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<HTML><HEAD><TITLE>Ai, que susto! e bota susto nisto!</TITLE>
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<BODY bgColor=#ffffff>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caríssimo Silvio Ferraz,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>sobre os teus citados "preconceitos" em
relação às "comunidades", só espero que vc, por outro lado, não
esteja tão-somente assumindo uma visão sociologicamente redutiva e
ignorando as reais dimensões do problema enquanto música...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>um abraço do Rubens Ricciardi</FONT></DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=silvio.ferraz@terra.com.br
href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br">silvio</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=anppom-l@iar.unicamp.br
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Sunday, June 03, 2007 3:58 PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> [ANPPOM-L] Ai, que susto! e bota
susto nisto!</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>bravo por tua mensagem alexandre</DIV>
<DIV>realmente interessante a leitura e a argumentação.</DIV>
<DIV>no mais:</DIV>
<DIV>antes que nos apavoremos com coisas que pertencem a comunidades das quais
não entendemos nada (vale a pena ler um pouco ou ouvir as entrevistas com
juninho do complexo do alemão pra entender que estamos por fora de uma
dinâmica muito mais complexa do que nossos preconceitos)...</DIV>
<DIV>então, antes que nos apavoremos mais</DIV>
<DIV>vale a pena entrar na página abaixo e assinar a petição contra a
aprovação da lei rouanet para templos, projeto do crivelinha (prb-rio; mais
conhecido por ser sobrinho do edir maicedo).</DIV>
<DIV><FONT face="Lucida Grande" color=#000000
size=-4>http://www.petitiononline.com/cult2007/petition.html</FONT></DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>não precisa assinar ou visitar a página, assim como também não era
necessário visitar a página sugerida pelo carlos palombini (a qual eu ainda
não tive paciência de visitar).</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>silvio ferraz</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>petição:</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV><FONT face="Lucida Grande" color=#000000 size=-4>To: Congresso
Nacional do Brasil<BR><BR>O Senado está a um passo de aprovar um projeto de
lei, de autoria do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho de Edir Macedo,
fundador da Igreja Universal do Reino de Deus) que incluiria as igrejas entre
as beneficiárias do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). Mais
conhecida como "Lei Rouanet", aprovada em 1991 pelo Congresso Nacional, o
Pronac permite que empresas invistam em projetos culturais até 4% do
equivalente ao Imposto de Renda devido. O projeto chegou a ser aprovado em
caráter terminativo na Comissão de Educação, mas um recurso para que fosse
apreciado pelo plenário impediu que seguisse para a Câmara. Uma emenda
apresentada pelo senador Sibá Machado (PT-AC) obrigou a volta do texto para a
comissão. Ainda precisará ser votado no plenário do Senado e depois ir à
Câmara. Como o projeto original fazia referência apenas a "templos", sem
especificar sua natureza, ao estender a eles os benefícios da Lei Rouanet, o
senador Sibá considerou necessário acrescentar um adendo. A emenda, que teve o
parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS), foi aprovada pela Comissão de
Educação e deixa mais claro que o Pronac poderá ser usado para contemplar não
só museus, bibliotecas, arquivos e entidades culturais, como também "templos
de qualquer natureza ou credo religioso". A proposta agora segue novamente
