<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
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<META content="MSHTML 6.00.2900.3020" name=GENERATOR></HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caríssima Profa. Sandra Loureiro de Freitas
Reis,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>e não é por menos, a leitura cuidadosa
da<EM> Dialética do Esclarecimento</EM> (Adorno e Horkheimer) e os estudos
sobre ela devem ser recomendados a todo estudante de música - as
teses estão atualíssimas, não obstante terem sido escritas há 60
anos!</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>atenciosamente,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Rubens Ricciardi</FONT></DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=sandramontreal@hotmail.com
href="mailto:sandramontreal@hotmail.com">Sandra Reis</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=m_swolff@hotmail.com
href="mailto:m_swolff@hotmail.com">m_swolff@hotmail.com</A> ; <A
title=anppom-l@iar.unicamp.br
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Wednesday, December 27, 2006 11:59
PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> RE: FW: Re: [ANPPOM-L]
esclarecendo alguns conceitos</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>
<P>Prezado Marcus, para esclarecer rapidamente alguns pontos,
também gostaria de acrescentar:</P>
<P>1. Quando falamos em <STRONG>universais</STRONG>, não estamos nos referindo
ao "pensamento iluminista" do século XVIII, mas à<STRONG>
Lógica</STRONG>, como um ramo da filosofia que está na base de todas as
ciências, inclusive, é evidente, da Lingüistica e da Matemática.
Dentro do conceito <STRONG>homem</STRONG>, por exemplo, reside a
<STRONG>dialética do uno e do múltiplo, </STRONG>isto é, ao conceito universal
de homem (que suprassume a idéia de essência humana) corresponde
uma infinidade de homens diferentes, singulares na sua contextualidade.</P>
<P>2. A metafísica positivista está contida no <STRONG>Positivismo Lógico
</STRONG>que tem o seu lugar na História da Filosofia, em contraponto ou
imbricado com outras correntes .</P>
<P>3. A discussão sobre a função social de cada tipo de música
está longe de ser superada. Diria mesmo que estamos no inicio dela pois
as coisas ainda estão sendo tratadas com bastante superficialidade e de modo
bastante restrito.</P>
<P> A idéia da música " como fato social, ou seja, como fato
antropológico total" , conforme a definiu Jean Molino, harmonizando-se com as
ênfases que tanto Merriam quanto Blaking deram a este pensamento,
exige também um estudo aprofundado do que chamamos <STRONG>a ética da
estética</STRONG>, ou se preferirem, a <STRONG>ética do fato musical</STRONG>,
o que poderia explicar melhor o que sejam <STRONG>boas e más obras de arte, ou
boas ou más formas de música,</STRONG> o que transcende o ponto de vista
meramente estético, chegando às <STRONG>questões educacionais
</STRONG>e mesmo àquelas ligadas às <STRONG>noções de
saúde( física, emocional, social), </STRONG>o que, até certo
ponto, vai também variar de contexto para contexto, de cultura para
cultura (visto que essa classificação depende do nível estésico,
das condições e do contexto psicológico e sócio-político da
recepção). Mas até mesmo dentro da medida simples do que
chamamos "senso comum", não é difícil discernir o que é adequado ou não num
dado contexto. Este princípio se aplica à realidade singular de qualquer
cultura, seja ocidental ou oriental. </P>
<P>Na Pós-Modernidade, assistimos à superposição de todas as
tendências de modo livre, permitindo, em tese, que cada um siga
o seu próprio caminho, conforme suas convicções e tendências.</P>
<P> Diante disto, acredito que estamos tendo uma visão do que chamamos,
em nossa dissertação sobre Adorno, de <STRONG>metodologia paratática
</STRONG>(<EM>constelação</EM> de possibilidades justapostas, diferentes e
independentes, de opções), o que, de certa forma, apresenta a
tendência de fugir à síntese e abre-se num leque infinito de caminhos
possíveis. A meu ver, isto é saudável, desde que se mantenha o senso crítico e
a sinceridade para se discutir claramente as divergências e
lacunas como estamos fazendo no presente momento, para manter o
equilíbrio de qualquer <EM>campo de forças</EM>. </P>
<P>Um abraço,</P>
<P>Sandra Loureiro de Freitas Reis</P>
<P> </P>
<P> </P>
<P> </P>
<P> <BR></P>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #a0c6e5 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px"><FONT
style="FONT-SIZE: 11px; FONT-FAMILY: tahoma,sans-serif">
<HR color=#a0c6e5 SIZE=1>
From: <I>"Marcus S. WOLFF" <m_swolff@hotmail.com></I><BR>To:
<I>anppom-l@iar.unicamp.br, palombini@terra.com.br</I><BR>CC:
<I>rrr@usp.br</I><BR>Subject: <I>FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo alguns
conceitos</I><BR>Date: <I>Wed, 27 Dec 2006 23:44:19 +0000</I><BR><BR>
<DIV>
<P><BR><SPAN style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Prezados
colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi,</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3><SPAN> </SPAN><SPAN> </SPAN>Em primeiro lugar gostaria de
lembrar aqui uma lição do meu velho mestre Koellreutter: a necessidade de
