<!doctype html public "-//w3c//dtd html 4.0 transitional//en">
<html>
<body bgcolor="#FFFFFF">
Caros Silvio e Rubens:
<p>Concordo com vocês dois.
<br>Tudo que vocês dizem é lúcido e acertado.
<br>Existe um oceano de coisas distintas, que não são distintas
aos olhos e aos ouvidos de leigos, de surdos, de musicólogos, de
cegos e de críticos musicais da grande imprensa. Esse oceano é
chamado de pós-modernismo.
<br>Existe uma parte desse oceano que é formada por compositores
<i>soi-disant </i>pós-modernos, mas que não passam de neoclássicos
envergonhados que tentam tapar o sol com a peneira. Aproveitando-se da
ignorância perceptiva e estética de incautos, alguns conseguem,
apesar do sol escaldante, fazer sombra com a peneira.
<br>Existe outra parte formada por compositores viciados ou recém-viciados
no ópio do povo (religião), que, em busca de uma hipotética
e falsa êxtase espiritual das esferas, aderem à retaguarda,
alardeando uma mentira: o fim das vanguardas.
<br>Em verdade vos digo que a História não acabou e que a
Vanguarda não acabou.
<br>Abraço,
<br>Jorge Antunes
<br>
<p>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<p>Rubens Ricciardi wrote:
<blockquote TYPE=CITE><style type=text/css>BLOCKQUOTE {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
DL {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
UL {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
OL {
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}
LI {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
</style>
<font face="Arial"><font size=-1>caro
Silvio Ferraz,</font></font> <font face="Arial"><font size=-1>muito
bom este teu último e-mail,</font></font> <font face="Arial"><font size=-1>gostei
do teu wittgensteiniano "estado de coisas" (Sachverhalt),</font></font> <font face="Arial"><font size=-1>e
gostei também do teu positivo "polo de resistência", assim
como da utilização do conceito de "ultrapassamento" neste
contexto (que também está na leitura que Vattimo faz de Heidegger
em relação à metafísica), acho que vale pra
nós também enquanto compositores que pensamos em possibilidades
poéticas...</font></font> <font face="Arial"><font size=-1>e
tudo isso para além do ecletismo gratuito, das comodidades convencionais,
assim como, do mesmo modo, para além dos epígonos da velha
vanguarda, (já cansada e há muito exaurida) etc.</font></font> <font face="Arial"><font size=-1>por
isso disse que vivenciamos ainda sempre parodoxos da modernidade - e vc
tem razão, que mal há em se escrever um novo arranjo para
uma velha modinha??? (disse arranjo, não composição)
- é sempre ainda melhor para os alunos cantarem, do que eles ficarem
escutando o fundo sonoro de vídeo game emitido num subwoofer invariavelmente
de péssima qualidade: isto é que é confusão
e mistureba de mau gosto!!! - tecnologia a serviço da degradação
estética com o desleixo para com os parâmetros musicais...
eta geração estropiada: "só um Deus pode ainda nos
salvar", como disse o Heidegger certa vez numa entrevista para a revista
Der Spiegel...</font></font> <font face="Arial"><font size=-1>um abraço
do Rubens Ricciardi</font></font>
<blockquote
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<div style="FONT: 10pt arial">----- Original Message -----</div>
<div
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><b>From:</b>
<a href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br" title="silvio.ferraz@terra.com.br">silvio</a></div>
<div style="FONT: 10pt arial"><b>To:</b> <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" title="anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a></div>
<div style="FONT: 10pt arial"><b>Sent:</b> Monday, July 23, 2007 11:27
AM</div>
<div style="FONT: 10pt arial"><b>Subject:</b> Re: [ANPPOM-L] pós-modernidade
ou paradoxos da mode rnidade?</div>
caro rubens não é à toa que adorno passa
a ser lido e relido em diversos lugares.mas vc fala de uma poética
pomô.ora poética é um projeto, e no pomô não
há projeto há apenas estado de coisas (não há
como haver projeto em um pensamento que descartou qq utopia, qq futuro
projetado).mas vc fala numa poétca,se esta poética é
a mescla de linguagens, ora ela já estava esboçada na década
de 50 em plena vangüarda e encontra sua forma mais plena não
na música q fazermos mas nas instalações sonoras,
peças radiofônicas, música de pista, músicas
visuais, música de celulares... nada impede que exista um polo
de resistência (no sentido positivo do termo e não no sentido
de reação) à esta forma de pensamento.e aí
vc tem duas linhas: uma pró pomô e outra de resistência,
ou de ultrapasamento do pomô (acredito mais neste termo). qto
a misturar alhos com bugalho, fazer música meio-tonal-meio-modal-meio-atonal,
aí é outra coisa, é comodismo mesmo, é vontade
não de arte, mas vontade de público.muitos compositores se
empastam da palavra pomô pra fazer modinha ou pra esconder que não
conseguiram aderir às propostas mais radicais do séc.XX.por
outro lado, não devemos evitar o fato de q as orq.sinfônicas
precisam de repertório fácil o qto antes (muita já
tocaram todos mahlers e strausses possíveis), e pagam bem pra quem
faz isto...são encomendas q vão de trilha de filme a hino
do pan. qto à mistureba: ora, façam modinha sem problema,
nunca foi proibido fazer modinha, muita gente viveu feliz no séc.XX
fazendo modinha, fazendo música romântica, e não só
aqui no Brasil, no mundo todo.então, só num país de
pouca leitura é que fazer modinha precisa de halibi.ora, paulo coelho
não nos pergunta se deve ou não ser mago, e é. senão,
tenta-se justificar com um meta-relato (o que é fruto de uma metafísica)
uma prática, a prática do pastiche, ora justificar é
atitude moderna, e é o que caracteriza os anos 50.e isto contradiz
o próprio pomô "sem verdades". abssilvio
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">caro silvio,</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"> </blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">agradeço o teu
e-mail...</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"> </blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">vc concluía:</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"> </blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">"o q caracteriza o pós-modernismo
é a produção de arte como mercadoria de consumo rápido"...</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"> </blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">se fosse simples assim,
