[ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge Antunes.

Lucas Eduardo lucasgalon em gmail.com
Seg Ago 15 00:48:19 BRT 2011


com todo o respeito e admiração ao simples ato da discussão, malgrado meu
"pavor" ao tipo de relativismo sugerido pelo colega (recheado dos velhos
conceitos de *etno e eurocentrismo, *já desgastados), recomendo uma
olhadinha neste artigo de Pondé -
http://integras.blogspot.com/2009/03/relativismo-cultural-e-blablabla-que.html,
quem sabe para tomarmos partido desta ou daquela opinião sem apelarmos para
o tal relativismo. Creio que aspectos como etnocentrismo ou eurocentrismo
não têm nada (ou muito pouco) a ver com o debate;
abraços aos colegas

Lucas Galon


Em 14 de agosto de 2011 17:22, Cassio Barth <cassiobarth em gmail.com>escreveu:

> Interessantes os exemplos de alguns colegas.
>
> "Prostitutas e travestis se organizam"
>
> E daí??? O exemplo é pra chocar?? Vamos lá gente, o povo é esclarecido,
> pode mais do que isso.
>
> Pensei que iríamos ficar apenas nos etnocentrismos e juízos de valor
> tradicionais, mas usar das prostitutas e travestis, no sentido mais
> depreciativo que se poderia utilizar, para reafirmar a organização dos
> músicos? Onde fica o respeito?
>
> Se esta é nossa elite intelectual, estamos ferrados.
>
> E outra. Maestro Antunes tem toda a razão: existe um risco social SIM. Com
> opiniões como a de alguns colegas, *nós músicos somos um risco social*,
> por nossas *declarações preconceituosas*, como a do colega que gosta de
> Scriabin e Bach (nossos ícones eurocêntricos) e que coloca o "universitário
> sertanejo" como uma categoria de música deplorável. Um pouco de relativismo
> já nos ajudaria.
>
> E sim, definitivamente somos um risco social, e isso vemos em nossa
> Ministra que provavelmente não teve um professor de música na escola que a
> tivesse feito refletir sobre a noção relativa de TALENTO. Entramos no Século
> XXI e continuamos com conceitos românticos do século XIX predominando em
> políticas governamentais.
>
> Pelo menos o Maestro Antunes coloca o talento em 10% e dá 50% para a
> humildade. Já é um começo...
>
>
>
> Cássio
>
> 2011/8/14 Gil Amâncio <givanildo.amancio em gmail.com>
>
>>  *A organização dos trabalhadores e profissionais*
>> O formato pouco importa, se será sindicalista ou se será em formato de
>> autarquia fedral de 3º grau.
>> Temos um excelente instrumento institucional reconhecido pelo poder
>> federal (Estado de Direito) e queremos, por ignorância estatutária,
>> suponho, (por burrice), descartar e fazer algo menor ou com menos alcance
>> executivo-judiciário na orla do Estado de Direito e do Estado Social.
>> Não consigo entender porque queremos retroagir de autarquia de 3º grau
>> (quem não sabe o que é isso deem uma olhadinha) para apenas fortalecer uma
>> associação de classe. Uma não é menos importante do que a outra. As duas são
>> complementares entre si e desempenham funções, missões específicas conforme
>> nossa carta mágna constitucional.
>> O que estamos vivendo é apenas o resultado no analfabetismo sindical e
>> classístico no segmento musical. Apesar de termos todas as ferramentas
>> virtuais, estamos dando os primeiros passos agora em termos de massa
>> crítica.
>> Há pessoas que preferem criar gerigonças e estratégias como atalhos
>> burocráticos para ficar a margem da Lei por falta de conhecimento de como
>> funciona e como poderíamos mudar.
>> Acho que deveria haver uma organização nacional que expurgasse os peleigos
>> decanários da OMB e renovasse o caos "com nova ordem mundial" (para lembrar
>> caetano).
>> Conveniente seria aproveitar as estruturas e dar outra alma.
>> A Constituição Brasileira definine (exceto se mudarmos):
>> *Sindicato*: tem função de promover qulaidade de vida para trabalhadores,
>> garantir melhores condições de trablaho etc.
