[ANPPOM-Lista] FW: RES: Manifestações fora dos tópicos habituais da lista

Marcus S. Wolff m_swolff em hotmail.com
Seg Jun 6 01:19:14 BRT 2016


Sem tempo para maiores explanações, não quis entrar no debate...mas me senti tão bem representado por Camila, Heloísa e Beatriz que só me resta dar um VIVA À RESISTÊNCIA DEMOCRÁTICA e à manutenção da liberdade de pensar diferente, fora dos cânones e dos binarismos sumários, para poder continuar a criar, pesquisar, aprender/ensinar, sempre respeitando sempre o direito do outro de pensar/ser diferente, escolhendo seu próprio caminho. Parabéns às pesquisadoras que, opondo-se ao patriarcado censor, tão bem encarnam o espírito libertário que vem resistindo desde 1964 até os nossos dias! abraços afetuosos a todos (aos que concordam e também aos que discordam),Marcus Wolff. 

Pesquisador PNPDPPGM UNI-RIODoutor em Semiótica e Comunicação (PUC/SP)Mestre em História Social da Cultura (PUC/RJ)

> Date: Sun, 5 Jun 2016 11:21:15 -0300
> From: mcamara em usp.br
> To: camiladuze em gmail.com
> CC: anppom-l em iar.unicamp.br
> Subject: Re: [ANPPOM-Lista] RES: Manifestações fora dos tópicos habituais da lista
> 
> Apoiado, prezada Camila. Muito bem exposto.
> Abs,
> Maecos
> ----- Camila Zerbinatti <camiladuze em gmail.com> escreveu:
> > Olá a todas e a todos,
> > 
> > Agradeço a professora Heloísa por sua fala.Apoio sua fala, seu pedido e sua
> > sugestão para a ANPPOM. Me senti representada por seu e-mail, professora, e
> > expresso aqui meu total apoio à sua fala e à sua sugestão, que me parecem
> > sensatas, inclusivas, respeitosas e acolhedoras das diferenças e da
> > diversidade existente na própria ANPPOM, assim como em qualquer
> > universidade/ escola/ faculdade de música no Brasil. Acredito e desejo para
> > mim e para todas as pessoas uma ANPPOM, um país e um mundo em que pessoas,
> > sujeitos, indivíduos, opiniões, práticas, ideias e posicionamentos
> > diversos, divergentes e diferentes possam co-existir e conviver de forma
> > respeitosa e madura. Em que a tolerância e o respeito às diferenças sejam
> > práticas e hábitos de todas as pessoas, sejam valores cultivados e
> > compartilhados por todas as pessoas. Talvez isto tenha há ver com a raiz de
> > qualquer convivência democrática, onde quer que ela se dê.
> > 
> > E sim, ninguém aqui é obrigado(a) a ler nenhum texto ou e-mail, nem mesmo
> > sequer a abrir qualquer e-mail. Cada um(a) na lista lê o que quer, aber os
> > e-mails que quer, e cada um(a) de nós é responsável por decidir o que abre,
> > o que não abre, o que lê e o que não lê aqui. A ANPPOM, até o presente
> > momento, não é ou funciona como uma estrutura autoritária e ditatorial que
> > obriga às pessoas a lerem textos, e-mails, ou a sequer abrirem e-mails. Nem
> > é ou funciona como uma estrutura autoritária e ditatorial que censura,
> > oprime e silencia ideias, posicionamentos ou pessoas. Eu, pessoalmente, não
> > compactuo e não apoio nenhuma prática ou forma de censura, silenciamento ou
> > opressão, quer seja aqui na lista da ANPPOM, quer seja em outros lugares.
> > Expresso aqui meu repudio à toda e qualquer prática e tentativa de
> > silenciamento, opressão e censura.
> > 
> > Ressalto aqui que a música, assim como a pesquisa em música, é, antes e
> > depois de tudo, uma prática humana, feita por pessoas, pensada por pessoas,
> > localizada e contextualizada, no mínimo, social, histórica, política,
> > antropológica, estética, filosófica, ideológica, econômica, psicológica,
> > étnica, racial, psicanalítica, sexual, jurídica e biologicamente. Há,
> > inclusive, vastíssima literatura, assim como reconhecidas instituições e
> > periódicos da e Música, que tratam exatamente de todas estas relações, além
> > de muitas outras, assim como vasta literatura que trata especificamente
> > sobre música e política, sob os mais variados prismas. A música, assim como