para o plenário, onde alguns senadores prometem reagir contra a idéia. Está
mais do que na hora de as pessoas envolvidas e/ou preocupadas com a verdadeira
cultura em nosso País, reagirem e tomarem uma
providência.<BR><BR>Sincerely,<BR></FONT></DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV><BR></DIV>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Prezada Stela e colegas,<BR><BR>Acho que
ficou claro que o Palombini quis destacar a clareza do <BR>preconceito
à música funk, evidenciando os avisos destinados a seus <BR>ouvintes
que não surgiam para o acesso ao material equivalente que o <BR>gerou,
e não divulgar materiais pornográficos. Talvez pudesse ter <BR>deixado
isso mais claro, mas talvez tenha imaginado que seria esse o <BR>olhar
que prevaleceria.<BR><BR>Apesar de também ser parcialmente indignado com a
carência melódica, <BR>harmônica e rítmica do "funk marginal" (se é que
tal conceito é <BR>válido, mas aqui uso apenas para diferenciá-lo de
suas variações mais <BR>bem aceitas pela casta crítica, como James
Brown, Tim Maia ou <BR>Fernanda Abreu), nas raras em que identificamos
tais elementos, não <BR>podemos deixar de observá-lo - e admiti-lo -
como manifestação <BR>legítima, originária de um grupo social bem
definido, que assim se <BR>mostra capaz de encontrar na vastidão desse
vazio educacional a que é <BR>relegado, essas duas ou três ferramentas
com as quais grita, existe, <BR>cria identidade própria e experimenta
uma fração mínima da auto-<BR>estima que lhe é permitida por sua desgraça,
com a qual lida sem que <BR>lhe permitam sequer drogar-se, como se
aplica morfina aos enfermos <BR>com dores extremas. Se tivemos a melhor
educação pré-escolar, eles <BR>tiveram valas negras para brincar, e
baixar os olhos e mudar de <BR>assunto não ajuda a melhorar o conteúdo
da internet.<BR><BR>Seus "manipuladores" são empresários tão gananciosos
quanto os mais <BR>pródigos empreiteiros, mas com formação equivalente
aos da música que </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">promovem, são incapazes de nos distrair de
modo a tornarem-se <BR>aceitáveis, e 15 minutos de conversa com os
administradores do <BR>conglomerado Furacão 2000 eliminam qualquer
dúvida. Por qualquer <BR>definição isenta em que se apóie, não há como
excluir tais <BR>manifestações do conceito de cultura popular apenas
por haver <BR>exploradores de sua difusão, sob pena de condenarmos
também as <BR>rendeiras do Ceará, o artesanato de Pernambuco e outras
manifestações <BR>inquestionáveis que, integradas a um sistema que não
abre exceções <BR>românticas, condena indiscriminadamente à miséria ou
ao dinheiro e o <BR>mercado da esquina. Talvez seja necessário refletir
sobre a dor de <BR>perceber tantas características desconfortáveis no
funk marginal. Não <BR>sou pesquisador do tema, e devo estar
aglutinando subdivisões, <BR>estilos e tendências diversas que integram
uma classe específica de <BR>produtos, mas capitulemos ao fato de que
são oferecidos e consumidos <BR>de forma muito semelhante aos produtos
culturais "legitimados" por <BR>nossa elite pós-graduada.<BR><BR>O
arrombamento de tradições locais pela difusão indiscriminada
da <BR>cultura do Alto Leblon através das novelas da Globo é
pornografia <BR>pura; a passividade com que nos mantemos ignorantes e
assistimos o <BR>ECAD funcionar para a cupidez de seus controladores,
sem qualquer <BR>fiscalização pública, é pornográfica, imoral e
vergonhosa; o lucro do <BR>Bradesco (apenas um dentre os 20 bancos
enormes) apenas no 1º <BR>trimestre de 2007, é escatológico, rendendo
R$ 19 mil por DIA a quem <BR>detenha reles 0,1% de suas ações. Mas a
meia-dúzia de centros-<BR>culturais com que conseguem tornar decente esse
estupro são <BR>usufruídos por quem irá rejeitar as manifestações do