>> *Conselho Profissional:* Define quem é ou não profissional e concede um
>> título reconhecido pelo Estado de Direito como um grau de habilitação
>> profissional.
>> Isso não está sendo feito pelo atual conselho com dignidade há muito
>> tempo, há várias décadas. Graças a falta de participação massiva,
>> representativa das pessoas que possuem compromisso técnico, académico etc.
>> como muitas pessoas dessa lista.
>> Politicamente não existe espaço vazio: se não assumirmos outras pessoas
>> assumem. Reclamar e dizer que tudo que está não queremos (como na semana de
>> arte moderna 1922) não basta. Precisamos dizer o que não queremos, apontar
>> com conhecimento de causa novos parâmetros. E mais do que isso sair da
>> frequência do discurso ou discursiva para práticas cartesianas e mensuraves.
>> Felizmente ou infelizmente, questões desse cunha só se faz em grupo ou de
>> forma coletiva.
>> No que estava no meu alcance já o fiz. Coloquei ações públicas coletivas
>> na Ouvidoria da República Federal contra a carteira de músico prático. Agora
>> vou solicitar ao STF reconhecimento do título de médico prático, a quiza
>> do conselho de medicina, a partir do precedente do acto do jurídico (STF) de
>> reconhecer a atuação do músico prático não porfissional, sem formação
>> acadêmica para atuação no mercado de trabalho como algo natural e bestial na
>> cena contemporânea.
>> Tocar e cantar livremente qualquer pessoa pode fazer. A constituição de 88
>> já garante isso.
>> Atuar no mercado como profissional aí é outra história e precisa se ter o
>> mínimo de regras.
>> Fora disso estamos entrando pelas portas do fundo e Beethoven já superou
>> isso mesmo quando não tinha as ferramentas comunicações que temos hoje.
>> "Não podemos voltar no passado e corrigir os erros , mas podemos construir
>> um novo fim".
>>
>>
>> Em 14 de agosto de 2011 05:25, Graziela Bortz <g_bortz em hotmail.com>escreveu:
>>
>>  Já discutimos isso antes na lista: precisamos de sindicatos fortalecidos
>>> e democráticos, não da Ordem. Prostitutas e travestis se organizam. Não sei
>>> dos engenheiros, no entanto. Graziela.
>>>
>>>  ------------------------------
>>> From: givanildo.amancio em gmail.com
>>> Date: Sun, 14 Aug 2011 02:15:50 +0100
>>> To: lucianocesar78 em yahoo.com.br
>>> CC: anppom-l em iar.unicamp.br
>>> Subject: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - Carta aberta ao maestro Jorge
>>> Antunes.
>>>
>>>  Elocubrações n.238:
>>> por que engenheiros e prostitutas possuem órgão de representação social e
>>> os músicos não precisam...
>>> ou somos muito importantes e estamos acima dessas questões ou estamos na
>>> posição de ET no cenário de político-trabalhista e político-classista.
>>>
>>> Em 13 de agosto de 2011 23:46, luciano cesar <
>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br> escreveu:
>>>
>>>    Carta aberta ao maestro Jorge Antunes.
>>>
>>>
>>>
>>>             Bem, não me lembro de ter tocado para o Sr., maestro Jorge
>>> Antunes, para que essa crítica direta a minha competência tivesse alguma
>>> base...
>>>             No entanto, peço sinceras e humildes desculpas pelo tom
>>> grosseiro do meu comentário, realmente fui muito infeliz. Reconheço a sua
>>> contribuição indispensável para a vida musical brasileira. Mas uma carta
>>> aberta sua sobre a crise da OSB difundiu uma posição ambígua com relação a
>>> um caso que, penso, deveria reunir os músicos com alguma preocupação social
>>> do lado dos demitidos. Em suas declarações sobre o caso da OMB há também
>>> algo de um apoio velado a existência de um órgão regulador.
