[ANPPOM-Lista] [etnomusicologiabr] Nilo Batista denuncia a censura inconstitucional: A criminalização do funk

Alexandre Negreiros alexandrenegreiros em yahoo.com.br
Dom Nov 10 20:16:45 BRST 2013


Oi Carlos,

Sem problemas, pode inclusive franquear meu email a eles se achar necessário. 

Pra te responder, tenho que te descrever uma parte da minha história. Resumindo, o sociólogo precoce largou o 3º ano de economia em 88 para entrar na TV Manchete como assist. de direção musical aos 23, ficando por 5. Quinze depois (2003), fui pro mestrado (em musicologia) para pesquisar as habilidades do músico "digital". Ali, ao mesmo tempo em que lia o Roberto M. Moura lamentar os obstáculos às pesquisas sobre música na TV, surgia um acordo entre o ECAD e a Net que julguei ter alcançado as 350 versões que havia escrito para longas e séries em animação na Cinevídeo. Só que não alcançou, desconfiei do motivo e pela posição "privilegiada" troquei de tema, indo analisar o "olhar" do ECAD sobre a música de TV. Conhecia bem vários editores major por escrever partituras pra eles desde 92, então resolvi desvendar o sistema: havia mistério, suspense e farto material quase virgem a ser investigado. Li atas e regulamentos, sistematizei e subi no bonde das mudanças que o Gil pretendia para o setor, que ali se anunciavam. Dissertação defendida em 2006, voltei às trilhas e partituras mas atuei bastante no contexto político pelo NIM (pré-GAP) até 2009, quando entrei no sindicato e no doutorado num programa de Políticas Públicas (a volta ao Inst. de Economia) na linha de Prop. Intelectual, cuja tese sofro pra terminar, já atrasadíssimo. Ela visita os critérios da regulação sobre a gestão coletiva desses direitos. "Visitei" os ECADs do mundo e em 2011 e o Sen. Randolfe me convidou pra colaborar na CPI, pra qual atuei por quase um ano, potencializando a minha pesquisa porém lambuzando um pouco o meu curso e ganhando além do 3º divórcio uma ação no STF pra me afastar de lá, o que definitivamente não ajudou. Em 2012 fui convidado pra um livro pelo Ronaldo Lemos que, um pouco por isso, ainda vou terminar. Inseri o assunto nos períodos como prof. substituto (em 2010 na E.M. da UFRJ e em 2013 na Prod. Cultural da UFF), e nas aulas que dou no Senac. As perícias que faço desde 1995 também já o tangenciavam, mas depois de 2003 avancei sobre a matéria, na qual hoje me sinto à vontade, neste que é o único trabalho diretamente ligado ao tema, ainda que eventual (foram umas 15 desde então, se tantas).

Enfim, não estranho a sua pergunta pois sei da importância de se analisar os possíveis vieses dos que atuam no tema.
Espero que esse resumo te atenda; se precisar trocamos mais!

Abcs
Alexandre

 
Em 08/11/2013, à(s) 21:29, Carlos Palombini <cpalombini em gmail.com> escreveu:

> 
> Obrigado, Alexandre!
> 
> Tomei a liberdade de repassar suas mensagens ao Gustavo e ao Thiago. Como e por que você começou a dedicar-se aos direitos de autor? Você trabalha nisso?
> 
> Abraço,
> 
> Carlos
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