[ANPPOM-Lista] RES: [Sonologia-l] sophie brunet, 1933–2012
jamannis
jamannis em uol.com.br
Seg Abr 9 13:49:50 BRT 2012
Caro Carlos,
A colaboração que tiveram nos levou a conhece-la um pouco mais, menos do que Vc. certamente.
Desejo que tenha mais luz, vibrações e energias do que lhe foi exaurido em seu sofrimento.
Mannis
De: sonologia-l-bounces em listas.unicamp.br [mailto:sonologia-l-bounces em listas.unicamp.br] Em nome de Carlos Palombini
Enviada em: sábado, 7 de abril de 2012 22:46
Para: anppom-l em iar.unicamp.br; Pesquisadores em Sonologia (Música); etnomusicologiabr
Assunto: [Sonologia-l] sophie brunet, 1933–2012
Sophie Brunet, 1933–2012
Sophie Brunet faleceu esta manhã no hospital onde se encontrava, há semanas, preservada tanto quanto possível da dor de uma doença terminal, é a primeira notícia que recebo esta manhã, através de Jacqueline Schaeffer. Desde o final dos anos 1950, ela havia sido a principal colaboradora de Pierre Schaeffer, e a responsável pela reorganização, revisão e redação de muitos de seus textos mais importantes, entre os quais Traité des objets musicaux (1966), Entretiens avec Pierre Schaeffer (1969), Pouvoir et communication (1972) e De la musique concrète à la musique même (1977).
Filha de uma romancista e de um açougueiro apaixonado pelo rugby, em 1962 ela publicou um romance, Le soleil de Pâques, que lhe valeu a oferta de um adiantamento para escrever um segundo livro de ficção. Sophie Brunet, cujo nome real era Mauricette Boutinaud, recusou-a contudo, no intuito de forçar Schaeffer a colocar em prática um projeto do qual ele vinha em lamentações constantes: a redação de seu Traité des objets musicaux. Ela eventualmente se desligaria desse trabalho, mas continuaria representando para ele o papel de confidente e consciência exterior, tanto mais benévola quanto era implacável a dele, e a única capaz de “fazer-lhe frente”. Schaeffer afirmou um dia que só ela poderia reivindicar para si o título de discípula, mas que, por essa mesma razão, jamais o faria.
Seu último trabalho foi a reconstituição, em 2009, do primeiro grande texto teórico de Schaeffer, o lendário Essai sur la radio et le cinema: esthétique et technique des arts-relais, esboçado e abandonado, publicado em Paris pelas edições Allia, e em Belo Horizonte pela Editora UFMG, em setembro de 2010.
Ela foi, sobretudo, uma amiga.
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carlos palombini
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