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<BODY bgColor=#ffffff>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caro Prof. Wolff,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>agradeço a sua atenção,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>enfim, não obstante naturais e construtivas
divergências acadêmicas, é através de diálogos reflexivos assim, de respeito e
reverência àqueles que são diferentes e que pensam diferente - e eis a
liberdade: "a liberdade dos que pensam diferente" (Rosa Luxemburg) - que
obtemos a boa pluralidade pós-moderna,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>mas os tempos são sombrios,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>e haverá nestes tempos sombrios
inclusive alguns que pretendem dizer não à barbárie da indústria
cultural...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>briga de David com Golias??? - talvez não, o
adversário é forte demais, está mesmo mais para a missão de um
Sísifo...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>mas tudo bem, a perspectiva utópica da resistência
ainda é mais instigante para o processo criativo de alguns do que a
resignação ou enquadramento, temos que respeitar...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>por fim, em relação à "metafísica positivista", vc
tem razão, ficou confuso mesmo, eu pretendia afirmar antes "uma
incompreensão empirista e positivista da teoria do conhecimento" (Heidegger),
melhor assim, pelo menos em relação, hoje, a expressões como "cultura
negra", "cultura branca", "culturas extra-européias", "cultura gay", "mundo
ocidental", "mundo não ocidental" etc...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>abraços do Rubens a vc e ao bom Caesar e bom
2007 a todos!...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=m_swolff@hotmail.com href="mailto:m_swolff@hotmail.com">Marcus S.
WOLFF</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=anppom-l@iar.unicamp.br
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A> ; <A
title=palombini@terra.com.br
href="mailto:palombini@terra.com.br">palombini@terra.com.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Cc:</B> <A title=rrr@usp.br
href="mailto:rrr@usp.br">rrr@usp.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Wednesday, December 27, 2006 9:44
PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> FW: Re: [ANPPOM-L] esclarecendo
alguns conceitos</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>
<P><BR><SPAN style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Prezados
colegas da ANPPOM, caro prof Ricciardi,</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN><SPAN style="mso-spacerun: yes">
</SPAN>Em primeiro lugar gostaria de lembrar aqui uma lição do meu velho
mestre Koellreutter: a necessidade de esclarecermos os conceitos utilizados,
especialmente quando partimos de pressupostos distintos...Sendo assim devo
esclarecer que minhas colocações não partem de uma matriz de pensamento<SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN>iluminista, com sua crença em
universais (tais como o Homem, a Razão, a Civilização). Para mim (assim como
para diversos historiadores, cientistas sociais e musicólogos) o homem só
existe no singular, contextualizado. Não há uma única razão, nem uma única
Civilização. Por isso, não sei de que ser humano o prof. Ricciardi está
falando quando afirma que<o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN> </FONT></SPAN><SPAN
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial"> "todo ser
humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia
grega"...<o:p></o:p></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Aliás, estou certo que
meus colegas indianos e também os africanos se surpreenderiam com essa
afirmação eurocêntrica!!! <o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Também o termo
“metafísica positivista”, (que aliás custo a entender já que a metafísica não
pode ser jamais positivista) utilizado pelo prof. Ricciardi não se aplica às
teodicéias orientais, já que não situam o divino como separado do mundo ou
além dele. Em tais teodicéias, como observa Campbell, “presume-se que o divino
é imanente em todas as coisas e parte do mundo desde a eternidade” ( ver
<st1:PersonName ProductID="em Colin Campbell." w:st="on">em Colin
Campbell.</st1:PersonName> “A Orientalização do Ocidente” 1997:7).
<o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN>Mas é bom ver que concordamos
quanto ao fato de que “</FONT></SPAN><SPAN
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial">qualquer atividade
humana sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e,
acima de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar
transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...”, </SPAN><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>como colocou o prof.
