<p class="MsoNormal">Sim, recebi e estava
"ruminando" as idéias. Só
um mal entendido,
o teste seletivo ao qual
eu me referia era
o da universidade, e não
o do Conservatório. <br>
<br>
A vantagem de sermos uma cidade
de médio porte (800 mil
habitantes), com um
conservatório de música
gratuito nos traz
diversas vantagens em
relação à Salvador, por
exemplo, que é uma metrópole
e não tem nenhuma escola
pública gratuita de música
(ou pelo menos
não tinha).
Corrijam-me se estiver errado. Mas deixa-me explicar
melhor, do começo.<br><br>Recentemente, o Conservatório
de Música de Sergipe (CMS), passou por
uma reforma curricular, da qual eu
participei intensivamente (leia-se, fiz tudo
sozinho porque ninguém
mais queria fazer nem
participar das reuniões. Mas
é claro, depois de pronto,
todos reclamam...). A principal mudança
se referia à separação dos cursos
existentes (básico e técnico),
que antes eram contíguos
e seqüenciais. Isso
significava que a pessoa que
fosse passando de ano no básico,
acabava entrando no curso técnico
sem sequer parar
para pensar se queria, ou
se estava preparada (tempo,
habilidade ou
psicologicamente) para cursar um
curso técnico de música.<br><br>Agora existem dois
cursos distintos, com
admissões diferentes
e o que é mais importante,
com público alvo
diverso. Para o curso
de Formação Inicial e
Continuada de Trabalhadores (nomenclatura
da LDB), a admissão não
exige conhecimento musical nenhum,
e é voltado para qualquer pessoa,
de qualquer idade, que
algum dia já
teve desejo de aprender a tocar
um instrumento, e nunca
teve oportunidade ou condições
financeiras para pagar
um curso particular.
Já o curso Técnico
de Nível Médio, exige que
o candidato esteja matriculado no nível
médio em qualquer
instituição de ensino,
ou tenha concluído o mesmo.
Além do que, há um
teste seletivo para
a admissão do candidato
para o curso técnico.
As disciplinas do curso
Técnico incluem: quatro
semestres de História
da Música, seis semestres
de aulas de Estruturação Musical e Percepção
Musical, ambas com duas aulas
por semana, além
das aulas de instrumento,
e prática de conjunto.<br><br>Assim sendo, uma vez
que temos uma escola pública
que pode preparar o candidato,
isso significaria (teoricamente), que
poderíamos elaborar um teste
de admissão para o curso
de música da Universidade
Federal de Sergipe mais
exigente, incluindo questões
de análise harmônica,
percepção musical e o que
é mais importante, um
teste prático que
exija um profundo conhecimento
instrumental do candidato. Aquele
que não passasse na prova
da UFS poderia se matricular
no CMS, e se preparar melhor (de forma
gratuita, volta a enfatizar).
Dessa forma já teríamos um
músico, faltando apenas
aprofundar as questões teórico-filosóficas
e pedagógicas (lembrando que é um
curso de licenciatura
em música). E como
você já havia mencionado, seria necessário
um mínimo de sincronia
entre o currículo do
CMS com o da UFS, para um
começar de onde o outro
terminou.<br><br>Mas existem diversos
problemas em relação
a essa questão. Mas vou levantar
somente duas. Primeiro seria necessário
que os professores do
CMS estivessem preparados para lidar
com esse currículo
(história, percepção
e estruturação musical) e de formarem bons músicos,
o que não é uma realidade.
Alguns dos atuais professores
(efetivos) do CMS não
têm formação sólida
na área, e muitos ainda
têm uma visão ultrapassada do que
seja música, e do que
seja o ensino de música.
Logo, o CMS ainda não
forma bons músicos,
no sentido amplo. E, como
o curso de nível superior
iniciou-se esse ano,
há pouquíssimas pessoas com
graduação em música
que possam atuar no CMS (não
somamos mais do que
quinze). E a demanda de alunos
é muito grande (cerca
de mil inscritos no curso
inicial a cada ano).<br><br>Segundo, como
ficaria os demais músicos
não contemplados pela
tradição da música de
concerto européia? Sanfoneiros e
rabequeiros, por exemplo,
não teriam espaço nem
chance de entrar nesse curso
superior de música.
