tudo muito certo, com resultado muito bom. O > > > público que assistiu era eclético e gostou. Dos nossos colegas membros da > > > Anppom que assistiram, lembro-me de apenas três nomes: Carlos Kater, Isabel > > > Montandom e Ricardo Tacuchian. > > > > > > Creio que o acerto foi conseqüência de dois fatores que não estiveram > > > presentes nessa experiência do Sesc Pinheiros, com o diálogo Schoenberg & > > > Funk: > > > 1- O predomínio da simultaneidade de linguagens, em lugar da > > > alternância; > > > 2- A utilização de obras do mesmo autor. > > > > > > Abraço, > > > Jorge Antunes > > > > > > PS. A seguir, para que se divirtam um pouco, reproduzo as redondilhas > > > que escrevi para os cantadores do quinto espetáculo. > > > > > > CANTORIAS de Jorge Antunes para o Speculum Brasilis > > > para serem cantadas por Chico de Assis e João Santana > > > > > > O dotô da Academia > > > sabe tudo de montão. > > > Ele faz até transplante > > > de rim e de coração. > > > Só não quero que ele cante: > > > vai tirá meu ganha-pão. > > > > > > Mas tem coisa que o dotô > > > não tem a menor noção. > > > É saber que quem conhece > > > é o cabôco do sertão, > > > que sabe de muita prece > > > pra curá todo cristão. > > > > > > Da cozinheria na roça > > > vou contar segredo dela: > > > pro arroz não se queimar > > > não ficar como a barrela > > > é uma cruz você riscar > > > bem no fundo da panela. > > > > > > Quando tem dois cantadô > > > nossa voz a gente dobra. > > > Na noite escura e sombria > > > o cuidado se redobra: > > > ai daquele que assobia > > > pois está chamando cobra. > > > > > > O dotô não sabe tudo, > > > acho que nem sabe rima. > > > Se a ferida de sarar > > > pó e banha não anima, > > > de manhã, ao levantar, > > > cospe três vezes em cima. > > > > > > O mestre do contraponto > > > sabe até fazê uma fuga. > > > Mas aponta uma estrela > > > que no infinito madruga, > > > pois não sabe que ao vê-la > > > vem no dedo uma verruga. > > > > > > O maestro que dá aula > > > lá na Universidade > > > sabe tudo de Chopén, > > > sabe de tonalidade, > > > dizem que sabe também > > > fazer música que agrade. > > > > > > O meu filho Joãozinho > > > e minha sobrinha Mônica > > > estudaram com um mestre > > > que tinha doença crônica: > > > só compunha Sinfonia > > > misturada em eletrônica. > > > > > > Muitas coisas eles ouvem > > > desde Bach até Beethoven. > > > Gravam sons que vêm do céu, > > > fazem musca com o mause, > > > ouvem Bruckner, Ravel, > > > até mesmo Stockrrause. > > > > > > Eles ligam as orelha > > > num sonzinho muito doido. > > > Fazem zumbidos de abelha > > > som de pato, som de cuco, > > > tocam o que dá na telha, > > > fazem um som bem maluco. > > > > > > > > > Nós aqui fora do campus > > > só fazemos som singelo. > > > Não entendo o que houve, > > > eu me espanto, eu me gelo: > > > o maestro que nos ouve > > > diz que nosso som é belo. > > > > > > Nosso canto é matuto > > > mas não chega ao fracasso. > > > Eu insisto e eu luto > > > pra mostrar tudo que faço, > > > e tô sempre muito puto > > > quando não encontro espaço. > > > > > > Também diz a mesma coisa > > > o maestro sabichão. > > > Só de ópera tem quatro > > > com muita bela canção, > > > não encontra um teatro > > > pra mostrar a produção. > > > > > > Muita obra tem o home, > > > sinfonias e quartetos. > > > Ele escreve em qualquer data > > > acordes muito bem feitos. > > > Ele tem até cantata, > > > muitos trios e duetos > > > > > > Com apoio dos ricaço > > > por aí tem muita droga. > > > O que é bom não tem espaço, > > > não tem grana, não tem folga. > > > (*tirando o chapéu*) > > > O chapéu que agora eu passo > > > vai todo pra óp'ra Olga. > > > > > > Se esse trabalho do mestre > > > tá um pouco esquecido, > > > ele tá que nem a gente, > > > sem apoio, bem fudido. > > > Se juntá a gente sente > > > vai ficar fortalecido. > > > > > > Música que tem ciência, > > > tem beleza, tem poema, > > > que tem alma, tem essência, > > > que tem som um tanto novo, > > > pode fundir sem problema > > > com o canto do meu povo. > > > > > > O saber da Academia > > > não pode estacionar. > > > Toda aquela teoria > > > ganha muito se juntar > > > a busca do dia-a-dia > > > com o saber popular. > > > > > > O cantar do erudito > > > tá perdido no mercado. > > > É que nem canto na feira > > > que em busca de um trocado > > > anda sem eira nem beira > > > e sai sempre machucado. > > > > > > Pega a voz do cantador > > > e transforma em alquimia. > > > Mete no computador > > > transformando a noite em dia. > > > É liquidificador > > > que enlouquece a melodia. > > > > > > Eletrônica e canto > > > vão juntando energia. > > > Ri o jovem, chora a dona, > > > ri o home, chora a moça. > > > É fusão que emociona, > > > é união que faz a força. > > > > > > > > > > > > José Luiz Martinez wrote: > > > > > > Caros colegas, > > > > > > Eu e o Fernando Iazzetta assistimos o espetáculo "Luar Trovado", > > > baseado em > > > "Pierrot Lunaire" de Schoenberg, sábado passado. O espetáculo > > > aconteceu no > > > teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo. A direção cênica é assinada > > > por > > > Gerald Thomas e a direção musical é de Lívio Tratenberg. > > > > > > Embora eu e o Fernando não tenhamos nos encontrado no teatro, > > > concordamos > > > sobre o resultado. Repasso agora para as listas onde foi realizada > > > (alguns > > > dias antes do espetáculo) uma proveitosa discussão sobre Pierrot, > > > Deise > > > Tigrona, bizarrices, etc. as mensagens trocadas hoje entre eu, o > > > Fernando e > > > mais alguns colegas. > > > > > > Confesso que toda a nossa discussão na lista da Anppom e na Musikeion > > > foi me > > > instigando. Eu estava curioso para ver o "Luar Trovado". Afinal, o > > > espetáculo portava boas promessas como a obra de Schoenberg com > > > tradução de > > > Augusto de Campos e diversos convidados que no mínimo garantiriam algo > > > de > > > bizarro. A partitura de "Pierrot Lunaire" foi executada corretamente. > > > Mas, > > > infelizmente, o espetáculo foi decepcionante. Valeu apenas pela > > > iniciativa. > > > Que outras experiências venham à luz e que o Sesc possa continuar > > > bancando > > > algo fundamental em ópera contemporânea. Criar e colocar em cena para > > > que o > > > público veja e julgue. > > > > > > Gostaria de advertir que concordamos em não omitir ou utilizar > > > quaisquer > > > eufemismos para os títulos dos funks cantados pela Deise Tigrona. > > > Assim, > > > aqueles que possivelmente se ofenderiam com palavras de baixo calão, > > > por > > > favor, desconsiderem essa mensagem e não leiam o que segue. > > > > > > Cordialmente, > > > Martinez > > > > > > -- > > > Prof. Dr. José Luiz Martinez > > > Departamento de Linguagens do Corpo > > > Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP > > > > > > Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música > > > http://www.pucsp.br/pos/cos/rism > > > > > > Musikeion - fórum sobre signficação musical > > > http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion > > > http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ > > > > > > ********************************************************************** > > > > > > > > > Caro Fernando, > > > > > > Eu também estava lá no sábado, pena que a gente não se encontrou na > > > saída > > > para bebericar uma crítica ferina ao espetáculo, chamado de ópera. Eu > > > pretendia escrever alguma coisa na lista da Anppom e na Musikeion. > > > Afinal, > > > depois de tanta conversa, nossos colegas devem estar curiosos. Você > > > permitiria que eu citasse sua mensagem e postasse na lista da Anppom? > > > Será > > > que teremos que usar eufemismos para o funk "a porra da boceta é > > > minha"? > > > > > > Eu concordo com tudo o que você disse. E acrescentaria o desnível > > > entre as > > > composições do Lívio Tratenberg e as peças do "Pierrot" de Schoenberg. > > > É uma > > > responsabiliade muito grande você compor peças para serem executadas > > > ao lado > > > de um clássico do séc. XX. Na minha opinião, as do Lívio eram todas > > > muito > > > fracas, inclusive as eletroacústicas. Outra coisa difícil de aguentar > > > eram > > > as "interações" entre a Lucila Tratenberg e a Adélia Issa. A coisa foi > > > > > > colocada como um conflito entre as duas cantoras, inclusive resvalando > > > sobre > > > uma politicamente incorreta briga entre a gorda e a magra > > > (respectivamente > > > Adélia e Lucila). Musicalmente era fraquíssimo. Num ponto da cena > > > entrava um > > > clarone e uma tuba, mas os dois músicos passavam sem nenhuma interação > > > > > > cênica com as duas. Se é para fazer uma cena grotesca e politicamente > > > incorreta, que se faça direito! > > > > > > O diálogo ficou mesmo entre a Deise e os músicos fazendo o "Pierrot". > > > O > > > público aplaudia fortemente a funqueira. Poderia ter sido construído > > > por aí. > > > Mas era uma simples alternância. Os músicos e a Adélia ficavam no > > > escuro e > > > entrava a Deise. A Deise saia e voltavam os músicos. Seria melhor do > > > que > > > toda a cenografia obvia e efeitos desperdiçados. Até uma encenação de > > > algumas das canções de Schoenberg teria sido melhor. "Lavadeira > > > Lívida", por > > > exemplo, poderia ter uma cena correspondente com a bailarina. Qualquer > > > coisa > > > seria melhor do que aquele casal de atores fazendo piquenique na lua, > > > ou um > > > fotógrafo que entrava em cena disparando o flash, personagens > > > completamente > > > inexpressivos e dispensáveis. Ainda que óbvio por outro lado, eu > > > preferiria > > > que o cenário fosse uma favela. Seria mais instigante do que o > > > pastiche > > > lunar. > > > > > > Acho que a Elke Maravilha (dublando horrivelmente sua voz gravada, num > > > texto > > > fraco e mal interpretado) representa bem a idéia central da direção > > > cênica > > > de colocar alguns ícones da mídia, mais pelo nome do que pela atuação, > > > para > > > compor algo muito bizarro, mas que no fim implodiu pela inconsistência > > > > > > musical e cênica. > > > > > > Para mim a amplificação da voz da Adélia tinha um problema técnico. > > > Não sei > > > se você (Fernando) concorda. Mas estava tudo bem enquanto ela cantava > > > em pp > > > ou mf, mas quando ela ia para o f e ff a amplificação fazia a voz da > > > Adélia > > > ficar insuportavelmente forte, encobrindo completamente os > > > instrumentos. > > > Faltou aí um compressor? > > > > > > A história do Tom Zé era o que faltava para acabar com toda a "ópera". > > > > > > Talvez o G. Thomas tenha percebido ao final que nada daquilo parava de > > > pé e > > > resolveu transformar tudo em programa de auditório. Ao menos disfarçou > > > a > > > reação da platéia... > > > > > > Abraços, > > > Martinez > > > > > > On 10/06/2007 02:50, "Fernando Iazzetta" wrote: > > > > > > > Meus caros, > > > > > > > > Foi alarme falso. Me dei ao trabalho de ir conferir o pierrot com > > > funk. A > > > > deise tigrona funkeou com "a buceta é minha, eu dou pra quem eu > > > quiser", a > > > > Elke maravilha fez um "dueto" com a lucilia tragtemberg e a adelia > > > issa > > > > cantou direitinho umas partes do pierrot schoenberguiano. Tudo > > > normal. > > > > Fizeram boa música até. > > > > > > > > O bizarro ficou mesmo por conta do Gerald Thomas e põe bizarro > > > nisso. O > > > > espetáculo é horroroso, dos cenários à direção de cena, parecia > > > trabalho de > > > > estudantes de artes cênicas que ainda não entenderam como se juntam > > > idéias e > > > > realização. > > > > > > > > Para completar no finalzinho da encenação o G Thomas entrou no palco > > > e falou > > > > que no Brasil tem um cara mais fantástico e radical que Schoenberg, > > > e chamou > > > > o Tom Zé que levantou da primeira fila da platéia e fez um discurso > > > > gaguejado em que misturou assuntos como "o cromatismo de Mahler" > > > com a > > > > buceta da tigrona e por aí vai... De repente chamaram o Danilo > > > Miranda > > > > (manda-chuva do SESC), depois o cara que fez a cenografia, depois a > > > deise > > > > tigrona com a Elke, todo mundo se cumprimentou palco (tudo bem, os > > > músicos > > > > ficaram num canto sem saber o que fazer). Quando a coisa começou a > > > sair de > > > > controle o G Thomas pediu para baixar a cortina, e... acabou! > > > > > > > > Tão bizarro que muita gente não sabia se era pra bater palma ou se a > > > "coisa" > > > > ia recomeçar depois de um intervalo. > > > > > > > > > > > > Abraços, fernando > > > > > > > > > > > > > > ________________________________________________ > > > Lista de discussões ANPPOM > > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > ________________________________________________ > > > > > > > > > ________________________________________________ > > > Lista de discussões ANPPOM > > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > > ________________________________________________ > > > > > > > > > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Wed Jun 13 02:41:25 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Wed, 13 Jun 2007 02:41:25 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Caludinho & Buchecha In-Reply-To: <9b5b7d3d0706121537p7cbe84c5xe8c103a2e4115000@mail.gmail.com> References: <466EA272.BD5C1C11@unb.br> <9b5b7d3d0706121533meb10546gde28f3c5c0353ffe@mail.gmail.com> <9b5b7d3d0706121537p7cbe84c5xe8c103a2e4115000@mail.gmail.com> Message-ID: <466F8385.7070502@terra.com.br> Claudinho (Cláudio Rodrigues) morreu em 13 julho de 2002 com 26 anos. Buchecha (Claucirlei Jovêncio de Souza), ex-pedreiro, ex office-boy e ex-camelô, continua cantando funk. Um dos sucessos iniciais da dupla do Salgueiro foi o "Rap do Salgueiro", em 1993. O auge foi em 1997, na Universal, com "Quero te encontrar" (com o estalido da bochecha do Buchecha, produção de Memê), do álbum _A forma_, 1 milhão e 250 mil cópias vendidas (platina quíntupla). No total, seus 6 álbuns venderam 3 milhões de cópias. O "Rap do Salgueiro" ilustra o linguajar "rebuscado e coloquial" da dupla: Eu sou pobre, pobre, pobre, pobre de marré Mas sou rico, rico, rico, rico de mulher Eu sou pobre, pobre, pobre de marré de si Eu sou Mc Claudinho, sou Buchecha estou aqui Ressuscita São Gonçaloooooooo Liberta DJ! Olé, olá, Salgueiro vem com Pira e a Força vai chegar, iê Eu quero ver abalar, sacudir a massa, arrepiar, oh yes Agitar o mundo, vamos navegar O Salgueiro, Força e Pira, ninguém pode parar A curtição do funk, cada vez melhor A massa se reúne em um motivo só Dançar a dança do cangurú e da cabeça E dançar a dança da bundinha não se esqueça Salgueiro, Força e Pira aplaudem essa emoção De corpo e alma, na palma na mão Levando as galeras a lutarem com firmeza Pela paz nos bailes que curtir é uma beleza As mulheres lindas que tem no Brasil Fonte de riqueza, quem provou já viu Que não existe nada igualável no país Nem o ouro nem a prata faz o homem mais feliz, iê No jogo do pecado eu vou arrebentar Nesse trem fantasma eu vou me acabar E cada momento nesse dia eu lembrarei Toda importância, eu vou me sentir um rei Faz bem curtir a vida com uma razão de ser Zoa na moral, deixa o funk te envolver Por isso agora quero ver animação Trazendo a alegria de viver com emoção Um homem consciente age sempre na moral, oh yes Com uma mina do lado, num clima divinal É hora do funkeiro demonstrar o seu valor Anunciar ao mundo a nobreza do amor As galeras irão se unir diante do prazer Solte essa riqueza que existe em você A massa acha responsa quando encontra um negão Zoando, rebolando suado no salão Neste exato momento eu me aproximo da razão, yes No escuro levo a paz como iluminação Menina me envolve com o seu febril olhar Balança teu corpinho no salão que eu vou passar Boassú, Boa vista, Young Flu Vianna e Madama, Paiva, Trovão Azul Martins, Catarina, Jóquei, Arsenal Cruzeiro, Pecado, Caçador, Central Responsas do outro lado que provocam eclosão Irmãos lá da Mineira, Salgueiro é sangue bom Galeras que agitam com união Massa funkeira arrebentação, Oh yes -- cvp > interessante seu depoimento, gostaria mesmo de ter visto esse > espetáculo, mas apenas esclarecendo um ponto do relato: > Claudinho E Bochecha formavam uma dupla, o primeiro morreu em um > acidente de carro em 1996, quanto ao outro não faço idéia do que > anda fazendo. > > Abraços, > > Luciana > > p.s.: quanto ao Luar Trovado, assisti no domingo, não teve Tom Zé > nem discurso nenhum do Gerald Thomas. Ufa. > > Em 12/06/07, *Jorge Antunes* > escreveu: > > Caros Zé Luiz, Fernando e Carlos: > > Gostei muito da discussão sobre o tema do diálogo Pierrot & Funk. > Não vi e não gostei. > As opiniões de vocês, que assistiram, corroboram meu vaticínio. > > Gostaria de informar que apresentei, em 2005, nos CCBBs do Rio > e de Brasília, espetáculos que também colocavam no palco > linguagens tradicionalmente consideradas antagônicas. > Estou me referindo à série intitulada Speculum Brasilis. > Os espetáculos eram do tipo "non stop". Cada um deles mesclava > música eletroacústica (pré-gravada, sintetizador analógico e > computador) com uma manifestação musical popular. O primeiro > espetáculo usava o chorinho com bandolim (Hamilton de > Holanda). No segundo tínhamos o grupo de bumba-meu-boi do Seu > Teodoro. O terceiro contava com a participação de um coro de > câmara cantando canções folclóricas. O quarto tinha a viola > caipira (Roberto Corrêa). > Cada um desses espetáculos usava a simultaneidade das > linguagens. Diálogos esporádicos, linguagens alternadas, > também eram usados, mas com breves durações. Assim, o que > acontecia predominantemente era a fusão. > Em boa parte do tempo em que a tradição popular atuava, eu a > processava no computador em tempo real com o GRM-Tools no G4. > > A seguir relato o que mais interessa. > No Rio teríamos que apresentar um quinto espetáculo. Para este > estava prevista, no projeto, a participação do funk carioca > com a Tati Quebra-Barraco. > O meu produtor entrou em contato com ela, que o enviou ao seu > empresário (creio que este era seu próprio marido). > Não deu certo, porque o empresário era arrogante e exigia uma > fortuna de cachê. > Depois convidamos o Claudinho Bochecha. O empresário desse foi > mais cordial e interessado e o valor pedido como cachê era bem > mais coerente e acessível para nós. Quando ficou tudo > acertado, o Bochecha me pediu um "demo" da "tal" música > eletroacústica. > A conversa acabou logo. Segundo o empresário, o Claudinho > Bochecha não gostou, ou ficou amedrontado. > Finalmente, fizemos o quinto espetáculo com uma dupla caipira. > > Devo salientar que todas as músicas, com exceção daquela do > bumba-meu-boi, eram de minha autoria. Tanto as eletroacústicas > quanto as "populares" : choros, canções, coco, embolada, > cantoria etc. > > Modestia à parte, deu tudo muito certo, com resultado muito > bom. O público que assistiu era eclético e gostou. Dos nossos > colegas membros da Anppom que assistiram, lembro-me de apenas > três nomes: Carlos Kater, Isabel Montandom e Ricardo Tacuchian. > > Creio que o acerto foi conseqüência de dois fatores que não > estiveram presentes nessa experiência do Sesc Pinheiros, com o > diálogo Schoenberg & Funk: > 1- O predomínio da simultaneidade de linguagens, em lugar da > alternância; > 2- A utilização de obras do mesmo autor. > > Abraço, > Jorge Antunes > > PS. A seguir, para que se divirtam um pouco, reproduzo as > redondilhas que escrevi para os cantadores do quinto espetáculo. > > CANTORIAS de Jorge Antunes para o Speculum Brasilis > para serem cantadas por Chico de Assis e João Santana > > O dotô da Academia > sabe tudo de montão. > Ele faz até transplante > de rim e de coração. > Só não quero que ele cante: > vai tirá meu ganha-pão. > > Mas tem coisa que o dotô > não tem a menor noção. > É saber que quem conhece > é o cabôco do sertão, > que sabe de muita prece > pra curá todo cristão. > > Da cozinheria na roça > vou contar segredo dela: > pro arroz não se queimar > não ficar como a barrela > é uma cruz você riscar > bem no fundo da panela. > > Quando tem dois cantadô > nossa voz a gente dobra. > Na noite escura e sombria > o cuidado se redobra: > ai daquele que assobia > pois está chamando cobra. > > O dotô não sabe tudo, > acho que nem sabe rima. > Se a ferida de sarar > pó e banha não anima, > de manhã, ao levantar, > cospe três vezes em cima. > > O mestre do contraponto > sabe até fazê uma fuga. > Mas aponta uma estrela > que no infinito madruga, > pois não sabe que ao vê-la > vem no dedo uma verruga. > > O maestro que dá aula > lá na Universidade > sabe tudo de Chopén, > sabe de tonalidade, > dizem que sabe também > fazer música que agrade. > > O meu filho Joãozinho > e minha sobrinha Mônica > estudaram com um mestre > que tinha doença crônica: > só compunha Sinfonia > misturada em eletrônica. > > Muitas coisas eles ouvem > desde Bach até Beethoven. > Gravam sons que vêm do céu, > fazem musca com o mause, > ouvem Bruckner, Ravel, > até mesmo Stockrrause. > > Eles ligam as orelha > num sonzinho muito doido. > Fazem zumbidos de abelha > som de pato, som de cuco, > tocam o que dá na telha, > fazem um som bem maluco. > > > Nós aqui fora do campus > só fazemos som singelo. > Não entendo o que houve, > eu me espanto, eu me gelo: > o maestro que nos ouve > diz que nosso som é belo. > > Nosso canto é matuto > mas não chega ao fracasso. > Eu insisto e eu luto > pra mostrar tudo que faço, > e tô sempre muito puto > quando não encontro espaço. > > Também diz a mesma coisa > o maestro sabichão. > Só de ópera tem quatro > com muita bela canção, > não encontra um teatro > pra mostrar a produção. > > Muita obra tem o home, > sinfonias e quartetos. > Ele escreve em qualquer data > acordes muito bem feitos. > Ele tem até cantata, > muitos trios e duetos > > Com apoio dos ricaço > por aí tem muita droga. > O que é bom não tem espaço, > não tem grana, não tem folga. > (/tirando o chapéu/) > O chapéu que agora eu passo > vai todo pra óp'ra Olga. > > Se esse trabalho do mestre > tá um pouco esquecido, > ele tá que nem a gente, > sem apoio, bem fudido. > Se juntá a gente sente > vai ficar fortalecido. > > Música que tem ciência, > tem beleza, tem poema, > que tem alma, tem essência, > que tem som um tanto novo, > pode fundir sem problema > com o canto do meu povo. > > O saber da Academia > não pode estacionar. > Toda aquela teoria > ganha muito se juntar > a busca do dia-a-dia > com o saber popular. > > O cantar do erudito > tá perdido no mercado. > É que nem canto na feira > que em busca de um trocado > anda sem eira nem beira > e sai sempre machucado. > > Pega a voz do cantador > e transforma em alquimia. > Mete no computador > transformando a noite em dia. > É liquidificador > que enlouquece a melodia. > > Eletrônica e canto > vão juntando energia. > Ri o jovem, chora a dona, > ri o home, chora a moça. > É fusão que emociona, > é união que faz a força. > > > > > José Luiz Martinez wrote: > >> Caros colegas, >> >> Eu e o Fernando Iazzetta assistimos o espetáculo "Luar >> Trovado", baseado em >> "Pierrot Lunaire" de Schoenberg, sábado passado. O espetáculo >> aconteceu no >> teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo. A direção cênica é >> assinada por >> Gerald Thomas e a direção musical é de Lívio Tratenberg. >> >> Embora eu e o Fernando não tenhamos nos encontrado no teatro, >> concordamos >> sobre o resultado. Repasso agora para as listas onde foi >> realizada (alguns >> dias antes do espetáculo) uma proveitosa discussão sobre >> Pierrot, Deise >> Tigrona, bizarrices, etc. as mensagens trocadas hoje entre >> eu, o Fernando e >> mais alguns colegas. >> >> Confesso que toda a nossa discussão na lista da Anppom e na >> Musikeion foi me >> instigando. Eu estava curioso para ver o "Luar Trovado". >> Afinal, o >> espetáculo portava boas promessas como a obra de Schoenberg >> com tradução de >> Augusto de Campos e diversos convidados que no mínimo >> garantiriam algo de >> bizarro. A partitura de "Pierrot Lunaire" foi executada >> corretamente. Mas, >> infelizmente, o espetáculo foi decepcionante. Valeu apenas >> pela iniciativa. >> Que outras experiências venham à luz e que o Sesc possa >> continuar bancando >> algo fundamental em ópera contemporânea. Criar e colocar em >> cena para que o >> público veja e julgue. >> >> Gostaria de advertir que concordamos em não omitir ou >> utilizar quaisquer >> eufemismos para os títulos dos funks cantados pela Deise >> Tigrona. Assim, >> aqueles que possivelmente se ofenderiam com palavras de baixo >> calão, por >> favor, desconsiderem essa mensagem e não leiam o que segue. >> >> Cordialmente, >> Martinez >> >> -- >> Prof. Dr. José Luiz Martinez >> Departamento de Linguagens do Corpo >> Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP >> >> Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música >> http://www.pucsp.br/pos/cos/rism >> >> Musikeion - fórum sobre signficação musical >> http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion >> >> http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ >> >> ********************************************************************** >> >> >> Caro Fernando, >> >> Eu também estava lá no sábado, pena que a gente não se >> encontrou na saída >> para bebericar uma crítica ferina ao espetáculo, chamado de >> ópera. Eu >> pretendia escrever alguma coisa na lista da Anppom e na >> Musikeion. Afinal, >> depois de tanta conversa, nossos colegas devem estar >> curiosos. Você >> permitiria que eu citasse sua mensagem e postasse na lista da >> Anppom? Será >> que teremos que usar eufemismos para o funk "a porra da >> boceta é minha"? >> >> Eu concordo com tudo o que você disse. E acrescentaria o >> desnível entre as >> composições do Lívio Tratenberg e as peças do "Pierrot" de >> Schoenberg. É uma >> responsabiliade muito grande você compor peças para serem >> executadas ao lado >> de um clássico do séc. XX. Na minha opinião, as do Lívio eram >> todas muito >> fracas, inclusive as eletroacústicas. Outra coisa difícil de >> aguentar eram >> as "interações" entre a Lucila Tratenberg e a Adélia Issa. A >> coisa foi >> colocada como um conflito entre as duas cantoras, inclusive >> resvalando sobre >> uma politicamente incorreta briga entre a gorda e a magra >> (respectivamente >> Adélia e Lucila). Musicalmente era fraquíssimo. Num ponto da >> cena entrava um >> clarone e uma tuba, mas os dois músicos passavam sem nenhuma >> interação >> cênica com as duas. Se é para fazer uma cena grotesca e >> politicamente >> incorreta, que se faça direito! >> >> O diálogo ficou mesmo entre a Deise e os músicos fazendo o >> "Pierrot". O >> público aplaudia fortemente a funqueira. Poderia ter sido >> construído por aí. >> Mas era uma simples alternância. Os músicos e a Adélia >> ficavam no escuro e >> entrava a Deise. A Deise saia e voltavam os músicos. Seria >> melhor do que >> toda a cenografia obvia e efeitos desperdiçados. Até uma >> encenação de >> algumas das canções de Schoenberg teria sido melhor. >> "Lavadeira Lívida", por >> exemplo, poderia ter uma cena correspondente com a bailarina. >> Qualquer coisa >> seria melhor do que aquele casal de atores fazendo piquenique >> na lua, ou um >> fotógrafo que entrava em cena disparando o flash, personagens >> completamente >> inexpressivos e dispensáveis. Ainda que óbvio por outro lado, >> eu preferiria >> que o cenário fosse uma favela. Seria mais instigante do que >> o pastiche >> lunar. >> >> Acho que a Elke Maravilha (dublando horrivelmente sua voz >> gravada, num texto >> fraco e mal interpretado) representa bem a idéia central da >> direção cênica >> de colocar alguns ícones da mídia, mais pelo nome do que pela >> atuação, para >> compor algo muito bizarro, mas que no fim implodiu pela >> inconsistência >> musical e cênica. >> >> Para mim a amplificação da voz da Adélia tinha um problema >> técnico. Não sei >> se você (Fernando) concorda. Mas estava tudo bem enquanto ela >> cantava em pp >> ou mf, mas quando ela ia para o f e ff a amplificação fazia a >> voz da Adélia >> ficar insuportavelmente forte, encobrindo completamente os >> instrumentos. >> Faltou aí um compressor? >> >> A história do Tom Zé era o que faltava para acabar com toda a >> "ópera". >> Talvez o G. Thomas tenha percebido ao final que nada daquilo >> parava de pé e >> resolveu transformar tudo em programa de auditório. Ao menos >> disfarçou a >> reação da platéia... >> >> Abraços, >> Martinez >> >> On 10/06/2007 02:50, "Fernando Iazzetta" > > wrote: >> >> > Meus caros, >> > >> > Foi alarme falso. Me dei ao trabalho de ir conferir o >> pierrot com funk. A >> > deise tigrona funkeou com "a buceta é minha, eu dou pra quem >> eu quiser", a >> > Elke maravilha fez um "dueto" com a lucilia tragtemberg e a >> adelia issa >> > cantou direitinho umas partes do pierrot schoenberguiano. >> Tudo normal. >> > Fizeram boa música até. >> > >> > O bizarro ficou mesmo por conta do Gerald Thomas e põe >> bizarro nisso. O >> > espetáculo é horroroso, dos cenários à direção de cena, >> parecia trabalho de >> > estudantes de artes cênicas que ainda não entenderam como se >> juntam idéias e >> > realização. >> > >> > Para completar no finalzinho da encenação o G Thomas entrou >> no palco e falou >> > que no Brasil tem um cara mais fantástico e radical que >> Schoenberg, e chamou >> > o Tom Zé que levantou da primeira fila da platéia e fez um >> discurso >> > gaguejado em que misturou assuntos como "o cromatismo de >> Mahler" com a >> > buceta da tigrona e por aí vai... De repente chamaram o >> Danilo Miranda >> > (manda-chuva do SESC), depois o cara que fez a cenografia, >> depois a deise >> > tigrona com a Elke, todo mundo se cumprimentou palco (tudo >> bem, os músicos >> > ficaram num canto sem saber o que fazer). Quando a coisa >> começou a sair de >> > controle o G Thomas pediu para baixar a cortina, e... acabou! >> > >> > Tão bizarro que muita gente não sabia se era pra bater palma >> ou se a "coisa" >> > ia recomeçar depois de um intervalo. >> > >> > >> > Abraços, fernando >> > >> > >> >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> >> ________________________________________________ >> > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > > > > ------------------------------------------------------------------------ > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > ------------------------------------------------------------------------ > > No virus found in this incoming message. > Checked by AVG Free Edition. > Version: 7.5.472 / Virus Database: 269.8.14/845 - Release Date: 12/6/2007 06:39 > From sandramontreal em hotmail.com Wed Jun 13 12:17:02 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 13 Jun 2007 12:17:02 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FW: [cercledemusicologie] TR: Colloque OICM 2008 Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rudrasena em uol.com.br Wed Jun 13 21:00:06 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Wed, 13 Jun 2007 21:00:06 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Ainda_sobre_o_espet_=E1_culo_=22Luar_Tr?