esclarecermos os conceitos utilizados, especialmente quando partimos de
pressupostos distintos...Sendo assim devo esclarecer que minhas colocações
não partem de uma matriz de pensamento<SPAN> </SPAN>iluminista, com
sua crença em universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para
mim (assim como para diversos historiadores, cientistas sociais e
musicólogos) o homem só existe no singular, contextualizado. Não há uma
única razão, nem uma única Civilização. Por isso, não sei de que ser
humano o prof. Ricciardi está falando quando afirma que</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN>
</SPAN> </FONT></SPAN><SPAN
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial"> "todo ser
humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia
grega"...</SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Aliás, estou certo
que meus colegas indianos e também os africanos se surpreenderiam com essa
afirmação eurocêntrica!!! </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Também o termo
“metafísica positivista”, (que aliás custo a entender já que a metafísica
não pode ser jamais positivista) utilizado pelo prof. Ricciardi não se
aplica às teodicéias orientais, já que não situam o divino como separado do
mundo ou além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, “presume-se
que o divino é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde a
eternidade” ( ver em Colin Campbell. “A Orientalização do Ocidente” 1997:7).
</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN>
</SPAN>Mas é bom ver que concordamos quanto ao fato de que
“</FONT></SPAN><SPAN
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial">qualquer atividade
humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e,
acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar
transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...”, </SPAN><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>como colocou o prof.
Ricciardi. Sendo assim, não vejo<SPAN> </SPAN>necessidade em
discriminar-se o eudito do popular ou da música de entretenimento, de modo a
rotular algumas como boas e outras como más ou descartáveis (para quem?! Não
teriam uma função social?) <SPAN> </SPAN>como já foi feito nessa lista!
Esse discussão já foi superada tanto na área da musicologia histórica quanto
na etnomusicologia, como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua
resposta a prof. Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que
compreendemos que “a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro
separado, pois envolve o comportamento dos indivíduos e grupos de indivíduos
(...)” (Alan Merriam. The Anthropology of Music. 1964:27). E devemos a
Blacking a compreensão da importância do estudo da música na cultura (ou
como cultura, como ele mesmo formulou posteriormente). Portanto separar
valores estéticos das funções sociais da música e dos músicos significa, no
mínimo, ignorar completamente toda a contribuição desses pesquisadores,
respeitadíssimos nas mais prestigiadas universidades européias e
norte-americanas.</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN>
</SPAN>Outro ponto que devo esclarecer é que não fui eu quem demonstrou a
relação entre a música popular e os meios de comunicação de massa, pois esse
assunto foi tratado por vários pesquisadores importantes, dentre os quais
citei Peter Manuel, sem os preconceitos das gerações precedentes dos anos 40
e 50. Peter Manuel, inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das
fitas cassete, nos anos 60 e 70, possibilitou uma diversificação dos meios
de produção musical e das formas musicais, citando o exemplo das
estilizações populares de canções folclóricas regionais. Graças à nova
tecnologia, que rompeu com o monopólio das grandes gravadoras, foi possível
produzir uma música local, sob controle local, para um público mais diverso
e fragmentado. Aqui está uma “dinâmica surpreendente” !!! O
multiculturalismo parece ser, então, uma tendência que se contrapõe à
igualmente forte tendência à homogeneização promovida pela indústria
cultural, tal como apontou o prof. Ricciardi.</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3><SPAN> </SPAN>Mas
vejo que não fui compreendido quando afirmei que </FONT></SPAN><SPAN
style="FONT-SIZE: 13.5pt; COLOR: black"><FONT face="Times New Roman">estamos
num mundo pós-moderno e pós-colonial! </FONT></SPAN><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Pois o mundo
pós-moderno, tal como analisaram vários cientistas sociais, implica um tipo
de mudança estrutural que afeta a produção cultural e “fragmenta paisagens
culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade”
(Stuart Hall. A Identidade cultural na Pós-Modernidade 2003:9). Portanto,
Hall afirmou que a situação pós-moderna afeta as identidades pessoais e a
produção cultural provocando a fragmentação das identidades e a criação de
processos de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados
nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa para a
criação musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se torna difícil