Ricciardi. Sendo assim, não vejo<SPAN style="mso-spacerun: yes">
</SPAN>necessidade em discriminar-se o eudito do popular ou da música de
entretenimento, de modo a rotular algumas como boas e outras como más ou
descartáveis (para quem?! Não teriam uma função social?) <SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN>como já foi feito nessa lista! Esse
discussão já foi superada tanto na área da musicologia histórica quanto na
etnomusicologia, como aliás lembrou o colega Hugo Adrião(?) em sua resposta a
prof. Sandra. Desde os trabalhos de Merriam e Blacking que compreendemos que
“a música não pode ser definida como um fenômeno sonoro separado, pois envolve
o comportamento dos indivíduos e grupos de indivíduos (...)” (Alan Merriam.
The Anthropology of Music. 1964:27). E devemos a Blacking a compreensão da
importância do estudo da música na cultura (ou como cultura, como ele mesmo
formulou posteriormente). Portanto separar valores estéticos das funções
sociais da música e dos músicos significa, no mínimo, ignorar completamente
toda a contribuição desses pesquisadores, respeitadíssimos nas mais
prestigiadas universidades européias e
norte-americanas.<o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN>Outro ponto que devo esclarecer
é que não fui eu quem demonstrou a relação entre a música popular e os meios
de comunicação de massa, pois esse assunto foi tratado por vários
pesquisadores importantes, dentre os quais citei Peter Manuel, sem os
preconceitos das gerações precedentes dos anos 40 e 50. Peter Manuel,
inclusive, chegou a demonstrar como a tecnologia das fitas cassete, nos anos
60 e 70, possibilitou uma diversificação dos meios de produção musical e das
formas musicais, citando o exemplo das estilizações populares de canções
folclóricas regionais. Graças à nova tecnologia, que rompeu com o monopólio
das grandes gravadoras, foi possível produzir uma música local, sob controle
local, para um público mais diverso e fragmentado. Aqui está uma “dinâmica
surpreendente” !!! O multiculturalismo parece ser, então, uma tendência que se
contrapõe à igualmente forte tendência à homogeneização promovida pela
indústria cultural, tal como apontou o prof.
Ricciardi.<o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN
style="mso-tab-count: 1">
</SPAN>Mas vejo que não fui compreendido quando afirmei que
</FONT></SPAN><SPAN style="FONT-SIZE: 13.5pt; COLOR: black"><FONT
face="Times New Roman">estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial!
</FONT></SPAN><SPAN style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3>Pois o mundo pós-moderno, tal como analisaram vários cientistas
sociais, implica um tipo de mudança estrutural que afeta a produção cultural e
“fragmenta paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e
nacionalidade” (Stuart Hall. A Identidade cultural na Pós-Modernidade 2003:9).
Portanto, Hall afirmou que a situação pós-moderna afeta as identidades
pessoais e a produção cultural provocando a fragmentação das identidades e a
criação de processos de identificação que transpõem as fronteiras dos Estados
nacionais. Longe de mim propor algum tipo de estética normativa para a criação
musical contemporânea!!! Apenas quis dizer que se torna difícil sustentar
determinadas posições elitistas e/ou nacionalistas num mundo que se tornou uma
aldeia global, num mundo em que nem a noção de sujeito sociológico (do
indivíduo formado na interação com seus pares) consegue se sustentar.
<o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3>Quanto ao pós-colonial,
não se trata apenas de uma situação político-econômica. O tema da
pós-colonialidade vem ocupando um enorme espaço na área da teoria literária e
dos estudos culturais desde os anos 80....mas parece que alguns músicos ainda
não o conhecem...Para não tornar essa minha mensagem muito extensa e cansativa
gostaria de sugerir a leitura de “Western Music and its Others” da autoria de
Georgina Born e D. Hesmondhalgh (University of Califórnia Press, 2000), onde o
tema é conectado à musicologia crítica de modo a demonstrar como se estabelece
uma relação dialética entre os atos de comunicação musical e as relações
políticas, econômicas e culturais. Quer queiramos, quer não, estamos vivendo
num tempo em que o projeto colonial que estabeleceu tantas relações
assimétricas de poder e de produção<SPAN style="mso-spacerun: yes">
</SPAN>cultural já não pode mais se sustentar, nem mesmo em nome de uma ação
civilizatória (afinal de qual civilização?! Em nome de qual razão?! De qual
interesse de Estado?!) .<o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> saudações</SPAN> reflexivas a
todos!</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3><o:p></o:p></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT size=3><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN>Marcus Wolff. </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3><o:p></o:p></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal
style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><FONT
size=3><SPAN style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma">(Laboratório de
Etnomusicologia, UFRJ)</SPAN><SPAN
style="FONT-SIZE: 13.5pt; COLOR: black"><o:p></o:p></SPAN></FONT></P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial"><SPAN
style="mso-spacerun: yes"> </SPAN><o:p></o:p></SPAN></P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3> <o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3> <o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal style="BACKGROUND: white; MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN
style="COLOR: black; FONT-FAMILY: Tahoma"><FONT
size=3> <o:p></o:p></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT
face="Times New Roman" size=3> </FONT></o:p></P>
<P> </P>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #a0c6e5 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px"><FONT
style="FONT-SIZE: 11px; FONT-FAMILY: tahoma,sans-serif">
<HR color=#a0c6e5 SIZE=1>
From: <I>"Rubens Ricciardi" <rrrr@usp.br></I><BR>To:
<I><anppom-l@iar.unicamp.br>,<palombini@terra.com.br>,"Marcus S.