Teriam que se sujeitar a aprender
piano e violino no
CMS?<br><br>Peço ajuda aos universitários...
</p>
Hugo<br><br>p.s. Em relação ao envio de mensagens para a lista, percebi que não basta um reply, como as listas de discussão comuns. Temos sempre que procurar o endereço <<a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br
</a>> para enviar para todos.<br><br><br><div><span class="gmail_quote">Em 14/04/07, <b class="gmail_sendername">jamannis</b> <<a href="mailto:jamannis@uol.com.br">jamannis@uol.com.br</a>> escreveu:</span><blockquote class="gmail_quote" style="border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; padding-left: 1ex;">
<div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>Prezado Hugo,</span></font></div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span></span></font> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>Respondi sua mensagem para Vc pessoalmente e para a
lista. Mas como ela não saiu na lista, pergunto se VC a recebeu ou
não.</span></font></div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span></span></font> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>Estou vendo com o administrador da lista o que
pode estar havendo com meus envios.</span></font></div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span></span></font> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>Grato</span></font></div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span></span></font> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>Atenciosamente</span></font></div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span></span></font> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>J. A. Mannis</span></font></div><br>
<div dir="ltr" align="left" lang="pt-br">
<hr>
<font face="Tahoma" size="2"><b>De:</b> jamannis [mailto:<a href="mailto:jamannis@uol.com.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">jamannis@uol.com.br</a>]
<br><b>Enviada em:</b> quinta-feira, 12 de abril de 2007 13:09<br><b>Para:</b>
'Hugo Leonardo Ribeiro'; '<a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">anppom-l@iar.unicamp.br</a>'<br><b>Assunto:</b> RES: RES:
[ANPPOM-L] Area academica e area tecnica<br></font><br></div><div><span class="e" id="q_111f325d210ce866_1">
<div></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Prezado Hugo,</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">No que constato em varias grades curriculares e nos ultimos
10 anos de experiencia em vestibular em música é que nos primeiros anos da
graduação existem materias básicas que deveriam ter sido estudadas
anteriormente. Acredito que essa é uma das razões pelas quais os cursos se
música tem duração mais longa que muitos dos outros cursos na
universidade.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Vejo como uma ação possível a SINCRONIZAÇÃO (articulação
coordenada do encadeamento) dos curriculos TECNICO com o
SUPERIOR de modo que o final do Curso em Nível Técnico (Nivel elementar e
básico) corresponda ao Exame de Ingresso na Universidade e que o curriculo
do ensino superior em música (Niveis Intermediário e Avançado) comece mais
adiante do que atualmente. No ensino de segundo grau poderiamos ter cumpridos
alguns niveis iniciais (como por exemplo poderiamos supor ELEMENTAR e BÁSICO) e
no superior os niveis seguintes (coerentemente com a suposição anterior os
niveis aqui seriam INTERMEDIÁRIO e AVANÇADO). Atualmente há disciplinas na
Universidade que começam em nivel ELEMENTAR. </font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Somente para citar alguns EXEMPLOS, de forma não exaustiva,
disciplinas que poderiam eventualmente ser trabalhadas em Nivel Técnico
(NIVEIS ELEMENTAR e BASICO): Teoria geral da música, Estruturação musical,
Análise elementar (formas tradicionais), Solfejo, Leitura à primeira vista,
prática instrumental, Prática de música de câmara, Prática coral, Harmonia,
Contraponto, Fuga, História da música, História da música brasileira. Estou
enumerando algumas disciplinas que vem me chamando a atenção há um certo tempo.