>>>
>>>             Não sou da opinião de que música ruim deve continuar a ser
>>> feita, como tampouco a faço. Sou sim, contra um órgão regulador como a OMB
>>> determinar o que é um músico com direito a exercer sua profissão e o que não
>>> é. Principalmente porque sabemos do apoio que analfabetos musicais receberam
>>> da ordem. O chamado "músico prático" era simplesmente uma desculpa para
>>> permitir - esses sim - incompetentes sem o mínimo de conhecimento musical
>>> trabalharem em subempregos num sistema que rendia mais dividendos a
>>> diretoria da OMB. E nesse caso é importante diferenciar artistas de
>>> engenheiros e médicos, que interferem na vida física das pessoas de modo que
>>> uma regulamentação é essencial. Música não mata, é necessário levantar
>>> outros argumentos a favor de seu ensino em Universidades, em favor do
>>> respeito pela especialização que ela exige de nós (compositores, intérpretes
>>> e ouvintes). Mas a regulamentação no caso das artes tem que ser feita no
>>> âmbito mesmo da cultura, não do policiamento.
>>>
>>>             Essa é minha opinião, que parece nos dividir.
>>>
>>>             Penso ser esse mais um caso que deveria reunir a comunidade
>>> de músicos, populares e eruditos, compositores e intérpretes, vanguadistas
>>> (estéticos ou políticos) e reacionários (estéticos ou políticos). Mas se há
>>> divergências, que elas permaneçam no âmbito da discussão respeitosa.
>>> Surpreendi-me sim com a ambigüidade de sua posição no caso OSB, uma situação
>>> que arremessou trabalhadores da cultura na miséria de um dia para o outro.
>>> Mas reconheço que o Sr. levantou um argumento pertinente no caso OMB (sua
>>> mensagem de 8 de agosto), o do conhecimento técnico no meio de campo da
>>> comunicação, que o intérprete representa. Não critiquei, entretanto, a sua
>>> competência profissional, a qual reconheço como um patrimônio cultural do
>>> Brasil. Espero, portanto, o mesmo respeito, mesmo estando eu nas fileiras
>>> mais modestas da produção musical e... com outra posição no que se refere a
>>> regulamentação.
>>>
>>>               Assino com os pontos levantados entre Rogério Budaz e José
>>> Maniz, nas suas contribuições de 13 de agosto. A sua contestação a essa
>>> mensagem de Budaz foi esclarecedora, mas a defesa dos ideais artísticos que
>>> o Sr. luta tanto para estabelecer (aspecto no qual pretendo me colocar ao
>>> seu lado) passa por nos livrar do julgo obscurantista da OMB, que está mais
>>> próxima desse jdanovismo que Budaz menciona. Esse é o ponto, para o qual
>>> pedimos uma posição sua e da classe musical como um todo.
>>>
>>>             Reitero aqui meu pedido de desculpas, com humildade.
>>> Retirando o comentário que ofendeu ao maestro, espero reforçar meus pontos
>>> de vista que, espero, contribuam para a discussão como membro competente da
>>> classe musical que sou, ao seu lado e dos colegas que participam destes
>>> debates.
>>>
>>> Pazes, em nome da "salutar discussão"?
>>>
>>> Abraço cordial,
>>>
>>>
>>>
>>> Luciano Cesar Morais.
>>>
>>>
>>> --- Em *sáb, 13/8/11, SBME . <sbme em sbme.com.br>* escreveu:
>>>
>>>
>>> De: SBME . <sbme em sbme.com.br>
>>> Assunto: Re: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula
>>> Para: "luciano cesar" <lucianocesar78 em yahoo.com.br>, "ANPPOM" <
>>> anppom-l em iar.unicamp.br>
>>> Data: Sábado, 13 de Agosto de 2011, 0:14
>>>
>>> *Oi, Luciano Cesar:
>>>
>>> Obrigado por sua mensagem opinativa.
>>> Você tem razão: música ruim não mata.
>>> Continue a fazê-la.
>>> Cordialmente,
>>> Jorge Antunes*
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> Em 12 de agosto de 2011 22:22, luciano cesar <
>>> lucianocesar78 em yahoo.com.br<http://mc/compose?to=lucianocesar78@yahoo.com.br>
>>> > escreveu:
>>>
>>>   Concordo, música ruim não mata e não pode ser decidida através do
>>> veredicto de uma "ordem". Jorge Antunes é um reacionário, por melhor que ele
>>> fale em nome do socialismo.
