[ANPPOM-Lista] Editorial da revista Nature (25/10/2017)

[Angela Lÿfffffchning]

Caro Renato, grata pelo encaminhamento do artigo que só confirma a necessidade de abordarmos o tema por todos os ângulos, pois, na verdade, é muito mais do que uma análise da situação de egressos, enquanto números ou porcentagens,  mas, no fundo, uma análise e reflexão sobre a formação que estamos realizando/ considerando importante. Bem, já falamos sobre isso nas mensagens anteriores logo após à ANPPOM. Gostaria de aproveitar para convidar mais pessoas a se juntarem em torno deste tema para fazermos análises sobre egressos, especialmente aquelas pessoas que não estão atuando em IES para sabermos onde e em que estão atuando. Já iniciei o levantamento sobre o PPGMUS da UFBA com as atuais turmas de doutorado em etnomusicologia. Espero que outros programas possam e queiram fazer o mesmo. AbcsAngela Lühning 

    Em Quinta-feira, 26 de Outubro de 2017 8:20, Renato Borges <renatoptborges em gmail.com> escreveu:
 

 Bom dia,

encaminho link para o editorial de ontem da revista Nature. O editorial 
toca em questões levantadas durante a avaliação pós-congresso - mais 
especificamente, na questão da vida profissional após o doutorado - 
tópico sobre o qual a prof. Angela Lühning comentou. O editorial foca o 
Reino Unido e os EUA a partir de um levantamento com 5700+ doutorandos, 
mas os paralelos são evidentes. Traduzo alguns trechos em especial.

http://www.nature.com/news/many-junior-scientists-need-to-take-a-hard-look-at-their-job-prospects-1.22879
Many junior scientists need to take a hard look at their job prospects
- Permanent jobs in academia are scarce, and someone needs to let PhD 
students know

"É difícil encontrar estatísticas mundiais, mas apenas 3 ou 4 em cada 
100 doutorandos no Reino Unido vai conseguir um cargo permanente em uma 
universidade. Nos EUA, a perspectiva é só um pouco melhor. Resumindo, a 
maioria dos doutorandos precisa se planejar para uma vida fora da 
ciência acadêmica. E mais universidades e orientadores precisam deixar 
isso claro."
[Global figures are hard to come by...]

"Nosso levantamento, por exemplo, mostra que um terço dos respondentes 
não teve conversas com seus orientadores sobre suas carreiras. E vagas 
não acadêmicas têm menos prioridade quando as opções futuras são 
discutidas. Quase um terço dos estudantes "discordaram" ou "discordaram 
fortemente" com a afirmativa de que seus orientadores davam conselhos 
úteis para carreiras não acadêmicas. Isso é, grosso modo, o mesmo que 
foi revelado no levantamento anterior da Nature, em 2015. Se você 
orienta um doutorando ou conhece alguem que o faça, por favor ajude a 
diminuir esse número até o nosso próximo levantamento, em 2019. 
Orientadores são pessoas ocupadas mas eles são normalmente o "rosto" da 
universidade e do sistema acadêmica para estudantes, e, por isso, o 
lugar mais óbvio para procurar orientação [guidance]." [Our survey, for 
example, shows that...]

"Outro grande tópico a mencionar do levantamento de 2017 é sobre saúde 
mental. Mais de um quarto dos estudantes que responderam listaram saúde 
mental como uma área de preocupação e 45% destes disseram que procuraram 
ajuda para ansiedade ou depressão causada pelos seus doutorados." 
[Another major point worth making...]

O levantamento em si foi publicado ontem também: 
https://www.nature.com/naturejobs/science/articles/10.1038/nj7677-549a
Nos quesitos sobre satisfação com a experiência acadêmica, o tópico 
"orientação de carreira" aparece em último lugar.

São leituras instigantes.

Abraço,
Renato Borges

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Lista de Discussão dos Associados da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música
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Conforme deliberado na Assembleia Geral realizada em 24 de agosto de 2016, das 17 às 19 horas, no Auditório da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, B. Horizonte – Não são veiculadas nesta lista mensagens contendo ANEXOS.

   
 
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