sustentar determinadas posições elitistas e/ou nacionalistas num mundo que
se tornou uma aldeia global, num mundo em que nem a noção de sujeito
sociológico (do indivíduo formado na interação com seus pares) consegue se
sustentar. </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Quanto ao
pós-colonial, não se trata apenas de uma situação político-econômica. O tema
da pós-colonialidade vem ocupando um enorme espaço na área da teoria
literária e dos estudos culturais desde os anos 80....mas parece que alguns
músicos ainda não o conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito
extensa e cansativa gostaria de sugerir a leitura de “Western Music and its
Others” da autoria de Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University of
Califórnia Press, 2000), onde o tema é conectado à musicologia crítica de
modo a demonstrar como se estabelece uma relação dialética entre os atos de
comunicação musical e as relações políticas, econômicas e culturais. Quer
queiramos, quer não, estamos vivendo num tempo em que o projeto colonial que
estabeleceu tantas relações assimétricas de poder e de produção<SPAN>
</SPAN>cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma ação
civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual razão?! De qual
interesse de Estado?!) .</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3><SPAN> </SPAN><SPAN> saudações</SPAN>
reflexivas a todos!</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3><SPAN> </SPAN>Marcus Wolff. </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><FONT
size=3><SPAN style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma">(Laboratório de
Etnomusicologia, UFRJ)</SPAN><SPAN
style="FONT-SIZE: 13.5pt; COLOR: black"></SPAN></FONT></P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial"><SPAN></SPAN></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Times New Roman"
size=3></FONT> </P>
<P> </P>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #a0c6e5 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px"><FONT
style="FONT-SIZE: 11px; FONT-FAMILY: tahoma,sans-serif">
<HR color=#a0c6e5 SIZE=1>
From: <I>"Rubens Ricciardi" <rrrr@usp.br></I><BR>To:
<I><anppom-l@iar.unicamp.br>,<palombini@terra.com.br>,"Marcus
S. WOLFF" <m_swolff@hotmail.com></I><BR>CC
<STYLE></STYLE>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caros colegas da ANPPOM,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com
meu e-mail e retribuo aqui a gentileza...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>no lugar de aceitarmos passivamente a velha
metafísica positivista do "non-western world" (expressão que talvez
até contenha algum preconceito em relação ao "outro
inferior"), talvez seja melhor pensarmos que "todo ser
humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia
grega"...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>não entendi bem o que o professor
Wolff pretendia em relação ao xadrez, pois se trata de um jogo
inteligente, onde as peças podem ser movidas com uma dinâmica
surpreendente...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>jamais me referi ao conceito de universo
musical (erudito, popular, entretenimento etc.) como estanco categorial,
muito pelo contrário, qualquer atividade humana
sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima
de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar
transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>mas temos aí sim ofícios diversos
(e essencialmente diversos!) na profissão do músico, vamos dar
exemplos: Gilberto Mendes é um compositor erudito, Chico Buarque
é um cancionista popular (talvez o último sobrevivente do gênero em
nosso país) e o MC Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só
se viabiliza como fonograma descartável da indústria
cultural...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2>pra música erudita esta
discussão pouco importa, pois o processo criativo deste universo é
centrado na grafia musical e não no fonograma, e, graças hoje à
universidade pública, sua sobrevivência como ofício independe do agressivo
marketing da indústria cultural - mas as manifestações de música
popular no Brasil, por certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando
confundidas com atividades de grupos brasileiros que fazem </FONT><SPAN
style="FONT-SIZE: 28pt"><FONT face=Arial size=2>rock, funk, pop-music,
techno-music, hip-hop, rap, djs em festas rave, disco-music etc,
pois todos estes gêneros, por mais diversos que sejam, estão
inseridos num mesmo universo que pouco tem a ver com a música popular
- lembrando que universo musical é um conceito maior que gênero,
forma, estilo ou escola</FONT></SPAN><FONT face=Arial
size=2>),</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>o prof. Wolff afirma que <FONT
face="Times New Roman" size=4>muitas músicas identificadas com tradições
musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de
comunicação de massa...</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2>é claro que sim,
principalmente se nos referimos às comunidades dos países
proprietários dos satélites e da indústria cultural multinacional (como os