>>>
>>> Luciano Cesar Morais
>>>
>>> --- Em *qui, 11/8/11, André Fadel <andrefadel em gmail.com<http://mc/compose?to=andrefadel@gmail.com>
>>> >* escreveu:
>>>
>>>
>>> De: André Fadel <andrefadel em gmail.com<http://mc/compose?to=andrefadel@gmail.com>
>>> >
>>> Assunto: [ANPPOM-L] STF e OMB - uma questão ridícula
>>> Para:
>>> Cc: "ANPPOM" <anppom-l em iar.unicamp.br<http://mc/compose?to=anppom-l@iar.unicamp.br>
>>> >
>>> Data: Quinta-feira, 11 de Agosto de 2011, 12:43
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> *Uma questão ridícula*
>>>
>>>
>>>
>>> Um dos grandes males dos dias hoje é haver tantas pessoas que levam
>>> música a sério. E olha que muitos me tomam como “músico sério”. Isto tudo é
>>> uma grande bobagem. Independe de eu fazer da música o meu ganha-pão ou não.
>>> Tem a ver com o entendimento do que música representa para as sociedades. Ou
>>> para cada um de nós.
>>>
>>> Se alguém acha que a má execução de música oferece risco, desculpe-me,
>>> mas então somos baratas sobrevivendo à hecatombe nuclear midiática, com
>>> bombas de hidrogênio que já explodiram do calibre de “sertanejo
>>> universitário”, “leidi gagas”, “bítous” e outras *coisitas más*.
>>>
>>> (Parêntese: adoro Scriabin. Adoro Schoenberg. Adoro rock progressivo,
>>> Bach, Messiaen. Adoro algumas coisas da MPB. Até mesmo do paupérrimo Beatles
>>> eu escuto uma coisa ou outra. E daí? Daí que eu não me importo com os gostos
>>> de mais ninguém, e muitos deveriam fazer o mesmo.)
>>>
>>> Não me importo se no barzinho ali embaixo estão tocando Iutchú, exceto se
>>> o volume estiver me incomodando. Não me importo se a articulação que o
>>> cravista faz numa Partita de Bach é “errada”, “historicamente acurada” ou
>>> virada do avesso. Se me agradou, tentarei expor meus argumentos para
>>> conseguir entender aquilo que me agradou - e farei o mesmo se não me
>>> agradou. É claro que para isso a gente precisa de estudo, leitura,
>>> conhecimento e vivência. Mas só farei esse esforço se eu *estiver
>>> realmente a fim*, porque música não é objeto científico. Música é para
>>> se curtir.
>>>
>>> Eu me importo com a dimensão ridícula que algumas discussões podem
>>> alcançar.
>>>
>>> Mesmo quanto àquela música que foi feita para NÃO se curtir, o fato de
>>> ela ter sido criada já significa que alguém se divertiu com a ideia. Música
>>> está relacionada com o *prazer*, seja por criá-la, tocá-la, ouvi-la e,
>>> para aqueles que *estiverem a fim*, analisá-la e dissecá-la como se
>>> fosse um sapo (com a diferença que, dissecando um sapo a gente aprende
>>> biologia e a fazer ciência de verdade. Análise musical nunca vai levar à
>>> descoberta de uma vacina).
>>>
>>> A pergunta que todos deveriam se fazer é: *o que a música representa na
>>> minha vida? Por que ela é importante pra mim, especificamente?*
>>>
>>> Há uma grande diferença em refletir sobre isto e querer imputar uma
>>> importância que na maioria das vezes inexiste para o vizinho. Eu e 99,9% das
>>> pessoas não estamos nem aí para as análises subjetivas de obras
>>> desconhecidas de compostores obscuros e que, muitas vezes, são horrorosas
>>> (para mim!). Eu sei também que quase ninguém se importa com a obra de
>>> Scriabin, mas eu me importo, e não estou nem aí se outros nem ouviram falar.
>>> Vou continuar tocando, estudando e divulgando sua obra com o mesmo *
>>> prazer*, mesmo que haja uma hecatombe de verdade e eu fique sozinho no
>>> mundo.