Porém, ainda não saberia deizer o programa exato de cada uma. Nem mesmo se
essas disciplinas seriam seguramente todas as pertinentes. É somente uma
informação para exemplificar o pensamento. Ou seja, não estou oferecendo uma
informação exatamente definida e calculada. Há um grau de mobilidade muito
amplo. É um ponto de partida.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">O teste seletivo de um conservatório é importante, mas o
que conta mesmo é o nivel em que os alunos concluem o conservatório. Esse nivel
precisa ser trabalhado. É preciso que haja a definição de QUE CAPACITAÇÕES
qualquer aluno (em cada tipo de curso) egresso de qualquer conservatório
(ou Escola com Especialização em Música em Segundo Grau) tem que
possuir.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">O nivel dessa capacitação seria o nivel exigido em
vestibular.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">O importante é COORDENAR a formação pré-universitária
com a formação universitária, da mesma forma como ocorre com outras áreas e
disciplinas: matemática, física, história, biologia,
etc.</font> </span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Essa coordenação é fundamental para ter uma COERENCIA de
curriculo.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Assim, os cursos de graduação em música comecariam, grosso
modo, onde hoje começa o terceiro ano de graduação. Para um aluno de 20 anos, 2
anos representa 10% de sua existência. É um tempo não
desprezível.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">J. A. Mannis</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span></span><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"> </font></span></div><br>
<div dir="ltr" align="left" lang="pt-br">
<hr>
<font face="Tahoma" size="2"><b>De:</b> <a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a>
[mailto:<a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a>] <b>Em nome de </b>Hugo Leonardo
Ribeiro<br><b>Enviada em:</b> quarta-feira, 11 de abril de 2007
11:09<br><b>Para:</b> <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">anppom-l@iar.unicamp.br</a><br><b>Assunto:</b> Re: RES:
[ANPPOM-L] Area academica e area tecnica<br></font><br></div>
<div></div>Prezados,<br><br>Como seria feita esse desvinculação então? Aqui em
Aracaju nós temos um Conservatório de Música de nível Técnico, e acabamos de
iniciar um curso de Licenciatura em Música. Como o Conservatório poderá ajudar
para melhorar o curso universitário? Através de um teste seletivo mais exigente?
<br><br>Hugo Ribeiro<br><br>
<div><span class="gmail_quote">Em 11/04/07, <b class="gmail_sendername">ja.mannis</b> <<a href="mailto:ja.mannis@uol.com.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">ja.mannis@uol.com.br</a>
> escreveu:</span>
<blockquote class="gmail_quote" style="border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; padding-left: 1ex;">
<div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Caro
Jorge,</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div><span>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Creio que
sua colocação seja referente ao fato de que ENSINO TECNICO seja ministrado
numa instituição de ENSINO SUPERIOR.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Vc tem
direito à sua posição quanto a esse aspecto e respeito sua opinião. Porém,
pessoalmente, tenho outra maneira de ver a situação, de analisar o contexto e,
assim, outra opinião.</font></span></div>
<div><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font> </div>
<div><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Pessoalmente confesso que preferiria ver muitas
instituições que assegurassem uma formação básica eficiente em música antes da
universidade. Mas não acredito que isso venha a acontecer em breve. So sei que
enquanto eu tiver energia e puder fazer alguma coisa, vou tentar fazer o que
posso para melhorar o estado das coisas que me descontentam. Sei que posso de
uma maneira ou de outra empreender ações dentro dos meios e das possibilidades
que disponho.</font></span></font></div>
<div><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font> </div>
<div><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">O ENSINO TÉCNICO está nas
instituições de ensino superior no Brasil. Isso é um fato