EUA)... até as comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a
mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como
manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais justamente a
gestualidade musical própria, e sem esta imprescindível essência de
singularidade musical (pois os exemplares são semelhantes em todo o
mundo) nos interessa talvez menos como estudo de criação
artística, e quem sabe mais como assunto de sociologia (as
letras até podem expressar algum anseio comunitário local, mas a
estética como um todo sempre já se consumiu como processo de
colonização cultural)...</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2>e em relação à última
frase do Prof. Wolff:</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><FONT face="Times New Roman"
size=4></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><FONT face="Times New Roman" size=4>afinal
estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial!</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>eu pergunto: quem afirmou que concepções
pós-modernas nos processos de criação artística correspondem a uma
situação político-econômica não colonialista?</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>perdão, mas tal redução categorial está à
altura da Abertura do Bispo!...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>feliz natal a todos,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Rubens Ricciardi</FONT></DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=4>__________________</FONT></DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>meus caros colegas da ANPPOM,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta
de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão
que se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos
talvez chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os
alemães já há muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a
Volksmusik deles já morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está
morrendo agora, ainda não lidamos bem com a situação),</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>abraços a todos e feliz 2007!</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão
Preto</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: center"
align=center><B><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT size=3>Os dois
filhos de Francisco e o filho de Francisco</FONT></SPAN></B></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: right"
align=right><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: right"
align=right><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT size=3>Prof. Rubens
Ricciardi (ECA-USP)</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: right"
align=right><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal
style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT size=3>Recordemos dois fatos musicais de
2005: o filme <I>Os dois filhos de Francisco</I> e o concerto do
violinista Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão
Preto. O que há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz
Filipe também é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E
as afinidades param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de
comunicação, obtendo platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como
de todo o Brasil. Já a repercussão do concerto de Luiz Filipe – ele
interpretou magistralmente o <I>Concerto para violino</I> de Brahms -
restringiu-se ao privilegiado público presente ao Theatro Pedro II naquela
bela noite. Mas será que o abismo entre os níveis quantitativos de
recepção da performance de Luiz Filipe e da dupla (sei lá o que,
“sertaneja”?) retrata de fato a relevância artística de ambos? Digamos que
há uma distorção evidente. Só analisando o fenômeno ideológico - distorção
por excelência – é que entenderemos o paradoxo. Trata-se de uma entre as
mais agressivas ideologias: a indústria cultural e sua comercialização de
fonogramas descartáveis. É o assim chamado “universo musical de
entretenimento”. Não é a criatividade deste ou daquele “artista” – eis o
engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o marketing,
calculando-se previamente as vendas e a renovação dos “produtos”. Daí a
condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial desta
indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que “a
indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes
verdadeiros analfabetos musicais”. Há muita verdade nisso. No Brasil, a
distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda “entretenimento”
com “popular”. A essência da nossa já há muito moribunda música popular
era outra. Lembremos do <SPAN>frevo</SPAN>, <SPAN>maracatu</SPAN>,
<SPAN>samba</SPAN>, <SPAN>samba-canção</SPAN>, <SPAN>samba-enredo de
carnaval, ponteio</SPAN>, <SPAN>chorinho</SPAN>, <SPAN>bossa-nova</SPAN>,
<SPAN>moda de viola, das velhas duplas caipiras</SPAN> etc. Ao contrário
de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais
a destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México
à Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais –
basta lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme.