= =?iso-8859-1?q?ovado=22=2C_baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Schoenberg?= Message-ID: Olá Ruy, Recebi sua mensagem por meio da lista Comuarte (lista dos alunos do curso de Artes do Corpo da PUC-SP). Estou entendendo que você participou da direção, correto? Se o projeto não é do Gerald Thomas nem do Lívio Tragtenberg, de quem é então? De qualquer forma, o que você está dizendo sobre o "Luar Trovado" é que não houve tempo de fazer um espetáculo melhor. Isso era claro para qualquer um da platéia que tivesse experiência com música, ópera, artes cênicas; mesmo apenas como espectador. Bem, do ponto de vista do público, não nos interessa se não houve tempo de fazer algo melhor. Aquilo que aconteceu sobre o palco é o que aconteceu. Nossos julgamentos estéticos e técnicos não podem ser minimizados por causa da falta de tempo para se fazer melhor. Muito pelo contrário. Ainda assim, eu estou contente que o Sesc Pinheiros venha encampando projetos dessa natureza e envergadura. Eu também assisti às óperas da Jocy de Oliveira e vejo assim que eles estão envolvidos com formas que são complexas, caras, mas profundamente interessantes do ponto de vista da música e do teatro musical. Ainda que o resultado de uma ou outra experiência não tenha sido feliz. Isso é da natureza da ópera. Algumas são sucesso, outras não, mas o importante e continuar criando e colocando em cena para o público. Agradeço sua participação no debate. Abraços, Martinez -- Prof. Dr. José Luiz Martinez Departamento de Linguagens do Corpo Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música http://www.pucsp.br/pos/cos/rism Musikeion - fórum sobre signficação musical http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ ------ Forwarded Message > > From: Ruy Filho > To: giurocha em hotmail.com > Subject: Re: FW: [comuarte] Sobre o espetáculo "Luar Trovado", baseado em > "Pierrot Lunaire" de Schoenberg > Date: Tue, 12 Jun 2007 01:16:17 -0300 (ART) > > Oi, Giu, não vai dar pra não responder algumas das críticas apresentadas > nesses emails. Depois vc repassa pra eles, ok? > Beijos > RUY FILHO > > O mais importante é salientar que o projeto não é do Gerald, e assim como os > outros participantes, todos foram convidados. Lívio, Lucila, o maestro e > músicos, Elke, a Deise, o cenógrafo, a iluminadora, a figurinista. O > idealizador escolheu os nomes por sua própria conta, juntou todos e deu-lhes > menos de uma semana para realizar o trabalho. Nem isso, no entanto, pois a > orquestra conseguiu de fato trabalhar em SP apenas dois dias, o cenário (que > concordo, é pra lá de decepcionante), tomou quatro dias, a luz outros três. O > Gerald teve apenas um dia para montar toda a cena, e nem foi possível passar > sequer um ensaio completo, com música e cena. Como ele disse em várias > entrevistas, foi entregue para ele um cardápio completo. A Elke tinha que > cantar, a Lucila e a Deise, idem. Como lidar com tantas discrepâncias? Como > enfrentar uma produção ingênua para tamanho projeto? E como atribuir esse caos > ao universo de Schoenberg? A primeira atitude de Gerald foi a de recusar que o > espetáculo era o Pierrot Lunaire, pois não havia tempo para destrinchar em > tantas áreas o universo do compositor. Tampouco o suficiente para discutir o > fato de ser a composição o que Mário de Andrade denominou de "não-música" por > romper a musicalidade clássica. Não foi possível o encontro entre Maestro e > Gerald para discutirem conceitos. Essencial quando se trata de encenação de > óperas. Ainda que PL não seja uma ópera, e sim um recital. Lívio utilizou as > próprias partituras do Schoenberg transportando-as eletroacusticamente para > novos timbres e modulações. Ir além demandaria estudos, preparos, > verticalizações impossíveis para o cronograma. A tentativa de carnavalização > final, por isso o carro alegórico (inacreditavelmente ruim, o trabalho > cenográfico), lida com os argumentos de Mário de Andrade e com o conceito de > carnavalização de Baktin. Trazer o Tom Zé, foi uma maneira de aproximar o > nosso carnaval-conceito, o tropicalismo, em sua essência, visto ser ele o > remanescente mais experimental do grupo original. Não deram certo as entradas > da Deise? Talvez, mas afinal esse era o pacote! Se o espetáculo não funcionou, > então que se argumente dentro das características do projeto, de suas > indiossincrasias. Mais do que isso não foi possível fazer. Só posso garantir > um detalhe, ainda que cheios de equívocos ou seja lá como quiserem denominar, > a presença de Gerald garantiu a não ralização de absurdo muito piores. Pra > isso chegávamos as 9 e saímos a meia-noite. Pela tentativa maluca de buscar > ofuscar os absurdos e realizar, no mínimo que fosse, algo de especial. > > >> >> From: José Luiz Martinez >> Reply-To: To: ANPPOM lista ,Musikeion >> ,"Comuarte (lista)" ,Fórum >> Semiótico de Brasília ,Etnomusicologia br >> ,"kodaly_dalcroze em yahoogrupos.com.br" >> >> Subject: [comuarte] Sobre o espetáculo "Luar Trovado", baseado em "Pierrot >> Lunaire" de Schoenberg >> Date: Mon, 11 Jun 2007 22:51:43 -0300 >> >> Caros colegas, >> >> Eu e o Fernando Iazzetta assistimos o espetáculo "Luar Trovado", baseado em >> "Pierrot Lunaire" de Schoenberg, sábado passado. O espetáculo aconteceu no >> teatro do Sesc Pinheiros, em São Paulo. A direção cênica é assinada por >> Gerald Thomas e a direção musical é de Lívio Tratenberg. >> >> Embora eu e o Fernando não tenhamos nos encontrado no teatro, concordamos >> sobre o resultado. Repasso agora para as listas onde foi realizada (alguns >> dias antes do espetáculo) uma proveitosa discussão sobre Pierrot, Deise >> Tigrona, bizarrices, etc. as mensagens trocadas hoje entre eu, o Fernando e >> mais alguns colegas. >> >> Confesso que toda a nossa discussão na lista da Anppom e na Musikeion foi me >> instigando. Eu estava curioso para ver o "Luar Trovado". Afinal, o >> espetáculo portava boas promessas como a obra de Schoenberg com tradução de >> Augusto de Campos e diversos convidados que no mínimo garantiriam algo de >> bizarro. A partitura de "Pierrot Lunaire" foi executada corretamente. Mas, >> infelizmente, o espetáculo foi decepcionante. Valeu apenas pela iniciativa. >> Que outras experiências venham à luz e que o Sesc possa continuar bancando >> algo fundamental em ópera contemporânea. Criar e colocar em cena para que o >> público veja e julgue. >> >> Gostaria de advertir que concordamos em não omitir ou utilizar quaisquer >> eufemismos para os títulos dos funks cantados pela Deise Tigrona. Assim, >> aqueles que possivelmente se ofenderiam com palavras de baixo calão, por >> favor, desconsiderem essa mensagem e não leiam o que segue. >> >> Cordialmente, >> Martinez >> >> -- >> Prof. Dr. José Luiz Martinez >> Departamento de Linguagens do Corpo >> Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP >> >> Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música >> http://www.pucsp.br/pos/cos/rism >> >> Musikeion - fórum sobre signficação musical >> http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion >> http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ >> >> ********************************************************************** >> >> Caro Fernando, >> >> Eu também estava lá no sábado, pena que a gente não se encontrou na saída >> para bebericar uma crítica ferina ao espetáculo, chamado de ópera. Eu >> pretendia escrever alguma coisa na lista da Anppom e na Musikeion. Afinal, >> depois de tanta conversa, nossos colegas devem estar curiosos. Você >> permitiria que eu citasse sua mensagem e postasse na lista da Anppom? Será >> que teremos que usar eufemismos para o funk "a porra da boceta é minha"? >> >> Eu concordo com tudo o que você disse. E acrescentaria o desnível entre as >> composições do Lívio Tratenberg e as peças do "Pierrot" de Schoenberg. É uma >> responsabiliade muito grande você compor peças para serem executadas ao lado >> de um clássico do séc. XX. Na minha opinião, as do Lívio eram todas muito >> fracas, inclusive as eletroacústicas. Outra coisa difícil de aguentar eram >> as "interações" entre a Lucila Tratenberg e a Adélia Issa. A coisa foi >> colocada como um conflito entre as duas cantoras, inclusive resvalando sobre >> uma politicamente incorreta briga entre a gorda e a magra (respectivamente >> Adélia e Lucila). Musicalmente era fraquíssimo. Num ponto da cena entrava um >> clarone e uma tuba, mas os dois músicos passavam sem nenhuma interação >> cênica com as duas. Se é para fazer uma cena grotesca e politicamente >> incorreta, que se faça direito! >> >> O diálogo ficou mesmo entre a Deise e os músicos fazendo o "Pierrot". O >> público aplaudia fortemente a funqueira. Poderia ter sido construído por aí. >> Mas era uma simples alternância. Os músicos e a Adélia ficavam no escuro e >> entrava a Deise. A Deise saia e voltavam os músicos. Seria melhor do que >> toda a cenografia obvia e efeitos desperdiçados. Até uma encenação de >> algumas das canções de Schoenberg teria sido melhor. "Lavadeira Lívida", por >> exemplo, poderia ter uma cena correspondente com a bailarina. Qualquer coisa >> seria melhor do que aquele casal de atores fazendo piquenique na lua, ou um >> fotógrafo que entrava em cena disparando o flash, personagens completamente >> inexpressivos e dispensáveis. Ainda que óbvio por outro lado, eu preferiria >> que o cenário fosse uma favela. Seria mais instigante do que o pastiche >> lunar. >> >> Acho que a Elke Maravilha (dublando horrivelmente sua voz gravada, num texto >> fraco e mal interpretado) representa bem a idéia central da direção cênica >> de colocar alguns ícones da mídia, mais pelo nome do que pela atuação, para >> compor algo muito bizarro, mas que no fim implodiu pela inconsistência >> musical e cênica. >> >> Para mim a amplificação da voz da Adélia tinha um problema técnico. Não sei >> se você (Fernando) concorda. Mas estava tudo bem enquanto ela cantava em pp >> ou mf, mas quando ela ia para o f e ff a amplificação fazia a voz da Adélia >> ficar insuportavelmente forte, encobrindo completamente os instrumentos. >> Faltou aí um compressor? >> >> A história do Tom Zé era o que faltava para acabar com toda a "ópera". >> Talvez o G. Thomas tenha percebido ao final que nada daquilo parava de pé e >> resolveu transformar tudo em programa de auditório. Ao menos disfarçou a >> reação da platéia... >> >> Abraços, >> Martinez >> >> On 10/06/2007 02:50, "Fernando Iazzetta" wrote: >> >>>> Meus caros, >>>> >>>> Foi alarme falso. Me dei ao trabalho de ir conferir o pierrot com funk. A >>>> deise tigrona funkeou com "a buceta é minha, eu dou pra quem eu quiser", a >>>> Elke maravilha fez um "dueto" com a lucilia tragtemberg e a adelia issa >>>> cantou direitinho umas partes do pierrot schoenberguiano. Tudo normal. >>>> Fizeram boa música até. >>>> >>>> O bizarro ficou mesmo por conta do Gerald Thomas e põe bizarro nisso. O >>>> espetáculo é horroroso, dos cenários à direção de cena, parecia trabalho de >>>> estudantes de artes cênicas que ainda não entenderam como se juntam idéias >>>> >>>> e realização. >>>> >>>> Para completar no finalzinho da encenação o G Thomas entrou no palco e >>>> falou que no Brasil tem um cara mais fantástico e radical que Schoenberg, e >>>> chamou o Tom Zé que levantou da primeira fila da platéia e fez um discurso >>>> gaguejado em que misturou assuntos como "o cromatismo de Mahler" com a >>>> buceta da tigrona e por aí vai... De repente chamaram o Danilo Miranda >>>> (manda-chuva do SESC), depois o cara que fez a cenografia, depois a deise >>>> tigrona com a Elke, todo mundo se cumprimentou palco (tudo bem, os músicos >>>> ficaram num canto sem saber o que fazer). Quando a coisa começou a sair de >>>> controle o G Thomas pediu para baixar a cortina, e... acabou! >>>> >>>> Tão bizarro que muita gente não sabia se era pra bater palma ou se a >>>> "coisa" ia recomeçar depois de um intervalo. >>>> >>>> >>>> Abraços, fernando >>>> >>>> >> ------ End of Forwarded Message From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 14 00:54:22 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 14 Jun 2007 00:54:22 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen_=E7=E3_o_do_direito_autoral?= =?iso-8859-1?q?_no_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= Message-ID: --------------------------------------------------------- Isenção do direito autoral no uso de obra de arte em eventos sem fins lucrativos *13 de Junho de 2007* ** Se depender do senador Raimundo Colombo (DEM/SC), o uso de obras teatrais e de músicas em eventos públicos que não tenham fins lucrativos será isento de cobrança. Atualmente, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) - responsável pela arrecadação e distribuição de direitos autorais decorrentes da execução pública de músicas nacionais e estrangeiras - cobra pela utilização. Geralmente, o valor a ser pago é determinado de acordo com o parâmetro físico ou percentual incidente sobre a receita bruta. O projeto de lei é do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e pede a isenção de autorização prévia de autores ou titulares para utilização de obras teatrais, composições musicais e fonogramas em representações. Relator da matéria, Colombo lembrou as centenas e comunidades formadas em localidades muito afastadas dos grandes centros, o que, conseqüentemente, dificulta a obtenção da autorização prévia dos autores. "Como exigir de uma pequena igreja ou de uma escola primária no coração da Amazônia que obtenha essa autorização para a realizar qualquer evento que não vise à vantagem econômica?", indagou. O parlamentar catarinense citou como exemplo a Festa do Pinhão, que ocorre todo ano na cidade de Lages (SC) e chega a atrair mais de 300 mil pessoas. "No ano de 2006, o Ecad queria que pagássemos uma taxa de título autoral no valor de R$ 252 mil. Não há sentido em cobrar tal quantia de um evento que não visa fins lucrativos, mas apenas a propagação da cultura local", enfatizou. De acordo com o democrata, é necessário que se dê atenção à proteção ao direito autoral nos casos em que há interesse econômico envolvido. "Mas se a utilização do bem cultural não tiver objetivo lucrativo, direta ou indiretamente, deve prevalecer a defesa da cultura", acrescentou. A matéria foi discutida nesta terça-feira (12) na Comissão de Educação (CE). Os senadores devem votá-la nas próximas semanas. -- From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Thu Jun 14 02:55:13 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Thu, 14 Jun 2007 02:55:13 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen_=E7=E3_o_do_direito_autoral?= =?iso-8859-1?q?_no_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= In-Reply-To: References: Message-ID: Olá José Luiz, Este é mais um projeto dentre as dezenas que tramitam no Congresso propondo a ampliação das exceções ou das exclusões ao direito autoral que, como todos os demais, não compreendem o princípio fundamental nesse direito: a de que a obra intelectual tem dono. Já são muitas as decisões no Supremo que reformam outras, de instâncias inferiores, cujos juízes interpretam "usos sem finalidade de lucro" como argumento para isentar, em geral, prefeituras, escolas, igrejas e outros promotores que, se pagam pelos fogos de artifício, pelo aluguel do palco e pelo chopp gelado, e até pelos músicos contratados, não gostam de pagar pelo uso da música. Há trezentos anos e no mundo inteiro, esta é admitida como propriedade privada de seus compositores, obedencendo aos limites impostos para o usufruto de seus direitos patrimoniais, dentre os quais já se inclui a temporalidade (70 após a morte de todos os seus autores) como elemento de "socialização" da carga cultural que possa ter adquirido durante o tempo de sua existência. Se "Parabéns pra Você" é diariamente cantada em inúmeros lares, ela um dia foi criada por alguém que, provavelmente, não imaginava o sucesso que faria. Inegavelmente, caso estejamos todos no mesmo planeta e em uma sociedade que admita a propriedade privada, e assim sua extensão aos bens imateriais, ele merece receber dinheiro por isso. Salvo sejamos capazes de pensar uma nova (ou resgatar alguma antiga) forma de convivência social que não inclua o dinheiro para concretizar nossas trocas, oficialmente a única forma legitimada de viabilizar comida, diversão e arte. A maré "Creative Commons", à qual o Gil aderiu, tem como mentores os grandes grupos fornecedores de conteúdo para exibição pública, principalmente as operadores de telefonia celular que, somados os valores que pagam anualmente à sociedades autorais pelo mundo, representam grande percentual dos cerca de 6 bilhões de euros (CISAC) que, em 2003, foram pagos às tais sociedades tendo como destino os autores das obras exibidas. O álibi é forte, e remete às nossas origens ibérico-cristãs de solidariedade que, por isso, nos transformaram no trampolim preferencial desse pacote de licenças, cujo objetivo é gerar uma massa de conteúdo "livre" para, um dia, dar um pontapé nas sociedades autorais. No Brasil esse número se aproxima dos 300 milhões, vem especialmente das TVs e vai especialmente para os grandes editores, que controlam as duas principais sociedades dentre as dez que (ainda) habitam a Assembléia Geral do ECAD, em que apenas 6 têm direito à voto. Suas contradições, ineficiência e gestão irresponsável têm como corolário - premeditado - a ignorância quase completa da classe em relação às suas principais atribuições, desafios e conflitos. Tendo construído um cinturão artístico para legitimá-los nessa administração, alguns gestores conseguiram estruturar, após a lei 9610 de 1998, a arquitetura ideal para operacionalizar uma administração que prioriza as enormes parcelas a que fazem jus os grandes editores que por aqui atuam, a partir de contratos de cessão lifetime, assinados em troca de duas mariolas enquanto as carreiras ainda são incipientes. Gil penou para reaver suas obras e, ciente desses meandros, que mantém o requinte de não ter qualquer fiscalização (seu lobby evitou a recriação de um novo CNDA, já que o original ficara sem eficácia depois da Constituição de 88), torce para que uma "nova ordem" se reconstrua sem os mesmos atores, de preferência. Direitos são para serem respeitados, e não devemos sucumbir à mesma inversão de valores que confunde aqueles que, ansiosos pelo fim da violência, sugerem diminuir ou acabar, antes, com os direitos humanos, que desconfortavelmente nos obrigam a respeitar a vida, a integridade física e moral dos mesmos delinqüentes que ameaçam subtrair a nossa própria. Esquecem-se de como tais direitos foram conquistados, de quantas vidas foram desperdiçadas até que se admitisse a falibilidade da interpretação institucional, envolta em interesses humanos igualmente falíveis. Garantir direitos humanos ao mais desumano é prestigiar um sistema maior de normas que existe, antes de tudo, para nos proteger contra eventualidades, das quais jamais estaremos livres, de ser, talvez por força de nossas idéias ou pelo simples acaso, confundidos por estarmos no lugar errado, na hora errada, ou por não redobrarmos o cuidado com o que fazemos. Se esse projeto passar, haverá alguma ADIN da qual, certamente, o ECAD sairá vitorioso, por motivações jurídicas ou pela perspectiva de contratações futuras de seus futuros ex-ministros, para redação de pareceres por módicos 200 mil, como nos relata a ATA da 271ª reunião da Assembléia Geral, de 21/11/2002. O que nossos Congressistas não entendem é que tudo o que precisamos fazer é controlar o ECAD, pois se houver um órgão que tenha interesse em fazer de fato o dinheiro chegar ao autor, não estaríamos discutindo a pertinência da cobrança. Do jeito que está, temos literalmente a raposa com a chave da frente da sede da fazenda: o galinheiro ela nem dá mais bola... Abçs Alex On Jun 14, 2007, at 12:54 AM, José Luiz Martinez wrote: > > --------------------------------------------------------- > > Isenção do direito autoral no uso de obra de arte em eventos sem > fins lucrativos > *13 de Junho de 2007* > > ** > > Se depender do senador Raimundo Colombo (DEM/SC), o uso de obras > teatrais e de músicas em eventos públicos que não tenham fins > lucrativos será isento de cobrança. Atualmente, o Escritório > Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) - responsável pela > arrecadação e distribuição de direitos autorais decorrentes da > execução pública de músicas nacionais e estrangeiras - cobra pela > utilização. > > Geralmente, o valor a ser pago é determinado de acordo com o > parâmetro físico ou percentual incidente sobre a receita bruta. O > projeto de lei é do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e pede a > isenção de autorização prévia de autores ou titulares para > utilização de obras teatrais, composições musicais e fonogramas em > representações. > > Relator da matéria, Colombo lembrou as centenas e comunidades > formadas em localidades muito afastadas dos grandes centros, o que, > conseqüentemente, dificulta a obtenção da autorização prévia dos > autores. "Como exigir de uma pequena igreja ou de uma escola > primária no coração da Amazônia que obtenha essa autorização para a > realizar qualquer evento que não vise à vantagem econômica?", indagou. > > O parlamentar catarinense citou como exemplo a Festa do Pinhão, que > ocorre todo ano na cidade de Lages (SC) e chega a atrair mais de > 300 mil pessoas. "No ano de 2006, o Ecad queria que pagássemos uma > taxa de título autoral no valor de R$ 252 mil. Não há sentido em > cobrar tal quantia de um evento que não visa fins lucrativos, mas > apenas a propagação da cultura local", enfatizou. > > De acordo com o democrata, é necessário que se dê atenção à > proteção ao direito autoral nos casos em que há interesse econômico > envolvido. "Mas se a utilização do bem cultural não tiver objetivo > lucrativo, direta ou indiretamente, deve prevalecer a defesa da > cultura", acrescentou. A matéria foi discutida nesta terça-feira > (12) na Comissão de Educação (CE). Os senadores devem votá-la nas > próximas semanas. > > -- > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Wed Jun 13 12:07:35 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 13 Jun 2007 12:07:35 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_Filigra?= =?iso-8859-1?q?ne_n=B05?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Filigranen°5.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 91265 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Wed Jun 13 16:22:04 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 13 Jun 2007 16:22:04 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FW: [cercledemusicologie] Cahiers de la SQRM - Appel de textes Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: image001.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 1309 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: appel_textes_vol10.pdf Tipo: application/octet-stream Tamanho: 86878 bytes Descrição: não disponível URL: From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 14 08:17:49 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 14 Jun 2007 08:17:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_Coment_=E1_rios_=22Luar_Trovado?= =?iso-8859-1?q?=22=2C_baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Schoenberg?= In-Reply-To: <003901c7ad61$b67f7db0$41b3b6c8@Cunha> Message-ID: Caro Cunha, Tem toda razão! A interpretação do "Pierrot Lunaire" pela Adélia e pelos músicos foi excelente. Parabéns para todos eles e para você também pela regência! Abraços, Martinez ------ Forwarded Message > From: Antonio Cunha > Date: Tue, 12 Jun 2007 23:22:38 -0300 > To: Jos é Luiz Martinez > Cc: ANPPOM lista , Musikeion > Subject: Re: Comentários "Luar Trovado", baseado em "Pierrot Lunaire" de > Schoenberg > > Prezado Professor Martinez, > > Tenho acompanhado os comentários sobre LUARTROVADO. Todos esqueceram dos > músicos que interpretaram a partitura de Schoenberg. Está não foi a primeira > vez qeu regi Pierrot Lunaire. Conheço a obra. Assim, eu gostaria de > parabenizar o exelente desempenho técnico e artístico dos músicos: > > Leonardo Winter, flauta > Marcelo Piraino e Luiz Afonso Montanha, clarinete > Rodrigo Bustamante, violino > André Meneghello, viola > Milene Aliverti, violoncelo > Celso Loureiro Chaves, piano > Adélia Issa, voz > > Antônio Carlos Borges Cunha > Regente e Diretor Artístico da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, Porto > Alegre > ------ End of Forwarded Message From sandramontreal em hotmail.com Thu Jun 14 08:44:44 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 14 Jun 2007 08:44:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen_=E7=E3_o_do_direito_autoral?= =?iso-8859-1?q?_no_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= In-Reply-To: Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rudrasena em uol.com.br Thu Jun 14 08:44:51 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Thu, 14 Jun 2007 08:44:51 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_Ainda_sobre_o_espet_=E1_culo_=22L?= =?iso-8859-1?q?uar_Trovado=22=2C_baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Scho?= =?iso-8859-1?q?enberg?= In-Reply-To: <818776.59346.qm@web43138.mail.sp1.yahoo.com> Message-ID: ------ Forwarded Message > From: Ruy Filho > Date: Thu, 14 Jun 2007 01:11:22 -0300 (ART) > To: José Luiz Martinez > Subject: Re: Ainda sobre o espetáculo "Luar Trovado", baseado em "Pierrot > Lunaire" de Schoenberg > > Oi, Martinez, > > Bom, concordamos em um ponto básico: não interessa ao público os problemas > durante o processo de qualquer trabalho artístico, só se esses se revelarem > fundamentos para a conceitualização do trabalho. Não é o caso no Luartrovado. > > O projeto é de um produtor que apresentou a proposta ao Sesc. Todos os > envolvidos foram convidados. E as indignações com a falta de preparação de uma > gestão melhor fora a constância do trabalho. > > Enfim, como você escreveu bem, e concordo, o trabalho não aconteceu. Risco > certo nesse tipo de proposta, onde a junção de diferenças busca contemplar o > inesperado. > > De qualquer maneira, não defendo o Lívio e o Gerald apenas por ter participado > do trabalho. Ainda que não interesse ao público, sei que muito foi feito e > corrigido. > > Minha argumentação se foca apenas em um único valor: será que esse tipo de > projeto não merece um outro entendimento no que diz respeito a produção e > administração? Será que a sistemática mercadológica de produção funciona em um > ambiente construído sob pilares tão frágeis? > > Nesse sentido, acredito que ainda insipiente para o público, o trabalho > realizou milagres. Se não são visíveis, entendo isso como outra qualidade, > afinal, apenas restou a percepção de um trabalho que não foi além do mínimo, > mas não de um trabalho que se estruturou dentro de um ambiente caótico, cuja > atmosfera confusa tornou a criação elemento estério entre os próprios > participantes. > > Ou seja, antes um espetáculo fraco e problemático que a transposição do erros > e anacronismos. > > Do resto, concordo plenamente com você. > > Abraços, e valeu pela conversa. O debate é fundamental! > > RUY FILHO > >> José Luiz Martinez escreveu: >> Olá Ruy, >> >> Recebi sua mensagem por meio da lista Comuarte (lista dos alunos do curso de >> Artes do Corpo da PUC-SP). Estou entendendo que você participou da direção, >> correto? Se o projeto não é do Gerald Thomas nem do Lívio Tragtenberg, de >> quem é então? >> >> De qualquer forma, o que você está dizendo sobre o "Luar Trovado" é que não >> houve tempo de fazer um espetáculo melhor. Isso era claro para qualquer um da >> platéia que tivesse experiência com música, ópera, artes cênicas; mesmo >> apenas como espectador. Bem, do ponto de vista do público, não nos interessa >> se não houve tempo de fazer algo melhor. Aquilo que aconteceu sobre o palco é >> o que aconteceu. Nossos julgamentos estéticos e técnicos não podem ser >> minimizados por causa da falta de tempo para se fazer melhor. Muito pelo >> contrário. >> >> Ainda assim, eu estou contente que o Sesc Pinheiros venha encampando projetos >> dessa natureza e envergadura. Eu também assisti às óperas da Jocy de Oliveira >> e vejo assim que eles estão envolvidos com formas que são complexas, caras, >> mas profundamente interessantes do ponto de vista da música e do teatro >> musical. Ainda que o resultado de uma ou outra experiência não tenha sido >> feliz. Isso é da natureza da ópera. Algumas são sucesso, outras não, mas o >> importante e continuar criando e colocando em cena para o público. >> >> Agradeço sua participação no debate. >> >> Abraços, >> Martinez >> >> >> -- >> Prof. Dr. José Luiz Martinez >> Departamento de Linguagens do Corpo >> Faculdade de Comunicação e Filosofia - PUC-SP >> >> Rede Interdisciplinar de Semiótica da Música >> http://www.pucsp.br/pos/cos/rism >> >> Musikeion - fórum sobre signficação musical >> http://listas.pucsp.br/mailman/listinfo/musikeion >> http://listas.pucsp.br/pipermail/musikeion/ >> >> >> >> >> ------ Forwarded Message >> >>> >>> From: Ruy Filho >>> To: giurocha em hotmail.com >>> Subject: Re: FW: [comuarte] Sobre o espetáculo "Luar Trovado", baseado em >>> "Pierrot Lunaire" de Schoenberg >>> Date: Tue, 12 Jun 2007 01:16:17 -0300 (ART) >>> >>> Oi, Giu, não vai dar pra não responder algumas das críticas apresentadas >>> nesses emails. Depois vc repassa pra eles, ok? >>> Beijos >>> RUY FILHO >>> >>> O mais importante é salientar que o projeto não é do Gerald, e assim como os >>> outros participantes, todos foram convidados. Lívio, Lucila, o maestro e >>> músicos, Elke, a Deise, o cenógrafo, a iluminadora, a figurinista. O >>> idealizador escolheu os nomes por sua própria conta, juntou todos e deu-lhes >>> menos de uma semana para realizar o trabalho. Nem isso, no entanto, pois a >>> orquestra conseguiu de fato trabalhar em SP apenas dois dias, o cenário (que >>> concordo, é pra lá de decepcionante), tomou quatro dias, a luz outros três. >>> O Gerald teve apenas um dia para montar toda a cena, e nem foi possível >>> passar sequer um ensaio completo, com música e cena. Como ele disse em >>> várias entrevistas, foi entregue para ele um cardápio completo. A Elke tinha >>> que cantar, a Lucila e a Deise, idem. Como lidar com tantas discrepâncias? >>> Como enfrentar uma produção ingênua para tamanho projeto? E como atribuir >>> esse caos ao universo de Schoenberg? A primeira atitude de Gerald foi a de >>> recusar que o espetáculo era o Pierrot Lunaire, pois não havia tempo para >>> destrinchar em tantas áreas o universo do compositor. Tampouco o suficiente >>> para discutir o fato de ser a composição o que Mário de Andrade denominou de >>> "não-música" por romper a musicalidade clássica. Não foi possível o encontro >>> entre Maestro e Gerald para discutirem conceitos. Essencial quando se trata >>> de encenação de óperas. Ainda que PL não seja uma ópera, e sim um recital. >>> Lívio utilizou as próprias partituras do Schoenberg transportando-as >>> eletroacusticamente para novos timbres e modulações. Ir além demandaria >>> estudos, preparos, verticalizações impossíveis para o cronograma. A >>> tentativa de carnavalização final, por isso o carro alegórico >>> (inacreditavelmente ruim, o trabalho cenográfico), lida com os argumentos de >>> Mário de Andrade e com o conceito de carnavalização de Baktin. Trazer o Tom >>> Zé, foi uma maneira de aproximar o nosso carnaval-conceito, o tropicalismo, >>> em sua essência, visto ser ele o remanescente mais experimental do grupo >>> original. Não deram certo as entradas da Deise? Talvez, mas afinal esse era >>> o pacote! Se o espetáculo não funcionou, então que se argumente dentro das >>> características do projeto, de suas indiossincrasias. Mais do que isso não >>> foi possível fazer. Só posso garantir um detalhe, ainda que cheios de >>> equívocos ou seja lá como quiserem denominar, a presença de Gerald garantiu >>> a não ralização de absurdo muito piores. Pra isso chegávamos as 9 e saímos a >>> meia-noite. Pela tentativa maluca de buscar ofuscar os absurdos e realizar, >>> no mínimo que fosse, algo de especial. >>> >> >>> ------ End of Forwarded Message From mvirmond em ilsl.br Thu Jun 14 10:50:03 2007 From: mvirmond em ilsl.br (mvirmond em ilsl.br) Date: Thu, 14 Jun 2007 10:50:03 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_Coment_=E1_rios_=22Luar_Trovado?