<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD><TITLE>Re: [ANPPOM-L] FWD: TRADI ÇÃ O E RUPTURA - John Coriglia</TITLE>
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<DIV><FONT face=Arial size=2>caros colegas da anppom,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>1) o q se chama pós-moderno
talvez sejam tão-somente novos casos de paradoxo da
modernidade (já houve vários destes casos na música - por
exemplo, o neoclassicismo dos anos 20-40, o jdanovismo dos anos 50 etc.
- antes mesmo que os filósofos tentassem interpretar a tal
pós-modernidade enquanto conceito);</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>2) aliás, pós-modernismo ou valetudismo?
(seguramente "nem tudo é relativo", como diz o Prof. Hilton
Japiassu)...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>3) mesmo em nossos tempos seguramente
pós-vanguarda há ainda tanto jovens epígonos modernistas como demais
compositores apenas convencionais...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>ps: e, já que estamos falando de música,
deixemos os padrões medianos da indústria cultural fora da
questão...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>rubens ricciardi</FONT></DIV>
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<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=silvio.ferraz@terra.com.br
href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br">silvio</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=sandramontreal@hotmail.com
href="mailto:sandramontreal@hotmail.com">Sandra Reis</A> ; <A
title=anppom-l@iar.unicamp.br
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Saturday, July 21, 2007 12:36
PM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> Re: [ANPPOM-L] FWD: TRADI ÇÃ O E
RUPTURA - John Corigliano e a m ú sica do presentepor Matheus G. Bito
ndi</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>sandra e carlos cobertos de razão.</DIV>
<DIV>vale pegar dois livros muito pouco lidos pelos brasileiros que gostam de
pós-modernismo:</DIV>
<DIV>a condição pós-moderna de Lyotard e pósmodernismo e jameson.</DIV>
<DIV>ora, nos dois o termo é claramente uma crítica à forma de relações
humanas nascidas do capitalismo recente.</DIV>
<DIV>nos dois livros é clara a noção de último homem, alertada por nietzsche,
para falar do nihilismo ao qual chegaríamos.</DIV>
<DIV>para checar tanto, basta ler o artigo e entrevistas com artístas ditos
pós-modernos e notar que todo o entusiasmo do discurso das utopias dos anos 50
se desfaz num ressentimento e no tanto faz, sobretudo tanto faz qdo aquele que
tanto faz tem condições financeiras que beiram a agressão.</DIV>
<DIV>Por outro lado, esta coisa de misturar, isto não era antropofagia? e
antropfagia não é uma coisa do modernismo de oswald? O q isto tema ver com
pós-modernismo?</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>silvio ferraz</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV><BR></DIV>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Amigos,<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Estou de acordo com a postura crítica do
Carlos Palombini.<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Para iniciar, não aprecio o termo
Pós-Modernismo. É muito confuso. Se Descartes foi o introdutor da Idade
Moderna, se Baudelaire chamava o seu momento de Modernidade, se ser
moderno é estar dentro do<I><B> agora</B></I> de seu tempo, não existe
"Pós-Modernismo" mas sim, Pós-Modernismos.<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Inventaram o termo, o coro dos influentes
gostou e impuseram na área de artes um epíteto que os pósteros vão ter de
agüentar?<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Quando estive no Canadá , o
Pós-Modernismo era visto como uma<B> justaposição de tendências no tempo
atual</B>, validando todos os estilos suprassumidos no tempo histórico em pé
de igualdade como fonte de inspiração e meio para
exercitar e dar forma à criatividade no momento hodierno.<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">A partir daí, comecei a "engulir" o termo
com menos sofrimento porque passei a ver o Pós-Modernismo como a<B>
expressão de liberdade</B> no nosso tempo : cada um deve criar como deseja,
de acordo com suas tendências e ideais, sem ter de seguir as determinações
de um grupo que se acha dono da história. Se alguém deseja ressuscitar, por
exemplo, o estilo de Palestrina, está no seu direito e certamente fará algo
novo pois nunca<B> "atravessamos o mesmo rio, em cada momento, ele está
diferente"</B>, como disse o nosso colega Heráclito, no VI século
antes de Cristo.<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Daí, que as preferências ocorram é muito
natural, mas dizer que X, Y ou Z são os modelos de Pós-Modernismo, é
voltar às ditaduras do poder na história que é feita a partir das
"estrelas" eleitas pelos historiadores e teóricos que se concentram em
determinados pontos como abelhas no mel, sem vislumbrar outras riquezas ao
seu redor.<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Um abraço para todos,<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">Sandra Loureiro de Freitas