>>>
>>> Isto faz de nós uma tribo com infinitas confrarias e precisamos saber
>>> conviver uns com os outros. Não significa que devemos ficar metendo o dedo
>>> no nariz alheio.
>>>
>>> Quando eu era adolescente, eu me perguntava como é que meus amigos não
>>> conheciam Bach? Como é que eles não se emocionavam com uma sonata de
>>> Beethoven? Eu ainda acreditava que a música era uma linguagem universal – o
>>> que também é uma enorme bobagem.
>>>
>>> *Mas que diabo isto tudo tem a ver com a decisão do STF*?
>>>
>>> Ora, os Ministros simplesmente conseguiram discernir a natureza da música
>>> com a natureza de outros campos do conhecimento. Querer policiar a execução
>>> profissional de algo que se faz para se curtir é a mesma coisa que querer
>>> criar uma Ordem dos Aeromodelistas, ou uma Ordem dos Passeadores de
>>> Cachorros. Criar “delegacias” para tutelar se um violonista de bar está
>>> “autorizado” a exercer sua profissão ali é o cúmulo do ridículo.
>>>
>>> O mesmo não acontece com o Conselho de Medicina. Experimente levar sua
>>> mulher a um obstetra incompetente para ver o que acontece.
>>>
>>> Músicos, não se levem tanto a sério, por favor.
>>>
>>>
>>>
>>> André Fadel
>>>
>>> Pianista e compositor
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> 2011/8/8 SBME . <sbme em sbme.com.br<http://mc/compose?to=sbme@sbme.com.br>
>>> >
>>>
>>> Colegas:
>>>
>>> Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia
>>> sobre a decisão do STF.
>>> Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a
>>> questão.
>>>
>>> Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para
>>> decidir o que decidiram.
>>> Refiro-me aos argumentos, e não à decisão.
>>>
>>> Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido
>>> quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social",
>>> "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados".
>>> Isso é verdade?
>>> O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco
>>> social?
>>> Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea,
>>> nada conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia
>>> de desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem
>>> perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela
>>> representasse a realização fiel da partitura.
>>> Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de
>>> erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade?
>>>
>>> O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse
>>> registro pois a música é uma arte.
>>> O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o
>>> mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da
>>> Poesia para que pudessem escrever.
>>>
>>> Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da
>>> Comunicação para chegar ao público.
>>> O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações
>>> artísticas diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte
>>> contemplando o suporte diretamente.
>>> A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca
>>> sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que
>>> deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação
>>> exige profundo conhecimento técnico.
>>>
>>> À salutar discussão!!!
>>> Abraços,
>>> Jorge Antunes
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz <rogeriobudasz em yahoo.com<http://mc/compose?to=rogeriobudasz@yahoo.com>
>>> > escreveu:
>>>
>>>    Matéria da Folha de hoje <
>>> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml
>>> >
>>> ==================================================
>>>
>>> Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF
>>>
>>> FELIPE SELIGMAN
>>> DE BRASÍLIA
>>>
>>> Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta
>>> segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de
>>> classe para exercer sua profissão.
>>>
>>> Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à
>>> Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente
>>> se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil.
>>>
>>> Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar
>>> documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder
>>> se apresentar.
>>>
>>> A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os
>>> ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao
>>> tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido
>>> quando chegar no tribunal.
>>>
>>> Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades
>>> só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa
>>> um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados",
>>> afirmou.
>>>
>>> O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse
>>> registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou
>>> a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma
>>> Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever.
>>>
>>> Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que
>>> julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por
>>> entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão.
>>>
>>> ________________________________________________
>>> Lista de discussões ANPPOM
>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>>> ________________________________________________
>>>
>>>
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>>> ________________________________________________
>>> Lista de discussões ANPPOM
>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>>> ________________________________________________
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>>> -----Anexo incorporado-----
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>>> ________________________________________________
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>>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>>> ________________________________________________
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>>> ________________________________________________
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>>> ________________________________________________
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>>> ________________________________________________
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>>> --
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>>> ________________________________________________ Lista de discuss�es
>>> ANPPOM http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l________________________________________________
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>> --
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>> ________________________________________________
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>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
>> ________________________________________________
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