= =?iso-8859-1?q?=22=2C_baseado_em_=22Pierrot_Lunaire=22_de_Schoenbe?= =?iso-8859-1?q?rg?= References: Message-ID: <010301c7ae8a$ea8dcd30$2c01a8c0@MarcosVirmond> Prezados Cunha e Martinez Realmente, chegamos ao ponto! Bravo Cunha por trazer o intérprete à frente da cena. Este evento deveria ser musical e até agora pouco se disse sobre a parte musical ( salvo comentário curto mas oportuno do Martinez em sua primera mensagem). Como disse o Prof. Antunes, tb. não vi e não gostei, mas o falta de relevo à parte interpretativa dos músicos é curiosa nessa discussão toda. Ademais, ficaria muito oportuno explorar as razões e motivos de sair a Orquestra do Theatro São Pedro, e seu competente regente & músicos, de Porto Alegre para integrar-se a este evento polêmico. Sem menhum pré-julgamento, é tema tb. para explorar. Abraços Marcos Virmond ----- Original Message ----- From: "Jos é Luiz Martinez" To: "ANPPOM lista" ; "Musikeion" Cc: Sent: Thursday, June 14, 2007 8:17 AM Subject: [ANPPOM-L] FW: Coment á rios "Luar Trovado", baseado em "Pierrot Lunaire" de Schoenberg Caro Cunha, Tem toda razão! A interpretação do "Pierrot Lunaire" pela Adélia e pelos músicos foi excelente. Parabéns para todos eles e para você também pela regência! Abraços, Martinez ------ Forwarded Message > From: Antonio Cunha > Date: Tue, 12 Jun 2007 23:22:38 -0300 > To: Jos é Luiz Martinez > Cc: ANPPOM lista , Musikeion > Subject: Re: Comentários "Luar Trovado", baseado em "Pierrot Lunaire" de > Schoenberg > > Prezado Professor Martinez, > > Tenho acompanhado os comentários sobre LUARTROVADO. Todos esqueceram dos > músicos que interpretaram a partitura de Schoenberg. Está não foi a > primeira > vez qeu regi Pierrot Lunaire. Conheço a obra. Assim, eu gostaria de > parabenizar o exelente desempenho técnico e artístico dos músicos: > > Leonardo Winter, flauta > Marcelo Piraino e Luiz Afonso Montanha, clarinete > Rodrigo Bustamante, violino > André Meneghello, viola > Milene Aliverti, violoncelo > Celso Loureiro Chaves, piano > Adélia Issa, voz > > Antônio Carlos Borges Cunha > Regente e Diretor Artístico da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, > Porto > Alegre > ------ End of Forwarded Message ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Thu Jun 14 12:09:46 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Thu, 14 Jun 2007 12:09:46 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen_=E7=E3_o_do_direito_autoral?= =?iso-8859-1?q?_no_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= In-Reply-To: References: Message-ID: Oi Sandra, Definitivamente, a questão não deveria passar pelo gênero da obra, nem mesmo se restringir à música. Como bem lembrou com o exemplo do xerox, devemos trazer ao mesmo debate também outras questões bem brasileiras, como a recente quebra de patentes nos remédios. É falaciosa a relação entre pagar direitos e aumentar a circulação de obras, e posso lhe demonstrar isso em outra mensagem. É óbvio que não devemos calar, muito pelo contrário! Essa conexão tão direta entre não recolher direitos e estar proibido de cantar é patropi, produto da mais absoluta incompetência de nossos gestores e, como de costume, de nosso silêncio e omissão, cúmplices. Ao cobrar pagamentos sem a correspondente relação de obras, abusando das analogias, o ECAD quebra a cultura do direito, tornando inevitável o desvio e semeando a convicção de sua ineficácia. Com quase uma centena de escritórios contratados, e mais de 200 advogados, aprimorou-se na truculência jurídica obviamente cega e insensível. Onde a cultura do direito autoral avançou, como França e Alemanha, há depoimentos que apontam famílias procurando voluntariamente os escritórios das sociedades para entregar planilhas e recolher direitos sobre as músicas tocadas em batizados e festas de aniversário, e os volumes de arrecadação de nações com a fração de nosso território tornam inequívoca a ubiqüidade desse respeito. É interessante notar que, nesses mesmos países, os seios estão à mostra nas praias, sex-shops nas esquinas e a liberdade sexual há muito chegou às vitrines. Dentre os 130 países cujas legislações autorais encontram-se em inglês no site da OMPI, em todos aqueles em que há coleta e distribuição de direitos (em volume significativo), com exceção do Brasil, Rússia e outros poucos e pequenos, há um órgão governamental controlando as suas sociedades autorais, coibindo abusos na cobrança e mediando conflitos muito naturais nessa relação, como quando as necessidades especiais - como na educação - prevalecem sobre os interesses dos autores, obrigando que se torne simbólica, porém sempre existente, a cobrança de direitos. Assim, e pela implementação de direitos mais modernos, como o direito de remuneração, não há inibição de uso de obra alguma, muito pelo contrário. Outro ponto importante é que, de acordo com todos os tribunais, os direitos autorais e conexos são considerados remuneração de subsistência, verba alimentícia, e não exploração de lucro. A premissa de que "tudo que dá lucro é ruim" não tem como ser comprovada, e se não olharmos para o nosso ciclo de legitimação, revertendo a inércia a que nos habituamos frente às grades de programação, continuaremos abrindo espaço para o dinheiro rápido que vem do sexo. Individualismo e comunidade permanecerão dialogando até que a bomba nos aniquile. Precisamos atuar no ventre de nossas instituições, de modo a não ver direitos importantíssimos, conquistados à duras penas por autores contemporâneos a esses que você citou, questionados por simples incapacidade de gestão. Que também são comuns no mundo, e há pouco tempo, aí no Canadá, um tribunal especializado (aí existe isso) precisou intervir e decretar o preço para pagamento de certos direitos. Na Suíça, os preços são definidos em lei. Nos EUA, mesmo sem conexos, o Congresso convoca as sociedades ameaçando caçá-las caso não respeitem as regras, e por aí vai. Na Convenção de Berna, onde virtualmente todos os países são signatários, admitiu-se um prazo mínimo de 50 anos da morte do autor para que uma obra seja considerada de "domínio público". Muitos países, como o Brasil, ampliaram-no para 70, e talvez seja o caso de propor à OMPI, que administra esses tratados, uma revisão no sentido de uma diminuição. Embora não acredite, especialmente em função dos debates recentes relacionados à proteção das culturas tradicionais, incluindo a assinatura de um recente acordo que, apesar da pequena adesão, parece ter pacificado alguns pontos. Na lógica capitalista (onde talvez nos falte um pouco de espírito protestante) pagar é tão natural quando comer, beber e fazer sexo. Sim, precisamos pagar, mas precisamos mesmo é limitar os poderes de quem estabelece os preços e as regras de distribuição, para não acabar com um direito que, já habituados a não vê-lo, começamos agora a desprezá-lo. Sem perceber, contudo, que estamos assim fazendo o jogo dos grandes pagadores que, diferentemente de nossas festas familiares, não escapam da fúria dos advogados do órgão. Quando o sistema que é necessariamente coletivo, que levou anos para ser construído, começar a ruir, será muito mais difícil reerguê-lo. O problema continua sendo o da nossa omissão, da distância que mantemos das sociedades de autores, das arbitrariedades que toleramos quando lá entramos, das leis que permitimos que fizessem, isentando- se de maiores responsabilidades, etc. Peço também perdão pela ênfase Um abraço, Alexandre On Jun 14, 2007, at 8:44 AM, Sandra Reis wrote: > Prezado Alexandre, apenas uma pergunta: com este exemplo que deu, > poderíamos perguntar: > > Para cantarmos "Parabéns para você", no dia de nosso aniversário, > devemos antes pagar pelos direitos autorais? Vamos emudecer o mundo > -cale-se a grande música - pois sem dinheiro para pagar não é > possível fazer nada. > > Ainda bem que existem obras do domínio público de gente maravilhosa > que faleceu (Bach, Beethoven, Chopin, Shumann, etc.) e que, mesmo > assim, prosseguem a lançar o bem gratuitamente nesta terra onde > todos só pensam em dinheiro e sexo. > > Acho que temos de repensar bem a questão dos direitos autorais no > caso da educação e da cultura ( é o caso do uso do xerox, em > Universidades, de obras magnas esgotadas, para aulas e estudos). > > Desculpem a ênfase mas isto é muito sério: individualismo versus > comunidade (eis o problema). > > Cada caso tem de ser cuidadosamente estudado, neste nosso país > subdesenvolvido onde a grande maioria está fadada a consumir o lixo > que é promovido a altos custos e lucros para os autores, enquanto > as grandes obras musicais ficam guardadas nas gavetas porque > ninguém pode pagar os direitos autorais. > > Neste momento, talvez os músicos eruditos tenham de se transformar > heroicamente em voluntários da cultura. É uma questão de > sobrevivência : ou se doa o que existe de melhor ou o que existe de > pior vai prevalecer lucrando ( é a lei do "mundo adminsitrado" > adorniano) > > Um abraço, > > Sandra Loureiro de Freitas Reis > > From: Alexandre Negreiros > To: José Luiz Martinez > CC: ANPPOM lista > Subject: Re: [ANPPOM-L] FWD: Isen çã o do direito autoral no uso de > obra de arte em eventos sem finslucrativos > Date: Thu, 14 Jun 2007 02:55:13 -0300 > > > Olá José Luiz, > > Este é mais um projeto dentre as dezenas que tramitam no Congresso > propondo a ampliação das exceções ou das exclusões ao direito > autoral que, como todos os demais, não compreendem o princípio > fundamental nesse direito: a de que a obra intelectual tem dono. Já > são muitas as decisões no Supremo que reformam outras, de > instâncias inferiores, cujos juízes interpretam "usos sem > finalidade de lucro" como argumento para isentar, em geral, > prefeituras, escolas, igrejas e outros promotores que, se pagam > pelos fogos de artifício, pelo aluguel do palco e pelo chopp > gelado, e até pelos músicos contratados, não gostam de pagar pelo > uso da música. Há trezentos anos e no mundo inteiro, esta é > admitida como propriedade privada de seus compositores, obedencendo > aos limites impostos para o usufruto de seus direitos patrimoniais, > dentre os quais já se inclui a temporalidade (70 após a morte de > todos os seus autores) como elemento de "socialização" da carga > cultural que possa ter adquirido durante o tempo de sua existência. > > Se "Parabéns pra Você" é diariamente cantada em inúmeros lares, ela > um dia foi criada por alguém que, provavelmente, não imaginava o > sucesso que faria. Inegavelmente, caso estejamos todos no mesmo > planeta e em uma sociedade que admita a propriedade privada, e > assim sua extensão aos bens imateriais, ele merece receber dinheiro > por isso. Salvo sejamos capazes de pensar uma nova (ou resgatar > alguma antiga) forma de convivência social que não inclua o > dinheiro para concretizar nossas trocas, oficialmente a única forma > legitimada de viabilizar comida, diversão e arte. A maré "Creative > Commons", à qual o Gil aderiu, tem como mentores os grandes grupos > fornecedores de conteúdo para exibição pública, principalmente as > operadores de telefonia celular que, somados os valores que pagam > anualmente à sociedades autorais pelo mundo, representam grande > percentual dos cerca de 6 bilhões de euros (CISAC) que, em 2003, > foram pagos às tais sociedades tendo como destino os autores das > obras exibidas. O álibi é forte, e remete às nossas origens ibérico- > cristãs de solidariedade que, por isso, nos transformaram no > trampolim preferencial desse pacote de licenças, cujo objetivo é > gerar uma massa de conteúdo "livre" para, um dia, dar um pontapé > nas sociedades autorais. > > No Brasil esse número se aproxima dos 300 milhões, vem > especialmente das TVs e vai especialmente para os grandes editores, > que controlam as duas principais sociedades dentre as dez que > (ainda) habitam a Assembléia Geral do ECAD, em que apenas 6 têm > direito à voto. Suas contradições, ineficiência e gestão > irresponsável têm como corolário - premeditado - a ignorância quase > completa da classe em relação às suas principais atribuições, > desafios e conflitos. Tendo construído um cinturão artístico para > legitimá-los nessa administração, alguns gestores conseguiram > estruturar, após a lei 9610 de 1998, a arquitetura ideal para > operacionalizar uma administração que prioriza as enormes parcelas > a que fazem jus os grandes editores que por aqui atuam, a partir de > contratos de cessão lifetime, assinados em troca de duas mariolas > enquanto as carreiras ainda são incipientes. Gil penou para reaver > suas obras e, ciente desses meandros, que mantém o requinte de não > ter qualquer fiscalização (seu lobby evitou a recriação de um novo > CNDA, já que o original ficara sem eficácia depois da Constituição > de 88), torce para que uma "nova ordem" se reconstrua sem os mesmos > atores, de preferência. > > Direitos são para serem respeitados, e não devemos sucumbir à mesma > inversão de valores que confunde aqueles que, ansiosos pelo fim da > violência, sugerem diminuir ou acabar, antes, com os direitos > humanos, que desconfortavelmente nos obrigam a respeitar a vida, a > integridade física e moral dos mesmos delinqüentes que ameaçam > subtrair a nossa própria. Esquecem-se de como tais direitos foram > conquistados, de quantas vidas foram desperdiçadas até que se > admitisse a falibilidade da interpretação institucional, envolta em > interesses humanos igualmente falíveis. Garantir direitos humanos > ao mais desumano é prestigiar um sistema maior de normas que > existe, antes de tudo, para nos proteger contra eventualidades, das > quais jamais estaremos livres, de ser, talvez por força de nossas > idéias ou pelo simples acaso, confundidos por estarmos no lugar > errado, na hora errada, ou por não redobrarmos o cuidado com o que > fazemos. > > Se esse projeto passar, haverá alguma ADIN da qual, certamente, o > ECAD sairá vitorioso, por motivações jurídicas ou pela perspectiva > de contratações futuras de seus futuros ex-ministros, para redação > de pareceres por módicos 200 mil, como nos relata a ATA da 271ª > reunião da Assembléia Geral, de 21/11/2002. O que nossos > Congressistas não entendem é que tudo o que precisamos fazer é > controlar o ECAD, pois se houver um órgão que tenha interesse em > fazer de fato o dinheiro chegar ao autor, não estaríamos discutindo > a pertinência da cobrança. Do jeito que está, temos literalmente a > raposa com a chave da frente da sede da fazenda: o galinheiro ela > nem dá mais bola... > > Abçs > > Alex > > > On Jun 14, 2007, at 12:54 AM, José Luiz Martinez wrote: > > --------------------------------------------------------- > > Isenção do direito autoral no uso de obra de arte em eventos sem > fins lucrativos > *13 de Junho de 2007* > > ** > > Se depender do senador Raimundo Colombo (DEM/SC), o uso de obras > teatrais e de músicas em eventos públicos que não tenham fins > lucrativos será isento de cobrança. Atualmente, o Escritório > Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) - responsável pela > arrecadação e distribuição de direitos autorais decorrentes da > execução pública de músicas nacionais e estrangeiras - cobra pela > utilização. > > Geralmente, o valor a ser pago é determinado de acordo com o > parâmetro físico ou percentual incidente sobre a receita bruta. O > projeto de lei é do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e pede a > isenção de autorização prévia de autores ou titulares para > utilização de obras teatrais, composições musicais e fonogramas em > representações. > > Relator da matéria, Colombo lembrou as centenas e comunidades > formadas em localidades muito afastadas dos grandes centros, o que, > conseqüentemente, dificulta a obtenção da autorização prévia dos > autores. "Como exigir de uma pequena igreja ou de uma escola > primária no coração da Amazônia que obtenha essa autorização para a > realizar qualquer evento que não vise à vantagem econômica?", indagou. > > O parlamentar catarinense citou como exemplo a Festa do Pinhão, que > ocorre todo ano na cidade de Lages (SC) e chega a atrair mais de > 300 mil pessoas. "No ano de 2006, o Ecad queria que pagássemos uma > taxa de título autoral no valor de R$ 252 mil. Não há sentido em > cobrar tal quantia de um evento que não visa fins lucrativos, mas > apenas a propagação da cultura local", enfatizou. > > De acordo com o democrata, é necessário que se dê atenção à > proteção ao direito autoral nos casos em que há interesse econômico > envolvido. "Mas se a utilização do bem cultural não tiver objetivo > lucrativo, direta ou indiretamente, deve prevalecer a defesa da > cultura", acrescentou. A matéria foi discutida nesta terça-feira > (12) na Comissão de Educação (CE). Os senadores devem votá-la nas > próximas semanas. > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Jun 14 13:50:20 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 14 Jun 2007 13:50:20 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen_=E7=E3_o_do_direito_autoral?= =?iso-8859-1?q?_no_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= In-Reply-To: Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From liatomas em uol.com.br Thu Jun 14 17:39:36 2007 From: liatomas em uol.com.br (Lia Tomas) Date: Thu, 14 Jun 2007 17:39:36 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?windows-1252?q?XVII_ANPPOM_-_INSCRI=C7=D5ES_PRORROGA?= =?windows-1252?q?DAS_AT=C9_DOMINGO=2C_DIA_17/06_=C0S_24=3A00?= Message-ID: <022401c7aec4$1fd738d0$1f0dfea9@lia1> Prezados Colegas Informamos que o prazo de inscrição para trabalhos para o XVII Congresso da ANPPOM foi prorrogado até dia 17 de junho (domingo) às 24:00 hs. Abraços Lia Tomás XVII Congresso da ANPPOM UNESP - IA Sâo Paulo, SP _______________________________________ Lia Tomás UNESP - Instituto de Artes Depto. de Música Fone/fax: 11 5908 0888 - 9205 3465 (cel.) E-mail: liatomas em uol.com.br http://www.ia.unesp.br São Paulo - SP - Brasil -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Plano de fundo Festa.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 5048 bytes Descrição: não disponível URL: From palombini em terra.com.br Thu Jun 14 18:03:22 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 14 Jun 2007 18:03:22 -0300 Subject: [ANPPOM-L] lucro cultural In-Reply-To: References: Message-ID: <4671AD1A.1000501@terra.com.br> > Obtivemos apoio de entidades ligadas à UFMG até a gravação da matriz > e o apoio principal para a realização de 3000 Cds ainda não veio e > talvez nem venha. A matriz tem de ser gravada no dia 1 de julho por > que os pianistas estão com a passagem comprada para um concerto no dia > 30 de junho. Se não pudermos pagar os direitos autorais que estão > sendo exigidos (Ex.: Cr$ 3000 por uma das peças), vamos ter de > substituir a gravação das obras brasileiras por obras estrangeiras de > domínio público. Desta forma, os nossos objetivos de difusão da música > erudita brasileira vão ser prejudicados. Todos os organizadores e > pianistas estão empenhados no projeto com o mesmo objetivo sem > qualquer ganho econômico, a não ser o lucro cultural. > > Percebe o que está ocorrendo neste exemplo? > Se entendi bem, determinado autor ou determinada autora prefere não abrir mão de 3000 reais em prol do lucro cultural. É um direito que a legislação lhe assegura e que ele ou ela quer ver respeitado. Ou não entendi nada? -- cvp From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Thu Jun 14 19:16:51 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Thu, 14 Jun 2007 19:16:51 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen=E7=E3o_do_direito_autoral_n?= =?iso-8859-1?q?o_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= In-Reply-To: References: Message-ID: <2841ACEB-E093-4361-B0C5-6F1FB87A2FFA@yahoo.com.br> Oi Sandra, Infelizmente, creio que deve ter havido algum erro no projeto original. Se estava prevista a gravação desse CD, deveria haver uma preocupação específica, que considerasse a autorização prévia do autor ou herdeiros (da obra escolhida), ou orçamentos baseados em tabelas elaboradas por eles, por seus editores ou pelas associações que integram, que mantém tabelas bem razoáveis, que certamente caberiam no orçamento do próprio concurso. Se a alegação de difusão procedesse, as emissoras de TV não pagariam um centavo pelo uso de obras, mas não é assim, malgrado sua notória boa intenção. A essa altura imagino que já saiba se a obra em questão possui editor, e de qual editora se trata. Descobrindo se esta integra uma das duas associações brasileiras, faça ali o contato, pois isso provavelmente lhe proporcionará trabalhar nos valores de tabela, o que não é obrigatório (a idéia é proteger o autor e seus herdeiros, que vivem disso, tal como se cobra aluguel de um imóvel de família ou se mantém ações de uma empresa). Como a preocupação deles é autorizar em larga escala, independente de quem seja o autor, é possível que esses R$ 3000 estejam acima da tabela, que é de valores mínimos cobrados por cada uso específico (gravar em CD é um deles), que não sejam exibição pública, já que este é de arrecadação exclusiva do ECAD. No Brasil há duas associações: a ABEM - Assoc. Brasileira de Editores de Música (www.abem.com.br), que reúne a EMI, a Trama, Jobim, Fermata, Vitale, Peermusic e outros menores, e a ABER - Assoc. Brasileira de Editores Reunidos, que congrega as outras quatro "majors" - Sony, Universal, BMG e Warner/Chappell, e outras menores. Juntas, representam 90% do repertório disponível, ainda que o erudito seja franca minoria. CASO a obra tenha um editor, ela provavelmente tem também sub- editores pelo mundo (todas mantém sub-editores). Então, com os sub- editores identificados, uma solução possível é você conseguir um produtor no estrangeiro. Talvez um convênio com algum selo da Universidade de Montreal, caso exista. Você grava aqui, leva o master pro exterior (num pen-drive), oficializa aí a emissão do ISRC, reproduz o CD e manda pro Brasil. Ou então fabrica aqui mesmo, oficializando a encomenda por esse produtor estrangeiro, com o ISRC emitido no estrangeiro. Parece louco, mas pode ser bom também para seus intérpretes, pela carência de convênios entre sociedades brasileiras e estrangeiras. Assim, licenciariam pelas regras daí, com autorizações mais rápidas, baratas e semi-automáticas (não precisará ajoelhar-se aos pés da família do autor). E talvez com critérios mais amplos de exceções educativas. Tal como aqui, nos demais países a Coca-Cola também não pode simplesmente pegar sua foto, colar no outdoor e depois reclamar que você cobra demais por isso. Mas como existem limites claros para os usos, remunerações obrigatórias das quais os usuários não escapam, entidades de fiscalização que mantém nos trilhos editores e seus contratos, e as sociedades gestoras e seus preços, não há a necessidade dessa "proibição" de uso, já que todos entendem que as duas coisas precisam coexistir: a circulação da cultura e os pagamentos devidos aos seus autores. Torço pra que tudo funcione, e segue uma outra dica: a APEX, do Banco do Brasil, recentemente assinou convênio com a ABMI (a ABPD dos pequenos, mais Trama e Biscoito Fino) para apoio à exportação de música brasileira, e é bem provável que tenham pensado em algum apoio específico para os eruditos (já que o convênio foi intermediado pelo MinC). Talvez tenha algum apoio de lá. Boa sorte! Alexandre On Jun 14, 2007, at 1:50 PM, Sandra Reis wrote: > Prezado Alexandre, acho importante a realização de um seminário na > ANPPOM sobre a questão dos direitos autorais em eventos de elevada > finalidade cultural sem fins lucrativos. A questão é muito séria > na situação atual e pode impedir a realização de projetos > relevantes das Universidades ligados à difusão da música brasileira > erudita. > > Estamos tentando gravar um disco com os três vencedores do I > Concurso Nacional de Piano Cidade de Belo Horizonte apenas com > obras brasileiras apresentadas no Concurso. > > Obtivemos apoio de entidades ligadas à UFMG até a gravação da > matriz e o apoio principal para a realização de 3000 Cds ainda não > veio e talvez nem venha. A matriz tem de ser gravada no dia 1 de > julho por que os pianistas estão com a passagem comprada para um > concerto no dia 30 de junho. Se não pudermos pagar os direitos > autorais que estão sendo exigidos (Ex: Cr$ 3000 por uma das peças), > vamos ter de substituir a gravação das obras brasileiras por obras > estrangeiras de domínio público. Desta forma, os nossos objetivos > de difusão da música erudita brasileira vão ser prejudicados. Todos > os organizadores e pianistas estão empenhados no projeto com o > mesmo objetivo sem qualquer ganho econômico, a não ser o lucro > cultural. > > Percebe o que está ocorrendo neste exemplo? > Um abraço, > > Sandra Loureiro de Freitas Reis. > > From: Alexandre Negreiros > To: ANPPOM lista > Subject: Re: [ANPPOM-L] FWD: Isen çã o do direito autoral no uso de > obra de arte em eventos sem finslucrativos > Date: Thu, 14 Jun 2007 12:09:46 -0300 > > Oi Sandra, > > Definitivamente, a questão não deveria passar pelo gênero da obra, > nem mesmo se restringir à música. Como bem lembrou com o exemplo do > xerox, devemos trazer ao mesmo debate também outras questões bem > brasileiras, como a recente quebra de patentes nos remédios. É > falaciosa a relação entre pagar direitos e aumentar a circulação de > obras, e posso lhe demonstrar isso em outra mensagem. > > É óbvio que não devemos calar, muito pelo contrário! Essa conexão > tão direta entre não recolher direitos e estar proibido de cantar é > patropi, produto da mais absoluta incompetência de nossos gestores > e, como de costume, de nosso silêncio e omissão, cúmplices. Ao > cobrar pagamentos sem a correspondente relação de obras, abusando > das analogias, o ECAD quebra a cultura do direito, tornando > inevitável o desvio e semeando a convicção de sua ineficácia. Com > quase uma centena de escritórios contratados, e mais de 200 > advogados, aprimorou-se na truculência jurídica obviamente cega e > insensível. > > Onde a cultura do direito autoral avançou, como França e Alemanha, > há depoimentos que apontam famílias procurando voluntariamente os > escritórios das sociedades para entregar planilhas e recolher > direitos sobre as músicas tocadas em batizados e festas de > aniversário, e os volumes de arrecadação de nações com a fração de > nosso território tornam inequívoca a ubiqüidade desse respeito. É > interessante notar que, nesses mesmos