[ANPPOM-Lista] Chamada de artigos para Dossiê Temático da Revista Música 2019 - 1º semestre de 2019

Eliana Maria de Almeida Monteiro da Silva ms.eliana em usp.br
Seg Jan 21 10:03:38 -02 2019


Chamada de artigos para Dossiê Temático da Revista Música 2019 (USP, Brasil)



Prezadas(os) colegas,

Como estão?


Peço a gentileza de divulgarem amplamente a chamada de artigos para o
Dossiê Temático que estou organizando para a *Revista Música *a convite do
professor e editor-chefe Paulo de Tarso, a ser publicado neste ano de 2019.
Seguem as datas e informações para envio.

Desde já agradeço a colaboração! Grande abraço!



revistamúsica, v. 19, n. 1 (julho de 2019)
data-limite para envio de artigos: *19/05/2019*.
idiomas: português, espanhol ou inglês
https://www.revistas.usp.br/revistamusica/about/submissions


“Eliana Monteiro da Silva
 Editora convidada



Dossiê Temático:

*No bicentenário de Clara Schumann (1819-2019), *

*uma reflexão sobre a atuação e a visibilidade das mulheres no âmbito da
música erudita latino-americana*



            Clara Josephine Wieck, tornada Schumann pelo casamento com o
compositor romântico Robert Schumann, foi das poucas crianças-prodígio
que asseguraram fama e reconhecimento como virtuosas do piano por toda a
vida. Como compositora, porém, sua atuação não alcançou as mesmas
proporções, apesar de suas peças terem agradado não somente ao público,
mas, também, a grandes mestres de seu tempo – como Félix Mendelssohn,
Frédéric Chopin, Franz Liszt e Johannes Brahms, além de seu próprio marido
[1] <#_ftn1>. A insegurança relatada em seus diários, aliada à necessidade
de se sustentar e aos filhos após a viuvez - o que fazia com os rendimentos
dos concertos e não com a venda de suas partituras - explicam, em parte, o
pequeno número de composições de seu catálogo[2] <#_ftn2>. Mas estas não
são as principais causas do desencorajamento que inibe, ainda no século
XXI, as mulheres de adentrar o ramo da composição na chamada música
clássica ou erudita: a ausência de registro sobre a contribuição da maioria
delas ao repertório ocidental, seja em publicações, em gravações ou em
apresentações ao vivo, faz com que a composição feita por mulheres fique
restrita aos eventos temáticos, que raramente ultrapassam o mês de março,
dedicado ao Dia Internacional da Mulher. Sendo assim, a escassez de modelos
incide sobre as sucessivas gerações, transformando a profissionalização da
compositora num ato quase heroico e de pura militância. Entretanto, elas
persistem.

            A composição não é a única vertente em que as mulheres não se
veem representadas e estimuladas a se profissionalizar no campo musical. Da
docência universitária à regência, principalmente instrumental, é visível o
restrito número de musicistas do gênero feminino, embora tenha aumentado
nas últimas décadas. Na América Latina, o preconceito contra mulheres em
esferas de poder tende a ser maior, devido, por um lado, à presença de
religiões de cunho patriarcal, que defendem a imagem da mulher como “modelo
primordial da humanidade”[3] <#_ftn3>, cuja pureza não deve ser contaminada
por ambições fora da esfera doméstica e privada, e, por outro, pelo
colonialismo - que, em si, pressupõe hierarquias e protecionismos não só de
gênero como também de raça e classe. Vale dizer que, já em 1987, a França
lançava programas de inserção de mulheres na formação profissional e no
emprego (ORTIZ, *apud *MANASSEIN, 1995, p. 149)[4] <#_ftn4>, fato
praticamente ignorado pelos países do nosso continente.

            Inspirada pelo bicentenário de Clara Schumann, por pesquisas
como a realizada por Ashley Fure em 2016 para comemorar os 70 anos dos Cursos
de Férias de Darmstadt, na Alemanha - em que foi quantificada a presença de
mulheres em diversas áreas do evento nas edições anuais[5] <#_ftn5> -, por
encontros temáticos como “Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13º
Women’s Worlds Congress” (2017), “III Coloquio Ibermúsicas sobre
investigación musical: Música y mujer en Iberoamerica” (2017), “Simpósio A
produção musical e sonora de mulheres: reflexões sobre processos e práticas
a partir de uma perspectiva decolonial” (ANPPOM, 2018), entre outros, bem
como pela atuação de grupos militantes pela maior visibilidade da mulher na
música, tais como rede “Sonora - músicas e feminismos”, “Asociación mujeres
en la música”, “Feminoise Latinoamérica”, para citar alguns, a *Revista
Música* convida pesquisadoras e pesquisadores a submeter artigos para um
dossiê sobre conquistas e dificuldades da mulher na música de concerto da
América Latina, estendendo-se às demais formas de apresentação como arte
sonora, música eletroacústica, instalações e outras vertentes. Serão bem
vindas reflexões sobre aspectos específicos do protagonismo da mulher nos
diversos níveis do ensino de música, entre os quais sugerimos:

