[ANPPOM-L] OMB

Graziela Bortz g_bortz em hotmail.com
Qua Jan 19 10:58:50 BRST 2011


Sim, a Union é um sindicato, que nos EUA tem alcance nacional, mas até o momento em que eu ainda era obrigada a pagar a OMB (tocava em orquestra e cachês), devia, antes, me dirigir ao andar superior do edifício do centro de SP e pagar o sindicato, sem o qual não me era permitido pagar a OMB. Bem democrático. Creio que isso deva ter ocorrido, se ainda não ocorre, em outros estados e municípios. 

De qualquer forma, concordo que precisamos de sindicatos, mas os músicos devem poder escolher se querem ou não participar deles. Neste caso, a OMB é dispensável, assim penso. Se não podemos acabar com ela, é possível deixar acontecer o que parece que já está acontecendo: deixar que ela acabe por si só, enquanto cuidamos para que os sindicatos trabalhem com a realidade dos músicos?

Abs.,

Graziela

From: marciopereira111 em gmail.com
To: anppom-l em iar.unicamp.br
Date: Sun, 16 Jan 2011 22:57:48 -0200
Subject: Re: [ANPPOM-L] OMB

Graziela, é bom lembrar que Ordem é uma coisa e sindicato (union, nos EUA) é outra. Os sindicatos de músicos no Brasil são municipais e de direito privado. A Ordem, como o CREA, CRM, OAB, etc., são órgãos do governo federal (autarquias) com representações nos estados. Daí, CRM (Conselho Regional de Medicina), etc.Para refundar ou acabar a Ordem dos Músicos, teríamos que mexer com assunto do governo, organizar um movimento político, de alguma forma. Acho que não depende só da vontade dos músicos.Abs, Marcio

On Jan 16, 2011, at 10:26 PM, Graziela Bortz wrote:Caros colegas,

Todos sabemos que a OMB como tem existido é um lixo, mas acredito, sim, que devamos ter um órgão de classe que de fato nos represente. Sem ter pesquisado a respeito, diria que o melhor seria acabar com a OMB e criar outro órgão do zero por toda a história corrupta da OMB. Se essa opção for possível sem que deixe de valer a lei citada pelo colega Marcio Pereira, não há dúvida de que precisamos de outra organização de classe e que deveríamos pesquisar como funcionam os sindicatos em países de longa história democrática. Pela pouca vivência que tive com a Union dos EUA, seria interessante entrar em contato com eles. Apenas para citar um exemplo, crises entre maestros e instrumentistas de orquestras costumam ser intermediadas pela Union, salvaguardando músicos contratados. Tabelas de pagamentos, limites e regulamentações de horários, entre outros, são importantes benefícios para o músico ao estar ligado a um sindicato. Mas isso tudo é de direito, não dever. Para isso, temos que ser capazes de nos articular e investirmos nossas energias em assuntos realmente cruciais para a classe. Esses assuntos são, de fato, cruciais a nossos alunos, que vivem de bico e não têm nossos empregos de docentes universitários. Argumentar deste prisma confortável torna a discussão distante da realidade. Este é um assunto do qual a nova geração deve participar. São eles que podem fazer essa mudança. Que tal convidá-los? Acho também que uma ampla discussão com as orquestras profissionais deveria acontecer. É estarrecedor saber o que a Orquestra Sinfônica Municipal, Coro Lírico e Escola Municipal de São Paulo têm como contrato, só para citar um caso de realidade dramática do músico brasileiro. Onde esteve a OMB nesses últimos 20 anos que até agora não fez nada em relação aos contratos ilegais do município de São Paulo?

Abs. a todos,

Graziela



> From: marciopereira111 em gmail.com
> To: anppom-l em iar.unicamp.br
> Date: Sun, 16 Jan 2011 20:54:36 -0200
> Subject: [ANPPOM-L] OMB
> 
> A OMB foi criada por uma lei no governo Juscelino Kubitschek (esqueci 
> o número da lei) que regulamentou a profissão de músico e deu status 
> de curso superior aos que fazem o tal exame da Ordem.
> Os atores conseguiram isso só recentemente e antes tinham que assinar 
> carteira profissional como comerciários, caso contratados.
> Por isso, é preciso tomar cuidado para não jogar fora o bebê junto com 
> a água do banho, ou seja, acabar a Ordem poderia também, por hipótese, 
> cancelar a tal lei do Juscelino, o que não seria bom para os músicos, 
> principalmente os populares.
> Sei que quem manda na Ordem é uma turma de aproveitadores desonestos 
> que estão lá há anos.
> Não seria o caso de moralizar a Ordem em vez de simplesmente acabar 
> com ela?
> Abs,
> Marcio Pereira (UNIRIO)
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