países, os seios estão à > mostra nas praias, sex-shops nas esquinas e a liberdade sexual há > muito chegou às vitrines. > > Dentre os 130 países cujas legislações autorais encontram-se em > inglês no site da OMPI, em todos aqueles em que há coleta e > distribuição de direitos (em volume significativo), com exceção do > Brasil, Rússia e outros poucos e pequenos, há um órgão > governamental controlando as suas sociedades autorais, coibindo > abusos na cobrança e mediando conflitos muito naturais nessa > relação, como quando as necessidades especiais - como na educação - > prevalecem sobre os interesses dos autores, obrigando que se torne > simbólica, porém sempre existente, a cobrança de direitos. Assim, e > pela implementação de direitos mais modernos, como o direito de > remuneração, não há inibição de uso de obra alguma, muito pelo > contrário. Outro ponto importante é que, de acordo com todos os > tribunais, os direitos autorais e conexos são considerados > remuneração de subsistência, verba alimentícia, e não exploração de > lucro. > > A premissa de que "tudo que dá lucro é ruim" não tem como ser > comprovada, e se não olharmos para o nosso ciclo de legitimação, > revertendo a inércia a que nos habituamos frente às grades de > programação, continuaremos abrindo espaço para o dinheiro rápido > que vem do sexo. Individualismo e comunidade permanecerão > dialogando até que a bomba nos aniquile. Precisamos atuar no ventre > de nossas instituições, de modo a não ver direitos > importantíssimos, conquistados à duras penas por autores > contemporâneos a esses que você citou, questionados por simples > incapacidade de gestão. Que também são comuns no mundo, e há pouco > tempo, aí no Canadá, um tribunal especializado (aí existe isso) > precisou intervir e decretar o preço para pagamento de certos > direitos. Na Suíça, os preços são definidos em lei. Nos EUA, mesmo > sem conexos, o Congresso convoca as sociedades ameaçando caçá-las > caso não respeitem as regras, e por aí vai. > > Na Convenção de Berna, onde virtualmente todos os países são > signatários, admitiu-se um prazo mínimo de 50 anos da morte do > autor para que uma obra seja considerada de "domínio público". > Muitos países, como o Brasil, ampliaram-no para 70, e talvez seja o > caso de propor à OMPI, que administra esses tratados, uma revisão > no sentido de uma diminuição. Embora não acredite, especialmente em > função dos debates recentes relacionados à proteção das culturas > tradicionais, incluindo a assinatura de um recente acordo que, > apesar da pequena adesão, parece ter pacificado alguns pontos. > > Na lógica capitalista (onde talvez nos falte um pouco de espírito > protestante) pagar é tão natural quando comer, beber e fazer sexo. > Sim, precisamos pagar, mas precisamos mesmo é limitar os poderes de > quem estabelece os preços e as regras de distribuição, para não > acabar com um direito que, já habituados a não vê-lo, começamos > agora a desprezá-lo. Sem perceber, contudo, que estamos assim > fazendo o jogo dos grandes pagadores que, diferentemente de nossas > festas familiares, não escapam da fúria dos advogados do órgão. > Quando o sistema que é necessariamente coletivo, que levou anos > para ser construído, começar a ruir, será muito mais difícil > reerguê-lo. > > O problema continua sendo o da nossa omissão, da distância que > mantemos das sociedades de autores, das arbitrariedades que > toleramos quando lá entramos, das leis que permitimos que fizessem, > isentando-se de maiores responsabilidades, etc. > > Peço também perdão pela ênfase > > Um abraço, > > Alexandre > > > > On Jun 14, 2007, at 8:44 AM, Sandra Reis wrote: > > Prezado Alexandre, apenas uma pergunta: com este exemplo que deu, > poderíamos perguntar: > > Para cantarmos "Parabéns para você", no dia de nosso aniversário, > devemos antes pagar pelos direitos autorais? Vamos emudecer o mundo > -cale-se a grande música - pois sem dinheiro para pagar não é > possível fazer nada. > > Ainda bem que existem obras do domínio público de gente maravilhosa > que faleceu (Bach, Beethoven, Chopin, Shumann, etc.) e que, mesmo > assim, prosseguem a lançar o bem gratuitamente nesta terra onde > todos só pensam em dinheiro e sexo. > > Acho que temos de repensar bem a questão dos direitos autorais no > caso da educação e da cultura ( é o caso do uso do xerox, em > Universidades, de obras magnas esgotadas, para aulas e estudos). > > Desculpem a ênfase mas isto é muito sério: individualismo versus > comunidade (eis o problema). > > Cada caso tem de ser cuidadosamente estudado, neste nosso país > subdesenvolvido onde a grande maioria está fadada a consumir o lixo > que é promovido a altos custos e lucros para os autores, enquanto > as grandes obras musicais ficam guardadas nas gavetas porque > ninguém pode pagar os direitos autorais. > > Neste momento, talvez os músicos eruditos tenham de se transformar > heroicamente em voluntários da cultura. É uma questão de > sobrevivência : ou se doa o que existe de melhor ou o que existe de > pior vai prevalecer lucrando ( é a lei do "mundo adminsitrado" > adorniano) > > Um abraço, > > Sandra Loureiro de Freitas Reis > > From: Alexandre Negreiros > To: José Luiz Martinez > CC: ANPPOM lista > Subject: Re: [ANPPOM-L] FWD: Isen çã o do direito autoral no uso de > obra de arte em eventos sem finslucrativos > Date: Thu, 14 Jun 2007 02:55:13 -0300 > > > Olá José Luiz, > > Este é mais um projeto dentre as dezenas que tramitam no Congresso > propondo a ampliação das exceções ou das exclusões ao direito > autoral que, como todos os demais, não compreendem o princípio > fundamental nesse direito: a de que a obra intelectual tem dono. Já > são muitas as decisões no Supremo que reformam outras, de > instâncias inferiores, cujos juízes interpretam "usos sem > finalidade de lucro" como argumento para isentar, em geral, > prefeituras, escolas, igrejas e outros promotores que, se pagam > pelos fogos de artifício, pelo aluguel do palco e pelo chopp > gelado, e até pelos músicos contratados, não gostam de pagar pelo > uso da música. Há trezentos anos e no mundo inteiro, esta é > admitida como propriedade privada de seus compositores, obedencendo > aos limites impostos para o usufruto de seus direitos patrimoniais, > dentre os quais já se inclui a temporalidade (70 após a morte de > todos os seus autores) como elemento de "socialização" da carga > cultural que possa ter adquirido durante o tempo de sua existência. > > Se "Parabéns pra Você" é diariamente cantada em inúmeros lares, ela > um dia foi criada por alguém que, provavelmente, não imaginava o > sucesso que faria. Inegavelmente, caso estejamos todos no mesmo > planeta e em uma sociedade que admita a propriedade privada, e > assim sua extensão aos bens imateriais, ele merece receber dinheiro > por isso. Salvo sejamos capazes de pensar uma nova (ou resgatar > alguma antiga) forma de convivência social que não inclua o > dinheiro para concretizar nossas trocas, oficialmente a única forma > legitimada de viabilizar comida, diversão e arte. A maré "Creative > Commons", à qual o Gil aderiu, tem como mentores os grandes grupos > fornecedores de conteúdo para exibição pública, principalmente as > operadores de telefonia celular que, somados os valores que pagam > anualmente à sociedades autorais pelo mundo, representam grande > percentual dos cerca de 6 bilhões de euros (CISAC) que, em 2003, > foram pagos às tais sociedades tendo como destino os autores das > obras exibidas. O álibi é forte, e remete às nossas origens ibérico- > cristãs de solidariedade que, por isso, nos transformaram no > trampolim preferencial desse pacote de licenças, cujo objetivo é > gerar uma massa de conteúdo "livre" para, um dia, dar um pontapé > nas sociedades autorais. > > No Brasil esse número se aproxima dos 300 milhões, vem > especialmente das TVs e vai especialmente para os grandes editores, > que controlam as duas principais sociedades dentre as dez que > (ainda) habitam a Assembléia Geral do ECAD, em que apenas 6 têm > direito à voto. Suas contradições, ineficiência e gestão > irresponsável têm como corolário - premeditado - a ignorância quase > completa da classe em relação às suas principais atribuições, > desafios e conflitos. Tendo construído um cinturão artístico para > legitimá-los nessa administração, alguns gestores conseguiram > estruturar, após a lei 9610 de 1998, a arquitetura ideal para > operacionalizar uma administração que prioriza as enormes parcelas > a que fazem jus os grandes editores que por aqui atuam, a partir de > contratos de cessão lifetime, assinados em troca de duas mariolas > enquanto as carreiras ainda são incipientes. Gil penou para reaver > suas obras e, ciente desses meandros, que mantém o requinte de não > ter qualquer fiscalização (seu lobby evitou a recriação de um novo > CNDA, já que o original ficara sem eficácia depois da Constituição > de 88), torce para que uma "nova ordem" se reconstrua sem os mesmos > atores, de preferência. > > Direitos são para serem respeitados, e não devemos sucumbir à mesma > inversão de valores que confunde aqueles que, ansiosos pelo fim da > violência, sugerem diminuir ou acabar, antes, com os direitos > humanos, que desconfortavelmente nos obrigam a respeitar a vida, a > integridade física e moral dos mesmos delinqüentes que ameaçam > subtrair a nossa própria. Esquecem-se de como tais direitos foram > conquistados, de quantas vidas foram desperdiçadas até que se > admitisse a falibilidade da interpretação institucional, envolta em > interesses humanos igualmente falíveis. Garantir direitos humanos > ao mais desumano é prestigiar um sistema maior de normas que > existe, antes de tudo, para nos proteger contra eventualidades, das > quais jamais estaremos livres, de ser, talvez por força de nossas > idéias ou pelo simples acaso, confundidos por estarmos no lugar > errado, na hora errada, ou por não redobrarmos o cuidado com o que > fazemos. > > Se esse projeto passar, haverá alguma ADIN da qual, certamente, o > ECAD sairá vitorioso, por motivações jurídicas ou pela perspectiva > de contratações futuras de seus futuros ex-ministros, para redação > de pareceres por módicos 200 mil, como nos relata a ATA da 271ª > reunião da Assembléia Geral, de 21/11/2002. O que nossos > Congressistas não entendem é que tudo o que precisamos fazer é > controlar o ECAD, pois se houver um órgão que tenha interesse em > fazer de fato o dinheiro chegar ao autor, não estaríamos discutindo > a pertinência da cobrança. Do jeito que está, temos literalmente a > raposa com a chave da frente da sede da fazenda: o galinheiro ela > nem dá mais bola... > > Abçs > > Alex > > > On Jun 14, 2007, at 12:54 AM, José Luiz Martinez wrote: > > --------------------------------------------------------- > > Isenção do direito autoral no uso de obra de arte em eventos sem > fins lucrativos > *13 de Junho de 2007* > > ** > > Se depender do senador Raimundo Colombo (DEM/SC), o uso de obras > teatrais e de músicas em eventos públicos que não tenham fins > lucrativos será isento de cobrança. Atualmente, o Escritório > Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) - responsável pela > arrecadação e distribuição de direitos autorais decorrentes da > execução pública de músicas nacionais e estrangeiras - cobra pela > utilização. > > Geralmente, o valor a ser pago é determinado de acordo com o > parâmetro físico ou percentual incidente sobre a receita bruta. O > projeto de lei é do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e pede a > isenção de autorização prévia de autores ou titulares para > utilização de obras teatrais, composições musicais e fonogramas em > representações. > > Relator da matéria, Colombo lembrou as centenas e comunidades > formadas em localidades muito afastadas dos grandes centros, o que, > conseqüentemente, dificulta a obtenção da autorização prévia dos > autores. "Como exigir de uma pequena igreja ou de uma escola > primária no coração da Amazônia que obtenha essa autorização para a > realizar qualquer evento que não vise à vantagem econômica?", indagou. > > O parlamentar catarinense citou como exemplo a Festa do Pinhão, que > ocorre todo ano na cidade de Lages (SC) e chega a atrair mais de > 300 mil pessoas. "No ano de 2006, o Ecad queria que pagássemos uma > taxa de título autoral no valor de R$ 252 mil. Não há sentido em > cobrar tal quantia de um evento que não visa fins lucrativos, mas > apenas a propagação da cultura local", enfatizou. > > De acordo com o democrata, é necessário que se dê atenção à > proteção ao direito autoral nos casos em que há interesse econômico > envolvido. "Mas se a utilização do bem cultural não tiver objetivo > lucrativo, direta ou indiretamente, deve prevalecer a defesa da > cultura", acrescentou. A matéria foi discutida nesta terça-feira > (12) na Comissão de Educação (CE). Os senadores devem votá-la nas > próximas semanas. > > > > > >________________________________________________ > >Lista de discussões ANPPOM > >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > >________________________________________________ > > > > Torpedo Messenger- Envie torpedos do messenger para o celular da > galera. Descubra como aqui! -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From danielquaranta em gmail.com Thu Jun 14 20:48:19 2007 From: danielquaranta em gmail.com (daniel quaranta) Date: Thu, 14 Jun 2007 20:48:19 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Congresso de Musicologia na Espanha Message-ID: <7c09c53f0706141648s1f907a95i2c539234c952b405@mail.gmail.com> Hola a todos: Os envio la primera circular del congreso que estamos preparando en Salamanca para el ñao que viene. Me gustarçia pediros que lo divulgueis entre vuestros contactos, compañeros y estudiantes. Mas informacion en www.sibetrans.com Un saludo Hector Fouce MÚSICA, CIUDADES, REDES: CREACIÓN MUSICAL E INTERACCIÓN SOCIAL *X Congreso de la SIBE-Sociedad de Etnomusicología* *V Congreso de IASPM-España* *II Congreso de músicas populares del mundo hispano y lusófono* *6 -9 marzo 2008 - Salamanca* ** Uno de los fenómenos sociales más característicos de las últimas décadas es la movilidad. Las ciudades de todo el mundo se pueblan de inmigrantes venidos de todas partes. Esto nos invita a reflexionar sobre el papel de la música en los procesos migratorios. Nos preguntamos de qué manera la música, en tanto forma sonora y práctica cultural, colabora a la integración o la segregación social y cultural; cómo las comunidades desplazadas o las virtuales ven modificada su experiencia y su propia percepción; cómo las músicas cambian, se mezclan, pugnan por sobrevivir y se influyen mutuamente, dando lugar a nuevos sonidos, nuevas prácticas y nuevos espacios de producción cultural. Queremos que este congreso sea una ocasión para poner en común perspectivas teóricas y metodológicas. Así mismo, es una buena oportunidad tanto para avanzar en el estudio de todas esas situaciones y compartir casos de estudio, como para tender un puente que nos ayude a conocer mejor el trabajo de nuestras comunidades académicas estrechando sus vínculos. La SIBE-Sociedad de Etnomusicología celebra su 15º aniversario con este congreso, al que se suma IASPM-España para continuar con la valiosa experiencia del I Congreso de Música popular del mundo hispano y lusófono que se celebró en Newcastle el año 2006. Contamos para ello con la colaboración del Conservatorio Superior de Música de Salamanca y del Instituto de Etnomusicologia (INET) de la Universidade Nova de Lisboa. Los idiomas oficiales del congreso son el español, el portugués y el inglés. El congreso ofrece cuatro modalidades de participación: - *Comunicación sobre uno de los temas centrales* (excepcionalmente se aceptarán comunicaciones sobre otras temáticas).Las comunicaciones se presentarán en exposiciones orales de un máximo de 15 minutos con un tiempo posterior destinado a la discusión colectiva. - Participación* en un panel *colectivo.Los paneles se organizan como grupos de trabajo que debatirán previamente al congreso las diferentes aportaciones, coordinados por el responsable del mismo. La SIBE pone a disposición de cada panel los recursos de su página web (foros, enlaces, bibliografías, etc). Las presentaciones en el congreso se harán en forma de mesa redonda. - *Posters* (recomendado para trabajos en curso e investigaciones doctorales).Las presentaciones en forma de posters serán equivalentes a las comunicaciones a todos los efectos (curriculum, publicación de actas, etc). Para participar con un poster se presentará el contenido de la comunicación en un formato gráfico (esquema de ideas e hipótesis principales, tablas, fotografías, etc.) y se acompañará de un texto con resumen extenso de la investigación (3000 palabras). Durante los días del congreso estará habilitado permanentemente un espacio para su exposición y se destinarán varias sesiones a la presentación pública y discusión de las investigaciones resumidas en los posters. - *Formatos audiovisuales. *Las investigaciones que tengan como soporte un formato audiovisual (en su edición final o como material en bruto) se podrán exponer en sesiones de proyección introducidas por una breve presentación de las mismas y seguidas de un tiempo un debate abierto a todos los asistentes. Las presentaciones audiovisuales tendrán el mismo reconocimiento como participación en el congreso que el resto de formatos. *TEMAS CENTRALES* *Ciudades, músicas y diásporas* Las ciudades multiculturales son espacios privilegiados de estudio de la interacción entre músicas; lugares en los que se crean redes que permiten entrecruzar las experiencias musicales de los nuevos ciudadanos y las de los miembros de comunidades largamente asentadas; contextos que permiten reinventar las tradiciones y desarrollar sonidos mestizos. Animamos a presentar trabajos que destaquen aspectos metodológicos innovadores en el estudio del espacio urbano, la música y la interacción cultural. También casos concretos que presenten situaciones o géneros musicales de interés para el estudio global del fenómeno. *Escenas locales e historia global* Lo local aparece en los discursos contemporáneos como el contrapeso de lo global, una especie de santuario en el que se mantienen identidades fuertes enlazadas en la tradición. Pero es evidente que los flujos de población y las actuales actitudes políticas modifican estos escenarios. Nos interesa promover las reflexiones que aborden la relación de las músicas tradicionales con las nuevas identidades así como los repliegues hacia los nacionalismos, regionalismos y localismos. También aportaciones que estudien la vocación globalizadora y cosmopolita de otras músicas locales y su contribución al diseño de una historia que comprenda las músicas marginadas tradicionalmente del discurso histórico global. *Tecnologías e industria musical* Internet, la telefonía móvil, los reproductores de MP3, o las videoconsolas son hoy por hoy vías de distribución y consumo musical de primer orden, siendo ésta uno de los activos más importantes de sus usuarios. Invitamos a los investigadores a reflexionar sobre las consecuencias sociales y culturales de las nuevas formas de circulación de la música, su impacto sobre las comunidades locales y la interacción con las experiencias corporales y socialmente localizadas, así como a las políticas de protección y cuestionamiento de los derechos de autor y la propiedad intelectual. *Nuevos aspectos teóricos y metodológicos de la Etnomusicología* La complejidad de nuestro contexto cultural supone un desafío para los investigadores, que han de encontrar nuevas herramientas que enriquezcan las perspectivas teóricas desde las que afrontamos el estudio de las dinámicas musicales contemporáneas. Por ello el congreso invita a presentar comunicaciones en torno a las nuevas aproximaciones teóricas, conceptuales y metodológicas que se están desarrollando en la actualidad. *PANELES* *Cuerpo, discurso y performance* Coordinador: Rubén López Cano *Modelos y contextos de escucha *Coordinadora: Marta García Quiñones *Música, política, poder y desafío* Coordinadora: Salwa el Shawan Castelo-Branco *La improvisación musical: práctica, teoría e historia *Coordinador: Eduardo Contreras *Antropología sonora* Coordinador: Iñigo Sánchez *Patrimonio musical en el siglo XXI *Coordinador: Rafael Martín * Estos son los paneles propuestos inicialmente. Cualquier socio que desee proponer algún otro, puede hacerlo escribiendo a la dirección salamanca2008 em sibetrans.com *POSTERS* Animamos a los participantes a presentar propuestas de posters individuales o colectivos en los cuales expongan trabajos en curso (experiencias de trabajo de campo, investigaciones de final de carrera, etc.). Asimismo es el formato perfecto para presentar investigaciones pre-doctorales y doctorales no concluidas, por el esfuerzo de síntesis metodológica y de contenido que supone la presentación gráfica de un poster. *PRESENTACIÓN DE PROPUESTAS* Todas las propuestas de participación deben presentarse con un resumen extenso de 600 palabras que deberá incluir la siguiente información: (1) titulo, (2) tres palabras clave que hagan referencia al objeto de estudio, principales teorías o conceptos que empleará (3) los principales argumentos que se defenderán, (4) la perspectiva teórica y metodológica utilizada y (5) la bibliografía de referencia. En el caso de los formatos audiovisuales se añadirá (6) la duración y (7) los requerimientos técnicos para la proyección. En el caso de los paneles la aceptación definitiva estará supeditada, además de a la selección del comité científico, a la participación previa del ponente en la discusión y el trabajo colectivo previo al congreso. Todas las propuestas deberán presentarse *antes del 15 de julio de 2007* por correo electrónico a la dirección salamanca2008 em sibetrans.com especificando como *asunto *"Propuesta de participación-APELLIDO". *Importante!: *deberán enviarse dos documentos en formato Word o RTF (siempre como documentos adjuntos): 1) uno de los documentos debe contener exclusivamente el título y resumen de la propuesta; 2) el otro únicamente el título, nombre y filiación institucional del autor. Si se requiere para la exposición un equipamiento extraordinario (otro que PC, conexión a ordenador portátil, proyector, reproductor de CD y DVD) deberá especificarse en la propuesta. El comité científico las evaluará anónimamente y la resolución será notificada a todos los participantes antes del 15 de septiembre de 2007. ___________________ ___________________ Hector Fouce hector em fouce.net www.fouce.net """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" Daniel Quaranta (55) 21-2222-3329 Cel: 21-87003329 "Eu acho que todos deveriam fazer versos. Ainda que saiam maus, não tem importância. É preferivel, para a alma humana , fazer maus versos a não fazer nehum" Mario Quintana -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Jun 14 22:31:14 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 14 Jun 2007 22:31:14 -0300 Subject: [ANPPOM-L] lucro cultural In-Reply-To: <4671AD1A.1000501@terra.com.br> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Jun 14 22:43:47 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 14 Jun 2007 22:43:47 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen=E7=E3o_do_direito_autoral_n?= =?iso-8859-1?q?o_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= In-Reply-To: <2841ACEB-E093-4361-B0C5-6F1FB87A2FFA@yahoo.com.br> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Thu Jun 14 22:53:03 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Thu, 14 Jun 2007 22:53:03 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FW: Re: Congresso de Musicologia na Espanha Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ From antunes em unb.br Fri Jun 15 00:11:40 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Fri, 15 Jun 2007 00:11:40 -0300 Subject: [ANPPOM-L] lucro cultural References: Message-ID: <4672035E.95ECD82F@unb.br> Querida Sandra e não menos querido Palombini: Vocês me fazem lembrar de tema muito bom para discussão. Talvez vocês não saibam, mas, no Brasil, obras de domínio público também recolhiam direitos até 1984. Isto é, todo organizador de espetáculo que programava música de domínio público tinha que pagar uma taxa. Essa taxa ia diretamente para o CNDA (Conselho Nacional de Direito Autoral). O CNDA, com as taxas, formava um fundo que era destinado exclusivamente a apoiar projetos na área de música erudita brasileira. Isso funcionava muito bem. Com dinheiro daquele fundo o Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro publicou novas edições dos livros de Harmonia e Contraponto do Paulo Silva. Em 1982 eu era presidente da Ordem dos Músicos, seção DF, e conseguimos verba do fundo para organizar festival competitivo de música, cujo júri era integrado, entre outros, de Rogerio Duprat e Aylton Escobar. Em 1983 uma comissão de tubarões da música (Vitale, Ricordi, Mangioni, Rádios, EMI etc) foram ao Presidente Figueiredo pedir para acabar com aquelas taxas. O lobby funcionou. O regime militar liberou totalmente as obras de domínio público. Em seguida deram fim ao Fundo e ao CNDA. Abraços, Jorge Antunes Sandra Reis wrote: > > > Realmente, não entendeu nada, Palombini. O que eu quis dizer foi: por não conseguirmos o patrocínio para pagar os direitos autorais de obras brasileiras, vamos gravar obras consagradas de domínio público estrangeiras para realizar o disco souvenir do I Concurso Nacional de Piano Cidade de Belo Horizonte com os três vencedores. > > É lamentável pois isto vai prejudicar o nosso objetivo primordial: realizar a difusão da música erudita nacional no Brasil e no exterior. > > Sandra. > > > 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> > From: carlos palombini > To: anppom-l em iar.unicamp.br > Subject: [ANPPOM-L] lucro cultural > Date: Thu, 14 Jun 2007 18:03:22 -0300 > > > > > Obtivemos apoio de entidades ligadas à UFMG até a gravação da matriz > > > e o apoio principal para a realização de 3000 Cds ainda não veio e > > > talvez nem venha. A matriz tem de ser gravada no dia 1 de julho por > > > que os pianistas estão com a passagem comprada para um concerto no dia > > > 30 de junho. Se não pudermos pagar os direitos autorais que estão > > > sendo exigidos (Ex.: Cr$ 3000 por uma das peças), vamos ter de > > > substituir a gravação das obras brasileiras por obras estrangeiras de > > > domínio público. Desta forma, os nossos objetivos de difusão da música > > > erudita brasileira vão ser prejudicados. Todos os organizadores e > > > pianistas estão empenhados no projeto com o mesmo objetivo sem > > > qualquer ganho econômico, a não ser o lucro cultural. > > > > > > Percebe o que está ocorrendo neste exemplo? > > > > >Se entendi bem, determinado autor ou determinada autora prefere não > >abrir mão de 3000 reais em prol do lucro cultural. É um direito que a > >legislação lhe assegura e que ele ou ela quer ver respeitado. Ou não > >entendi nada? > > > >-- > >cvp > > > >________________________________________________ > >Lista de discussões ANPPOM > >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > >________________________________________________ > > > 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> Inscreva-se no novo Windows Live Mail beta e seja um dos primeiros a testar as novidades. 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> ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Fri Jun 15 01:00:57 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Fri, 15 Jun 2007 01:00:57 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_Isen=E7=E3o_do_direito_autoral_n?= =?iso-8859-1?q?o_uso_de_obra_de_arte_em_eventos_sem_finslucrativos?