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Caros colegas:
<p>Com relação ao tema em discussão, gostaria de,
aqui, lançar algumas reflexões para tentar contribuir com
a discussão.
<br>Seguem frases soltas.
<br>Nelas estão embutidos conceitos e conteúdos óbvios,
mas que, parece, às vezes são esquecidos.
<p>1- Não são apenas compositores que fazem pesquisa sobre
composição.
<br>2- Não são apenas intérpretes que fazem pesquisas
sobre interpretação ou práticas interpretativas.
<br>3- Os orgãos de fomento à pesquisa científica
não podem dar apoio à criação e à composição
de obras.
<br>4- Os orgãos de fomento à pesquisa científica
não podem dar apoio a concertos e a práticas interpretativas.
<br>5- Um compositor pode fazer pesquisa sobre a técnica de vibrato
no violino.
<br>6- Um violinista pode fazer pesquisa sobre forma, estrutura e linguagem
em uma obra de Ligeti.
<br>7- Uma ópera pode ser objeto de pesquisa e estudo de um lingüista.
<br>8- Uma ópera pode ser objeto de pesquisa e estudo de um sociólogo.
<br>9- Os orgãos de fomento à pesquisa científica
não podem dar apoio à composição de uma ópera.
<br>10- Um poema sinfônico pode ser objeto de pesquisa e estudo de
um psicólogo.
<br>11- O que caracteriza a classificação da área
de um projeto de pesquisa não é o nome do pesquisador ou
a sua especialidade, mas sim a temática a que ele se propõe
estudar.
<br>12- Se um compositor de música eletroacústica se propõe
a pesquisar a música de Josquin des Près, a área não
será a música eletroacústica, mas sim a musicologia.
<br>13- Se um contrabaixista especialista em práticas interpretivas
se propõe a pesquisar a utilização de repetições
cíclicas, fitas fechadas, loops e boucles na música eletroacústica,
a área não será "música eletroacústica",
nem "práticas interpretativas", nem contrabaixo, mas sim musicologia
ou estética.
<p>Abraço,
<br>Jorge Antunes
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