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Oi, Helena:
<p>Como ja disse, entre "interpretação" e "performance" prefiro
a primeira palavra.
<br>Mas existe uma questão que ainda não vi se abordada.
Refiro-me ao estudo da livre improvisação em que não
existe interpretação.
<br>Entendo a "interpretação" como "intermediação":
prática que é um dos vértices do triângulo da
comunicação.
<br>O intérprete é um intermediário entre o compositor
e o público.
<br>Quando não existe compositor e sim apenas improvisador, este
é aquele e, assim, não existe interpretação.
<br>Na música eletroacústica o fenômeno é velho
conhecido: não existe triângulo da comunicação,
porque o que existe é reta da comunicação.
<br>O "intérprete" é o magnetofone ou o disco rígido
e portanto não existe "intérprete", mas sim "ledor" ou "conversor".
Na música eletroacústica existe, hoje, novas abordagens que
adotam "intérprete": manipulando potenciômetros, ele faz a
difusão e espacialização da obra.
<br>Pensando em Aristóteles, que introduziu o conceito de "léxis",
cheguei a pensar em defender outra expressão no lugar de "interpretação"
ou "performance": seria a expressão "elocução musical"
que então, creio, abrangeria tudo.
<br>Mas daria panos pra manga.
<br>Abraço,
<br>Jorge Antunes
<br>
<br>
<br>
<br>
<p>Helena Jank wrote:
<blockquote TYPE=CITE>Colegas:
<p>Que bom que estamos discutindo!
<br>Sinto mais conforto com as opiniões divergentes do que com o
silêncio
<br>que reinava antes!
<p>Há uma possibilidade para a ... ... ...interpretação
<p>Seria denominar a sub-área: "teoria e prática da interpretação
musical"
<br>ou "processos interpretativos"
<br>e manter "performance" (já que é parte do processo) na
lista das
<br>especialidades.
<p>Abraços
<br>Helena
<p>________________________________________________
<br>Lista de discussões ANPPOM
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