*1) a presença de obras compostas por mulheres em programas e repertórios
de conjuntos estáveis como coros e orquestras; *

*2) estudos qualitativos e quantitativos sobre a produção musical de
mulheres em contextos determinados; *

*3) análises musicais de suas composições; *

*4) estilos mais atraentes ao gênero feminino; *

*5) atuação das mulheres no registro musicológico de suas pares; *

*6) mulheres musicistas no contexto racial e social; *

*7) outros desdobramentos do tema principal. *

            O recorte no panorama da América Latina contribui também para o
maior conhecimento da realidade musical e cultural de nossos vizinhos e
companheiros de história.

            Com esta iniciativa, a *Revista Música* se abre ainda mais à
diversidade e pluralidade que compõe a cultura ocidental, em especial a
latino-americana. Uma musicologia que ignora a produção de mulheres em
tantos países pode apenas apresentar uma versão parcial de sua história e
de seu patrimônio cultural, o que, a duzentos anos do nascimento de Clara
Schumann, é no mínimo inaceitável.



BIBLIOGRAFIA

MONTEIRO DA SILVA, Eliana Maria de Almeida. *Clara Schumann: compositora x
mulher de compositor.* Dissertação (Mestrado), 2008. São Paulo:
Universidade de São Paulo, 2008. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-05072009-234006/pt-br.php.
Acesso em 13/9/2018.

MONTEIRO DA SILVA, Eliana. Música erudita e cognição social: assim se cria
um patrimônio universal. In: Rio de Janeiro: *Anais do VI SIMCAM*, 2010.
pp. 567 a 579.

______. *Clara Schumann: compositora x mulher de compositor. *São Paulo:
Ficções Editora, 2011.

______. Menina não entra? Reflexões sobre a hegemonia masculina na música
erudita ocidental. *In: Anais Eletrônicos do 13º Mundos de Mulheres &
Fazendo Gênero 11. *2017. Disponível em:
http://www.fazendogenero.ufsc.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=605. Acesso em
13/9/2018.

ORTIZ, Laure. Antilogie de l’égalité des chances. *In: *MANASSEIN, Michel
(Dir.). *De **l’égalité des sexes. *Paris: Centre National de Documentation
Pédagogique, 1995. pp. 147 a 166.



Llamada de artículos para Dossier Temático de género de la Revista Música
(USP, Brasil)



Estimadas colegas,

¿Como están?
Vengo a divulgar llamada de artículos para el Dossier temático que estoy
organizando en la *Revista Música,* del Departamento de Música de la USP, a
ser publicado en* 2019*. Los datos y fechas limite siguen abajo:



revistamúsica, v. 19, n. 1 (julio de 2019)
fecha-limite para envío de artículos: *19/05/2019*.
idiomas: portugués, español o inglés
https://www.revistas.usp.br/revistamusica/about/submissions


“Eliana Monteiro da Silva
 Editora invitada



Dossier temático:

*Bicentenario de Clara Schumann (1819-2019), *

*Actuación y Visibilidad de la Mujer  *

*en el   ámbito de la Música Latinoamericana.*



            Clara Josephine Wieck, que pasa a llamarse Schumann- pues toma
el apellido del marido, el compositor romántico Robert Schumann-, fue una
de las pocas niñas prodigio que lograron fama y reconocimiento como
virtuosas del piano y fue reconocida talentosa a lo largo de toda su vida;
sin embargo como compositora, su desempeño no alcanzó las mismas
proporciones, a pesar de que sus piezas agradaron no solamente al público,
sino también, a grandes maestros de su tiempo – como Félix Mendelssohn,
Frédéric Chopin, Franz Liszt, Johannes Brahms, y Robert Schumann, su
proprio marido[6] <#_ftn6>. La poca confianza que se desprende en sus
diarios de vida, aliada a la necesidad de sustentar a sus hijos después que
enviudó - lo que hacía con los ingresos de sus conciertos y no con la venta
de sus partituras - explica, en parte, el pequeño número de composiciones
de su catálogo[7] <#_ftn7>. Pero éstas  no son  las principales causas del
desaliento que impide, aún en el siglo XXI, a las mujeres adentrarse en el
 ramo de la composición  en la  llamada música clásica o erudita: la
ausencia de registro sobre la contribución  de la mayoría de ellas en el
 repertorio occidental, ya sea en publicaciones, en grabaciones o en
presentaciones en vivo, hace que la composición  realizada por mujeres
quede restringida a eventos temáticos, que escasamente traspasan el  mes de
marzo, dedicado al Día Internacional de la Mujer. De esta forma la escasez
de modelos incide sobre las sucesivas generaciones, transformando la
profesionalización de la compositora en un acto casi heroico y de pura
militancia. Y no obstante las mujeres persisten...