Aliás, faz parte deste marketing difundir gêneros como o <SPAN>rock, funk,
hip-hop ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais
que aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os
países, mas estrategicamente lançados no idioma local, por “artistas”
locais. E, por fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do
entretenimento irracional nas rádios: uma verdadeira paródia corrupta de
um coletivismo nivelado por baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: “a
inteligência não tem pátria, mas a debilidade mental deveria ter – é ela,
e não a inteligência, que deve ser considerada estrangeira, mesmo que suas
credenciais de brasilidade sejam indiscutíveis”. É por isso que o Brahms
de Luiz Filipe é tão relevante para o Brasil como se tivesse nascido em
Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano são tão irrelevantes como se
tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são estes filhos de Francisco
(exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura de massa) que fazem
sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz Filipe, músico de
talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou desapercebido, não
obstante sua superior virtuosidade e competência, intérprete de uma grande
arte que fundamenta a história.</SPAN></FONT></SPAN></P></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV></DIV>
<DIV><FONT size=4>____________________________</FONT></DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=m_swolff@hotmail.com href="mailto:m_swolff@hotmail.com">Marcus
S. WOLFF</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=palombini@terra.com.br
href="mailto:palombini@terra.com.br">palombini@terra.com.br</A> ; <A
title=anppom-l@iar.unicamp.br
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Friday, December 22, 2006
11:41 PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> Re: [ANPPOM-L] música
popular e música folclórica</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT
face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial
size=2></FONT><BR></DIV>
<DIV>
<DIV class=RTE>
<P><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT
face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial
size=2></FONT><BR> <FONT size=4>Prezados(as) colegas,
</FONT></P>
<P><FONT size=4> Apenas gostaria de lembrar que para Peter
Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford,
Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o
popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima
longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas
ambigüidades que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas
nao são fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel
1988:4). </FONT></P>
<P><FONT size=4> Portanto, acho que as coisas já nao podem mais
ser pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R.
Riccardi está colocando...muitas músicas identificadas com tradições
musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio
de comunicação de massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e
pós-colonial!</FONT></P>
<P><FONT size=4>abraços,</FONT></P>
<P>Marcus Wolff.<BR></P></DIV>
<DIV></DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #a0c6e5 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px"><FONT
style="FONT-SIZE: 11px; FONT-FAMILY: tahoma,sans-serif">
<HR color=#a0c6e5 SIZE=1>
<DIV></DIV>From: <I>"palombini"
<palombini@terra.com.br></I><BR>To: <I>"anppom-l"
<anppom-l@iar.unicamp.br></I><BR>Subject: <I>Re:
[ANPPOM-L] e a inclusão universitária?</I><BR>Date: <I>Fri,
22 Dec 2006 18:48:37 -0300</I><BR>
<DIV></DIV><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial
size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><BR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua
aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente).</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2><B>De:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>"Rubens
Ricciardi" rrrr@usp.br</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'"
size=2><B>Para:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>"carlos
palombini" palombini@terra.com.br,"anppom-l"
anppom-l@iar.unicamp.br</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'"
size=2><B>Cópia:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'"
size=2></FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'"
size=2><B>Data:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>Thu, 21 Dec
2006 16:04:56 -0200</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'"
size=2><B>Assunto:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>Re:
[ANPPOM-L] e a inclusão
universitária?</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> meus caros,</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> chamo a atenção para a insistente</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> confusão que se faz entre "música popular" (identificada com
tradições de um </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter
efêmero dos </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer
produção </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção
de fundo de </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> quintal - e produto multinacional são dois lados de uma
mesma moeda),</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> Rubens Ricciardi</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ----- Original Message ----- </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> From: "carlos palombini" </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> To: "anppom-l" </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária?</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a
música "sertaneja" </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> >> comercial que, graças ao jabá pago por</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas
prateleiras das lojas </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > de disco, no Domingão do Faustão, nas</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu,
etc.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do
disco? Nas prateleiras </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > das lojas de disco? Tenho a impressão</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > de que vc não está muito bem informado sobre os
processos de produção e </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > divulgação da música popular.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > --</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > cp</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > ________________________________________________</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > Lista de discussões ANPPOM</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > ________________________________________________</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > -- </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > No virus found in this incoming message.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > Checked by AVG Free Edition.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 -
Release Date: </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > 20/12/2006</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV><BR>
<P>>________________________________________________<BR>>Lista
de discussões
ANPPOM<BR>>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>>________________________________________________<BR>
<P></FONT></P></BLOCKQUOTE></DIV><BR clear=all>
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<HR>
<P></P>No virus found in this incoming message.<BR>Checked by AVG Free
Edition.<BR>Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/600 - Release
Date: 23/12/2006<BR></BLOCKQUOTE><BR></FONT></BLOCKQUOTE></DIV><BR
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23/12/2006<BR></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>