constatado.</font></span></div>
<div><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>Minhas
colocações quanto à FORMAÇÂO MUSICAL partem desse fato
evidente.</span></font></div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span></span></font> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"><span>Porém, se
o assunto é sobre o fato de ter ou não ensino técnico numa universidade, acho
estamos abrindo um outro debate, distinto do anterior e
paralelo.</span></font></div>
<div dir="ltr" align="left"><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font> </div>
<div dir="ltr" align="left"><font size="-0"><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="2"><span>A </span>formação básica em música antes da
universidade<span>, ou seja, em nivel de segundo grau,</span> <span>não
atende à demanda </span><span>em quantidade e muitas vezes, mas nem
sempre, em qualidade.</span></font></font></font></font></div></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Lembro que
nos dois primeiros anos de graduação os alunos tem matérias
básicas.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Portanto,
o ENSINO TÉCNICO já é feito atualmente na Universidade, não como tal, mas o
conteudo é identico.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Não
podemos deixar de reconhecer isso.</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Não seria
mais correto DESVINCULAR essa formação básica do ENSINO
SUPERIOR?</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Portanto,
se é sobretudo na Universidade que esse ensino básico é ministrado (por falta
de instituições que atendam à demanda em nivel técnico e de segundo grau), me
parece pertinente que seja na Universidade (no lugar onde esse
ensino é praticado) que ele possa passar por um processo de adequação e
transformação. </font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">Cordial
abraço,</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2">José
Augusto Mannis</font></span></div>
<div dir="ltr" align="left"><span><font color="#0000ff" face="Arial" size="2"></font></span> </div><br>
<div dir="ltr" align="left" lang="pt-br">
<hr>
<font face="Tahoma" size="2"><b>De:</b> Jorge Antunes [mailto:<a href="mailto:antunes@unb.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">antunes@unb.br</a>] <br><b>Enviada
em:</b> terça-feira, 10 de abril de 2007 18:57<br><b>Para:</b> <a href="mailto:ja.mannis@uol.com.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">ja.mannis@uol.com.br</a>; <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">
anppom-l@iar.unicamp.br</a><br><b>Assunto:</b> Re: RES:
[ANPPOM-L] Area academica e area tecnica<br></font><br></div>
<div><span>
<div></div>Caro Zé Augusto:
<p><font color="#4618c6"><font size="-1">Porque não ter UM COLEGIO TECNICO EM
MUSICA em uma universidade, ...?</font></font><font color="#4618c6"><font size="-1"></font></font> </p>
<p><font color="#000000">Essa sua pergunta me desmonta, me aturde, destrói
totalmente meus sonhos, meus ideais, minhas convicções porque, com ela, você
me leva a um triste banho de realidade brasileira.</font> <br><font color="#000000">Quando nos USA ou na Inglaterra alguém faz pergunta "Why not?",
tem-se logo respostas para argumentar por uma negativa.</font> <br><font color="#000000">O mesmo acontece na França quando perguntam "Pourquoi pas?".
Imediatamente aparecem argumentos que demovem o perguntador de suas
propostas.</font> <br><font color="#000000">No Brasil, quando alguém pergunta
"Por que não?" ficamos totalmente sem argumentos.</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">Grupos de adolescentes em algumas cidades do DF não têm
lazer nos finais de semana: vivem em locais sem salas de cinema, sem teatros,
sem campos de futebol, sem nada, sem playgrounds, sem shows, sem concertos,
sem shoppings, sem dinheiro para virem ao Plano Piloto, sem zoológico. A única
diversão então passa a ser o assalto, as pichações e as formações de gangs.
Vivem em barracos sobre a lama e sob um teto de um pai desempregado e bêbado
ou de uma mãe solteira desempregada ou prostituta.</font> <br><font color="#000000">Próximo é criado um campus avançado da UnB. Que tal oferecer as
dependências da Universidade, nos finais de semana, para eles se divertirem?