            La composición no es la única vertiente en la que las mujeres
no se ven representadas y estimuladas a profesionalizarse en el campo
musical. De la docencia universitaria a la dirección, principalmente
instrumental, es ostensible el restringido número de músicos del género
femenino, aunque éste se haya incrementado en las últimas décadas.  En
América Latina, el  prejuicio contra las mujeres en esferas de poder tiende
 a ser mayor, debido, por un lado, a la presencia de religiones  de
naturaleza patriarcal, que defienden la imagen de la mujer como “modelo
primordial de la humanidad”[8] <#_ftn8>, cuya pureza no debe ser
contaminada por ambiciones fuera de la esfera doméstica y privada, y, por
otro lado, por el  colonialismo - que, en sí, presupone jerarquías y
proteccionismos no solo de género como también de raza y clase. Vale decir
que, ya en 1987, Francia lanzaba programas de inclusión de mujeres en la
formación profesional y en el empleo (ORTIZ, *apud *MANASSEIN, 1995, p. 149)
[9] <#_ftn9>, hecho prácticamente ignorado por los países de nuestro
continente.

            Inspirada por el  Bicentenario de Clara Schumann, por
investigaciones como la realizada por Ashley Fure en 2016 para conmemorar
los 70 años de los “Cursos de Ferias de Darmstadt, en  Alemania”– en que
fue cuantificada la presencia de mujeres en diversas áreas del evento en
las  ediciones anuales[10] <#_ftn10> -, por encuentros temáticos como
“Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13º Women’s Worlds Congress”
(2017), “III Coloquio Ibermúsicas sobre investigación musical: Música y
mujer en Iberoamécrica” (2017), “Simposio : la producción musical y sonora
de mujeres: reflexiones sobre procesos y prácticas a partir de una
perspectiva descolonial” (ANPPOM, 2018), entre otros, así como por la
 actuación de grupos militantes por la visibilidad de la mujer en la
música, tales como red “Sonora - músicas e feminismos”, “Asociación mujeres
en la música”, “Feminoise Latinoamérica”, por citar algunos. *Revista
Música* convida a investigadoras e investigadores a enviar artículos para
un dossier sobre conquistas y dificultades de la mujer en la música de
Concierto de América Latina, extendiéndose a las demás formas de
presentación como arte sonora, música electroacústica, instalaciones y
otras vertientes. Serán bienvenidas reflexiones sobre aspectos específicos
del protagonismo de la mujer en diversos niveles de la Enseñanza de la
Música, entre los cuales sugerimos:

* 1) La presencia de obras compuestas por mujeres en programas y
repertorios de conjuntos estables como coros y orquestas;*

* 2) Estudios cualitativos y cuantitativos sobre la producción musical de
mujeres en contextos determinados;*

* 3) Análisis musicales de sus composiciones; *

*4) Estilos más atrayentes al género femenino; *

*5) El rol de las mujeres en el registro musicológico de sus pares; *

*6) Mujeres músicos en el contexto racial y social; *

*7) Otras vertientes del tema principal. *

            Con esta iniciativa, *Revista Música* se abre más aún a la
diversidad y pluralidad que compone la Cultura Occidental, en especial la
latinoamericana. El enfoque en el panorama de América Latina contribuyó
también para el mayor conocimiento de la realidad musical y cultural de
nuestros vecinos y compañeros de historia.

            Una musicología que ignora la producción de mujeres en tantos
países puede apenas presentar una versión parcial de su historia y de su
patrimonio cultural, lo que, a doscientos años del nacimiento de Clara
Schumann, es inaceptable.



BIBLIOGRAFIA

MONTEIRO DA SILVA, Eliana Maria de Almeida. *Clara Schumann: compositora x
mulher de compositor.* Tesis (Maestría), 2008. São Paulo: Universidade de
São Paulo, 2008. Recuperado de:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-05072009-234006/pt-br.php.
Acceso en 13/9/2018.

MONTEIRO DA SILVA, Eliana. Música erudita e cognição social: assim se cria
um patrimônio universal. In: Rio de Janeiro: *Anais do VI SIMCAM*, 2010.
pp. 567 a 579.

______. *Clara Schumann: compositora x mulher de compositor. *São Paulo:
Ficções Editora, 2011.

______. Menina não entra? Reflexões sobre a hegemonia masculina na música
erudita ocidental. *In: Anais Eletrônicos do 13º Mundos de Mulheres &
Fazendo Gênero 11. *2017. Recuperado de:
http://www.fazendogenero.ufsc.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=605. Acceso en
13/9/2018.