> > a pesquisa em música, como toda prática e ação humana, não é nem está
> > isenta, neutra, e nem existe de forma isolada da sociedade e dos contextos
> > nos quais ela está inserida. Isto se dá quer a gente queira, quer não
> > queira, quer a gente tenha consciência disto, quer não tenha, quer a gente
> > goste de tudo isto, quer a gente não goste, quer a gente se dê conta de
> > tudo isto, quer a gente prefira negar tudo isto.
> > 
> > Torço para que a gente não precise chegar ao cúmulo de, como diz um amigo
> > meu, perdermos as salas onde aprendemos, ensinamos, tocamos e pesquisamos o
> > dó sustenido, bem como os salários e financiamentos que permitem que o dó
> > sustenido seja ensinado, aprendido, tocado e pesquisado, para que,
> > finalmente, possamos nos dar conta das inúmeras e inegáveis relações de
> > nossa música e de nossas pesquisas em música com o nosso entorno, com a
> > sociedade na qual estamos inseridos e da qual somos parte.
> > 
> > Vida longa ao dó sustenido! Vida longa aos ambientes físicos e virtuais
> > inclusivos, que comportam, acolhem e respeitam, com maturidade, de forma
> > democrática, as diferenças, as discordâncias, as divergências, as pessoas e
> > as ideias! Vida longa à jovem e frágil democracia brasileira, período no
> > qual aconteceu, inegavelmente, o maior e mais notável crescimento e
> > fortalecimento da área da música e da pesquisa em música no Brasil!
> > 
> > 
> > 
> > 
> > Saudações cordiais a todas e todos,
> > a quem concorda e a quem discorda,
> > Camila.
> > 
> > 
> > 
> > 
> > Em 3 de junho de 2016 10:55, Heloísa e Wagner Valente <whvalent em terra.com.br
> > > escreveu:
> > 
> > > Caros colegas,
> > >
> > >
> > >
> > > Não pensava em me manifestar, pelo fato de que o conteúdo, para ser
> > > expresso de maneira correta toma um tempo que, infelizmente, não tenho.
> > >
> > > Então, limito-me a opinar que, muito embora a lista não tenha sido
> > > concebida para veicular e debater assuntos fora da área dos estudos
> > > acadêmicos sobre música, a situação política em que vivemos permite uma
> > > exceção. Afinal somos a massa pensante e que, em grande medida, é
> > > responsável por alguns dos rumos que o país acaba por adotar. No meu modo
> > > de pensar, gostaria de tomar conhecimento do que acontece pelo país e pelo
> > > mundo e que, por razões compreensíveis, a imprensa e a mídia em geral,
> > > decidem ocultar.
> > >
> > > Não sei se o volume de mensagens causa algum problema no servidor. Caso
> > > isso não venha a causar problemas, proponho que as mensagens possam ser
> > > transmitidas. Fica a critério do pesquisador lê-las ou não.
> > >
> > > Podemos agir assim?
> > >
> > > Abraço cordial a todos,
> > >
> > > Heloísa
> > >
> > > ________________________________________________
> > > Lista de discussões ANPPOM
> > > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
> > > ________________________________________________
> > >
> 
> -- 
> Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
> Departamento de MúsicaFaculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
> Universidade de São Paulo
> http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4094693495303397 
> http://portal.ffclrp.usp.br/sites/camaradecastro 
> http://lattes.cnpq.br/8866596468646798 
> https://scholar.google.com.br/citations?hl=pt-BR&user=GBa82HMAAAAJ&view_op=list_works&sortby=pubdate
> ________________________________________________
> Lista de discussões ANPPOM
> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
> ________________________________________________
 		 	   		  
-------------- Próxima Parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: <http://www.listas.unicamp.br/pipermail/anppom-l/attachments/20160606/89f91412/attachment.html>


Mais detalhes sobre a lista de discussão Anppom-L