<!doctype html public "-//W3C//DTD W3 HTML//EN">
<html><head><style type="text/css"><!--
blockquote, dl, ul, ol, li { padding-top: 0 ; padding-bottom: 0 }
 --></style><title>Ai, que susto! e bota susto
nisto!</title></head><body>
<div>bravo por tua mensagem alexandre</div>
<div>realmente interessante a leitura e a argumentação.</div>
<div>no mais:</div>
<div>antes que nos apavoremos com coisas que pertencem a comunidades
das quais não entendemos nada (vale a pena ler um pouco ou ouvir as
entrevistas com juninho do complexo do alemão pra entender que
estamos por fora de uma dinâmica muito mais complexa do que nossos
preconceitos)...</div>
<div>então, antes que nos apavoremos mais</div>
<div>vale a pena entrar na página abaixo e assinar a petição
contra a aprovação da lei rouanet para templos, projeto do
crivelinha (prb-rio; mais conhecido por ser sobrinho do edir
maicedo).</div>
<div><font face="Lucida Grande" size="-4"
color="#000000">http://www.petitiononline.com/cult2007/petition.html</font
></div>
<div><br></div>
<div>não precisa assinar ou visitar a página, assim como também
não era necessário visitar a página sugerida pelo carlos
palombini (a qual eu ainda não tive paciência de visitar).</div>
<div><br></div>
<div>silvio ferraz</div>
<div><br></div>
<div>petição:</div>
<div><br></div>
<div><font face="Lucida Grande" size="-4" color="#000000">To: 
Congresso Nacional do Brasil<br>
<br>
O Senado está a um passo de aprovar um projeto de lei, de autoria do
senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho de Edir Macedo, fundador
da Igreja Universal do Reino de Deus) que incluiria as igrejas entre
as beneficiárias do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac).
Mais conhecida como "Lei Rouanet", aprovada em 1991 pelo
Congresso Nacional, o Pronac permite que empresas invistam em projetos
culturais até 4% do equivalente ao Imposto de Renda devido. O
projeto chegou a ser aprovado em caráter terminativo na Comissão
de Educação, mas um recurso para que fosse apreciado pelo
plenário impediu que seguisse para a Câmara. Uma emenda apresentada
pelo senador Sibá Machado (PT-AC) obrigou a volta do texto para a
comissão. Ainda precisará ser votado no plenário do Senado e
depois ir à Câmara. Como o projeto original fazia referência
apenas a "templos", sem especificar sua natureza, ao estender a
eles os benefícios da Lei Rouanet, o senador Sibá considerou
necessário acrescentar um adendo. A emenda, que teve o parecer
favorável do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovada pela
Comissão de Educação e deixa mais claro que o Pronac poderá ser
usado para contemplar não só museus, bibliotecas, arquivos e
entidades culturais, como também "templos de qualquer natureza ou
credo religioso". A proposta agora segue novamente para o
plenário, onde alguns senadores prometem reagir contra a idéia. Está
mais do que na hora de as pessoas envolvidas e/ou preocupadas com a
verdadeira cultura em nosso País, reagirem e tomarem uma
providência.<br>
<br>
Sincerely,<br>
</font></div>
<div><br></div>
<div><br></div>
<blockquote type="cite" cite>Prezada Stela e colegas,<br>
<br>
Acho que ficou claro que o Palombini quis destacar a clareza
do <br>
preconceito à música funk, evidenciando os avisos destinados a
seus <br>
ouvintes que não surgiam para o acesso ao material equivalente que
o <br>
gerou, e não divulgar materiais pornográficos. Talvez pudesse
ter <br>
deixado isso mais claro, mas talvez tenha imaginado que seria esse
o <br>
olhar que prevaleceria.<br>
<br>
Apesar de também ser parcialmente indignado com a carência
melódica, <br>
harmônica e rítmica do "funk marginal" (se é que tal
conceito é <br>
válido, mas aqui uso apenas para diferenciá-lo de suas
variações mais <br>
bem aceitas pela casta crítica, como James Brown, Tim Maia
ou <br>
Fernanda Abreu), nas raras em que identificamos tais elementos,
não <br>
podemos deixar de observá-lo - e admiti-lo - como
manifestação <br>
legítima, originária de um grupo social bem definido, que assim
se <br>
mostra capaz de encontrar na vastidão desse vazio educacional a que
é <br>
relegado, essas duas ou três ferramentas com as quais grita,
existe, <br>
cria identidade própria e experimenta uma fração mínima da
auto-<br>
estima que lhe é permitida por sua desgraça, com a qual lida sem
que <br>
lhe permitam sequer drogar-se, como se aplica morfina aos
enfermos <br>
com dores extremas. Se tivemos a melhor educação pré-escolar,
eles <br>
tiveram valas negras para brincar, e baixar os olhos e mudar
de <br>
assunto não ajuda a melhorar o conteúdo da internet.<br>
<br>
Seus "manipuladores" são empresários tão gananciosos
quanto os mais <br>
pródigos empreiteiros, mas com formação equivalente aos da
música que </blockquote>
<blockquote type="cite" cite>promovem, são incapazes de nos distrair
de modo a tornarem-se <br>
aceitáveis, e 15 minutos de conversa com os administradores
do <br>
conglomerado Furacão 2000 eliminam qualquer dúvida. Por
qualquer <br>
definição isenta em que se apóie, não há como excluir
tais <br>
manifestações do conceito de cultura popular apenas por
haver <br>
exploradores de sua difusão, sob pena de condenarmos também
as <br>
rendeiras do Ceará, o artesanato de Pernambuco e outras
manifestações <br>
inquestionáveis que, integradas a um sistema que não abre
exceções <br>
românticas, condena indiscriminadamente à miséria ou ao dinheiro
e o <br>
mercado da esquina. Talvez seja necessário refletir sobre a dor
de <br>
perceber tantas características desconfortáveis no funk marginal.