= In-Reply-To: References: Message-ID: <227DFA77-A957-4DB2-B7AB-9C19811348F9@yahoo.com.br> Prezada Sandra, A iniciativa é maravilhosa! Mas talvez os compositores consagrados queiram hoje exercer sua consagração, usufruir de seu esforço anterior, fruto de tantos concursos, tantos programas em que já tiveram que oferecer suas obras de graça, isso quando não fizeram força para serem tocados. Depois de toda uma trajetória, alcançaram o posto de terem suas obras escolhidas por estes intérpretes, e conseguem compradores - ainda que eventuais - para seus preços. É a aposta que fazem, e talvez não estejam mais almejando novas difusões, como a que o CD lhes oferece, e prefiram o pássaro na mão, já que conquistaram esse privilégio, não sem mérito. Quem sabe, numa próxima edição, vocês possam incluir uma categoria de "obras inéditas", para que novos compositores se sintam lucrando ao permitir, sem ônus, que suas obras sejam inseridas no CD, ou o redimensionem, para que caibam também os consagrados. Espero que tenha compreendido que relacionar a possível inviabilidade de seu projeto ao exercício desse direito é, no mínimo, injusto. Não dá pra isolar o preço do autor dos demais custos, concentrando nele a responsabilidade por esta viabilização. Se o seu preço é questionável, os outros também podem ser, e talvez o caro seja a gráfica, a prensagem, a embalagem, etc., dentre tantos insumos que, incapazes de avaliar, acatamos. Se é por ser imaterial, o aluguel do studio também é, e o esforço do técnico também, e a arte da capa também, e assim por diante. Infelizmente, nos habituamos a produzir cultura como heróis, contando com a amizade que mantemos com o dono do studio, que fará pelo custo da luz, ou com o técnico camarada, por uma cerveja e uma pizza, não podemos cair bobagem de acreditar é assim que se faz! Me perdoe o papo chato, mas não dá pra escapar, esse vem sendo o meu assunto. Se puder, gostaria de contribuir para viabilizar seu projeto, pelo qual já estou torcendo, assim como torço pela continuidade do respeito aos direitos. Mais do que nunca, as ferramentas e o ambiente digital só favorecem esse respeito, ao contrário do que se propaga. Se o mundo já admite a quebra de patentes em casos de calamidades, com regras definidas na OMC, a "revisão" para baixo dos direito autorais só têm como beneficiários os acionistas dos grandes pagadores de direitos. Aliás, a intensa promoção do pacote de "flexibilização de direitos", simplesmente padronizado pela bem financiada turma do Creative Commons (já que não inventaram nada, a possibilidade de cedê-los sempre existiu) me lembra um episódio em Copacabana, em que uma empreiteira poderosa comprou todos os apartamentos de um prédio antigo, com exceção de um, que se recusava a sair. Para quem lembra, o quadro era patético: só o esqueleto do prédio, o que restou das escadas e a contagem regressiva para que finalmente cedesse às evidências e abrisse mão de sua vista pro mar, em troca dos caraminguás a que teve direito. Nessa analogia, penso que o nosso condomínio ainda é forte, apesar do péssimo síndico, mas se aceitarmos a promoção dessas flexibilizações, e seguirmos pondo a culpa no autor, nos veremos todos saindo pela porta dos fundos. Torço sinceramente pelo seu CD, Um abraço, Alexandre On Jun 14, 2007, at 10:43 PM, Sandra Reis wrote: > Prezado Alexandre, quando obtive o patrocínio do Concurso no > Conselho Curador da Prefeitura não estava prevista, no orçamento, a > gravação do disco. > > A idéia tomou corpo após o evento diante do notável brilhantismo > dos candidatos e da beleza do repertório nacional apresentado. > > No meu otimismo, julguei que todos, principalmente os > compositores, iriam ficar entusiasmados com a realização do disco > que iria perpetuar obras magníficas executadas por jovens > maravilhosos pianistas brasileiros. > > Ainda continuo na luta e vamos ver o que será possível fazer. > > Um abraço, > > Sandra. > > > From: Alexandre Negreiros > To: ANPPOM lista > Subject: Re: [ANPPOM-L] FWD: Isenção do direito autoral no uso de > obra de arte em eventos sem finslucrativos > Date: Thu, 14 Jun 2007 19:16:51 -0300 > > Oi Sandra, > > Infelizmente, creio que deve ter havido algum erro no projeto > original. Se estava prevista a gravação desse CD, deveria haver uma > preocupação específica, que considerasse a autorização prévia do > autor ou herdeiros (da obra escolhida), ou orçamentos baseados em > tabelas elaboradas por eles, por seus editores ou pelas associações > que integram, que mantém tabelas bem razoáveis, que certamente > caberiam no orçamento do próprio concurso. Se a alegação de difusão > procedesse, as emissoras de TV não pagariam um centavo pelo uso de > obras, mas não é assim, malgrado sua notória boa intenção. > > A essa altura imagino que já saiba se a obra em questão possui > editor, e de qual editora se trata. Descobrindo se esta integra uma > das duas associações brasileiras, faça ali o contato, pois isso > provavelmente lhe proporcionará trabalhar nos valores de tabela, o > que não é obrigatório (a idéia é proteger o autor e seus herdeiros, > que vivem disso, tal como se cobra aluguel de um imóvel de família > ou se mantém ações de uma empresa). Como a preocupação deles é > autorizar em larga escala, independente de quem seja o autor, é > possível que esses R$ 3000 estejam acima da tabela, que é de > valores mínimos cobrados por cada uso específico (gravar em CD é um > deles), que não sejam exibição pública, já que este é de > arrecadação exclusiva do ECAD. > > No Brasil há duas associações: a ABEM - Assoc. Brasileira de > Editores de Música (www.abem.com.br), que reúne a EMI, a Trama, > Jobim, Fermata, Vitale, Peermusic e outros menores, e a ABER - > Assoc. Brasileira de Editores Reunidos, que congrega as outras > quatro "majors" - Sony, Universal, BMG e Warner/Chappell, e outras > menores. Juntas, representam 90% do repertório disponível, ainda > que o erudito seja franca minoria. > > CASO a obra tenha um editor, ela provavelmente tem também sub- > editores pelo mundo (todas mantém sub-editores). Então, com os sub- > editores identificados, uma solução possível é você conseguir um > produtor no estrangeiro. Talvez um convênio com algum selo da > Universidade de Montreal, caso exista. Você grava aqui, leva o > master pro exterior (num pen-drive), oficializa aí a emissão do > ISRC, reproduz o CD e manda pro Brasil. Ou então fabrica aqui > mesmo, oficializando a encomenda por esse produtor estrangeiro, com > o ISRC emitido no estrangeiro. Parece louco, mas pode ser bom > também para seus intérpretes, pela carência de convênios entre > sociedades brasileiras e estrangeiras. Assim, licenciariam pelas > regras daí, com autorizações mais rápidas, baratas e semi- > automáticas (não precisará ajoelhar-se aos pés da família do > autor). E talvez com critérios mais amplos de exceções educativas. > Tal como aqui, nos demais países a Coca-Cola também não pode > simplesmente pegar sua foto, colar no outdoor e depois reclamar que > você cobra demais por isso. Mas como existem limites claros para os > usos, remunerações obrigatórias das quais os usuários não escapam, > entidades de fiscalização que mantém nos trilhos editores e seus > contratos, e as sociedades gestoras e seus preços, não há a > necessidade dessa "proibição" de uso, já que todos entendem que as > duas coisas precisam coexistir: a circulação da cultura e os > pagamentos devidos aos seus autores. > > Torço pra que tudo funcione, e segue uma outra dica: a APEX, do > Banco do Brasil, recentemente assinou convênio com a ABMI (a ABPD > dos pequenos, mais Trama e Biscoito Fino) para apoio à exportação > de música brasileira, e é bem provável que tenham pensado em algum > apoio específico para os eruditos (já que o convênio foi > intermediado pelo MinC). Talvez tenha algum apoio de lá. > > Boa sorte! > > Alexandre > > > On Jun 14, 2007, at 1:50 PM, Sandra Reis wrote: > > Prezado Alexandre, acho importante a realização de um seminário na > ANPPOM sobre a questão dos direitos autorais em eventos de elevada > finalidade cultural sem fins lucrativos. A questão é muito séria > na situação atual e pode impedir a realização de projetos > relevantes das Universidades ligados à difusão da música brasileira > erudita. > > Estamos tentando gravar um disco com os três vencedores do I > Concurso Nacional de Piano Cidade de Belo Horizonte apenas com > obras brasileiras apresentadas no Concurso. > > Obtivemos apoio de entidades ligadas à UFMG até a gravação da > matriz e o apoio principal para a realização de 3000 Cds ainda não > veio e talvez nem venha. A matriz tem de ser gravada no dia 1 de > julho por que os pianistas estão com a passagem comprada para um > concerto no dia 30 de junho. Se não pudermos pagar os direitos > autorais que estão sendo exigidos (Ex: Cr$ 3000 por uma das peças), > vamos ter de substituir a gravação das obras brasileiras por obras > estrangeiras de domínio público. Desta forma, os nossos objetivos > de difusão da música erudita brasileira vão ser prejudicados. Todos > os organizadores e pianistas estão empenhados no projeto com o > mesmo objetivo sem qualquer ganho econômico, a não ser o lucro > cultural. > > Percebe o que está ocorrendo neste exemplo? > Um abraço, > > Sandra Loureiro de Freitas Reis. > > From: Alexandre Negreiros > To: ANPPOM lista > Subject: Re: [ANPPOM-L] FWD: Isen çã o do direito autoral no uso de > obra de arte em eventos sem finslucrativos > Date: Thu, 14 Jun 2007 12:09:46 -0300 > > Oi Sandra, > > Definitivamente, a questão não deveria passar pelo gênero da obra, > nem mesmo se restringir à música. Como bem lembrou com o exemplo do > xerox, devemos trazer ao mesmo debate também outras questões bem > brasileiras, como a recente quebra de patentes nos remédios. É > falaciosa a relação entre pagar direitos e aumentar a circulação de > obras, e posso lhe demonstrar isso em outra mensagem. > > É óbvio que não devemos calar, muito pelo contrário! Essa conexão > tão direta entre não recolher direitos e estar proibido de cantar é > patropi, produto da mais absoluta incompetência de nossos gestores > e, como de costume, de nosso silêncio e omissão, cúmplices. Ao > cobrar pagamentos sem a correspondente relação de obras, abusando > das analogias, o ECAD quebra a cultura do direito, tornando > inevitável o desvio e semeando a convicção de sua ineficácia. Com > quase uma centena de escritórios contratados, e mais de 200 > advogados, aprimorou-se na truculência jurídica obviamente cega e > insensível. > > Onde a cultura do direito autoral avançou, como França e Alemanha, > há depoimentos que apontam famílias procurando voluntariamente os > escritórios das sociedades para entregar planilhas e recolher > direitos sobre as músicas tocadas em batizados e festas de > aniversário, e os volumes de arrecadação de nações com a fração de > nosso território tornam inequívoca a ubiqüidade desse respeito. É > interessante notar que, nesses mesmos países, os seios estão à > mostra nas praias, sex-shops nas esquinas e a liberdade sexual há > muito chegou às vitrines. > > Dentre os 130 países cujas legislações autorais encontram-se em > inglês no site da OMPI, em todos aqueles em que há coleta e > distribuição de direitos (em volume significativo), com exceção do > Brasil, Rússia e outros poucos e pequenos, há um órgão > governamental controlando as suas sociedades autorais, coibindo > abusos na cobrança e mediando conflitos muito naturais nessa > relação, como quando as necessidades especiais - como na educação - > prevalecem sobre os interesses dos autores, obrigando que se torne > simbólica, porém sempre existente, a cobrança de direitos. Assim, e > pela implementação de direitos mais modernos, como o direito de > remuneração, não há inibição de uso de obra alguma, muito pelo > contrário. Outro ponto importante é que, de acordo com todos os > tribunais, os direitos autorais e conexos são considerados > remuneração de subsistência, verba alimentícia, e não exploração de > lucro. > > A premissa de que "tudo que dá lucro é ruim" não tem como ser > comprovada, e se não olharmos para o nosso ciclo de legitimação, > revertendo a inércia a que nos habituamos frente às grades de > programação, continuaremos abrindo espaço para o dinheiro rápido > que vem do sexo. Individualismo e comunidade permanecerão > dialogando até que a bomba nos aniquile. Precisamos atuar no ventre > de nossas instituições, de modo a não ver direitos > importantíssimos, conquistados à duras penas por autores > contemporâneos a esses que você citou, questionados por simples > incapacidade de gestão. Que também são comuns no mundo, e há pouco > tempo, aí no Canadá, um tribunal especializado (aí existe isso) > precisou intervir e decretar o preço para pagamento de certos > direitos. Na Suíça, os preços são definidos em lei. Nos EUA, mesmo > sem conexos, o Congresso convoca as sociedades ameaçando caçá-las > caso não respeitem as regras, e por aí vai. > > Na Convenção de Berna, onde virtualmente todos os países são > signatários, admitiu-se um prazo mínimo de 50 anos da morte do > autor para que uma obra seja considerada de "domínio público". > Muitos países, como o Brasil, ampliaram-no para 70, e talvez seja o > caso de propor à OMPI, que administra esses tratados, uma revisão > no sentido de uma diminuição. Embora não acredite, especialmente em > função dos debates recentes relacionados à proteção das culturas > tradicionais, incluindo a assinatura de um recente acordo que, > apesar da pequena adesão, parece ter pacificado alguns pontos. > > Na lógica capitalista (onde talvez nos falte um pouco de espírito > protestante) pagar é tão natural quando comer, beber e fazer sexo. > Sim, precisamos pagar, mas precisamos mesmo é limitar os poderes de > quem estabelece os preços e as regras de distribuição, para não > acabar com um direito que, já habituados a não vê-lo, começamos > agora a desprezá-lo. Sem perceber, contudo, que estamos assim > fazendo o jogo dos grandes pagadores que, diferentemente de nossas > festas familiares, não escapam da fúria dos advogados do órgão. > Quando o sistema que é necessariamente coletivo, que levou anos > para ser construído, começar a ruir, será muito mais difícil > reerguê-lo. > > O problema continua sendo o da nossa omissão, da distância que > mantemos das sociedades de autores, das arbitrariedades que > toleramos quando lá entramos, das leis que permitimos que fizessem, > isentando-se de maiores responsabilidades, etc. > > Peço também perdão pela ênfase > > Um abraço, > > Alexandre > > > > On Jun 14, 2007, at 8:44 AM, Sandra Reis wrote: > > Prezado Alexandre, apenas uma pergunta: com este exemplo que deu, > poderíamos perguntar: > > Para cantarmos "Parabéns para você", no dia de nosso aniversário, > devemos antes pagar pelos direitos autorais? Vamos emudecer o mundo > -cale-se a grande música - pois sem dinheiro para pagar não é > possível fazer nada. > > Ainda bem que existem obras do domínio público de gente maravilhosa > que faleceu (Bach, Beethoven, Chopin, Shumann, etc.) e que, mesmo > assim, prosseguem a lançar o bem gratuitamente nesta terra onde > todos só pensam em dinheiro e sexo. > > Acho que temos de repensar bem a questão dos direitos autorais no > caso da educação e da cultura ( é o caso do uso do xerox, em > Universidades, de obras magnas esgotadas, para aulas e estudos). > > Desculpem a ênfase mas isto é muito sério: individualismo versus > comunidade (eis o problema). > > Cada caso tem de ser cuidadosamente estudado, neste nosso país > subdesenvolvido onde a grande maioria está fadada a consumir o lixo > que é promovido a altos custos e lucros para os autores, enquanto > as grandes obras musicais ficam guardadas nas gavetas porque > ninguém pode pagar os direitos autorais. > > Neste momento, talvez os músicos eruditos tenham de se transformar > heroicamente em voluntários da cultura. É uma questão de > sobrevivência : ou se doa o que existe de melhor ou o que existe de > pior vai prevalecer lucrando ( é a lei do "mundo adminsitrado" > adorniano) > > Um abraço, > > Sandra Loureiro de Freitas Reis > > From: Alexandre Negreiros > To: José Luiz Martinez > CC: ANPPOM lista > Subject: Re: [ANPPOM-L] FWD: Isen çã o do direito autoral no uso de > obra de arte em eventos sem finslucrativos > Date: Thu, 14 Jun 2007 02:55:13 -0300 > > > Olá José Luiz, > > Este é mais um projeto dentre as dezenas que tramitam no Congresso > propondo a ampliação das exceções ou das exclusões ao direito > autoral que, como todos os demais, não compreendem o princípio > fundamental nesse direito: a de que a obra intelectual tem dono. Já > são muitas as decisões no Supremo que reformam outras, de > instâncias inferiores, cujos juízes interpretam "usos sem > finalidade de lucro" como argumento para isentar, em geral, > prefeituras, escolas, igrejas e outros promotores que, se pagam > pelos fogos de artifício, pelo aluguel do palco e pelo chopp > gelado, e até pelos músicos contratados, não gostam de pagar pelo > uso da música. Há trezentos anos e no mundo inteiro, esta é > admitida como propriedade privada de seus compositores, obedencendo > aos limites impostos para o usufruto de seus direitos patrimoniais, > dentre os quais já se inclui a temporalidade (70 após a morte de > todos os seus autores) como elemento de "socialização" da carga > cultural que possa ter adquirido durante o tempo de sua existência. > > Se "Parabéns pra Você" é diariamente cantada em inúmeros lares, ela > um dia foi criada por alguém que, provavelmente, não imaginava o > sucesso que faria. Inegavelmente, caso estejamos todos no mesmo > planeta e em uma sociedade que admita a propriedade privada, e > assim sua extensão aos bens imateriais, ele merece receber dinheiro > por isso. Salvo sejamos capazes de pensar uma nova (ou resgatar > alguma antiga) forma de convivência social que não inclua o > dinheiro para concretizar nossas trocas, oficialmente a única forma > legitimada de viabilizar comida, diversão e arte. A maré "Creative > Commons", à qual o Gil aderiu, tem como mentores os grandes grupos > fornecedores de conteúdo para exibição pública, principalmente as > operadores de telefonia celular que, somados os valores que pagam > anualmente à sociedades autorais pelo mundo, representam grande > percentual dos cerca de 6 bilhões de euros (CISAC) que, em 2003, > foram pagos às tais sociedades tendo como destino os autores das > obras exibidas. O álibi é forte, e remete às nossas origens ibérico- > cristãs de solidariedade que, por isso, nos transformaram no > trampolim preferencial desse pacote de licenças, cujo objetivo é > gerar uma massa de conteúdo "livre" para, um dia, dar um pontapé > nas sociedades autorais. > > No Brasil esse número se aproxima dos 300 milhões, vem > especialmente das TVs e vai especialmente para os grandes editores, > que controlam as duas principais sociedades dentre as dez que > (ainda) habitam a Assembléia Geral do ECAD, em que apenas 6 têm > direito à voto. Suas contradições, ineficiência e gestão > irresponsável têm como corolário - premeditado - a ignorância quase > completa da classe em relação às suas principais atribuições, > desafios e conflitos. Tendo construído um cinturão artístico para > legitimá-los nessa administração, alguns gestores conseguiram > estruturar, após a lei 9610 de 1998, a arquitetura ideal para > operacionalizar uma administração que prioriza as enormes parcelas > a que fazem jus os grandes editores que por aqui atuam, a partir de > contratos de cessão lifetime, assinados em troca de duas mariolas > enquanto as carreiras ainda são incipientes. Gil penou para reaver > suas obras e, ciente desses meandros, que mantém o requinte de não > ter qualquer fiscalização (seu lobby evitou a recriação de um novo > CNDA, já que o original ficara sem eficácia depois da Constituição > de 88), torce para que uma "nova ordem" se reconstrua sem os mesmos > atores, de preferência. > > Direitos são para serem respeitados, e não devemos sucumbir à mesma > inversão de valores que confunde aqueles que, ansiosos pelo fim da > violência, sugerem diminuir ou acabar, antes, com os direitos > humanos, que desconfortavelmente nos obrigam a respeitar a vida, a > integridade física e moral dos mesmos delinqüentes que ameaçam > subtrair a nossa própria. Esquecem-se de como tais direitos foram > conquistados, de quantas vidas foram desperdiçadas até que se > admitisse a falibilidade da interpretação institucional, envolta em > interesses humanos igualmente falíveis. Garantir direitos humanos > ao mais desumano é prestigiar um sistema maior de normas que > existe, antes de tudo, para nos proteger contra eventualidades, das > quais jamais estaremos livres, de ser, talvez por força de nossas > idéias ou pelo simples acaso, confundidos por estarmos no lugar > errado, na hora errada, ou por não redobrarmos o cuidado com o que > fazemos. > > Se esse projeto passar, haverá alguma ADIN da qual, certamente, o > ECAD sairá vitorioso, por motivações jurídicas ou pela perspectiva > de contratações futuras de seus futuros ex-ministros, para redação > de pareceres por módicos 200 mil, como nos relata a ATA da 271ª > reunião da Assembléia Geral, de 21/11/2002. O que nossos > Congressistas não entendem é que tudo o que precisamos fazer é > controlar o ECAD, pois se houver um órgão que tenha interesse em > fazer de fato o dinheiro chegar ao autor, não estaríamos discutindo > a pertinência da cobrança. Do jeito que está, temos literalmente a > raposa com a chave da frente da sede da fazenda: o galinheiro ela > nem dá mais bola... > > Abçs > > Alex > > > On Jun 14, 2007, at 12:54 AM, José Luiz Martinez wrote: > > --------------------------------------------------------- > > Isenção do direito autoral no uso de obra de arte em eventos sem > fins lucrativos > *13 de Junho de 2007* > > ** > > Se depender do senador Raimundo Colombo (DEM/SC), o uso de obras > teatrais e de músicas em eventos públicos que não tenham fins > lucrativos será isento de cobrança. Atualmente, o Escritório > Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) - responsável pela > arrecadação e distribuição de direitos autorais decorrentes da > execução pública de músicas nacionais e estrangeiras - cobra pela > utilização. > > Geralmente, o valor a ser pago é determinado de acordo com o > parâmetro físico ou percentual incidente sobre a receita bruta. O > projeto de lei é do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e pede a > isenção de autorização prévia de autores ou titulares para > utilização de obras teatrais, composições musicais e fonogramas em > representações. > > Relator da matéria, Colombo lembrou as centenas e comunidades > formadas em localidades muito afastadas dos grandes centros, o que, > conseqüentemente, dificulta a obtenção da autorização prévia dos > autores. "Como exigir de uma pequena igreja ou de uma escola > primária no coração da Amazônia que obtenha essa autorização para a > realizar qualquer evento que não vise à vantagem econômica?", indagou. > > O parlamentar catarinense citou como exemplo a Festa do Pinhão, que > ocorre todo ano na cidade de Lages (SC) e chega a atrair mais de > 300 mil pessoas. "No ano de 2006, o Ecad queria que pagássemos uma > taxa de título autoral no valor de R$ 252 mil. Não há sentido em > cobrar tal quantia de um evento que não visa fins lucrativos, mas > apenas a propagação da cultura local", enfatizou. > > De acordo com o democrata, é necessário que se dê atenção à > proteção ao direito autoral nos casos em que há interesse econômico > envolvido. "Mas se a utilização do bem cultural não tiver objetivo > lucrativo, direta ou indiretamente, deve prevalecer a defesa da > cultura", acrescentou. A matéria foi discutida nesta terça-feira > (12) na Comissão de Educação (CE). Os senadores devem votá-la nas > próximas semanas. > > > > > >________________________________________________ > >Lista de discussões ANPPOM > >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > >________________________________________________ > > > > Torpedo Messenger- Envie torpedos do messenger para o celular da > galera. 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Sandra Reis escreveu: > > Realmente, não entendeu nada, Palombini... > -- cvp From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Fri Jun 15 02:20:08 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Fri, 15 Jun 2007 02:20:08 -0300 Subject: [ANPPOM-L] lucro cultural In-Reply-To: <4672035E.95ECD82F@unb.br> References: <4672035E.95ECD82F@unb.br> Message-ID: <6BE5BF41-483A-4F39-B7CE-B2815E410193@yahoo.com.br> Prezados, Sem querer me meter, já me metendo, vigorava o artigo 93 da lei 5988, de 1973 Art 93. A utilização, por qualquer forma ou processo que não seja livre, das obras intelectuais pertencentes ao domínio público depende de autorização do Conselho Nacional de Direito Autoral. Parágrafo único. Se a utilização visar a lucro, deverá ser recolhida ao Conselho Nacional de Direito Autoral importância correspondente a cinquenta por cento da que caberia ao autor da obra, salvo se se destinar a fins didáticos, caso em que essa percentagem se reduzirá a dez por cento. E também os artigos que regiam o Fundo: Art 117. Ao Conselho [Nacional de Direito Autoral], além de outras atribuições que o Poder Executivo, mediante decreto, poderá outorgar- lhe, incumbe: [...] VI - gerir o Fundo de Direito Autoral, aplicando-lhe os recursos segundo as normas que estabelecer, deduzidos, para a manutenção do Conselho, no máximo, vinte por cento, anualmente; [...] Art 119. O Fundo de Direito Autoral tem por finalidade: I - estimular a criação de obras intelectuais, inclusive mediante instituição de prêmios e de bolsas de estudo e de pesquisa; II - auxiliar órgãos de assistência social das associações e sindicatos de autores, intérpretes ou executantes; III - publicar obras de autores novos mediante convênio com órgãos públicos ou editora privada; IV - custear as despesas do Conselho Nacional de Direito Autoral; V - Custear o funcionamento do Museu do Conselho Nacional do Direito Autoral. Art 120. Integrarão o Fundo de Direito Autoral: I - o produto da autorização para a utilização de obras pertencentes ao domínio público; II - doações de pessoas físicas ou jurídicas nacionais ou estrangeiras; III - o produto das multas impostas pelo Conselho Nacional de Direito Autoral; IV - as quantias que, distribuídas pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição às associações, não forem reclamadas por seus associados, decorrido o prazo de cinco anos; V - recursos oriundos de outras fontes. Pelos testemunhos, o fundo era mesmo ótimo, mas não ia exclusivamente para projetos de música erudita, embora talvez houvesse alguma prioridade. Ouvi o próprio Antônio Adolfo, querido professor, declarar já ter sido financiado por esses recursos. Coisa parecida existe em muitos países, sendo um deles os Estados Unidos, cujas sociedades arrecadam uma fortuna com essa cobrança, que tem destino social parecido com o que já tivemos aqui. Se o fundo acabou junto com essa cobrança, não era ele sua principal fonte, e sim o previsto no ítem IV do artigo 120: as verbas não reclamadas, ou o famoso "crédito retido". Ao "liberar" as obras em domínio público, a divisão dos principais bolos, ou rubricas, passaram simplesmente a desconsiderá-las (dividíamos por 10, agora vamos dividir por 8), fazendo na prática sobrar mais dinheiro para as demais obras e, consequentemente, aumentar o bolo referente aos editores "tubarões" que você citou, que as representam por módicos 25 a 30% sobre todos os ganhos, lifetime. Por isso foram lá pedir isso, e deixar de cobrar as taxas por gravações eruditas, ou nos eventos eruditos, não tinha tanto peso, serviu só pra jogarem para a platéia. O CNDA durou um pouco mais. Sua história começa a se encerrar na Constituição de 1988, que retira-lhe os poderes (que lhe permitiram duas intervenções no ECAD e outras em sociedades) ao buscar, no inciso XVIII do artigo 5º, proteger os partidos políticos de possíveis recaídas autoritárias. XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; Após o brusco esvaziamento, cambaleou até que o Collor decretou, em 1991, o fim de todos os Conselhos que haviam no governo, "esquecendo- se" de incluir no decreto o CNDA que, então, caiu numa espécie de limbo jurídico: já não tinha sede, funcionários ou atribuição oficial, e o atual coordenador da Gerência de Direitos Autorais do MinC, Otávio Afonso, contou em dezembro último como salvou parte da biblioteca que seria jogada no lixo com o último despejo. Enfim, o CNDA foi sumindo e, sumiu. Em 1995, houve a bombástica CPI do ECAD, que fez renascer o projeto do José Genoíno de reformulação da lei autoral que, sob forte lobby dos atuais gestores do ECAD, o redesenharam para que fosse aprovado tal como hoje é a lei 9610, de 1998. Nessa ocasião, havia a previsão para um "novo" CNDA que, contudo, não agradava aos grupos ainda hoje controlam o sistema, e a pressão foi grande para que os ventos do neoliberalismo implementassem a "gestão privada" desses direitos. As multas perderam sua destinção (e passaram a também incorporar o patriomônio do órgão, por mera analogia) Desde 2001, uma artimanha contábil (a "reserva técnica") reduziu os valores desse crédito retido, e seus saldos passaram, desde 2004, a serem usados para cobrir o passivo operacional do ECAD, que nesse primeiro momento redirecionou 1,4 milhão para não registrar no balanço um prejuízo de 900 mil reais. Houve alguns protestos, mas em 2005 e 2006, passaram a fazer isso sem cerimônia, e créditos retidos passaram a compor uma espécie de "fundo extra" para cobrir as trapalhadas administrativas do órgão. Bem, essa é uma das pontas do imenso iceberg e, sem um novo CNDA, afundaremos em fossas escuras e geladas, até encontrarmos o Fundo (com trocadilho) que já sucumbiu faz tempo. Abçs! Alex On Jun 15, 2007, at 12:11 AM, Jorge Antunes wrote: > Querida Sandra e não menos querido Palombini: > Vocês me fazem lembrar de tema muito bom para discussão. > Talvez vocês não saibam, mas, no Brasil, obras de domínio público > também recolhiam direitos até 1984. > Isto é, todo organizador de espetáculo que programava música de > domínio público tinha que pagar uma taxa. > Essa taxa ia diretamente para o CNDA (Conselho Nacional de Direito > Autoral). > O CNDA, com as taxas, formava um fundo que era destinado > exclusivamente a apoiar projetos na área de música erudita brasileira. > Isso funcionava muito bem. > Com dinheiro daquele fundo o Sindicato dos Músicos do Rio de > Janeiro publicou novas edições dos livros de Harmonia e Contraponto > do Paulo Silva. > Em 1982 eu era presidente da Ordem dos Músicos, seção DF, e > conseguimos verba do fundo para organizar festival competitivo de > música, cujo júri era integrado, entre outros, de Rogerio Duprat e > Aylton Escobar. > Em 1983 uma comissão de tubarões da música (Vitale, Ricordi, > Mangioni, Rádios, EMI etc) foram ao Presidente Figueiredo pedir > para acabar com aquelas taxas. > O lobby funcionou. O regime militar liberou totalmente as obras de > domínio público. Em seguida deram fim ao Fundo e ao CNDA. > Abraços, > Jorge Antunes > > > > Sandra Reis wrote: >> Realmente, não entendeu nada, Palombini. O que eu quis dizer foi: >> por não conseguirmos o patrocínio para pagar os direitos autorais >> de obras brasileiras, vamos gravar obras consagradas de domínio >> público estrangeiras para realizar o disco souvenir do I Concurso >> Nacional de Piano Cidade de Belo Horizonte com os três vencedores. >> >> É lamentável pois isto vai prejudicar o nosso objetivo primordial: >> realizar a difusão da música erudita nacional no Brasil e no >> exterior. >> >> Sandra. >> >> >> >> From: carlos palombini >> To: anppom-l em iar.unicamp.br >> Subject: [ANPPOM-L] lucro cultural >> Date: Thu, 14 Jun 2007 18:03:22 -0300 >> > >> > > Obtivemos apoio de entidades ligadas à UFMG até a gravação da >> matriz >> > > e o apoio principal para a realização de 3000 Cds ainda não >> veio e >> > > talvez nem venha. A matriz tem de ser gravada no dia 1 de >> julho por >> > > que os pianistas estão com a passagem comprada para um >> concerto no dia >> > > 30 de junho. Se não pudermos pagar os direitos autorais que >> estão >> > > sendo exigidos (Ex.: Cr$ 3000 por uma das peças), vamos ter de >> > > substituir a gravação das obras brasileiras por obras >> estrangeiras de >> > > domínio público. Desta forma, os nossos objetivos de difusão >> da música >> > > erudita brasileira vão ser prejudicados. Todos os organizadores e >> > > pianistas estão empenhados no projeto com o mesmo objetivo sem >> > > qualquer ganho econômico, a não ser o lucro cultural. >> > > >> > > Percebe o que está ocorrendo neste exemplo? >> > > >> >Se entendi bem, determinado autor ou determinada autora prefere não >> >abrir mão de 3000 reais em prol do lucro cultural. É um direito >> que a >> >legislação lhe assegura e que ele ou ela quer ver respeitado. Ou não >> >entendi nada? >> > >> >-- >> >cvp >> > >> >________________________________________________ >> >Lista de discussões ANPPOM >> >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> >________________________________________________ >> >> >> Inscreva-se no novo Windows Live Mail beta e seja um dos primeiros >> a testar as novidades. Saiba mais: Saiba mais! >> ________________________________________________ >> Lista de discussões ANPPOM >> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >> ________________________________________________ > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Fri Jun 15 13:34:20 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Fri, 15 Jun 2007 13:34:20 -0300 Subject: [ANPPOM-L] lucro cultural In-Reply-To: <6BE5BF41-483A-4F39-B7CE-B2815E410193@yahoo.com.br> Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Fri Jun 15 19:53:20 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 15 Jun 2007 19:53:20 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: International Council for Traditional Music (ICTM) Study Group for Musics of East Asia Message-ID: <46731860.8090303@terra.com.br> The deadline for the submission of proposals for the First Conference of the International Council for Traditional Music (ICTM) Study Group for Musics of East Asia has been extended to August 1 , 2007. The conference will be held at the Shanghai Conservatory of Music from December 20 to 22, 2007. Proposals for either individual papers or presentations of new compositions are welcome. Conference themes and submission guidelines can be found at the Study Group's website: http://homepage.ntu.edu.tw/~gim/mea/conference.htm For those attending the ICTM conference in Vienna this coming July, the East Asia Study Group will be holding an informal business meeting sometime during the conference (tentatively scheduled for the evening of July 10), in order to discuss future conferences, plans for the study group, and so on. Anyone interested in music and dance in, of, or from East Asia (broadly defined) is welcome to attend! Larry Witzleben School of Music Clarice Smith Performing Arts Center University of Maryland College Park, MD 20742 USA email: jlwitz at umd.edu -- cvp From andregc em uol.com.br Thu Jun 14 21:24:49 2007 From: andregc em uol.com.br (=?ISO-8859-1?Q?Andr=E9_Guerra_Cotta?