Reis<BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">From: <I>carlos palombini
<palombini@terra.com.br></I><BR>To: <I>ANPPOM
<anppom-l@iar.unicamp.br></I><BR>Subject: <I>Re: [ANPPOM-L]
FWD: TRADI ÇÃ O E RUPTURA - John Corigliano e a m ú sica do presentepor
Matheus G. Bito ndi</I><BR>Date: <I>Fri, 20 Jul 2007 22:05:01
-0300</I><BR>><BR>>Achei muita coisa estranha neste
artigo.<BR>><BR>>[1] É estranho ver Gilberto Mendes descrito como o
representante<BR>>brasileiro do pós-modernismo. Matheus Bitondi não deve
ter lido o<BR>>prefácio que o compositor santista escreveu para o livro
em que Jorge<BR>>Antunes publicou sobre Jorge Antunes, _Uma poética
musical brasileira e<BR>>revolucionária_. Considerem este
excerto:<BR>><BR>>"Neste momento em que o hip-hop e DJs são elevados,
pela mídia, à<BR>>importância de Stockhausen, Berio, Pousseur, este livro
de análises das<BR>>obras de Antunes vem em boa hora, como reação a esta
descaracterização<BR>>das diversidades. Vem para colocar as coisas em
seus devidos lugares,<BR>>mostrando o que é de fato um compositor voltado
para uma música<BR>>realmente de invenção. Um compositor que pensa a
música, como um<BR>>artista, como um homem da alta
cultura."<BR>><BR>>[2] É estranho ver o "ecletismo" de um compositor
norte-americano dos<BR>>séculos XX e XXI ser apresentado
como tendo raízes em Monteverdi,<BR>>Tchaikovski e Dvorak e,
portanto, não sendo realmente novo. O serialismo</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">>integral de Boulez não combinava Webern,
Messiaen, Varèse, Cage e<BR>>Stravinski? E o dodecafonismo<BR>>de
Schoenberg não era a conseqüência necessária de Brahms, Mozart,
Bach,<BR>>Beethoven e Wagner? Por que o pós-modernismo de uns necessita
reduzir-se<BR>>às mesmas narrativas historiográficas que o modernismo de
outros? E por<BR>>que estas estruturas narrativas são usadas ao mesmo
tempo para<BR>>justificar os modernistas como conseqüência lógica da
tradição e<BR>>desqualificar os pós-modernos como nem tão novos
assim?<BR>><BR>>[3] É estranho ver os compositores ditos pós-modernos
só podendo ser<BR>>compreendidos se colocados em oposição ao serialismo
integral, como se<BR>>só o serialismo integral os tivesse precedido e nos
anos cinqüenta não<BR>>houvesse mais nada de novo acontecendo no mundo.
Não houve Cage? Não<BR>>houve Scelsi? Não houve Messiaen? Não houve
Varèse? E não houve o soul,<BR>>o gospel, o rock, o twist, o cool jazz? E
não houve Villa-Lobos, Camargo<BR>>Guarnieri, o baião, Ary Barroso,
Ângela Maria, a bossa
nova?<BR>><BR>>--<BR>>cvp<BR>><BR>><BR>>silvio
escreveu:<BR>> > interessante a frase:<BR>> ><BR>> > " A
libertação das amarras seriais e a<BR>> > conseqüente reabertura dos
ouvidos para toda a<BR>> > história da música"<BR>> > afinal de
contas ela era usada antes de outro<BR>> > modo: "a liberação da
música das amarras do<BR>> > tonalismo", "a liberação do som". E não
houve<BR>> > época mais aberta a ouvir toda a história do que<BR>>
> os anos 50 e 60, nas classes de messiaen e<BR>> >
maderna.<BR>>
><BR>><BR>>________________________________________________<BR>>Lista
de discussões
ANPPOM<BR>>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>>________________________________________________<BR></BLOCKQUOTE>
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<HR>
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<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><A
href="http://g.msn.com/8HMBBRBR/2743??PS=47575">Verificador de Segurança do
Windows Live OneCare: verifique já a segurança do seu PC!</A><BR></BLOCKQUOTE>
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<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face="Trebuchet MS" size=-1>E-mail
classificado pelo Identificador de Spam Inteligente.<BR>Para alterar a
categoria classificada, visite o</FONT> <A
href="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1185016666.83736.26830.tacamaca.hst.terra.com.br,8651,Des15,Des15"><SPAN></SPAN>Terra
Mail<BR></A></BLOCKQUOTE>
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mensagem foi verificada pelo</FONT> <A
href="http://mail.terra.com.br/"><FONT face="Trebuchet MS" size=-1>E-mail
Protegido Terra.<BR>Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007
/ Versão: 5.1.00/5079<BR>Proteja o seu e-mail Terra:</FONT></A> <A
href="http://mail.terra.com.br/"><FONT face="Trebuchet MS"
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discussões
ANPPOM<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________<BR>E-mail
classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra.<BR>Para alterar a
categoria classificada,
visite<BR>http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1<SPAN></SPAN>,1185016666.83736.26830.tacamaca.hst.terra.com.br,8651,Des15,Des15<BR><BR>Esta
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VirusScan / Atualizado em 20/07/2007 / Versão: 5.1.00/5079<BR>Proteja o seu
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<BR>Version: 7.5.476 / Virus Database: 269.10.2/893 - Release Date: 9/7/2007
17:22<BR></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>