Não <br>
sou pesquisador do tema, e devo estar aglutinando
subdivisões, <br>
estilos e tendências diversas que integram uma classe específica
de <br>
produtos, mas capitulemos ao fato de que são oferecidos e
consumidos <br>
de forma muito semelhante aos produtos culturais "legitimados"
por <br>
nossa elite pós-graduada.<br>
<br>
O arrombamento de tradições locais pela difusão indiscriminada
da <br>
cultura do Alto Leblon através das novelas da Globo é
pornografia <br>
pura; a passividade com que nos mantemos ignorantes e assistimos
o <br>
ECAD funcionar para a cupidez de seus controladores, sem
qualquer <br>
fiscalização pública, é pornográfica, imoral e vergonhosa; o
lucro do <br>
Bradesco (apenas um dentre os 20 bancos enormes) apenas no
1º <br>
trimestre de 2007, é escatológico, rendendo R$ 19 mil por DIA a
quem <br>
detenha reles 0,1% de suas ações. Mas a meia-dúzia de
centros-<br>
culturais com que conseguem tornar decente esse estupro
são <br>
usufruídos por quem irá rejeitar as manifestações do grupo
de <br>
degradados que, ingênuos e servis como a mulher que
descreve, <br>
alimentam cada centavo dessa pedofilia pública. Fazem isso ao
arcar <br>
religiosamente com juros criminosos praticados pelos
atravessadores <br>
das migalhas eletrodomésticas com que nos sentimos atenuando o
abismo <br>
dessas diferenças. Então, com suas migalhas, patrocinam as
nossas <br>
orquestras, as novelas da Globo, "viabilizam os seus sonhos"
e fica <br>
tudo certo. Se pagarmos melhor à nossa empregada doméstica,
não <br>
sobrará para a viagem à Paris, e ainda é comum exigir-lhes, nas
mais <br>
imaculadas famílias, que não estudem, para elidir suas já
remotas <br>
chances de galgar ascenção social. E temos a cara-de-pau de
não <br>
lembrar o nome do picareta em quem votamos, de torcer o nariz
para <br>
quem reclama das coisas no restaurante, em apontar arrogância nos
que <br>
buscam aprimorar a comunicação com melhor vocabulário. Chique é
não <br>
precisar: que loucura!<br>
<br>
Imagino que a origem de sua indignação se remeta muito mais à
culpa - <br>
que não nos permitimos sentir - ao tolerar essas pornografias
mais <br>
graves, malgrado plenamente abastecidos com conceitos ampliados
pelo <br>
conhecimento de línguas e linguagens, com as quais refinamos o
humor <br>
em rodas de chá importado antes do concerto no Municipal,
comprado <br>
com dinheiro que tantos privilégios reduziram a chance de não
tê-lo. <br>
Temos todas as ferramentas para censurar tantas pornografias, mas
os <br>
depravados são tão competentes que conquistaram - não sem
a <br>
colaboração de um certo medo cívico nascido nos anos de chumbo
-  o <br>
nosso constrangimento até para falar dela, quiçá para
implementá-la. <br>
Penso que, enquanto mantivermos o olhar insular, e olharmos
os <br>
funkeiros como os "outros", invasores de nosso castelo de
cultura <br>
ocidental européia, só teremos deles melodias assim tão simples,
com <br>
conteúdos assim tão primários, quando muito. Assim, jamais
seremos <br>
candidatos ao primeiro mundo já que, nos indignemos ou não,
são <br>
também habitantes de um mesmo reino que, para ter acesso à
simples <br>
curiosidade pelo que não lhe causa estímulos orgânicos, precisam
não <br>
temer por sua vida, por sua sobrevivência ou por seu futuro,
quando <br>
são heróis e chegam a ter um.<br>
<br>
Me perdoem a ênfase e a extensão.<br>
Abraços!<br>
<br>
Alexandre<br>
<br>
<br>
<br>
On Jun 3, 2007, at 11:55 AM, Stela Brandao wrote:<br>
<br>
> Que lamentável tudo isto! Muito mais lamentável ainda ser a
lista <br>
> da ANPPOM<br>
> veículo de propagação  de coisa desse gênero, dessa
crescente </blockquote>
<blockquote type="cite" cite>> degeneração da<br>
> cultura popular facilitada e promovida pelos veículos
de <br>
> comunicação em<br>
> massa. É mesmo para baixar de vez o nível do pensamento do
povo, <br>
> que já<br>
> tinha uma concentração pélvica de proporção mais do que
exagerada,<br>
> patológica até, para rebaixá-la ainda mais ao cano de
esgoto.  As <br>
> pessoas<br>
> não precisam desse tipo de aula. O sexo está sendo
instrumento de<br>
> bestialização da humanidade em geral e do Brasil muito
em <br>
> particular.  Seria<br>