Claro! Por que não? Que tal oferecer-lhes o campus, a piscina, nas madrugadas
dos dias úteis? Claro! Por que não?</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">Uns mórmons que passam vêem o alto índice de
criminalidade dos jovens e começam a fazer trabalho de proselitismo, com
encontros espiritualistas. Falta espaço coberto e confortável. Que tal
oferecer-lhes uma sala da Universidade? Por que não?</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">Grandes turmas de colégios se formam, e os pobres
formandos, depois de tanto sacrifício não têm onde fazer seus bailes de
formatura e suas cerimônias de diplomação. Coitados. Que tal oferecer-lhes o
Theatro Municipal? Por que não?</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">No carnaval, festa belíssima, a burguesia afrescalhada
e os estilistas idem constróem, costuram, com paetês, lantejoulas e pedras
preciosas, algumas belas fantasias para desfiles e concursos, mas não têm
espaços para o certame. Que tal oferecer-lhes o Theatro Municipal? Por que
não?</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">Na Universidade de Brasília vivi recentemente
experiência interessante. Um professor, nosso colega, começou a oferecer
cursos de iniciação musical para crianças aos sábados. Todas as dependências
do Departamento de Música ficam abarrotadas de crianças e de seus respectivos
papais e mamães. De início eu senti um choque de preconceito acadêmico. Como
era possível aquilo, em uma Universidade? Eu via o formigueiro de criancinhas
de longe e não conhecia o trabalho de perto: dezenas de crianças.</font>
<br><font color="#000000">Até que um dia cheguei perto, entrei em uma sala. Meus
olhos se encheram de lágrimas, fortemente emocionado. Vi cinco menininhos de
uns 3 anos de idade esfregando pequenos arcos nas cordas de violininhos. O
trabalho é lindo, emocionante. O professor se senta no chão, rodeado de
criancinhas que batem ritmos, criam, improvisam, tocam tambores, objetos,
sons, ruídos. Hoje o professor conta com 19 monitores e a meninada chega a
centenas. Não dá para chegar perto, sem o risco de pisar num neném. Sim! Agora
ele trabalha também com bebês. Dezenas e mais dezenas.</font> <br><font color="#000000">Chorei, sim, porque fiz-me a seguinte pergunta: por que não?
Ora, se o professor não fizer isso, na Universidade, onde fará?</font>
<br><font color="#000000">Se o professor não continuar nesse sacerdócio
admirável, quem dará educação musical a essas centenas de
crianças?</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">Com esse raciocínio, essa humanidade, esse patriotismo,
essa brasilidade, essa emoção, essa magnanimidade, essa compaixão, essa
tolerância, conhecendo a triste realidade brasileira, claro, tudo deve ser
feito para remendar lacunas e sanar atrocidades cometidas pelo poder
constituído que não oferece condições de vida digna, não oferece emprego, nem
educação de qualidade, nem saúde, nem lazer, nem cultura, etc.</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">Assim, evidentemente, por que não? A Universidade, com
suas salas confortáveis, seus aparelhos de ginástica, seus gramados, suas
máquinas xerox, seus computadores, seus sistemas de som, seus centros
esportivos, seus anfiteatros, seus pianos, pode, sim, abrigar cursos para DJs,
técnicos, copistas, assistentes de som, garçons, lutiers, jardineiros,
pedreiros, produtores, marceneiros, mestres de obras, técnicos em sonorização,
costureiras, afinadores de piano, etc, etc. São poucas as vagas oferecidas nos
Sesi e nos Sesc.</font> <br><font color="#000000">Apesar de laica, a
Universidade, nessa conjuntura de guerra civil, pode até mesmo oferecer seus
espaços para que jovens abracem religiões e credos, e gritem, e se exorcizem,
e orem em catarse, e rebolem em bailes funk, usando essas atividades como meio
e terapia para abandonarem o consumo de drogas.</font> <br><font color="#000000">Então, nesse Brasil em situação de guerra, de pobreza, de
desemprego, de miséria, de injustiças, de escravidão, de falta de perspectivas
futuras para as novas gerações e para todo esse povo sofrido e fodido, claro,
deveríamos abrir os campi totalmente.</font> <br><font color="#000000">Por que
não?</font><font color="#000000"></font> </p>
<p><font color="#000000">Abraço,</font> <br><font color="#000000">Jorge
Antunes</font> <br><font color="#000000"></font> <br><font color="#000000"></font> <br> <br> <br> </p>
<p>"ja.mannis" wrote: </p>
<blockquote type="CITE">
<div dir="ltr">
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Caro JORGE e Cara ADRIANA,</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><br><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Colegas da Anppom,</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Caro JORGE, sua iniciativa na UnB de oferecer aos estudantes
atividades de ciência e tecnologia aplicadas à musica, bem como música em
contexto multimeios é de fato muito boa.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Também procuramos desenvolver essas práticas na Unicamp, de diversos
aspectos.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">O que defendo não é ATENDER À DEMANDA DO MERCADO. Isso já fazem as
inúmeras escolas e centros que TREINAM seus alunos. Eles aprendem rotinas,
soluções padrão e muitas atividades fim são de escopo fechado. Falta
FORMAR ALUNOS que saibam se desenvolver e que tenham bagagem e ferramentas
para isso. Os treinados repetem as soluções que aprenderam nas apostilas.