=) Date: Thu, 14 Jun 2007 21:24:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?GT_de_Musicologia_Hist=F3rica_no_XVII_C?= =?iso-8859-1?q?ongresso_da_ANPPOM?= Message-ID: <4671DC51.3000909@uol.com.br> Prezados(as) colegas, vimos através deste convidá-los(as) a participar do GT em Musicologia Histórica Brasileira, a realizar-se no XVII Congresso da ANPPOM, na UNESP, que ocorrerá entre 27 e 31 de agosto de 2007, em São Paulo, SP. O tema do GT será: "Ética profissional e políticas de acesso e preservação de fontes para a pesquisa musicológica". Por favor verifiquem o anexo (PDF) com a proposta. Colocamo-nos à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos. Sejam bem vindos(as). Cordialmente, André Guerra Cotta e Pablo Sotuyo Blanco. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: GT_MHB.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 21967 bytes Descrição: não disponível URL: From adrimauricio em uol.com.br Sat Jun 16 16:41:49 2007 From: adrimauricio em uol.com.br (Adriana Lopes Moreira) Date: Sat, 16 Jun 2007 16:41:49 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Proposta_para_GT-Anppom_sobre_An=E1lise?= =?iso-8859-1?q?_Musical?= Message-ID: <001501c7b04e$61ee66e0$04f3fea9@user> Caros colegas, Convidamos a todos os que eventualmente queiram participar do Grupo de Trabalho intitulado "Técnicas para a Análise Musical" (abaixo), cuja criação foi proposta à coordenação do XVII Congresso da ANPPOM, que façam suas inscrições entrando em contato com as organizadoras do GT. Atenciosamente, Maria Lúcia Pascoal (UNICAMP) - alux em sigmanet.com.br Adriana Lopes Moreira (USP) - adrianalopes em usp.br ou adrimauricio em uol.com.br ****** XVII CONGRESSO DA ANPPOM IA/UNESP 2007 A pesquisa em música e sua interação na sociedade A pesquisa em Música no Brasil: inter-relações e contrastes Ciência, tecnologia e políticas públicas para o conhecimento científico em música PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO Subárea: Análise Musical 1. Tema: Técnicas para a análise musical 2. Coordenadoras: Prof.a Dra. Maria Lúcia Pascoal (UNICAMP) alux em sigmanet.com.br Prof.a Ms. Adriana Lopes da Cunha Moreira (USP) adrianalopes em usp.br Maria Lúcia Pascoal é Doutora em Música pela UNICAMP (1990). Graduada em Piano pela Faculdade Paulista de Arte de São Paulo, foi bolsista no Curso de Formação de Professores, Conselho Estadual de Cultura-SP e do DAAD no Ferienkurse für Neue Musik, Darmstadt, Alemanha. Professora e Pesquisadora na área de Linguagem e Estruturação Musical no Departamento de Música do Instituto de Artes da UNICAMP, nos Cursos de Graduação, Extensão e Pós-Graduação. Coordena o Grupo Musicanálise. É integrante da Comissão de Especialistas do Ensino de Música (Ministério de Educação e Cultura), assessora ad-hoc de agencias de fomento e Conselhos Editoriais. Entre seus trabalhos estão Sons da Infância (Novas Metas), artigos nas principais publicações brasileiras, traduções de textos de Pierre Schaeffer, Jean Molino e de Murray Schafer - O Ouvido Pensante (Ed. da UNESP). É autora do e-livro Estrutura Tonal: Harmonia (Companhia Editora Paulista) Atualmente é responsável por vários projetos desenvolvidos na UNICAMP e colabora nas principais publicações especializadas em música no Brasil. Participa de congressos nacionais e dos internacionais mais recentes, contam-se I Congrès Villa-Lobos (Paris, 2002), Orpheus Institut (Ghent, Belgica, 2003) e Performa (Aveiro, Portugal, 2007). É editora da revista OPUS, publicação da ANPPOM (2003-7). Adriana Lopes da Cunha Moreira é docente no Departamento de Música da ECA-USP, onde ministra as disciplinas Percepção Musical e Análise Musical. É membro do grupo de pesquisa Música brasileira: questões interpretativas, vinculado ao CNPq (2007-), do grupo Musicanálise (UNICAMP, 2003-), bem como do Movimento lusófono de teoria e análise musical (2007-). Participa regularmente de congressos e publicações científicas de pesquisa em música. Doutoranda em Música (fundamentos teóricos/análise musical, 2004-) e Mestre em Artes (fundamentos teóricos/análise musical, 2002) pela UNICAMP, sob orientação de Maria Lúcia Pascoal e co-orientação de Maurícy Martin, desenvolve a tese intitulada Olivier Messiaen: obra para piano: inter-relação entre conjuntos, textura, rítmica e movimento. Sua dissertação de mestrado, A poética nos 16 Poesilúdios para piano de Almeida Prado: análise musical, acompanhada da gravação da obra em CD e produzida com apoio FAPESP, recebeu da ANPPOM o 1º Prêmio José Maria Neves: Mestrado (2005). É Bacharel em Música (piano) pela UNICAMP (1988-93). 3. Justificativa para escolha do tema: Uma primeira necessidade é a de organização e fortalecimento desta subárea quanto à difusão de bibliografia, técnicas e processos de trabalho. Uma segunda é a formação de material produzido em português. Considerando a análise como o segmento do estudo da música que tem como ponto de partida a música em si, e conscientes de que os relacionamentos entre as estruturas e os elementos propostos pela análise, bem como as perspectives musicais experimentais, gerativas e documentais têm circunscrito a análise de maneira diferente de acordo com o tempo e o lugar (Bent & Pople. In: Sadie 2001), nossa intenção é promover um debate sobre técnicas para a análise musical. Para tanto, convidamos pesquisadores de expressiva representatividade para exposição e debate relacionados a análises musicais formuladas com base em técnicas diversas. Constitui, ainda, foco de nosso interesse, a diferenciação - bem como considerações acerca da inter-relação - entre análise musical, crítica musical, estética, teoria da composição, performance e história da música. 4. Indicar se trata de grupo em andamento: A presente proposta presta continuidade ao Grupo de Trabalho organizado em 2005 por Amílcar Zani e pretende ser o segundo de uma série, a ser apresentada pelas organizadoras a cada Congresso da Anppom, com o intuito de contribuir para uma expansão no estudo da análise musical em língua portuguesa. Como bibliografia de base para os trabalhos do presente ano, utilizaremos os seguintes exemplares: BENT, Ian & POPLE, Anthony. Análise. In: SADIE, Stanley, Ed. The New Grove dictionary of music and musicians. London: Macmillan, 2001. COHEN, Albert. Performance Theory. In: CHRISTENSEN, Thomas (Ed.). The Cambridge History of Western Music Theory. Cambridge: Cambridge University Press, 2007, pp. 534-53. COOK, Nicholas. Words About Music, or Analysis Versus Performance. In: DEJANS, Peter (Ed.). Theory Into Practice: Composition, Performance and The Listening Experience. Collected writings of the Orpheus Institute. Leuven: Leuven University Press, 1999, pp. 9-52. DUNSBY, Jonathan & WHITTALL, Arnold. Music analysis in theory and practice. London: Faber, 1988. DUNSBY, Jonathan. Performing Music. Shared concerns. Oxford: Clarendon, 2002. HYDE, Martha M. Twentieth-Century Analysis during the Past Decade:Achievements and New Directions. In: Music Theory Spectrum. Special Issue: The Society for Music Theory: The First Decade. v. 11, n. 1, p. 35-39, Spring 1989. KERR, Dorotéa. CARVALHO, Any Raquel. (Coord.). Rumos da Análise Musical no Brasil. Opus eletrônica. Campinas: Anppom, 2005. p. 323-330. www.anppom.com.br . LESTER, Joel. Performance and Analysis: Interaction and Interpretation. In: RINK, John (Ed.). The Practice of Performance: Studies in Musical Interpretation. Cambridge: Cambridge University Press, 1998, pp. 197-216. MEAD, Andrew. The State of Research in Twelve-Tone and Atonal Theory. In: Music Theory Spectrum. Special Issue: The Society for Music Theory: The First Decade. v. 11, n. 1, p. 40-48, Spring 1989. 5. Componentes do grupo (quando possível): Em ordem alfabética. Expositores: Adriana Lopes Moreira (USP) Carole Gubernikoff (Uni-Rio) Edson Zampronha (UNESP) Marcos Branda Lacerda (USP) Debatedores: Amílcar Zani Netto (USP) Heloísa Zani (USP) José Miguel Ribeiro-Pereira (ESMAE, Porto, Portugal) Rogério Moraes Costa (USP) Inscritos: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Sat Jun 16 12:57:15 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sat, 16 Jun 2007 12:57:15 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FW=3A_=5Bcercledemusicologie=5D_Congr?= =?iso-8859-1?q?=E8s_SMPC07=3A_b=E9_n=E9voles_recherch=E9s?= Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: ScheduleDetails.pdf Tipo: application/pdf Tamanho: 219981 bytes Descrição: não disponível URL: From sandramontreal em hotmail.com Sun Jun 17 12:27:10 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Sun, 17 Jun 2007 12:27:10 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FW: Concerto Bruckner 4a Sinfonia - Eduardo Ribeiro - OSEM-UFMG Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From mauriciodebonis em gmail.com Sun Jun 17 18:52:54 2007 From: mauriciodebonis em gmail.com (Mauricio De Bonis) Date: Sun, 17 Jun 2007 18:52:54 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Inscri=E7=F5es_para_o_Congresso_da_Anpp?= =?iso-8859-1?q?om?= Message-ID: <2c1ea0706171452q4360f92di7b2eaa2cd8cda418@mail.gmail.com> Prezados senhores, faltando mais de cinco horas para o fim das inscrições para o congresso, a caixa de entrada do email congressoanppom em ia.unesp.br está cheia. Como devemos proceder? Grato pela atenção, Maurício De Bonis -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From akayama em iar.unicamp.br Sun Jun 17 20:02:50 2007 From: akayama em iar.unicamp.br (Adriana Giarola Kayama) Date: Sun, 17 Jun 2007 20:02:50 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Inscri=E7=F5es_para_o_Congresso_da_Anpp?= =?iso-8859-1?q?om?= In-Reply-To: <2c1ea0706171452q4360f92di7b2eaa2cd8cda418@mail.gmail.com> References: <2c1ea0706171452q4360f92di7b2eaa2cd8cda418@mail.gmail.com> Message-ID: <1182121370.4675bd9a3b071@webmail.iar.unicamp.br> Boa noite a todos, Caso tenham problemas em enviar seus trabalhos para o e-mail do congresso (congressoanppom em ia.unesp.br), as profas. Dorotea e Lia disponibilizam seus os e-mails, para que tenham condições de enviar seus trabalhos dentro dos prazos estipulados. Cordialmente, Adriana G. Kayama Pres. da ANPPOM Citando Mauricio De Bonis : > Prezados senhores, > faltando mais de cinco horas para o fim das inscrições para o congresso, a > caixa de entrada do email congressoanppom em ia.unesp.br está cheia. Como > devemos proceder? > Grato pela atenção, > Maurício De Bonis > ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. From akayama em iar.unicamp.br Sun Jun 17 20:04:34 2007 From: akayama em iar.unicamp.br (Adriana Giarola Kayama) Date: Sun, 17 Jun 2007 20:04:34 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Inscri=E7=F5es_para_o_Congresso_da_Anpp?= =?iso-8859-1?q?om?= In-Reply-To: <1182121370.4675bd9a3b071@webmail.iar.unicamp.br> References: <2c1ea0706171452q4360f92di7b2eaa2cd8cda418@mail.gmail.com> <1182121370.4675bd9a3b071@webmail.iar.unicamp.br> Message-ID: <1182121474.4675be02e81c8@webmail.iar.unicamp.br> Desculpem, acabei esquecendo de informar os e-mails: dkerr em uol.com.br liatomas em uol.com.br Cordialmente, ADRIANA > Boa noite a todos, > Caso tenham problemas em enviar seus trabalhos para o e-mail do congresso > (congressoanppom em ia.unesp.br), as profas. Dorotea e Lia disponibilizam seus > os > e-mails, para que tenham condições de enviar seus trabalhos dentro dos prazos > estipulados. > Cordialmente, > Adriana G. Kayama > Pres. da ANPPOM > > > Citando Mauricio De Bonis : > > > Prezados senhores, > > faltando mais de cinco horas para o fim das inscrições para o congresso, a > > caixa de entrada do email congressoanppom em ia.unesp.br está cheia. Como > > devemos proceder? > > Grato pela atenção, > > Maurício De Bonis > > > > > > > ---------------------------------------------------------------- > This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. > ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. From jutygel em yahoo.com Sun Jun 17 20:52:52 2007 From: jutygel em yahoo.com (=?iso-8859-1?q?J=FAlia=20Tygel?=) Date: Sun, 17 Jun 2007 20:52:52 -0300 (ART) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Inscri=E7=F5es_para_o_Congresso_da_Anpp?= =?iso-8859-1?q?om?= In-Reply-To: <1182121474.4675be02e81c8@webmail.iar.unicamp.br> Message-ID: <728529.529.qm@web32605.mail.mud.yahoo.com> Prezada Adriana, Como ficarão as pessoas que não fazem parte da lista da ANPPOM e não tiverem acesso a estes novos e-mails para enviar seus trabalhos? Tenho colegas que se encontram nessas condições e que não conseguirei avisar agora. Obrigada, Júlia Tygel Adriana Giarola Kayama escreveu: Desculpem, acabei esquecendo de informar os e-mails: dkerr em uol.com.br liatomas em uol.com.br Cordialmente, ADRIANA > Boa noite a todos, > Caso tenham problemas em enviar seus trabalhos para o e-mail do congresso > (congressoanppom em ia.unesp.br), as profas. Dorotea e Lia disponibilizam seus > os > e-mails, para que tenham condições de enviar seus trabalhos dentro dos prazos > estipulados. > Cordialmente, > Adriana G. Kayama > Pres. da ANPPOM > > > Citando Mauricio De Bonis : > > > Prezados senhores, > > faltando mais de cinco horas para o fim das inscrições para o congresso, a > > caixa de entrada do email congressoanppom em ia.unesp.br está cheia. Como > > devemos proceder? > > Grato pela atenção, > > Maurício De Bonis > > > > > > > ---------------------------------------------------------------- > This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. > ---------------------------------------------------------------- This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program. ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ --------------------------------- Novo Yahoo! Cadê? - Experimente uma nova busca. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From rudrasena em uol.com.br Mon Jun 18 08:43:42 2007 From: rudrasena em uol.com.br (Jos=?ISO-8859-1?B?6SA=?=Luiz Martinez) Date: Mon, 18 Jun 2007 08:43:42 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?FWD=3A_MUNDO_PERCUSSIVO__-_Duo_Ello_enc?= =?iso-8859-1?q?ontra_Trilok_Gurtu_=28_=CD_ndia=29?= Message-ID: música / shows MUNDO PERCUSSIVO A programação Mundo Percussivo tem o intuito de divulgar e ensinar, por meio da diversidade cultural, as linguagens dos batuques de várias tradições. Para isso, os professores, mestres, músicos étnicos ou eletrônicos intencionam recriar, recontextualizar e redimensionar os limites dos instrumentos percussivos. Toda a programação começa em abril e termina em junho e para isso serão desenvolvidos: cursos breves, máster classes, vivências no hall todas as quartas-feiras e shows no teatro SESC Anchieta. Curadoria de Ari Colares.   Duo Ello encontra Trilok Gurtu (Índia) Duo que mescla a composição e a improvisação, o erudito e o popular, por meio de peças escritas especialmente para esta formação de duo de percussionistas com o reco-reco de Carlos Stasi e o pandeiro de Luiz Guello. Trilok Gurtu é mestre da música indiana, toca com um set híbrido de percussão oriental e ocidental. Conhecido pela comunidade de jazz por suas colaborações em trabalhos com Don Cherry, John McLaughlin e Pat Metheny. Foi integrante da legendária banda Oregon. R$ 15,00; R$ 7,50 (usuário matriculado, a partir de 60 anos e estudantes). R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes). Dia(s) 21/06 Quinta, às 21h. SESC Consolação From palombini em terra.com.br Mon Jun 18 14:48:36 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Mon, 18 Jun 2007 14:48:36 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: Leeds International Music Technology Education Conference Message-ID: <4676C574.2000606@terra.com.br> Leeds International Music Technology Education Conference: "Progression Routes in Music Technology Education" Leeds College of Music, Friday 19th - Saturday 20th October LIMTEC continues to provide a forum for the promotion of good practice in music technology and music production based teaching and learning in Further and Higher Education. The conference will offer lively debate and stimulating presentations, which will address issues of the place of music technology within the broader context of the performing arts sector, research and professional communities. The focus of this year's conference is the progression routes in music technology education from school through to postgraduate level. The conference committee invites proposals for papers relating to the conference theme of 'Music Technology Pedagogy'. Possible topics for consideration may include: Music Technology Progression from Schools through to Higher Education and beyond Pedagogical models for teaching Music Technology and Production to encourage progression Authenticity and Studio Practice Production Analysis in Education Teaching Creativity in Music Production Technology versus Technique in Music Technology & Production Critical approaches to Studio Environments Recording Practice Research Industry partnerships and knowledge transfer - its importance in education Vocational vs. academic training Career pathways for music production graduates Individual presentations should be no more than twenty minutes in duration. Proposals should take the form of a title followed by an abstract of no more than 200 words. Deadline for submission is Friday 31st August 2007. Decisions will be notified as soon as possible after this date. Proposals should be sent to: Amy Jagger, Research and Enterprise Administrator Leeds College of Music, 3 Quarry Hill, Leeds LS2 7PD 0113 222 3431 a.jagger at lcm.ac.uk -- cvp From palombini em terra.com.br Tue Jun 19 13:50:25 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 19 Jun 2007 13:50:25 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CALL FOR SUBMISSIONS: Current Musicology Message-ID: <46780951.9040305@terra.com.br> Call for Submissions: Current Musicology invites the submission of articles in all branches of musicology, including historical musicology, ethnomusicology, and music theory. The editors also welcome scholarly papers on interdisciplinary topics concerning music. We especially encourage submissions from graduate students and other scholars beginning their careers in musicology. Articles submitted before September 1, 2007 will be considered for publication in our Fall 2007 and Spring 2008 issues. Current Musicology is a leading forum for research in all areas of music scholarship, seeking to reflect the breadth and diversity of approaches and topics that characterize contemporary music research. CM was founded in 1965 by graduate students at Columbia University as a semiannual review that would primarily serve the needs of musicologists who are about to undertake, are presently engaged in, or have recently completed their graduate studies. Articles may be submitted electronically to current -musicology at columbia.edu , or in hard copy to: Current Musicology Department of Music Columbia University 614 Dodge Hall, MC 1812 2960 Broadway New York, NY 10027 For more information, please refer to our website, www.music.columbia.edu/~curmus Sincerely, Tyler Bickford Incoming Editor (Fall 2007) -- cvp From palombini em terra.com.br Tue Jun 19 13:55:16 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 19 Jun 2007 13:55:16 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?=22Sou_feia_mas_t=F4_na_moda=22_em_Whit?= =?iso-8859-1?q?echapel?= Message-ID: <46780A74.8000305@terra.com.br> Hello all If you've been following the whole Funk Carioca (Baile Funk) debate along the past 6 years as well as its artists, its music, its beat production & party politics ..... and if you happen to be in London the following week THIS should certainly make you happy, thoughtful and ultra-informed all at once! We're glad to invite you to watch a RARE screening of the ONLY unbiased Baile Funk music doc 'I'M UGLY BUT TRENDY' - by Denise Garcia (Toscographics) - as part of the film programme of our Tropical Punk evening at The Whitechapel Gallery, on FRIDAY JUNE 22 at 7:30 pm. I'M UGLY BUT TRENDY is a film about Rio's BAILE FUNK scene, its MCs, its bondes (vocal/dance ensembles) and its party politics. It features live performances and frank conversations with some of its greatest stars such as DEIZE TIGRONA, TATI QUEBRA BARRACO, BONDE FAZ GOSTOSO, SERGINHO E LACRAIA, DJ MARLBORO, MR CATRA, JULIANA E AS FOGOSAS, VANESSINHA DO PICATCHU, CIDINHO E DOCA, RAMONA GUITY amongst many others. Expect amazing performances, true stories, parties and frank conversations on music, favela politics, beats and lyrics. FUNK CARIOCA the way it is - NO STYLE PARODIES or FAKE ghetto manufactured stuff !!! It's with great pleasure that we're also having filmmaker DENISE GARCIA taking part in the session and UP for a Q&A after the screening. Come and meet her and see it with your own eyes. TRULY UNMISSABLE! 7:30 pm - I'm Ugly but I'm Trendy (60min) Dir: Denise Garcia (Toscographics) 8:30 pm - Q&A with the director after the film session 9-11 pm Tetine DJ set + selected music/art videos upstairs INFO: WHEN: Friday / June 22 TIME: 7 to 11 pm WHERE: WHITECHAPEL ART GALLERY ADDRESS: WHITECHAPEL HIGH STREET, E1 7QX ENTRY:£ 6/5 concessions £ 3 for Whitechapel Members -- cvp From silvio.ferraz em terra.com.br Tue Jun 19 14:44:04 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Tue, 19 Jun 2007 14:44:04 -0300 Subject: [ANPPOM-L] prazo anppom Message-ID: caros ontem recebemos todos mensagem de uma pessoa comentando que nem todo mundo tem acesso à lista da anppom e q estas pessoas não teriam recebido notícias qto à disponibilização de caixas postais extras em vista do entupimento da caixa oficial. com isto, pergunto: como fica a situação? como ficam os casos de pessoas que não souberam destas novas caixas postais? pois para quem levou a sério o site do evento a caixa é uma só, o prazo foi adiado e a data limite era 17 de junho. com o que passaram inutilmente tentando enviar mensagens todo o final de semana. imagino que a organizacão esteja pensando em uma posição oficial e técnica para atender àqueles que não conseguiram realizar a remessa. já existe esta posição? abs silvio ferraz From palombini em terra.com.br Tue Jun 19 15:50:39 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 19 Jun 2007 15:50:39 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Professor_do_IE-Unicamp_sobre_a_invas?= =?iso-8859-1?q?=E3o_da_USP?= Message-ID: <4678257F.7030807@terra.com.br> Estudantes lutam em defesa da universidade pública Escrito por Plínio de Arruda Sampaio Jr. 15-Jun-2007 A ocupação da reitoria da USP em repúdio ao ataque do governo de São Paulo à autonomia universitária e contra a progressiva degradação da qualidade do ensino surpreendeu pela ousadia e determinação dos estudantes que a lideraram. Lançando mão da "desobediência civil" como arma de pressão política, a ocupação conseguiu em poucos dias o que parecia impossível, depois de meses de tratativas e negociações infrutíferas. O efeito arrebatador da ocupação sobre a consciência cívica da pacata comunidade universitária levou o governo estadual a recuar em suas intenções intervencionistas e forçou a reitora a acatar boa parte das demandas dos estudantes. Não se conseguiu tudo que se pretendia. A necessária unidade entre pesquisa e ensino, ameaçada pelas pressões das "empresas" interessadas em usufruir os polpudos recursos da Fapesp, permanece no limbo. Mesmo assim, as vitórias do movimento estudantil foram consideráveis. Muito além das demandas específicas que detonaram o movimento, a ocupação da USP pôs a nu a crise da universidade brasileira. Tal como está, a universidade brasileira desagrada a todos. Para os neoliberais, a universidade pública é um "luxo caro" que precisa justificar sua existência. Para tanto propõem subordiná-la às exigências do mercado. Por essa razão, ela vem sendo submetida a repetidas rodadas de ajustes fiscais e reformas liberalizantes. Para quem imagina que a universidade pública é um patrimônio estratégico do povo brasileiro, sua capacidade de produzir conhecimento para o Brasil deve ser resgatada. Para tanto, ela precisa desesperadamente de recursos para sobreviver e, mais importante, carece de um projeto nacional que lhe dê sentido. Ao colocar na agenda política nacional a defesa da Universidade Pública e a democratização de suas estruturas de poder, a ocupação da USP ganhou uma dimensão que extrapolou suas intenções iniciais, transformando-se numa espécie de bastião da luta em defesa da universidade pública, uma luta que tem uma história que se confunde com a própria afirmação do Brasil como sociedade nacional. Para reprimir o despertar do movimento estudantil, as forças da ordem procuram caracterizar a ocupação da reitoria como um fenômeno artificial, dirigido por partidos de esquerda que manipulam a boa fé e a ingenuidade dos estudantes. É uma forma estúpida de ocultar a realidade. Os estudantes que tomaram para si a responsabilidade que faltou a muitos são o produto de seu tempo: frustrados com o progressivo sucateamento das universidades públicas; indignados com o horizonte negativo que se lhes antepõe como futuro; profundamente descrentes na democracia do "mensalão" e das "navalhas"; desconfiados até mesmo em relação aos partidos de esquerda, que julgam conservadores e politiqueiros. Goste-se ou não, o movimento é conduzido por estudantes generosos, dispostos ao sacrifício por uma causa coletiva, com muita coragem e pouca bagagem política, cansados da crise permanente da sociedade em que vivem e com muita pressa para resolver os graves problemas do Brasil. O forte eco de suas ações sobre o conjunto dos estudantes revela a grande efervescência e a enorme frustração latente nos universitários brasileiros. Os estudantes que ocupam a reitoria da USP despertaram para a política. Logo aprenderão as duras lições da luta de classes numa sociedade intolerante com todo movimento que lança mão do conflito como forma legítima de conquista de direitos coletivos. Para os donos do poder, o conflito só é permitido, e com grande liberalidade, para a defesa do status quo. É dever de todas as forças políticas comprometidas com a democracia evitar por todos os meios que os estudantes que se levantaram para defender a universidade pública sejam postos no pelourinho. Defender os estudantes que ocupam a reitoria da USP contra qualquer tipo de punição é defender a desobediência civil como forma legítima de luta quando todas as outras simplesmente não dão mais resultado. Plínio de Arruda Sampaio Jr. é professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE/UNICAMP). From liatomas em uol.com.br Tue Jun 19 17:39:29 2007 From: liatomas em uol.com.br (liatomas) Date: Tue, 19 Jun 2007 17:39:29 -0300 Subject: [ANPPOM-L] prazo anppom; liatomas@uol.com.br Message-ID: Caro Silvio e demais colegas DEVIDO AOS PROBLEMAS COM A CAIXA POSTAL DO EVENTO, O COMITÊ ORGANIZADOR DA XVIII ANPPOM COMUNICA QUE O ENVIO DAS COMUNICAÇÕES PARA O CONGRESSO FOI PRORROGADO ATÉ DIA 22 DE JUNHO, SEXTA-FEIRA, ATÉ 17:00 HORAS. Sem mais Lia Tomás Comitê Organizador da XVII ANPPOM UNESP - IA São Paulo, SP > caros > > ontem recebemos todos mensagem de uma pessoa > comentando que nem todo mundo tem acesso à lista > da anppom e q estas pessoas não teriam recebido > notícias qto à disponibilização de caixas postais > extras em vista do entupimento da caixa oficial. > > com isto, pergunto: > como fica a situação? > como ficam os casos de pessoas que não souberam destas novas caixas postais? > pois para quem levou a sério o site do evento a > caixa é uma só, o prazo foi adiado e a data > limite era 17 de junho. com o que passaram > inutilmente tentando enviar mensagens todo o > final de semana. > imagino que a organizacão esteja pensando em uma > posição oficial e técnica para atender àqueles > que não conseguiram realizar a remessa. > já existe esta posição? > > abs > silvio ferraz > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From liatomas em uol.com.br Tue Jun 19 17:39:42 2007 From: liatomas em uol.com.br (liatomas) Date: Tue, 19 Jun 2007 17:39:42 -0300 Subject: [ANPPOM-L] prazo anppom; liatomas@uol.com.br Message-ID: Caro Silvio e demais colegas DEVIDO AOS PROBLEMAS COM A CAIXA POSTAL DO EVENTO, O COMITÊ ORGANIZADOR DA XVIII ANPPOM COMUNICA QUE O ENVIO DAS COMUNICAÇÕES PARA O CONGRESSO FOI PRORROGADO ATÉ DIA 22 DE JUNHO, SEXTA-FEIRA, ATÉ 17:00 HORAS. Sem mais Lia Tomás Comitê Organizador da XVII ANPPOM UNESP - IA São Paulo, SP > caros > > ontem recebemos todos mensagem de uma pessoa > comentando que nem todo mundo tem acesso à lista > da anppom e q estas pessoas não teriam recebido > notícias qto à disponibilização de caixas postais > extras em vista do entupimento da caixa oficial. > > com isto, pergunto: > como fica a situação? > como ficam os casos de pessoas que não souberam destas novas caixas postais? > pois para quem levou a sério o site do evento a > caixa é uma só, o prazo foi adiado e a data > limite era 17 de junho. com o que passaram > inutilmente tentando enviar mensagens todo o > final de semana. > imagino que a organizacão esteja pensando em uma > posição oficial e técnica para atender àqueles > que não conseguiram realizar a remessa. > já existe esta posição? > > abs > silvio ferraz > > ________________________________________________ > Lista de discussões ANPPOM > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > ________________________________________________ > -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From sandramontreal em hotmail.com Wed Jun 20 11:28:20 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 20 Jun 2007 11:28:20 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FW: La lettre d'information du Festival d'Aix - 20 Juin 2007 Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Wed Jun 20 14:44:54 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Wed, 20 Jun 2007 14:44:54 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Manuscripts of the Abbey Library of St. Gall, Switzerland online Message-ID: <46796796.2010500@terra.com.br> Manuscripts of the Abbey Library of St. Gall, Switzerland online - free access: www.cesg.unifr.ch - high resolution digital images: over 57,000 facsimile pages - regularly updated: now 144 complete manuscripts (including the musical manuscripts) - manuscript descriptions and many search options - accessible in: German: www.cesg.unifr.ch French: www.cesg.unifr.ch/fr English: www.cesg.unifr.ch/en Italian: www.cesg.unifr.ch/it Please recommend it to your colleagues and put a link to CESG on your homepage. © CESG - Codices Electronici Sangallenses -- cvp From rodcv em acd.ufrj.br Wed Jun 20 15:22:31 2007 From: rodcv em acd.ufrj.br (Rodrigo Cicchelli Velloso) Date: Wed, 20 Jun 2007 15:22:31 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Importa_F=E1cil?