> interessante lembrar que nós, seres humanos, temos outros
centros <br>
> para onde<br>
> fazer ascender a energia criativa gerada no chacra básico onde
se <br>
> encontram<br>
> nossos órgãos genitais.  Toda essa vulgaridade está
íntimamente <br>
> ligada à<br>
> cultura da violência (as letras do "Funk" bem o
demostram), à <br>
> exacerbação<br>
> fálica da pior espécia, negando ao homem a possibilidade de
nobreza e<br>
> auto-domínio e  reduzindo a mulher ao seu pior papel de
servilismo <br>
> sexual; à<br>
> exaltação da libidinagem como um valor supostamente ligado à
liberdade<br>
> individual, quanto mais degradante melhor, reduzindo a libido,
ou <br>
> energia<br>
> criativa, a um brinquedo perigoso de mentes incultas e
ignorantes. <br>
> Isto tudo<br>
> não tem nada a ver com Arte, com liberdade, com cultura! Se
é <br>
> cultura, eu<br>
> abomino essa cultura  e conclamaria os jovens a educarem o
seu <br>
> pensamento e<br>
> a impulsionarem sua energia vital em outras direções de
verdadeiro<br>
> significado e auto-conhecimento para a edificação da cultura
de seu <br>
> país.<br>
> Se há algum mérito em expôr tais baixarias na TV, Internet,
etc., <br>
> que seja<br>
> para acender um debate sobre os rumos da cultura popular e
da <br>
> educação atual<br>
> e avaliar os seus efeitos na consciência de uma sociedade, de
um povo.<br>
> Stela Brandão, EdD<br>
><br>
><br>
> ----- Original Message -----<br>
> From: "carlos palombini"
<palombini@terra.com.br><br>
> To: "ANPPOM" <anppom-l@iar.unicamp.br><br>
> Cc: "Leonardo Aldrovandi"
<leoaldrovandi@yahoo.com.br>;<br>
> <rafael_nassif@hotmail.com><br>
> Sent: Sunday, June 03, 2007 9:27 AM<br>
> Subject: [ANPPOM-L] Ai, que susto!<br>
><br>
><br>
><br>
> O Youtube é muito bom: encontram-se lá desde a execução
de obras de<br>
> Xenakis ou _Vingt regards_ de Messiaen até um outro tipo de
obra-<br>
> prima.<br>
><br>
> [quem não gostar de funk carioca, por favor, não leia o que
se segue]<br>
><br>
> A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si
só, uma das<br>
> coisas mais engraçadas da web:<br>
><br>
> www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE<br>
><br>
> O DJ Raphael Mendes fez o que precisava ser feito: transformou
a <br>
> aula de<br>
> sexo anal do SBT num funk que é uma das coisas mais
engraçadas do <br>
> funk:<br>
><br>
> www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk<br>
><br>
> Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da
sexóloga.<br>
> Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal",
que contém apenas<br>
> --- e contém muito menos do que --- a professora disse, vc
necessita<br>
> concordar que:<br>
><br>
> "This video may contain content that is inappropriate for
some <br>
> users, as<br>
> flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you
are<br>
> agreeing that all videos flagged by the YouTube community will
be<br>
> viewable by this account."<br>
><br>
> A quem quiser experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de
estudos<br>
> preliminares.<br>
><br>
> --<br>
> cvp<br>
> ________________________________________________<br>
> Lista de discussões ANPPOM<br>
> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>
> ________________________________________________<br>
><br>
> ________________________________________________<br>
> Lista de discussões ANPPOM<br>
> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>
> ________________________________________________<br>
<br>
<br>
<br>
________________________________________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>
________________________________________________<br>
<br>
E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra.<br>
Para alterar a categoria classificada, visite<br>
http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1<span
></span
>,1180894713.401027.21403.ladigue.hst.terra.com.br,12735,Des15,Des15<br
>
<br>
Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.<br>
Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 01/06/2007 / Versão:
5.1.00/5044</blockquote>
<blockquote type="cite" cite>Proteja o seu e-mail Terra:
http://mail.terra.com.br/</blockquote>
<div><br></div>
</body>
</html>