FALTAM estruturas para FORMACÃO COMPLETA. Para treinamento já existem
diversas opções.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">As praticas TÉCNICAS são, para mim, muito importantes. Eu mesmo
formei minha maneira de trabalhar e minha abordagem da matéria sonora
através de atividades técnicas. Agora é que estou formulando em formato
ACADEMICO, com um Doutorado, o que desenvolvi. Se tivesse feito outro
caminho nao teria descoberto muitas coisas importantes que descobri,
justamente porque fiz outro trajeto. E acredito que as atividades técnicas
tem muitos subsidios à dar à outras atividades, cientificas /
artísticas.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Contudo, está claro para mim que seria um equívoco MISTURAR métodos
de ensino e pesquisa (desenvolvimento/criação) entre PERFIL TÉCNICO e PERFIL
CIENTÍFICO (no cientifico incluo o ARTISTA NA
UNIVERSIDADE). </font></font></font></span><span>Mas seria também um
equivoco ignorar e desprezar o FAZER ARTISTICO o FAZER TÉCNICO e todo tipo
de KNOW HOW dos chamados `TÉCNICOS`.</span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Já formei alunos que fizeram trabalhos de acústica em afinação de
teclados. E foi de fato uma atividade excelente. Foram comparados diversos
tipos de afinação e o aluno pode colocar como tal ou tal tipo de afinação se
adequam a tal ou tal estilo de música. A afinação de um teclado pode mesmo
suscitar uma tese de doutorado, dependendo da
abordagem.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">OK. Não é porque uma tese é feita que já se pode implementar uma
DISCIPLINA sobre a tese e mesmo... UM CURSO todo. Estou de acordo. Mas vejo
que simplesmente o que em um momento é do DOMINIO TÉCNICO num outro pode
estar envolvido em estágios avançados do dominio
CIENTIFICO. </font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Ao mesmo tempo NÃO CABE fazer uma graduação para (por exemplo)
AFINADOR DE PIANO, STAGE MANAGER, COPISTA... pois cada uma dessas atividades
ainda não têm estofo suficiente para isso. Mas isso não significa que a
ACADEMIA deva necessariamente ignorar o que eles fazem. Acho que há coisas
muito importantes na atividade de COPISTA. Eu mesmo fui copista das editoras
SALABERT na França. Aprendi muita coisa e tenho muitas facilidades em gerar
material musical devido a isso. E treino meus alunos em COPIAS e preparação
de material de orquestra. É uma produção bastante
complexa.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Portanto o CONHECIMENTO INERENTE a essas atividades TÉCNICAS não
deve ser confundido com a ENVERGADURA DAS ATIVIDADES EM
SÍ.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">As atividades de um simples pedreiro nunca foram desprezadas pelos
cientistas, tecnologos, pesquisadores e estudantes de engenharia
civil.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Existem técnicas que foram desenvolvidas no canteiro de obras e que
passaram ao dominio cientifico depois.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Talhar pedras pode parecer primitivo, mas chega a ser uma arte
quando esse TALHAR começa a se tornar
expressivo.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Contudo, não me parece sensato fazer uma GRADUAÇÃO para MESTRE DE
OBRAS (por exemplo)</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Mas é muito importante UM ESTUDANTE de ENGENHARIA CIVIL ver e saber
o que faz e como faz um MESTRE DE OBRAS.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Se os Mestres de Obras no Brasil tivessem um mínimo de formação, a