WOLFF" <m_swolff@hotmail.com></I><BR>CC
<META content="Microsoft SafeHTML" name=Generator>
<STYLE></STYLE>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caros colegas da ANPPOM,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caro prof. Wolff, agradeço a atenção para com
meu e-mail e retribuo aqui a gentileza...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>no lugar de aceitarmos passivamente a velha
metafísica positivista do "non-western world" (expressão que talvez até
contenha algum preconceito em relação ao "outro
inferior"), talvez seja melhor pensarmos que "todo ser
humano tem o direito de se considerar descendente da tragédia
grega"...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>não entendi bem o que o professor
Wolff pretendia em relação ao xadrez, pois se trata de um jogo
inteligente, onde as peças podem ser movidas com uma dinâmica
surpreendente...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>jamais me referi ao conceito de universo
musical (erudito, popular, entretenimento etc.) como estanco categorial,
muito pelo contrário, qualquer atividade humana
sempre contempla delimitações imprecisas de fronteiras, e, acima
de tudo, a dinâmica da vida é sempre capaz de gerar
transformações, interfaces, caminhos os mais diversos...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>mas temos aí sim ofícios diversos
(e essencialmente diversos!) na profissão do músico, vamos dar
exemplos: Gilberto Mendes é um compositor erudito, Chico Buarque é
um cancionista popular (talvez o último sobrevivente do gênero em nosso
país) e o MC Serginho (citado pelo Prof. Jorge Antunes) só se
viabiliza como fonograma descartável da indústria
cultural...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2>pra música erudita esta discussão
pouco importa, pois o processo criativo deste universo é centrado na grafia
musical e não no fonograma, e, graças hoje à universidade pública, sua
sobrevivência como ofício independe do agressivo marketing da indústria
cultural - mas as manifestações de música popular no Brasil, por
certo, vêm sendo prejudicadas, ainda mais quando confundidas com atividades
de grupos brasileiros que fazem </FONT><SPAN style="FONT-SIZE: 28pt"><FONT
face=Arial size=2>rock, funk, pop-music, techno-music, hip-hop,
rap, djs em festas rave, disco-music etc, pois todos estes
gêneros, por mais diversos que sejam, estão inseridos num mesmo
universo que pouco tem a ver com a música popular - lembrando
que universo musical é um conceito maior que gênero, forma, estilo ou
escola</FONT></SPAN><FONT face=Arial size=2>),</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>o prof. Wolff afirma que <FONT
face="Times New Roman" size=4>muitas músicas identificadas com tradições
musicais de um grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de
comunicação de massa...</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2>é claro que sim,
principalmente se nos referimos às comunidades dos países
proprietários dos satélites e da indústria cultural multinacional (como os
EUA)... até as comunidades dos outros países (como o Brasil) reproduzem a
mesma "poética musical" deles, fidelidade esta suicida como
manifestação de cultura própria, pois aí já não há mais justamente a
gestualidade musical própria, e sem esta imprescindível essência de
singularidade musical (pois os exemplares são semelhantes em todo o
mundo) nos interessa talvez menos como estudo de criação
artística, e quem sabe mais como assunto de sociologia (as
letras até podem expressar algum anseio comunitário local, mas a
estética como um todo sempre já se consumiu como processo de
colonização cultural)...</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=+0><FONT face=Arial size=2>e em relação à última
frase do Prof. Wolff:</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><FONT face="Times New Roman"