= Message-ID: <002901c7b367$f867bce0$9aa005c9@RODRIGO> Olá, Vocês conheceriam algum pesquisador em música que seja cadastrado no sistema Importa Fácil Ciência (CNPq/Correios) que pudesse tirar algumas dúvidas que tenho a respeito deste programa? Meu endereço de contato é rodcv em acd.ufrj.br Agradeço desde já pela info. Atenciosamente, Rodrigo -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Wed Jun 20 18:08:32 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Wed, 20 Jun 2007 18:08:32 -0300 Subject: [ANPPOM-L] prazo anppom; liatomas@uol.com.br In-Reply-To: <00ef01c7b360$9ebe1c40$1f0dfea9@lia1> References: <00ef01c7b360$9ebe1c40$1f0dfea9@lia1> Message-ID: minha preocupação é simples: qual o meio oficial de comunicação do congresso com os possíveis participantes? visto q a lista da anppom é o meio oficial de comunicação dos membros da anppom e o congresso congrega sempre mais do q a anppom apenas. apenas isto. no caso também, sendo hoje dia 20, não há como publicar algo on-line até dia 22. talvez no aviso devesse constar "sendo q o prazo foi adiado por duas vezes, a nova data de 22 de junho será considerada a final para a organização, para o que alertamos àqueles que queiram submeter trabalhos que os últimos dias costumam ter congestionamento no envio, o que pode acarretar problema no envio do arquivo e conseqüente não insclusão do trabalho." isto daria um ponto final. silvio >Silvio > >Como vc sabe, a UNESP, assim como a UNICAMP e a >USP estão paradas (ou semi-paradas). Isso >compromete também a nossa atualização do site do >Congresso, pois o Depto. de Informática tb está >parado. Assim, peço a você a gentileza de >repassar este e-mail de prorrogação de envio dos >trabalhos para a ANPPOM para o maior número de >pessoas. >De minha parte, colocarei o aviso na lista uma vez mais. >Obrigada > >Lia > >----- Original Message ----- >From: liatomas >To: silvio.ferraz >Cc: anppom-l >Sent: Tuesday, June 19, 2007 5:39 PM >Subject: Re: [ANPPOM-L] prazo anppom; >liatomas em uol.com.br > >Caro Silvio e demais colegas > >DEVIDO AOS PROBLEMAS COM A CAIXA POSTAL DO EVENTO, O COMITÊ > >ORGANIZADOR DA XVIII ANPPOM COMUNICA QUE O ENVIO DAS > >COMUNICAÇÕES PARA O CONGRESSO FOI PRORROGADO ATÉ > >DIA 22 DE JUNHO, SEXTA-FEIRA, ATÉ 17:00 HORAS. > > >Sem mais > > >Lia Tomás >Comitê Organizador da XVII ANPPOM >UNESP - IA >São Paulo, SP > > > > > > > caros > > > > ontem recebemos todos mensagem de uma pessoa > > comentando que nem todo mundo tem acesso à lista > > da anppom e q estas pessoas não teriam recebido > > notícias qto à disponibilização de caixas postais > > extras em vista do entupimento da caixa oficial. > > > > com isto, pergunto: > > como fica a situação? > > como ficam os casos de pessoas que não >souberam destas novas caixas postais? > > pois para quem levou a sério o site do evento a > > caixa é uma só, o prazo foi adiado e a data > > limite era 17 de junho. com o que passaram > > inutilmente tentando enviar mensagens todo o > > final de semana. > > imagino que a organizacão esteja pensando em uma > > posição oficial e técnica para atender àqueles > > que não conseguiram realizar a remessa. > > já existe esta posição? > > > > abs > > silvio ferraz > > > > ________________________________________________ > > Lista de discussões ANPPOM > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l > > ________________________________________________ > > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > > >No virus found in this incoming message. >Checked by AVG Free Edition. >Version: 7.5.472 / Virus Database: 269.9.1/854 - Release Date: 19/6/2007 13:12 > > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. >Para alterar a categoria classificada, visite o >Terra >Mail > > >Esta mensagem foi verificada pelo >E-mail Protegido >Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 20/06/2007 / Versão: 5.1.00/5057 >Proteja o seu e-mail Terra: >http://mail.terra.com.br/ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From dguigue em cchla.ufpb.br Wed Jun 20 18:55:56 2007 From: dguigue em cchla.ufpb.br (Didier Guigue) Date: Wed, 20 Jun 2007 18:55:56 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] novo software de analise musical Message-ID: <35984.189.23.38.210.1182376556.squirrel@webmail.cchla.ufpb.br> A quem interessar, informo a disponibilidade de um novo software de auxilio a analise musical desenvolvido por Pierre Couprie. E' um freeware que pode ser baixado no site: http://web.mac.com/pierre.couprie/iWeb/Logiciels/iAnalyse.html (Baixem tambem os movies tutoriais). Pelo que eu pude testar e' um excelente produto para professores e afins. Apenas para MacOS. -- Didier Guigue UFPB--Departamento de Música GMT--http://www.cchla.ufpb.br/gmt ------http://www.compomus.mus.br From iazzetta em usp.br Wed Jun 20 21:57:18 2007 From: iazzetta em usp.br (Fernando Iazzetta) Date: Wed, 20 Jun 2007 21:57:18 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Curso de piano com Beatriz Roman Message-ID: Caros Colegas, A professora Beartiz Roman, em colaboração com o Prof. Eduardo Monteiro, estará oferecendo, entre 02/08 e 20/09, a disciplina "MÚSICA CONTEMPORÂNEA NORTE-AMERICANA PARA PIANO" junto ao Programa de Pós-Graduação em Música da ECA-USP. Serão oferecidas 5 vagas para Alunos Especiais (com direito a créditos em Mestrado ou Doutorado) e 5 vagas para pianistas participantes (com direito a certificado; inscrição em data a ser divulgada). Os estudantes de Pós-Graduação com interesse em realizar a disciplina como alunos especiais devem fazer a inscrição já nos próximos dias 25 e 26/06 na ECA/USP. Ementa da disciplina: http://sistemas.usp.br/fenixweb/fexDisciplina?sgldis=CMU5951 Informação sobre incrição como Aluno Especial: http://poseca.incubadora.fapesp.br/portal Por favor, ajudem a divulgar. Qualquer dúvida, entrem em contato comigo por e-mail. Abraços, Fernando Iazzetta From palombini em terra.com.br Thu Jun 21 13:54:37 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 21 Jun 2007 13:54:37 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: Elgar amd Musical Modernism Message-ID: <467AAD4D.7000300@terra.com.br> CALL FOR PAPERS ONE-DAY CONFERENCE: ELGAR AND MUSICAL MODERNISM INSTITUTE OF MUSICAL RESEARCH, UNIVERSITY OF LONDON/GRESHAM COLLEGE 14 DECEMBER 2007 KEYNOTE SPEAKER: PROF. BYRON ADAMS (UNIVERSITY OF CALIFORNIA, RIVERSIDE) Among the chief areas of growth in Elgar studies in the last decade have been various approaches to his relation to musical modernism, conceived in broad terms which encompass musical structure and design and the cultural contexts in which his music was written, operated, and has maintained or changed its meaning and significance in subsequent generations. Scholars have considerably enriched our understanding of his music by assessing his symphonic processes alongside those of Sibelius, Mahler, and others; by questioning his position in British art and culture as it underwent the process of change attendant on being a late-imperial power; and by relocating his art and thought alongside broader European concerns, for instance vis-a-vis the Decadent movement and a number of gender identities. As new definitions of modernism break down previous disciplinary boundaries, Elgar is coming into clearer focus as an important critical voice in the first years of twentieth century. This one-day conference is held by Gresham College, Holborn (London), in association with the Institute of Musical Research. There is no registration fee, but reservations are required. The day will end with a performance of music by Elgar and his contemporaries. Abstracts of c.200 words are invited for twenty-minute papers on any aspect of Elgar's relation to musical modernism, broadly defined. The convenors intend to offer space to one or more student papers, especially (but not exclusively) those drawn from essays which have been awarded the Elgar Society prize in their own universities. Abstracts and all enquiries about the conference should be submitted to the conference convenors, J. P. E. Harper-Scott (Royal Holloway, University of London) and Daniel M. Grimley (University of Nottingham) at the following email address: ElgarIMR at gmail dot com The deadline for submissions is 17 August, and contributors will be notified of results by 1 September. Further information on the conference will be uploaded on the Gresham College website as it becomes available: -- cvp From palombini em terra.com.br Fri Jun 22 18:44:44 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 22 Jun 2007 18:44:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: Forum on Music and Christian Scholarship Message-ID: <467C42CC.6010205@terra.com.br> Forum on Music and Christian Scholarship Annual Meeting Feb. 29 ? Mar. 1, 2008 Baylor University School of Music, Waco, TX The Forum on Music and Christian Scholarship seeks proposals for its upcoming annual meeting, which will take place at the Baylor University School of Music, Waco, TX, from February 29th to March 1, 2008. The Baylor University School of Music has about 300 undergraduate majors and 60 graduate students, with approximately 60 full-time faculty. More information on the School of Music may be found at http://www.baylor.edu/music/index.php?id=11132. The Forum especially invites proposals for a special session fashioned around the theme of "Music, Moral Values, and Christianity" to be followed by a full plenary discussion. At the same time, we welcome proposals on any topic related to music and the study of Christianity; approaches and perspectives such as history, theory and analysis, philosophy and theology, ethnomusicology, critical theory, and the like are all welcome. Papers will be 25 minutes long. For more information about the FMCS and about previous conferences see the organization's web page at http://www.fmcs.us. The keynote speaker will be Anne Walters Robertson. Please send an approximately 300-word abstract including your name, institutional affiliation, and contact information to the Chair of the Program Committee: Dr. Kevin Holm-Hudson University of Kentucky School of Music 105 Fine Arts Building Lexington, KY 40506-0022 -- cvp Deadline: September 15, 2007 From adrimauricio em uol.com.br Sat Jun 23 17:19:32 2007 From: adrimauricio em uol.com.br (Adriana Lopes Moreira) Date: Sat, 23 Jun 2007 17:19:32 -0300 Subject: [ANPPOM-L] V ENCUN Message-ID: <012b01c7b5d3$d04afa10$04f3fea9@user> Caros, Solicito a ampla divulgação do V ENCUN, Encontro de Estudantes Universitários. Abraços, Profa. Adriana Lopes Moreira (USP) V ENCUN, Encontro de Estudantes Universitários: 07-12/Out O Encontro, que ocorre anualmente desde 2002, nesse ano é organizado por estudantes e professores da USP, Faculdade Santa Marcelina e Universidade Paulista. Chamadas de peças para piano solo, grupos de percussão, eletroacústica e ensembles com informações gerais. Apoio: Projeto Pró-eve/USP, Fundo de Cultura e Extensão/USP e Centro Universitário Maria Antonia. Envio de peças: até o dia 13/Jul. Mais informações: http://www.encun2007.cjb.net/ . APRESENTAÇÃO O V ENCUN será realizado entre os dias 7 e 12 de outubro de 2007 na cidade de São Paulo, no Centro Universitário Maria Antonia (CEUMA). O espaço é ideal para a realização do evento devido à sua localização privilegiada e de fácil acesso no centro da cidade, além da possibilidade de abrigar tanto concertos quanto cursos e palestras. Para a quinta edição do Encontro, serão realizados cinco concertos: Um concerto com obras para piano solo, um concerto com obras para percussão, um concerto de música eletroacústica e dois concertos com obras instrumentais para formações variadas. Compositores residentes em qualquer parte do país podem inscrever suas obras segundo as diretrizes expostas no edital. As apresentações contarão com recursos de informática e audiovisual, cedidos pelo CEUMA, que possibilitarão sua transmissão em tempo real pela internet. Além dos concertos, serão oferecidos cursos com compositores convidados (a definir) e sessões de escuta em que os participantes poderão discutir as obras apresentadas. A programação completa do evento estará disponível neste site à medida que as atividades forem definidas. HISTÓRICO O ENCUN - Encontro Nacional de Compositores Universitários - foi idealizado em 2003 por estudantes dos cursos de graduação em Música da Unicamp. O Encontro nasceu da vontade de se criar um espaço de divulgação das obras de jovens compositores brasileiros, propiciando assim um importante intercâmbio entre estudantes de todo o país. Na sua primeira edição, realizada em Campinas-SP em 2003, além da veiculação de obras inéditas de jovens compositores, foram também realizadas mesas-redondas, palestras e comunicações de trabalhos acadêmicos. O II Encontro aconteceu em 2004 na cidade de Londrina-PR, organizado por estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Nessa edição, o evento foi expandido e ampliado, sendo instauradas mesas-redondas e cursos com a duração de três dias. Os cursos foram ministrados por professores e compositores de diversas regiões do país. O III Encontro foi realizado em 2005 na cidade de Curitiba-PR, organizado por estudantes da UFPR (Universidade Federal do Paraná), e ampliou a programação do evento que passou a comportar, além dos concertos, mesas-redondas e cursos, sessões de escuta onde os compositores tinham um espaço para discutir as obras apresentados em concerto no dia anterior. O IV Encontro foi realizado em 2006, na cidade de Belém-PA, organizado por estudantes da UFPA (Universidade Federal do Pará), aproximando o evento das regiões Norte e Nordeste do Brasil, tendo em vista uma maior abrangência, já que as edições anteriores haviam reunido principalmente compositores das regiões Sul e Sudeste. A quinta edição (2007) é organizada por estudantes da USP, UNESP e FASM (Faculdade Santa Marcelina), dando continuidade a este importante encontro já consolidado dentro da agenda acadêmica dos jovens compositores do Brasil, bem como do público interessado pela produção musical contemporânea. Todos os eventos da programação serão gratuitos e abertos a todos os interessados. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From adrimauricio em uol.com.br Sat Jun 23 17:49:00 2007 From: adrimauricio em uol.com.br (Adriana Lopes Moreira) Date: Sat, 23 Jun 2007 17:49:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] V ENCUN References: <012b01c7b5d3$d04afa10$04f3fea9@user> <001201c7b5de$66bf03b0$a3cffea9@c8b43b6c982e45d> Message-ID: <019501c7b5d7$efd77760$04f3fea9@user> Caros colegas da UNESP, Desculpem pelo erro de digitação. O texto que segue depois da mensagem, escrito por um digitador de fato, esclarece: a UNESP, Universidade *Estadual* Paulista, participa da organizaçao do V ENCUN, juntamente com a USP e a FASM. Abraços, Profa. Adriana Lopes Moreira (USP) ----- Original Message ----- From: Rubens Ricciardi To: Adriana Lopes Moreira Cc: Rodolfo Coelho de Souza ; Rodolfo ; giljardim em globo.com Sent: Saturday, June 23, 2007 6:35 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] V ENCUN querida Adriana, qual é esta tal "Universidade Paulista"???????? olhei aqui no google e aparece sempre a poderosa UNIP, mas eles não têm curso de música... (se for a UNESP, como creio que seja, então ficou confusa a tua "news"...) atenciosamente, Rubens ----- Original Message ----- From: Adriana Lopes Moreira To: CDMC ; ANPPOM Sent: Saturday, June 23, 2007 5:19 PM Subject: [ANPPOM-L] V ENCUN Caros, Solicito a ampla divulgação do V ENCUN, Encontro de Estudantes Universitários. Abraços, Profa. Adriana Lopes Moreira (USP) V ENCUN, Encontro de Estudantes Universitários: 07-12/Out O Encontro, que ocorre anualmente desde 2002, nesse ano é organizado por estudantes e professores da USP, UNESP e Faculdade Santa Marcelina. Chamadas de peças para piano solo, grupos de percussão, eletroacústica e ensembles com informações gerais. Apoio: Projeto Pró-eve/USP, Fundo de Cultura e Extensão/USP e Centro Universitário Maria Antonia. Envio de peças: até o dia 13/Jul. Mais informações: http://www.encun2007.cjb.net/ . APRESENTAÇÃO O V ENCUN será realizado entre os dias 7 e 12 de outubro de 2007 na cidade de São Paulo, no Centro Universitário Maria Antonia (CEUMA). O espaço é ideal para a realização do evento devido à sua localização privilegiada e de fácil acesso no centro da cidade, além da possibilidade de abrigar tanto concertos quanto cursos e palestras. Para a quinta edição do Encontro, serão realizados cinco concertos: Um concerto com obras para piano solo, um concerto com obras para percussão, um concerto de música eletroacústica e dois concertos com obras instrumentais para formações variadas. Compositores residentes em qualquer parte do país podem inscrever suas obras segundo as diretrizes expostas no edital. As apresentações contarão com recursos de informática e audiovisual, cedidos pelo CEUMA, que possibilitarão sua transmissão em tempo real pela internet. Além dos concertos, serão oferecidos cursos com compositores convidados (a definir) e sessões de escuta em que os participantes poderão discutir as obras apresentadas. A programação completa do evento estará disponível neste site à medida que as atividades forem definidas. HISTÓRICO O ENCUN - Encontro Nacional de Compositores Universitários - foi idealizado em 2003 por estudantes dos cursos de graduação em Música da Unicamp. O Encontro nasceu da vontade de se criar um espaço de divulgação das obras de jovens compositores brasileiros, propiciando assim um importante intercâmbio entre estudantes de todo o país. Na sua primeira edição, realizada em Campinas-SP em 2003, além da veiculação de obras inéditas de jovens compositores, foram também realizadas mesas-redondas, palestras e comunicações de trabalhos acadêmicos. O II Encontro aconteceu em 2004 na cidade de Londrina-PR, organizado por estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Nessa edição, o evento foi expandido e ampliado, sendo instauradas mesas-redondas e cursos com a duração de três dias. Os cursos foram ministrados por professores e compositores de diversas regiões do país. O III Encontro foi realizado em 2005 na cidade de Curitiba-PR, organizado por estudantes da UFPR (Universidade Federal do Paraná), e ampliou a programação do evento que passou a comportar, além dos concertos, mesas-redondas e cursos, sessões de escuta onde os compositores tinham um espaço para discutir as obras apresentados em concerto no dia anterior. O IV Encontro foi realizado em 2006, na cidade de Belém-PA, organizado por estudantes da UFPA (Universidade Federal do Pará), aproximando o evento das regiões Norte e Nordeste do Brasil, tendo em vista uma maior abrangência, já que as edições anteriores haviam reunido principalmente compositores das regiões Sul e Sudeste. A quinta edição (2007) é organizada por estudantes da USP, UNESP e FASM (Faculdade Santa Marcelina), dando continuidade a este importante encontro já consolidado dentro da agenda acadêmica dos jovens compositores do Brasil, bem como do público interessado pela produção musical contemporânea. Todos os eventos da programação serão gratuitos e abertos a todos os interessados. ---------------------------------------------------------------------------- ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ ---------------------------------------------------------------------------- No virus found in this incoming message. Checked by AVG Free Edition. Version: 7.5.472 / Virus Database: 269.9.4/860 - Release Date: 21/6/2007 17:53 -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Mon Jun 25 13:37:46 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Mon, 25 Jun 2007 13:37:46 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: Popular Culture / American Culture Associations Message-ID: <467FEF5A.3030005@terra.com.br> The 28th Annual Meeting of the SW/TX PCA/ACA, February 13-16, 2008, Hyatt Regency Albuquerque, New Mexico The SW/TEX PCA/ACA annual conference represents one of the nation's largest gatherings of interdisciplinary scholars, with a particular interest in critical examinations of non-traditional or cross-disciplinary topics. Now accepting proposals for "Music and Politics" (formerly "Protest Music") and "Music and Tradition" (formerly "Folk Music") in the Music Area, a well-represented area with outstanding participants in years past. We welcome proposals on the interaction of music and political activity, and music and tradition-broadly defined-their role in American popular culture, including storytelling, film, television, radio, literature, and the Internet. "Protest Music" may be defined as music which carries oppositional politic connotations in either (a) content, (b) intent, OR (c) reception. Hence, musics which may originate without protest content or intent may, in changing contexts, be seen as protest-oriented. "Music and Tradition" may encompass any interactions between music, musicians, and musical style, and the aural, informal, and/or vernacular processes by which culture is transmitted. Inquiries regarding this area and/or abstracts of 250 words may be sent to Chris Smith at the email address below; Dr Smith will coordinate the panel but it will be chaired, in his absence, by a qualified substitute. Proposals (electronic only, please) should include current curriculum vitae or résumé (3-page maximum) and a 250-word abstract, including name, institutional affiliation if any, and working title. For graduate students a complete list of SW/TX PCA/ACA awards and submission information will be available June 1, 2007. Conference Website: http://www.h-net.org/~swpca/ (updated regularly) Submission deadline is November 15 2007. The registration deadline is December 31, 2007. All participants must register by that date or will not be permitted to present or appear in the program. Dr. Christopher Smith Vernacular Music Center Department of Music History and Literature School of Music MS 2033 Texas Tech University Lubbock, TX 79409 806.742.2270 x249 christopher.smith_at_ttu.edu -- cvp From antunes em unb.br Mon Jun 25 18:28:52 2007 From: antunes em unb.br (Jorge Antunes) Date: Mon, 25 Jun 2007 18:28:52 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?=5BFwd=3A_PSA_News_=3A_Parution_du_N=B0?= =?iso-8859-1?q?7_de_la_revuePLASTIR_=28=09L2=29=5D?= Message-ID: <4680338E.996C80E4@unb.br> -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Uma mensagem embutida foi limpa... De: PSA Assunto: PSA News : Parution du N°7 de la revue PLASTIR (L2) Data: Mon, 25 Jun 2007 22:55:17 +0200 Tamanho: 11973 URL: From palombini em terra.com.br Tue Jun 26 09:26:33 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Tue, 26 Jun 2007 09:26:33 -0300 Subject: [ANPPOM-L] CFP: 6th European Music Analysis Conference Message-ID: <468105F9.8070108@terra.com.br> 6th EUROPEAN MUSIC ANALYSIS CONFERENCE VII. JAHRESKONGRESS DER GESELLSCHAFT FÜR MUSIKTHEORIE 10?14 October 2007 Freiburg Call for Papers Following previous meetings in Colmar (France), Trento (Italy), Montpellier (France), Rotterdam (Holland) and Bristol (UK), the 6th European Music Analysis Conference will take place jointly at the Hochschule für Musik and the Albert-Ludwigs-University of Freiburg (Germany) from 10?14 October 2007. Proposals for papers of 20 minutes? duration are invited on any subject, but particularly in connection with the following topics: ? Analysis and performance practice ? Text and music ? The interpretation of new music ? The notion of improvisation in the 18th century ? Formenlehre (theory of form) ? (Free papers) Proposals of no more than 300 words (completed in English, French or German, and indicating clearly the category into which the intended topic falls) should be sent, either on disk or in e-mail form, to: Prof. Ludwig Holtmeier (Conference Director), Hochschule für Musik, Freiburg, Schwarzwaldstraße 141, 79102 Freiburg, LHoltmeier at onlinehome.de. Please note that the closing date for submissions is 15 July 2007. The full programme will be announced towards the end of July 2007 and details will be posted on the conference website at www.gmth.de. The Conference is organised by the liaison group of European music analysis societies in association with the Gesellschaft für Musiktheorie (GMTH), the Gesellschaft für Musik und Ästhetik, the Hochschule für Musik and the Albert-Ludwigs-University of Freiburg. -- cvp From palombini em terra.com.br Wed Jun 27 15:55:44 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Wed, 27 Jun 2007 15:55:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Musica Toscana International Prize (book or article on music in Tuscany) Message-ID: <4682B2B0.601@terra.com.br> Musica Toscana, Inc., an educational foundation in Louisville, Ky., has announced a new international prize for the best article in a periodical or a collection of essays, or a book published in English, French, Italian, Spanish, or German within the calendar year and four prior years on a subject dealing with any aspect of music in Tuscany between 1590 and 1859. Nominations may be made by any member of the AMS, the Society for Eighteenth-Century Music, the Society for Seventeenth-Century Music, the Società Italiana di Musicologia, or the International Musicological Society; by a graduate with a degree in music history; or by the publisher of the article or book being nominated. Articles by students must be nominated by a faculty member of the institution where they are enrolled. The nominated article or book must be submitted in three copies to The Musica Toscana Award Committee, c/o Robert Weaver, 1711 Gardiner Lane, Louisville, KY, 40205 The award will be made by the Executive Board of Musica Toscana, Inc., on the recommendation of the Award Committee in April of the year following the nomination. Copies of submissions will be deposited in the Dwight Anderson Music Library of the School of Music at the University of Louisville after the award has been made. Publications of merit to which an award was not given will be retained and reintroduced in the next competition until five years have passed since the original nomination. If no work is nominated of sufficient merit, an award will not be made. The decision of the Executive Board of Musica Toscana, Inc., will be final. The deadline for the receipt of a nomination will be 31 January 2008. -- cvp From zchuekepiano em ufpr.br Wed Jun 20 12:13:09 2007 From: zchuekepiano em ufpr.br (zchuekepiano em ufpr.br) Date: Wed, 20 Jun 2007 12:13:09 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?