ORTIZ, Laure. Antologie de l’égalité des chances. *In: *MANASSEIN, Michel
(Dir.). *De l’égalité des sexes. *Paris: Centre National de Documentation
Pédagogique, 1995. pp. 147 a 166.















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[1] <#_ftnref1> MONTEIRO DA SILVA, 2008, p. 9. Disponível em:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-05072009-234006/pt-br.php.
Acesso em 13/9/2018.

[2] <#_ftnref2> Clara é autora de 24 opus e algumas peças sem numeração.
Para mais detalhes, vide MONTEIRO DA SILVA, 2011, pp. 62 a 65.

[3] <#_ftnref3> ROUSSEAU, *apud *MONTEIRO DA SILVA, 2010, p. 569.

[4] <#_ftnref4> “Sous l’impulsion du secrétariat d’État aux Droits des
femmes, de nombreux programmes ont été engagés, eux aussi à la charnière de
la formation et de l’emploi : programme expérimental d’insertion (7.000
femmes concernées en 1987), programmes locaux d’insertion pour les femmes
adultes de petit niveau de qualification, actions de formation pour les
mères isolées, bilan-formation pour les mères de familie, opérations
pilotes d’insertion des femmes dans les grands chantiers, comme en Savoie,
à l’occasion des Jeux Olympiques d’Albertville ».

[5] <#_ftnref5> “Em 2016, o Curso de Férias de Darmstadt, na Alemanha, fez
um movimento para avaliar os 70 anos de atividade do evento anual que
participou da mudança de paradigmas da música erudita no período pós
Segunda Guerra Mundial. Com apoio do Goethe Institute, arquivos dos cursos
foram examinados em busca daquilo que *não constava* das edições dos mesmos
– e não do que efetivamente constava. De olho nas estatísticas, Ashley Fure
montou uma tabela comparativa entre homens e mulheres segundo os itens
composições apresentadas, autores participantes, professores convidados e
prêmios oferecidos. E constatou o que já imaginava: entre os anos 1946 e
2014 apenas 7% das composições apresentadas eram da autoria de mulheres –
334 contra 4.750. Mesmo entre os compositores mais tocados e suas colegas
mais frequentes havia uma discrepância enorme. Enquanto John Cage teve 88
obras apresentadas, Younghi Pagh-Paan teve 18” (MONTEIRO DA SILVA, 2017).



[6] <#_ftnref6> MONTEIRO DA SILVA, 2008, p. 9. Recuperado de:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-05072009-234006/pt-br.php.
Acceso em 13/9/2018.

[7] <#_ftnref7> Clara é autora de 24 opus y algunas piezas sin
catalogación. Para más detalles, vea-se MONTEIRO DA SILVA, 2011, pp. 62 a
65.

[8] <#_ftnref8> ROUSSEAU, *apud *MONTEIRO DA SILVA, 2010, p. 569.

[9] <#_ftnref9> “Sous l’impulsion du secrétariat d’État aux Droits des
femmes, de nombreux programmes ont été engagés, eux aussi à la charnière de
la formation et de l’emploi : programme expérimental d’insertion (7.000
femmes concernées en 1987), programmes locaux d’insertion pour les femmes
adultes de petit niveau de qualification, actions de formation pour les
mères isolées, bilan-formation pour les mères de famille, opérations
pilotes d’insertion des femmes dans les grands chantiers, comme en Savoie,
à l’occasion des Jeux Olympiques d’Albertville ».

[10] <#_ftnref10> “En 2016, el Curso de Ferias de Darmstadt, en Alemania,
hizo un estudio para evaluar los 70 años de actividad del evento anual que
hizo parte del cambio de paradigmas de la música culta en el período
posterior a la Segunda Guerra Mundial. Con el apoyo del Goethe Institute,
los archivos de los cursos fueron examinados en busca de aquello que *no
aparecía *en las ediciones de ellos mismos – y no de lo que efectivamente
constaba. Mirando las estadísticas, Ashley Fure creó una tabla comparativa
entre hombres y mujeres siguiendo los ítems: composiciones presentadas,
autores participantes, profesores convidados y premios recibidos. Y
constató lo que ya suponía: entre los años 1946 y 2014 apenas 7% de las
composiciones presentadas eran de autoría de mujeres – 334 contra 4.750.
Incluso entre los compositores más interpretados y sus colegas más
frecuentes había una diferencia enorme. Es así como John Cage tenía 88
obras presentadas, Younghi Pagh-Paan tenía solo 18” (MONTEIRO DA SILVA,
2017).


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