size=4></FONT></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2><FONT face="Times New Roman" size=4>afinal
estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial!</FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>eu pergunto: quem afirmou que concepções
pós-modernas nos processos de criação artística correspondem a uma
situação político-econômica não colonialista?</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>perdão, mas tal redução categorial está à
altura da Abertura do Bispo!...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>feliz natal a todos,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Rubens Ricciardi</FONT></DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV><FONT size=4>__________________</FONT></DIV>
<DIV><FONT size=4></FONT> </DIV>
<DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>meus caros colegas da ANPPOM,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>segue um texto abaixo que publiquei na Gazeta
de Ribeirão há alguns meses, eu procuro levantar o problema da confusão que
se faz entre o universo musical popular e o que poderíamos talvez
chamar provisoriamente de universo de entretenimento (o que os alemães já há
muito tempo chamam de "Unterhaltungsmusik", pois a Volksmusik deles já
morreu há mais de 100 anos, mas como a nossa só está morrendo agora, ainda
não lidamos bem com a situação),</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>abraços a todos e feliz 2007!</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Rubens Ricciardi - USP de Ribeirão
Preto</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: center"
align=center><B><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT size=3>Os dois filhos
de Francisco e o filho de Francisco</FONT></SPAN></B></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: right"
align=right><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: right"
align=right><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT size=3>Prof. Rubens
Ricciardi (ECA-USP)</FONT></SPAN></P>
<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: right"
align=right><SPAN style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT
size=3></FONT></SPAN> </P>
<P class=MsoNormal
style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-INDENT: 35.4pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN
style="FONT-FAMILY: Arial"><FONT size=3>Recordemos dois fatos musicais de
2005: o filme <I>Os dois filhos de Francisco</I> e o concerto do violinista
Luiz Filipe Coelho, solista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O que
há de comum entre eles? Não só os cantores do filme como Luiz Filipe também
é filho de um Francisco (seu pai se chama Chico Coelho). E as afinidades
param por aí. O filme foi divulgado pelos meios de comunicação, obtendo
platéias repletas nos cinemas não só de Ribeirão como de todo o Brasil. Já a
repercussão do concerto de Luiz Filipe – ele interpretou magistralmente o
<I>Concerto para violino</I> de Brahms - restringiu-se ao privilegiado
público presente ao Theatro Pedro II naquela bela noite. Mas será que o
abismo entre os níveis quantitativos de recepção da performance de Luiz
Filipe e da dupla (sei lá o que, “sertaneja”?) retrata de fato a relevância
artística de ambos? Digamos que há uma distorção evidente. Só analisando o
fenômeno ideológico - distorção por excelência – é que entenderemos o
paradoxo. Trata-se de uma entre as mais agressivas ideologias: a indústria
cultural e sua comercialização de fonogramas descartáveis. É o assim chamado
“universo musical de entretenimento”. Não é a criatividade deste ou daquele
“artista” – eis o engodo do filme! - que movimenta esta indústria, mas sim o
marketing, calculando-se previamente as vendas e a renovação dos “produtos”.