construção civil em nosso país seria diferente. A começar pelo desperdício
inutil de material e pelos atropelos de planejamento em um canteiro de
obras. De fato falta uma formação dessas!</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Porque a Universidade não poderia assegurar uma atividade dessas EM
NIVEL TECNICO?</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Na Unicamp temos um Colegio Técnico que forma TECNICOS em nivel de
SEGUNDO GRAU.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Porque não ter UM COLEGIO TECNICO EM MUSICA em uma universidade, com
o por exemplo faz a Pontifica Universidade Catoloca do Chile em Santiago. Os
alunos podem entrar com 12 anos. E se passarem por todas as avaliações
necessarias e exames etc. chegam ao Doutorado. Senão fazem o ingresso como
todos os outros e entram no curso pela metade, mas em nivel
superior.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Acredito que a UNIVERSIDADE deva se preocupar com a FORMCAO TËCNICA
EM NIVEL TÉCNICO.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Mais uma vez: Não conjugar PERFIS DIFERENTES: TECNICO é TËCNICO,
CIENTIFICO é CIENTIFICO. CONTUDO não ISOLAR os conhecimentos entre ambos, e
sim integrá-los, de modo que UM SAIBA DO
OUTRO.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Assim, um AFINADOR DE PIANO poderia ser formado numa universidade. A
Proposta da ADRIANA é muito boa: poderia ser uma atividade de EXTENSÃO.
Algumas atividades técnicas poderiam ser um MESTRADO PROFISSIONALIZANTE,
como por exemplo, ENGENHEIRO DE SOM. </font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">E considero que a integração de um DJ seria muito importante. O
FAZER do DJ é muito importante. Vem do fazer do RADIO, das tradicoes ORAIS.
É o fazer sobre a MIDIA. É a poética que brota do suporte. Não cabe uma
GRADUACAO em DJ. Por enquanto isso é óbvio. Mas gostaria muito de pensar em
uma discplina onde os alunos possam saber quais são as bases da expressão de
um DJ. E a partir daí poderem extrair metodos expressivo, tecnicas de ação,
gestos de linguagem. De fato, os produtos de um DJs de modo geral são
pertinentes a estilos e estietcias particulares. Mas se mudarmos o material
e os objetivos, temos um novo instrumento (no sentido tradicional do termo e
não no sentido schaefferiano).</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Considerando os CURSOS SUPERIORES DE MUSICA no Brasil há uma falta
evidente de estruturas para assegurar formação solida em musica em nivel de
segundo grau.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Os alunos acabam tendo que fazer um CURSO SUPERIOR de 5 ANOS no qual
os 2 primeiros são o CONSERVATORIO
'espremido'.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">A Universidade poderia assegurar a FORMACAO DE SEGUNDO GRAU
especializada, associada `as escolas de sua cidade, e depois, pouco a pouco,
a GRADUACÃO se reduziria de 5 anos para 3 anos. Nossos alunos estariam com
Pos-Graduacao completa (Ms + Dr) aos 25 anos. Isso não ocorre muito
agora.</font></font></font></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span></span></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Assim, ao escolher um curso técnico em música, um estudante de
segundo grau poderia OPTAR por TECNICO EM MUSICA em uma MODALIDADE "X" na
qual ele possa adquirir conhecimentos para AFINADOR DE PIANO entre outros.