grupo de <BR>degradados que, ingênuos e servis como a mulher que
descreve, <BR>alimentam cada centavo dessa pedofilia pública. Fazem
isso ao arcar <BR>religiosamente com juros criminosos praticados pelos
atravessadores <BR>das migalhas eletrodomésticas com que nos sentimos
atenuando o abismo <BR>dessas diferenças. Então, com suas migalhas,
patrocinam as nossas <BR>orquestras, as novelas da Globo, "viabilizam
os seus sonhos" e fica <BR>tudo certo. Se pagarmos melhor à nossa
empregada doméstica, não <BR>sobrará para a viagem à Paris, e ainda é
comum exigir-lhes, nas mais <BR>imaculadas famílias, que não estudem,
para elidir suas já remotas <BR>chances de galgar ascenção social. E
temos a cara-de-pau de não <BR>lembrar o nome do picareta em quem
votamos, de torcer o nariz para <BR>quem reclama das coisas no
restaurante, em apontar arrogância nos que <BR>buscam aprimorar a
comunicação com melhor vocabulário. Chique é não <BR>precisar: que
loucura!<BR><BR>Imagino que a origem de sua indignação se remeta muito mais
à culpa - <BR>que não nos permitimos sentir - ao tolerar essas
pornografias mais <BR>graves, malgrado plenamente abastecidos com
conceitos ampliados pelo <BR>conhecimento de línguas e linguagens, com
as quais refinamos o humor <BR>em rodas de chá importado antes do
concerto no Municipal, comprado <BR>com dinheiro que tantos privilégios
reduziram a chance de não tê-lo. <BR>Temos todas as ferramentas para
censurar tantas pornografias, mas os <BR>depravados são tão competentes
que conquistaram - não sem a <BR>colaboração de um certo medo cívico
nascido nos anos de chumbo - o <BR>nosso constrangimento até para
falar dela, quiçá para implementá-la. <BR>Penso que, enquanto
mantivermos o olhar insular, e olharmos os <BR>funkeiros como os
"outros", invasores de nosso castelo de cultura <BR>ocidental européia,
só teremos deles melodias assim tão simples, com <BR>conteúdos assim
tão primários, quando muito. Assim, jamais seremos <BR>candidatos ao
primeiro mundo já que, nos indignemos ou não, são <BR>também habitantes
de um mesmo reino que, para ter acesso à simples <BR>curiosidade pelo
que não lhe causa estímulos orgânicos, precisam não <BR>temer por sua
vida, por sua sobrevivência ou por seu futuro, quando <BR>são heróis e
chegam a ter um.<BR><BR>Me perdoem a ênfase e a
extensão.<BR>Abraços!<BR><BR>Alexandre<BR><BR><BR><BR>On Jun 3, 2007, at
11:55 AM, Stela Brandao wrote:<BR><BR>> Que lamentável tudo isto! Muito
mais lamentável ainda ser a lista <BR>> da ANPPOM<BR>> veículo de
propagação de coisa desse gênero, dessa crescente </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">> degeneração da<BR>> cultura popular
facilitada e promovida pelos veículos de <BR>> comunicação
em<BR>> massa. É mesmo para baixar de vez o nível do pensamento do
povo, <BR>> que já<BR>> tinha uma concentração pélvica de
proporção mais do que exagerada,<BR>> patológica até, para rebaixá-la
ainda mais ao cano de esgoto. As <BR>> pessoas<BR>> não
precisam desse tipo de aula. O sexo está sendo instrumento de<BR>>
bestialização da humanidade em geral e do Brasil muito em <BR>>
particular. Seria<BR>> interessante lembrar que nós, seres humanos,
temos outros centros <BR>> para onde<BR>> fazer ascender a
energia criativa gerada no chacra básico onde se <BR>>
encontram<BR>> nossos órgãos genitais. Toda essa vulgaridade está
íntimamente <BR>> ligada à<BR>> cultura da violência (as letras
do "Funk" bem o demostram), à <BR>> exacerbação<BR>> fálica da
pior espécia, negando ao homem a possibilidade de nobreza e<BR>>
auto-domínio e reduzindo a mulher ao seu pior papel de
servilismo <BR>> sexual; à<BR>> exaltação da libidinagem como um
valor supostamente ligado à liberdade<BR>> individual, quanto mais
degradante melhor, reduzindo a libido, ou <BR>> energia<BR>>