Daí a condição de efemeridade ser também essencial ao sucesso comercial
desta indústria. Hanns Eisler (1898-1962), compositor alemão, afirmava que
“a indústria de entretenimento faz de povos de todos os continentes
verdadeiros analfabetos musicais”. Há muita verdade nisso. No Brasil, a
distorção se torna ainda maior, pois se confunde ainda “entretenimento” com
“popular”. A essência da nossa já há muito moribunda música popular era
outra. Lembremos do <SPAN>frevo</SPAN>, <SPAN>maracatu</SPAN>,
<SPAN>samba</SPAN>, <SPAN>samba-canção</SPAN>, <SPAN>samba-enredo de
carnaval, ponteio</SPAN>, <SPAN>chorinho</SPAN>, <SPAN>bossa-nova</SPAN>,
<SPAN>moda de viola, das velhas duplas caipiras</SPAN> etc. Ao contrário de
Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim ou Chico Buarque, repertórios iguais a
destes filhos de Francisco existem em qualquer parte do mundo, do México à
Austrália. São produtos ilustrados com eventuais simulacros locais – basta
lembrarmos das paisagens de Goiás com cenas rurais típicas no filme. Aliás,
faz parte deste marketing difundir gêneros como o <SPAN>rock, funk, hip-hop
ou rap, impreterivelmente produzidos por indústrias multinacionais que
aniquilam as manifestações verdadeiramente populares em todos os países, mas
estrategicamente lançados no idioma local, por “artistas” locais. E, por
fim, o jabá vai garantindo a homogeneidade do entretenimento irracional nas
rádios: uma verdadeira paródia corrupta de um coletivismo nivelado por
baixo. Sérgio Rouanet esclarece a questão: “a inteligência não tem pátria,
mas a debilidade mental deveria ter – é ela, e não a inteligência, que deve
ser considerada estrangeira, mesmo que suas credenciais de brasilidade sejam
indiscutíveis”. É por isso que o Brahms de Luiz Filipe é tão relevante para
o Brasil como se tivesse nascido em Pirenópolis, e Zezé de Camargo e Luciano
são tão irrelevantes como se tivessem nascido no Pólo Sul. Mas ainda são
estes filhos de Francisco (exemplos do kitsch e lixo industrial da cultura
de massa) que fazem sucesso. E o outro filho do outro Francisco, Luiz
Filipe, músico de talento raro, não foi motivo para notícia, quase passou
desapercebido, não obstante sua superior virtuosidade e competência,
intérprete de uma grande arte que fundamenta a
história.</SPAN></FONT></SPAN></P></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV></DIV>
<DIV><FONT size=4>____________________________</FONT></DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=m_swolff@hotmail.com href="mailto:m_swolff@hotmail.com">Marcus S.
WOLFF</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=palombini@terra.com.br
href="mailto:palombini@terra.com.br">palombini@terra.com.br</A> ; <A
title=anppom-l@iar.unicamp.br
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Friday, December 22, 2006 11:41
PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> Re: [ANPPOM-L] música
popular e música folclórica</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT
face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial
size=2></FONT><BR></DIV>
<DIV>
<DIV class=RTE>
<P><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT
face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial
size=2></FONT><BR> <FONT size=4>Prezados(as) colegas,
</FONT></P>
<P><FONT size=4> Apenas gostaria de lembrar que para Peter
Manuel, por ex. (Popular Musics of Non-Western World. New York/ Oxford,
Oxford University Press, 1988) essa distinção entre o folclórico e o
popular (que o próprio Bruno Nettl procurou estabelecer seguindo uima
longa tradição de etnomusicólogos e folcloristas) gera muitas ambigüidades
que "deveriam nos lembrar que aquelas categorias genéricas nao são
fechadas, sendo em alguma medida também arbitrárias" (Manuel 1988:4).