=28sem_assunto=29?= Message-ID: <60593.189.26.5.239.1182352389.squirrel@webmail.ufpr.br> Música Nova em Curitiba Entrada Franca Sábado, 30 de junho de 2007 às 17:00 hs Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha) Rua XV de Novembro, 971 Terça-feira, 03 de julho de 2007 às 19:30 hs Auditório Brasílio Itiberê Rua Ébano Pereira, 240 Participantes : Classe de “Prática e Ensino de Música Contemporânea” - Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Paraná . Orquestra da Escola de Música e Belas Artes do Paraná Direção artística : Zélia Chueke e Isaac Chueke Obras de: Oscar Bazán, Henrique Bergamo, Benjamin Britten, Leo Brouwer, Aylton Escobar, Gilson Fukushima, Antônio Guerreiro, György Ligeti, Paulo Costa Lima, Sólon Mendes, Marcell Steuernagel, Márcio Steuernagel, Guilherme Tavares Intérpretes: Paulo Barreto, oboé - Rodrigo Capistrano, saxofone Valentina Daldegan, Leandro Gaertner, Sólon Mendes, flauta Paulo Demarchi, percussão - Daniele Franco, voz Gilson Fukushima, guitarra elétrica - Caio Nocko, trombone Mayra Pedrosa, contrabaixo - Zélia Chueke, Felipe Hickman, Márcio Steuernagel, piano - Marcell Steuernagel, Guilherme Tavares, Marcelo Teixeira, violão - Orquestra da EMBAP - Isaac Chueke, regência. From zchuekepiano em ufpr.br Wed Jun 20 12:17:35 2007 From: zchuekepiano em ufpr.br (zchuekepiano em ufpr.br) Date: Wed, 20 Jun 2007 12:17:35 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?=28sem_assunto=29?= Message-ID: <60600.189.26.5.239.1182352655.squirrel@webmail.ufpr.br> Música Nova em Curitiba Entrada Franca Sábado, 30 de junho de 2007 às 17:00 hs Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha) Rua XV de Novembro, 971 Terça-feira, 03 de julho de 2007 às 19:30 hs Auditório Brasílio Itiberê Rua Ébano Pereira, 240 Participantes : Classe de “Prática e Ensino de Música Contemporânea” - Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Paraná . Orquestra da Escola de Música e Belas Artes do Paraná Direção artística : Zélia Chueke e Isaac Chueke Obras de: Oscar Bazán, Henrique Bergamo, Benjamin Britten, Leo Brouwer, Aylton Escobar, Gilson Fukushima, Antônio Guerreiro, György Ligeti, Paulo Costa Lima, Sólon Mendes, Marcell Steuernagel, Márcio Steuernagel, Guilherme Tavares Intérpretes: Paulo Barreto, oboé - Rodrigo Capistrano, saxofone Valentina Daldegan, Leandro Gaertner, Sólon Mendes, flauta Paulo Demarchi, percussão - Daniele Franco, voz Gilson Fukushima, guitarra elétrica - Caio Nocko, trombone Mayra Pedrosa, contrabaixo - Zélia Chueke, Felipe Hickman, Márcio Steuernagel, piano - Marcell Steuernagel, Guilherme Tavares, Marcelo Teixeira, violão - Orquestra da EMBAP - Isaac Chueke, regência. From zchuekepiano em ufpr.br Wed Jun 20 12:19:08 2007 From: zchuekepiano em ufpr.br (zchuekepiano em ufpr.br) Date: Wed, 20 Jun 2007 12:19:08 -0300 (BRT) Subject: [ANPPOM-L] musica nova em curitiba Message-ID: <60604.189.26.5.239.1182352748.squirrel@webmail.ufpr.br> Música Nova em Curitiba Entrada Franca Sábado, 30 de junho de 2007 às 17:00 hs Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha) Rua XV de Novembro, 971 Terça-feira, 03 de julho de 2007 às 19:30 hs Auditório Brasílio Itiberê Rua Ébano Pereira, 240 Participantes : Classe de “Prática e Ensino de Música Contemporânea” - Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Paraná . Orquestra da Escola de Música e Belas Artes do Paraná Direção artística : Zélia Chueke e Isaac Chueke Obras de: Oscar Bazán, Henrique Bergamo, Benjamin Britten, Leo Brouwer, Aylton Escobar, Gilson Fukushima, Antônio Guerreiro, György Ligeti, Paulo Costa Lima, Sólon Mendes, Marcell Steuernagel, Márcio Steuernagel, Guilherme Tavares Intérpretes: Paulo Barreto, oboé - Rodrigo Capistrano, saxofone Valentina Daldegan, Leandro Gaertner, Sólon Mendes, flauta Paulo Demarchi, percussão - Daniele Franco, voz Gilson Fukushima, guitarra elétrica - Caio Nocko, trombone Mayra Pedrosa, contrabaixo - Zélia Chueke, Felipe Hickman, Márcio Steuernagel, piano - Marcell Steuernagel, Guilherme Tavares, Marcelo Teixeira, violão - Orquestra da EMBAP - Isaac Chueke, regência. From sandramontreal em hotmail.com Wed Jun 20 17:20:09 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 20 Jun 2007 17:20:09 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Concertos de outono - junho Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Uma mensagem embutida foi limpa... De: "oap" Assunto: Fw: concertos de outono Data: Wed, 20 Jun 2007 10:03:40 -0300 Tamanho: 19255 URL: From sandramontreal em hotmail.com Wed Jun 20 22:30:41 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Wed, 20 Jun 2007 22:30:41 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Concerto de Outono (junho) Concert d"Automne Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: junhodentro.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 204299 bytes Descrição: não disponível URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: junhofora.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 189426 bytes Descrição: não disponível URL: From carlos.sandroni em gmail.com Sun Jun 24 20:10:55 2007 From: carlos.sandroni em gmail.com (Carlos Sandroni) Date: Sun, 24 Jun 2007 22:10:55 -0100 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_na_X_Reuni=E3o_da_ABA_Norte_e_?= =?iso-8859-1?q?Nordeste?= Message-ID: (Com desculpas por eventual repetição) Prezados(as) colegas, A X Reunião da Associação Brasileira de Antropologia Norte/Nordeste (ABANNE) acontecerá em Aracaju, em outubro próximo. Há 2 GTs dedicados à música além de vários outros onde assuntos ligados à música aparecem. O site é: http://www.ufs.br/xabanne/ Anexa, a descrição dos GTs. O prazo para envio de resumos é 30 de junho. Saudações do Carlos Sandroni -- Carlos Sandroni Departamento de Música, UFPE Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB (81) 2126 8596 (telefone e fax) (81) 88591476 (celular) Endereço: Rua das Pernambucanas, 264/501 Graças - 52011-010 Recife - PE -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: Xabanne_-_GT_(s)_finalização.doc Tipo: application/msword Tamanho: 128000 bytes Descrição: não disponível URL: From sandramontreal em hotmail.com Tue Jun 26 12:34:44 2007 From: sandramontreal em hotmail.com (Sandra Reis) Date: Tue, 26 Jun 2007 12:34:44 -0300 Subject: [ANPPOM-L] FW: Grande Concerto de Piano Message-ID: Um anexo em HTML foi limpo... URL: -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo não-texto foi limpo... Nome: cartaz.jpg Tipo: image/jpeg Tamanho: 89318 bytes Descrição: não disponível URL: From carlos.sandroni em gmail.com Tue Jun 26 12:46:08 2007 From: carlos.sandroni em gmail.com (Carlos Sandroni) Date: Tue, 26 Jun 2007 12:46:08 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?M=FAsica_na_reuni=E3o_da_ABA_Norte/Nord?= =?iso-8859-1?q?este_-_nova_p=E1gina_e_prazo_prorrogado?= Message-ID: Retransmitindo mensagem da ABANNE, com desculpas por eventual envio repetido. Amigos, a Comissão Organizadora da ABANNE prorrogou o prazo de entrega dos resumos a serem submetidos aos coordenadores dos GT's. Agora é *23 de julho* . A página do evento também mudou. Agora é *http://www.exitoeventos.com.br/xabannerea/* Os resumos deverão ser enviados por e-mail aos coordenadores, mas através da página acima. O endereço da nova página do evento vem com muito mais informações e as normas gerais pra submissão dos trabalhos. Para quaisquer dúvidas relativas às formas de submissão dos trabalhos e inscrições, vocês podem se dirigir diretamente à Comissão Organizadora, através do endereço: http://www.exitoeventos.com.br/xabannerea/contato.htm e jonatas em ufs.br abraços Kelly __._,_.___ ********************************************************************* Esta lista está aberta a todos e tem objetivo de coordenar um fórum de debate e discussão sobre o tema da identidade, etnicidade e das relações interétnicas como fenômeno/processo social visando subsidiar a produção de conhecimento. ******************************************************************* INSTRUÇÕES: ENVIAR mensagem para o grupo use o endereço: nepe em yahoogrupos.com.br PARA RETIRAR-SE DA LISTA enviar mensagem em branco para: nepe-unsubscribe em yahoogrupos.com.br INSCRIÇÃO NA LISTA, enviar mensagem em branco para: nepe-subscribe em yahoogrupos.com.br PARA LER OS ARTIGOS DISPONIBILIZADOS ON LINE: http://www.yahoogroups.com/files/nepe PARA ter acesso a todas as mensagens anteriores: http://www.yahoogroups.com/messages/nepe PARA acessar a página principal deste Grupo: http://www.yahoogroups.com/group/nepe COMUNICAÇÃO com a Administração da lista: nepe-owner em yahoogrupos.com.br Suas configurações de e-mail: E-mail individual |Tradicional Alterar configurações via web(Requer Yahoo! 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De: "oap" Assunto: Fw: Grande Concerto de Piano Data: Wed, 27 Jun 2007 12:27:21 -0300 Tamanho: 65537 URL: From palombini em terra.com.br Thu Jun 28 08:15:00 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 28 Jun 2007 08:15:00 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Art of Record Production Conference 2007 Message-ID: <46839834.10302@terra.com.br> Dear All Apologies for cross posting and please forward as appropriate. Further apologies to those who have already submitted abstracts if they worked hard to hit the original deadline. Due to a few technical hitches, we are *extending the deadline* for the submission of abstracts for the 3rd international Art of Record Production Conference to the *16th July*. In case you've somehow managed to miss the previous emails, the conference is being hosted this year by Prof Andy Arthurs at the Queensland University of Technology, Brisbane, Australia on the 10th - 11th Dec. 2007 with a further event (TBC) on the 9th Dec. Papers will be selected after peer review by an international panel of academics. Papers are invited on all aspects of record production but we are particularly interested in work on: ? Lo-Fi vs Hi-Fi - the future of the studio and the producer. The association of large studios with large sales and small studios with small sales is no longer a given. How has practice changed? How will it change in the future? What are the roles of the producer, engineer, sound designer, artist, songwriter and performer and to what extent are these still delineated as separate or conflated? What is the place for the professional, the amateur or the pro/am? ? Recording as a compositional process. Which comes first, the recording or the performance? A recording is pivotal in the compositional act. To what extent does it drive the process? Has recording demolished the concept of authenticity? To what extent is the recording the modern score? ? Sound recording, new technologies and new contexts. For over 50 years recording has not necessarily meant the documentation of a single sound event. Nor is it always merely a linear product such as a song, a symphony or a film soundtrack. Record producers often need to understand the new contexts in which their work will exist. Increasingly uses have become more fluid and interactive. Recorded sound is now part of the fabric of games, the internet, emerging media, mobile networks, and live performance. New aesthetics have emerged in parallel with technical and creative innovations. Is there still a directorial role for a producer to ?get the best from the musicians?? Are streaming and downloading our friends or foes? What of the legal issues and initiatives such as Creative Commons? ? The art surrounding the art. In a world where no discipline is an island, what is the interaction with, and impact upon record production of videos, cd covers, online spaces and virtual sites? Proposals for individual papers and poster presentations should not exceed 300 words. Proposals for panels should include the names and brief CVs of all panel members and their individual contributions and should not exceed 1000 words. Proposals should be submitted electronically to: simonzt em artofrecordproduction.com Simon Zagorski-Thomas simonzt em artofrecordproduction.com The Art of Record Production Conference Journal on the Art of Record Production -- cvp From palombini em terra.com.br Thu Jun 28 10:30:04 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Thu, 28 Jun 2007 10:30:04 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Simp=F3sio_p=F3s-cl=E1ssico=3A_preparan?= =?iso-8859-1?q?do_alunos_para_o_mundo_p=F3s-cl=E1ssico?= Message-ID: <4683B7DC.4060608@terra.com.br> Post-Classical Symposium, Nov. 29-Dec. 1, 2007 "Preparing Students for the Post-Classical World: Challenges and Opportunities for Music Institutions" Keynote speakers, Joseph Horowitz and Greg Sandow, a performance by "Bang on a Can," and residency by Eighth Blackbird. DePauw University School of Music, Greencastle, IN. Contact Prof. Eric Edberg (eedberg at depauw.edu) or consult the symposium's webpage: https://www.depauw.edu/music/events/2007Symposium.asp -- cvp From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Fri Jun 29 00:32:45 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Fri, 29 Jun 2007 00:32:45 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Ferramenta_digital_para_ensino_de_m=FAs?= =?iso-8859-1?q?ica?= Message-ID: Já ouviram falar nesse software? Os desenvolvedores acreditam que pode ser um bom apoio para a volta do ensino de música nas escolas, e estão pedindo apoios para convencer alguns políticos sobre isso. O que acham? http://www.tomplay.com.br/ Abçs! Alexandre From vandafreire em yahoo.com.br Fri Jun 29 06:35:57 2007 From: vandafreire em yahoo.com.br (Vanda Freire) Date: Fri, 29 Jun 2007 06:35:57 -0300 (ART) Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Ferramenta_digital_para_ensino_de_m=FAs?= =?iso-8859-1?q?ica?= In-Reply-To: Message-ID: <271975.53081.qm@web58013.mail.re3.yahoo.com> Prezado Alexandre Dei uma olhada no material e considero-o pedagogicamente profundamente discutível. Acho, também, que o ensino, e a educação em geral, têm como base profissionais bem formados e bem remunerados. Não vejo sentido em o governo gastar com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento real e consistente na formação de professores, na melhoria dos salários deles, na melhoria das condições materiais em sala de aula, etc. Material de apoio, como o software pretende ser, deve ser um complemento à ação competente de um educador musical. Não acredito que qualquer software, mesmo que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para trazer de volta a música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa seria uma total inversão de valores e um desperdício de dinheiro público. Bem, espero ter contribuido para esta discussão. Abraços, Vanda Freire Alexandre Negreiros escreveu: Já ouviram falar nesse software? Os desenvolvedores acreditam que pode ser um bom apoio para a volta do ensino de música nas escolas, e estão pedindo apoios para convencer alguns políticos sobre isso. O que acham? http://www.tomplay.com.br/ Abçs! Alexandre ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ --------------------------------- Novo Yahoo! Cadê? - Experimente uma nova busca. -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From silvio.ferraz em terra.com.br Fri Jun 29 11:17:17 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Fri, 29 Jun 2007 11:17:17 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Ferramenta_digital_para_ensino_de_m=FAs?= =?iso-8859-1?q?___=09ica?= In-Reply-To: <271975.53081.qm@web58013.mail.re3.yahoo.com> References: <271975.53081.qm@web58013.mail.re3.yahoo.com> Message-ID: o software é realmente um brinquedo bacana e vou até indicá-lo para meus sobrinhos. mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo adotar software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como muitas aulas de música são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não ensina (nem nunca terá como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí q mora a diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical: ensinar a pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor técnico (seja sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da minúcia). realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente no Brasil a partir da prática completa da música e não do brinquedos musicais. abraços silvio >Prezado Alexandre > >Dei uma olhada no material e considero-o >pedagogicamente profundamente discutível. >Acho, também, que o ensino, e a educação em >geral, têm como base profissionais bem formados >e bem remunerados. >Não vejo sentido em o governo gastar com esse >software ou qualquer outro, sem que haja um >investimento real e consistente na formação de >professores, na melhoria dos salários deles, na >melhoria das condições materiais em sala de >aula, etc. >Material de apoio, como o software pretende ser, >deve ser um complemento à ação competente de um >educador musical. >Não acredito que qualquer software, mesmo que >pedagogicamente adequado, seja o ponto de >partida para trazer de volta a música às escolas. >Na verdade, considero quetal iniciativa seria >uma total inversão de valores e um desperdício >de dinheiro público. >Bem, espero ter contribuido para esta discussão. >Abraços, >Vanda Freire > > > >Alexandre Negreiros escreveu: > >Já ouviram falar nesse software? >Os desenvolvedores acreditam que pode ser um bom apoio para a volta >do ensino de música nas escolas, e estão pedindo apoios para >convencer alguns políticos sobre isso. >O que acham? > >http://www.tomplay.com.br/ > >Abçs! > >Alexandre > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > > > > >Novo >Yahoo! >Cadê? - Experimente uma nova busca. > > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente. >Para alterar a categoria classificada, visite o >Terra >Mail > > >Esta mensagem foi verificada pelo >E-mail Protegido >Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 28/06/2007 / Versão: 5.1.00/5063 >Proteja o seu e-mail Terra: >http://mail.terra.com.br/ > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ -------------- Próxima Parte ---------- Um anexo em HTML foi limpo... URL: From palombini em terra.com.br Fri Jun 29 13:33:22 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 29 Jun 2007 13:33:22 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Ferramenta_digital_para_ensino_de_m=FAs?= =?iso-8859-1?q?____ica?= In-Reply-To: References: <271975.53081.qm@web58013.mail.re3.yahoo.com> Message-ID: <46853452.5070001@terra.com.br> Não olhei com muito cuidado, mas achei muito engraçado que o grave seja curto e grosso e o agudo fino e comprido. -- cvp From alexandrebrautigam em hotmail.com Fri Jun 29 13:50:01 2007 From: alexandrebrautigam em hotmail.com (Alexandre Bräutigam) Date: Fri, 29 Jun 2007 13:50:01 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ferramenta digital para ensino de música Message-ID: Caro Alexandre, Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de não ser a minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito retrógrado se limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma mais ampla a percepção do som e de suas qualidades internas. Se a criança é adestrada desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas (das relações tonais), estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça para um universo muito mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a mais de 50 anos e que chega com força hj até na música comercial, vide música eletronica, suas raves e quantidade de público que gosta e produz esse tipo de música. Ou seja, adotando um programa ( = um sistema de ensino) voce atropela a discussão sobre como fazer a coisa, como educar musicalmente os jovens nas escolas. Esta questão (sobre um possível uso deste ou de qualquer outro software de ensino) será colocada em alguma mesa de discussão na próxima ANPPOM? um abraço, Alexandre. >From: Alexandre Negreiros >To: ANPPOM lista >Subject: [ANPPOM-L] Ferramenta digital para ensino de música >Date: Fri, 29 Jun 2007 00:32:45 -0300 > >Já ouviram falar nesse software? >Os desenvolvedores acreditam que pode ser um bom apoio para a volta >do ensino de música nas escolas, e estão pedindo apoios para >convencer alguns políticos sobre isso. >O que acham? > >http://www.tomplay.com.br/ > >Abçs! > >Alexandre > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ _________________________________________________________________ MSN Messenger: instale grátis e converse com seus amigos. http://messenger.msn.com.br From palombini em terra.com.br Fri Jun 29 14:20:45 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 29 Jun 2007 14:20:45 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Ferramenta_digital_para_ensino_de_m=FAs?= =?iso-8859-1?q?ica?= In-Reply-To: References: Message-ID: <46853F6D.6050008@terra.com.br> > Se a criança é adestrada desde os 7, 8 anos de idade sendo formatada > neste universo apenas (das relações tonais), estamos perdendo a > oportunidade de abrir a sua cabeça para um universo muito mais rico de > sonoridades que a música já se utiliza a mais de 50 anos e que chega > com força hj até na música comercial, vide música eletronica, suas > raves e quantidade de público que gosta e produz esse tipo de música. Ou talvez seja menos questão de "abrir-lhes a cabeça" do que de "deixar de fechá-la" através de associações que são do senso comum (grave/gordo, agudo/magro) e que lhes apresentamos à guisa de "educação" musical em substituição a sua "abertura para o ser" . Como diz T.S. Eliot, citado por Schaeffer em epígrafe a _Genèse des simulacres_... Where is the Life we have lost in living? Where is the wisdom we have lost in knowledge? Where is the knowledge we have lost in information? -- cvp From lucianarequiao em inpauta.com.br Fri Jun 29 14:24:55 2007 From: lucianarequiao em inpauta.com.br (=?iso-8859-1?Q?Luciana_Requi=E3o?=) Date: Fri, 29 Jun 2007 14:24:55 -0300 Subject: [ANPPOM-L] =?iso-8859-1?q?Ferramenta_digital_para_ensino_de_m=FAs?= =?iso-8859-1?q?____ica?= References: <271975.53081.qm@web58013.mail.re3.yahoo.com> <46853452.5070001@terra.com.br> Message-ID: <000601c7ba72$69ed0e90$6266fea9@familiar> Olá, Como o nome mesmo diz é uma ferramenta. Depende de quem vai usar e como vai ser usada, não é? Abs, Luciana ----- Original Message ----- From: "carlos palombini" To: Sent: Friday, June 29, 2007 1:33 PM Subject: Re: [ANPPOM-L] Ferramenta digital para ensino de mús ica Não olhei com muito cuidado, mas achei muito engraçado que o grave seja curto e grosso e o agudo fino e comprido. -- cvp ________________________________________________ Lista de discussões ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l ________________________________________________ -- No virus found in this incoming message. Checked by AVG Free Edition. Version: 7.5.476 / Virus Database: 269.9.9/870 - Release Date: 26/6/2007 10:07 From palombini em terra.com.br Fri Jun 29 21:15:55 2007 From: palombini em terra.com.br (carlos palombini) Date: Fri, 29 Jun 2007 21:15:55 -0300 Subject: [ANPPOM-L] MutaMorphosis plenary speakers Message-ID: <4685A0BB.8090705@terra.com.br> The MutaMorphosis conference is part of the Leonardo 40th Anniversary celebrations and of the e n t e r 3 festival. The festival will feature performances, screenings and exhibitions at various locations around Prague 8 - 11 November 2007, including the first retrospective of Frank J. Malina (artist, scientist and founder of Leonardo). Scheduled Plenary Speakers at this time are: Roy Ascott Terror Incognito: Steps toward an Extremity of Mind Albert-László Barabási The Architecture of Complexity Louis Bec Václav Cílek Climate as the Last Wilderness David Dunn & James P. Crutchfield Insects, Trees, and Climate: The Bioaocustic Ecology of Deforestation and Entomogenic Climate Change Roger F. Malina Limits of Cognition: Artists in the Dark Universe Stelarc Alternate Anatomical Architectures: Extruded, Empty and Absent Bodies Victoria Vesna & James Gimzewski The new territory of nano Plenary speakers abstracts are available on line at: http://www.mutamorphosis.org Join us in Prague November 8 ? 10, 2007 for this outstanding international event! MutaMorphosis concentrates on the growing interest---within the worlds of the arts, sciences and technologies---in EXTREME AND HOSTILE ENVIRONMENTS. More than 60 renowned practitioners in the arts, sciences, engineering and humanities will speak about the limits and extremes in our conceptions of life, space and cognition. Feel free to BROWSE the abstracts at our web site http://www.mutamorphosis.org where you can also REGISTER and BOOK your hotel at special conference prices. Please note that the capacity of the conference halls is limited. - Early registration: June 1, 2007 - July 31, 2007 - Regular registration: August 1, 2007 - October 15, 2007 The international conference MutaMorphosis: Challenging Arts and Sciences is organized by CIANT - International Centre for Art and New Technologies in Prague and co-organized by Leonardo/ISAST, Hexagram - Institute for Research/Creation in Media Arts and Technologies and Pépinières européenes pour jeunes artistes. Should you require further information do not hesitate to contact us at mutamorphosis em ciant.cz Leonardo/ISAST is a 501(c)3 nonprofit organization. Donations are tax-deductible in the U.S. To learn more about Leonardo/ISAST's projects, programs and activities, visit http://leonardo.info -- cvp From alexandrenegreiros em yahoo.com.br Sat Jun 30 22:02:21 2007 From: alexandrenegreiros em yahoo.com.br (Alexandre Negreiros) Date: Sat, 30 Jun 2007 22:02:21 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ferramenta Digital... Message-ID: <4631565F-187B-4011-9E45-7F9452BEFB22@yahoo.com.br> Olá Vanda, Sílvio, Palombini, Bräutigam, Luciana e todos os demais, (Vanda, respondi inicialmente só para ti, e pretendia responder a cada um, mas vi que a resposta poderia ser única, e peço perdão pela duplicidade com que foi brindada) Concordo com cada ítem de suas observações. Um representante desse software procurou um colega do GAP (grupo de articulação parlamentar pró-música) criado em 2005 aqui no Rio, oferecendo-o como recurso adicional para o esforço de aprovação de um projeto de lei que defendemos, há muito encaminhado no Senado pelo Cristóvam Buarque que, em suma, objetiva a volta do ensino obrigatório de música nas escolas brasileiras. Nós já havíamos nos posicionado no sentido de agradecer o apoio ao projeto de lei, porém que em nossos objetivos não constava qualquer possibilidade de apoio à projetos comerciais, etc. Mas achei importante submeter o link à lista, simplesmente para que soubessem da existência do software, para que abríssemos uma discussão sobre ele e, especialmente, para ouvir os especialistas, como vocês. Suas colaborações foram importantíssimas, e só tenho a agradecer. Abçs Alexandre From silvio.ferraz em terra.com.br Sat Jun 30 23:29:50 2007 From: silvio.ferraz em terra.com.br (silvio) Date: Sat, 30 Jun 2007 23:29:50 -0300 Subject: [ANPPOM-L] Ferramenta Digital... In-Reply-To: <4631565F-187B-4011-9E45-7F9452BEFB22@yahoo.com.br> References: <4631565F-187B-4011-9E45-7F9452BEFB22@yahoo.com.br> Message-ID: proponho para debate o conhecimento de sots mais experimentais, como as dez licões de escuta realizado pelo ircam. uma visão mais lúdica e menos teórica. infelizmente os franceses cobram caro pelo brinquedinho, mas vale a pena. a criança entra no mundo da música pelos sons q a rodeiam, e pelas propostas mais recentes da música. mas mesmo assim, sempre falta o principal, a prática instrumental. abs silvio >Olá Vanda, Sílvio, Palombini, Bräutigam, Luciana e todos os demais, > >(Vanda, respondi inicialmente só para ti, e pretendia responder a >cada um, mas vi que a resposta poderia ser única, e peço perdão pela >duplicidade com que foi brindada) > >Concordo com cada ítem de suas observações. > >Um representante desse software procurou um colega do GAP (grupo de >articulação parlamentar pró-música) criado em 2005 aqui no Rio, >oferecendo-o como recurso adicional para o esforço de aprovação de um >projeto de lei que defendemos, há muito encaminhado no Senado pelo >Cristóvam Buarque que, em suma, objetiva a volta do ensino >obrigatório de música nas escolas brasileiras. Nós já havíamos nos >posicionado no sentido de agradecer o apoio ao projeto de lei, porém >que em nossos objetivos não constava qualquer possibilidade de apoio >à projetos comerciais, etc. Mas achei importante submeter o link à >lista, simplesmente para que soubessem da existência do software, >para que abríssemos uma discussão sobre ele e, especialmente, para >ouvir os especialistas, como vocês. > >Suas colaborações foram importantíssimas, e só tenho a agradecer. > >Abçs > >Alexandre > > > >________________________________________________ >Lista de discussões ANPPOM >http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l >________________________________________________ > >E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra. >Para alterar a categoria classificada, visite >http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1183251792.346351.429.calomba.hst.terra.com.br,3751,Des15,Des15 > >Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra. >Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 29/06/2007 / Versão: 5.1.00/5064 >Proteja o seu e-mail Terra: http://mail.terra.com.br/