Poderia também EVIDENTEMENTE fazer uma MODALIDADE TECNICA "Y" para
INTERPRETE INSTRUMENTISTA. Ou Talvez "W" para COMPOSICAO. Ou mesmo "Z" para
Etnomusicologia básica, etc. Há muitas possibilidades. Não estão todas aqui,
somente algumas para exemplificar. Talvez nem sejam as denominações certas,
pois estou pensando junto com Vcs. Mas seria algo nesse caminho o que
vejo.</font></font></font></span></div>
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<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Cordial abraço</font></font></font></span></div>
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<div dir="ltr" lang="pt-br"><span><font face="Arial"><font color="#0000ff"><font size="-1">Mannis</font></font></font></span></div>
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<font face="Tahoma"><font size="-1"><b>De:</b> <a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a> [<a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">
mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a>] <b>Em nome
de <span></span></b>Lopes Moreira</font></font> <br><font face="Tahoma"><font size="-1"><b>Enviada em:</b> terça-feira, 10 de abril de
2007 08:52</font></font> <br><font face="Tahoma"><font size="-1"><b>Para:</b>
ANPPOM</font></font> <br><font face="Tahoma"><font size="-1"><b>Assunto:</b> Re:
[ANPPOM-L] Area academica e area tecnica</font></font> <br> </div><font face="Arial"><font size="-1">Caros colegas,</font></font> <font face="Arial"><font size="-1">Não seria papel da extensão universitária o
oferecimento de cursos </font></font><font face="Times New Roman"><font size="-0">para a formação de Técnicos, Copistas, DJs, Técnicos em sonorização,
Afinadores de Piano, Produtores, Redator de Release, Assistente de som,
etc?</font></font> <font face="Arial"><font size="-1">Abraços a
todos,</font></font><font face="Arial"><font size="-1">Adriana Lopes Moreira
(USP)</font></font></div>
<div dir="ltr" lang="pt-br">
<hr>
<font face="Tahoma"><font size="-1"><b>De:</b> <a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a> [<a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">
mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a>] <b>Em nome de </b>Jorge
Antunes</font></font> <br><font face="Tahoma"><font size="-1"><b>Enviada em:</b>
segunda-feira, 9 de abril de 2007 11:55</font></font> <br><font face="Tahoma"><font size="-1"><b>Para:</b> <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">
anppom-l@iar.unicamp.br</a></font></font> <br><font face="Tahoma"><font size="-1"><b>Assunto:</b> [ANPPOM-L] Area academica e area
tecnica </font></font><br> </div>Caro Mannis:
<p>Acho que estamos quase de acordo. <br>Mas existe um aspecto que, por ser
comum em minha seara, pensei que fosse óbvio e também comum nas outras
Universidades brasileiras. <br>Aqui na UnB o estudante que faz o curso de
Composição faz, além das disciplinas tradicionais (harmonia, contraponto,
fuga, análise, instrumentação, orquestração, etc), estas outras: Prática de
Gravação, Tecnologia Musical (síntese, análise, ressíntese, C-sound,
softwares), Acústica Musical (a Física do som, Psicoacústica e Acústica de
Salas), Música Eletroacústica (softwares de gravação, processamento,
montagem, edição, mixagem). <br>A penúltima vez que ministrei Estágio
Supervisionado em Composição Musical (disciplina do último semestre, em que
se prepara o concerto de formatura), fizemos realização conjunta com o
Departamento de Comunicação: os formandos em Composição Musical compuseram
as trilhas sonoro-musicais para os filmes dos formandos em Cinema. <br>O que
temo é, na Universidade, para atender à demanda do mercado, começarmos a
abrir cursos de um e dois anos para formação de Técnicos, Copistas, DJs,
Técnicos em sonorização, Afinadores de Piano, Produtores, Redator de
Release, Assistente de som, etc. <br>Profissionais nessas áreas, com
excelência, devem ser formados. Mas não na Universidade. Técnicos na área
musical, aqui em Brasília, são formados no Ensino Médio: na Escola de Música
de Brasília. <br>Em todas as Unidades da Federação deveria haver Ensino
Médio e Técnico nessas áreas técnicas. <br>Abraço, <br>Jorge
Antunes</p></blockquote>
<p></p>
<p></p>
<p></p>
<p></p>
<p></p>
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<p></p>
<p></p></span></div><br>________________________________________________<br>Lista
de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________
<br></blockquote></div><br></span></div></div>
</blockquote></div><br>