</FONT></P>
<P><FONT size=4> Portanto, acho que as coisas já nao podem mais ser
pensadas como num jogo de xadrez, como parecece que o colega R. Riccardi
está colocando...muitas músicas identificadas com tradições musicais de um
grupo / comunidade foram/ tem sido disseminadas por meio de comunicação de
massa...afinal estamos num mundo pós-moderno e pós-colonial!</FONT></P>
<P><FONT size=4>abraços,</FONT></P>
<P>Marcus Wolff.<BR></P></DIV>
<DIV></DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #a0c6e5 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px"><FONT
style="FONT-SIZE: 11px; FONT-FAMILY: tahoma,sans-serif">
<HR color=#a0c6e5 SIZE=1>
<DIV></DIV>From: <I>"palombini"
<palombini@terra.com.br></I><BR>To: <I>"anppom-l"
<anppom-l@iar.unicamp.br></I><BR>Subject: <I>Re:
[ANPPOM-L] e a inclusão universitária?</I><BR>Date: <I>Fri,
22 Dec 2006 18:48:37 -0300</I><BR>
<DIV></DIV><FONT face=Arial size=2></FONT><FONT face=Arial
size=2></FONT><FONT face=Arial size=2></FONT><BR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>Esta distinção é uma das metanarrativas modernistas, mas sua
aceitação, hoje, não é generalizada (felizmente).</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
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<TBODY>
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<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2><B>De:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>"Rubens
Ricciardi" rrrr@usp.br</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
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<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2><B>Para:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>"carlos
palombini" palombini@terra.com.br,"anppom-l"
anppom-l@iar.unicamp.br</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
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<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2><B>Cópia:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'"
size=2></FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
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<TBODY>
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<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2><B>Data:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>Thu, 21 Dec
2006 16:04:56 -0200</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=4 width="100%" bgColor=#f0f0f0
border=0>
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<TBODY>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TR>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD width=70 bgColor=#bde9fd><FONT
face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'"
size=2><B>Assunto:</B></FONT></TD>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT></DIV>
<TD><FONT face="Verdana,Arial,'Trebuchet MS'" size=2>Re:
[ANPPOM-L] e a inclusão universitária?</FONT></TD></TR></TBODY></TABLE>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> meus caros,</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> chamo a atenção para a insistente</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> confusão que se faz entre "música popular" (identificada com
tradições de um </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> determinado povo ou comunidade) e "entretenimento" (caráter
efêmero dos </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> fonogramas descartáveis da indústria cultural ou de qualquer
produção </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> articulada a ela - afinal, pirataria - ou qualquer produção de
fundo de </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> quintal - e produto multinacional são dois lados de uma mesma
moeda),</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> Rubens Ricciardi</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ----- Original Message ----- </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> From: "carlos palombini" </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> To: "anppom-l" </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> Sent: Thursday, December 21, 2006 3:12 PM</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> Subject: Re: [ANPPOM-L] e a inclusão universitária?</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> >> Acho que privilegiados estão o rock, o funk, a música
"sertaneja" </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> >> comercial que, graças ao jabá pago por</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > multinacionais do disco, estão no rádio, na TV, nas
prateleiras das lojas </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > de disco, no Domingão do Faustão, nas</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > novelas, na boca do povo, no Programa do Gugu, etc.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > O funk carioca patrocinado pelas multimacionais do disco?
Nas prateleiras </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > das lojas de disco? Tenho a impressão</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > de que vc não está muito bem informado sobre os processos
de produção e </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > divulgação da música popular.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > --</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > cp</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > ________________________________________________</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > Lista de discussões ANPPOM</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > ________________________________________________</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > -- </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > No virus found in this incoming message.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > Checked by AVG Free Edition.</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/594 -
Release Date: </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > 20/12/2006</DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> ></DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> > </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV>> </DIV>
<DIV></DIV>
<DIV></DIV><BR>
<P>>________________________________________________<BR>>Lista de
discussões
ANPPOM<BR>>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>>________________________________________________<BR>
<P></FONT></P></BLOCKQUOTE></DIV><BR clear=all>
<HR>
MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. <A
href="http://g.msn.com/8HMBBR/2734??PS=47575">Encontre o que você quiser.
Clique aqui.</A>
<P>
<HR>
<P></P>________________________________________________<BR>Lista de
discussões ANPPOM
<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________
<P>
<HR>
<P></P>No virus found in this incoming message.<BR>Checked by AVG Free
Edition.<BR>Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/600 - Release
Date: 23/12/2006<BR></BLOCKQUOTE><BR></FONT></BLOCKQUOTE></DIV><BR clear=all>
<HR>
MSN Busca: fácil, rápido, direto ao ponto. <A
href="http://g.msn.com/8HMABR/2740??PS=47575" target=_top>Encontre o que você
quiser. Clique aqui.</A>
<P>
<HR>
<P></P>________________________________________________<BR>Lista de discussões
ANPPOM
<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________
<P>
<HR>
<P></P>No virus found in this incoming message.<BR>Checked by AVG Free
Edition.<BR>Version: 7.1.409 / Virus Database: 268.15.26/600 - Release Date:
23/12/2006<BR></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>