criativa, a um brinquedo perigoso de mentes incultas e
ignorantes. <BR>> Isto tudo<BR>> não tem nada a ver com Arte, com
liberdade, com cultura! Se é <BR>> cultura, eu<BR>> abomino essa
cultura e conclamaria os jovens a educarem o seu <BR>>
pensamento e<BR>> a impulsionarem sua energia vital em outras direções de
verdadeiro<BR>> significado e auto-conhecimento para a edificação da
cultura de seu <BR>> país.<BR>> Se há algum mérito em expôr tais
baixarias na TV, Internet, etc., <BR>> que seja<BR>> para acender
um debate sobre os rumos da cultura popular e da <BR>> educação
atual<BR>> e avaliar os seus efeitos na consciência de uma sociedade, de
um povo.<BR>> Stela Brandão, EdD<BR>><BR>><BR>> ----- Original
Message -----<BR>> From: "carlos palombini"
<palombini@terra.com.br><BR>> To: "ANPPOM"
<anppom-l@iar.unicamp.br><BR>> Cc: "Leonardo Aldrovandi"
<leoaldrovandi@yahoo.com.br>;<BR>>
<rafael_nassif@hotmail.com><BR>> Sent: Sunday, June 03, 2007 9:27
AM<BR>> Subject: [ANPPOM-L] Ai, que
susto!<BR>><BR>><BR>><BR>> O Youtube é muito bom: encontram-se
lá desde a execução de obras de<BR>> Xenakis ou _Vingt regards_ de
Messiaen até um outro tipo de obra-<BR>> prima.<BR>><BR>> [quem não
gostar de funk carioca, por favor, não leia o que se segue]<BR>><BR>>
A sexóloga do SBT deu uma aula de sexo anal, que é, por si só, uma
das<BR>> coisas mais engraçadas da web:<BR>><BR>>
www.youtube.com/watch?v=vDkoyWDT3TE<BR>><BR>> O DJ Raphael Mendes fez
o que precisava ser feito: transformou a <BR>> aula de<BR>> sexo
anal do SBT num funk que é uma das coisas mais engraçadas do <BR>>
funk:<BR>><BR>> www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk<BR>><BR>>
Mais engraçado ainda é que vc acessa sem problemas a aula da
sexóloga.<BR>> Todavia, para acessar o "Funk da aula de sexo anal", que
contém apenas<BR>> --- e contém muito menos do que --- a professora
disse, vc necessita<BR>> concordar que:<BR>><BR>> "This video may
contain content that is inappropriate for some <BR>> users,
as<BR>> flagged by YouTube's user community. By clicking 'Confirm', you
are<BR>> agreeing that all videos flagged by the YouTube community will
be<BR>> viewable by this account."<BR>><BR>> A quem quiser
experimentar, é bom lembrar que são 20 dias de estudos<BR>>
preliminares.<BR>><BR>> --<BR>> cvp<BR>>
________________________________________________<BR>> Lista de discussões
ANPPOM<BR>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>>
________________________________________________<BR>><BR>>
________________________________________________<BR>> Lista de discussões
ANPPOM<BR>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>>
________________________________________________<BR><BR><BR><BR>________________________________________________<BR>Lista
de discussões
ANPPOM<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________<BR><BR>E-mail
classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra.<BR>Para alterar a
categoria classificada,
visite<BR>http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1<SPAN></SPAN>,1180894713.401027.21403.ladigue.hst.terra.com.br,12735,Des15,Des15<BR><BR>Esta
mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.<BR>Scan engine: McAfee
VirusScan / Atualizado em 01/06/2007 / Versão: 5.1.00/5044</BLOCKQUOTE>
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http://mail.terra.com.br/</BLOCKQUOTE>
<DIV><BR></DIV>
<P>
<HR>
<P></P>________________________________________________<BR>Lista de discussões
ANPPOM
<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________
<P>
<HR>
<P></P>Internal Virus Database is out-of-date.<BR>Checked by AVG Free
Edition.<BR>Version: 7.5.446 / Virus Database: 269.0.0/756 - Release Date:
6/4/2007 00:00<BR></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>