então tudo que há de mais essencial na condição
pós-moderna já teria sido anunciado nos anos 40 por adorno
e horkheimer no capítulo deles sobre indústria cultural,
e, seguindo ainda este caminho, então o que nos interessa na pós-modernidade
seriam acima de tudo as presentes questões das distorções
ideológicas... mas justamente muitos autores que pensam a pós-modernidade
não pensam assim...</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"> </blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">e para "insistir na
leitura de livros sobre o assunto" vc deveria não só ler
vários outros autores além de lyotard e jameson (aliás,
este já é um crítico ferrenho daquele - e nem cabe
aqui nenhuma listinha bibliográfica complementar), como também
depois desenvolver uma crítica diferenciada sobre os principais
autores que tratam da pós-modernidade (são dezenas e dezenas
deles em quase todos os países)...</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"> </blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">com meu outro e-mail
eu só quis levantar o seguinte problema para nós músicos
(e aí talvez até estejamos de acordo): qual a relação
entre 1) uma suposta condição de pós-modernidade analisada
a partir das quantidades estatísticas e 2) outra suposta pós-modernidade
enquanto possibilidades poéticas na música em suas singularidades
qualitativas? penso que embora concomitantes tenhamos aí dois processos
essencialmente diversos e, assim, não devemos pensá-los através
de um único e redutivo conceito, conceito este sempre já
facilmente eclético, generalista, relativista, valetudista, não
raramente reacionário (aí pensemos no vattimo, mas que por
exemplo enquanto filósofo talvez até seja maior que o jameson)...</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"> </blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">abraços do rubens
ricciardi</font></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite">
<blockquote>----- Original Message -----</blockquote>
<blockquote><b>From:</b> <a href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br">silvio</a></blockquote>
<blockquote><b>To:</b> <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a></blockquote>
<blockquote><b>Sent:</b> Sunday, July 22, 2007 11:49 AM</blockquote>
<blockquote><b>Subject:</b> Re: [ANPPOM-L]pós-modernidade ou paradoxos
da modernidade?</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote><font face="Arial">caro rubens</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">como deixar os padrões medianos da
Ind.cultural de fora se o q caracteriza o pós-modernismo é
a produção de arte como mercadoria de consumo rápido
(insisto na leitura de livros sobre o assunto).</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">no Brasil existe um uso corrente do
termo pós-moderno pq ele alivia a alma daqueles que se mantinham
numa arte tradicionalista, sobretudo de cunho nacionaL.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">só q numa lidinha rápida em
jameson, vale ver q o verdadeiro músico pomô é o DJ.</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote><font face="Arial">abs</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">silvio</font></blockquote>
<blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">caros colegas da anppom,</font></blockquote>
</blockquote>
<blockquote>
<blockquote><font face="Arial">1) o q se chama pós-moderno talvez
sejam tão-somente novos casos de paradoxo da modernidade (já
houve vários destes casos na música - por exemplo, o neoclassicismo
dos anos 20-40, o jdanovismo dos anos 50 etc. - antes mesmo que os filósofos
tentassem interpretar a tal pós-modernidade enquanto conceito);</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">2) aliás, pós-modernismo ou
valetudismo? (seguramente "nem tudo é relativo", como diz o Prof.
Hilton Japiassu)...</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">3) mesmo em nossos tempos seguramente pós-vanguarda
há ainda tanto jovens epígonos modernistas como demais compositores
apenas convencionais...</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">ps: e, já que estamos falando de
música, deixemos os padrões medianos da indústria
cultural fora da questão...</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">rubens ricciardi</font>
<blockquote><font face="Arial">----- Original Message -----</font></blockquote>
<blockquote><b><font face="Arial">From:</font></b> <font face="Arial"><a href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br">silvio</a></font></blockquote>
<blockquote><b><font face="Arial">To:</font></b> <font face="Arial"><a href="mailto:sandramontreal@hotmail.com">Sandra
Reis</a> ;</font> <font face="Arial"><a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a></font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial"><b>Sent:</b> Saturday, July 21, 2007 12:36
PM</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial"><b>Subject:</b> Re: [ANPPOM-L] FWD: TRADI
ÇÃ O E RUPTURA - John Corigliano e a m ú sica do presentepor
Matheus G. Bito ndi</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote><font face="Arial">sandra e carlos cobertos de razão.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">vale pegar dois livros muito pouco lidos
pelos brasileiros que gostam de pós-modernismo:</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">a condição pós-moderna
de Lyotard e pósmodernismo e jameson.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">ora, nos dois o termo é claramente
uma crítica à forma de relações humanas nascidas
do capitalismo recente.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">nos dois livros é clara a noção
de último homem, alertada por nietzsche, para falar do nihilismo
ao qual chegaríamos.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">para checar tanto, basta ler o artigo e
entrevistas com artístas ditos pós-modernos e notar que todo
o entusiasmo do discurso das utopias dos anos 50 se desfaz num ressentimento
e no tanto faz, sobretudo tanto faz qdo aquele que tanto faz tem condições
financeiras que beiram a agressão.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Por outro lado, esta coisa de misturar,
isto não era antropofagia? e antropfagia não é uma
coisa do modernismo de oswald? O q isto tema ver com pós-modernismo?</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote><font face="Arial">silvio ferraz</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Arial">Amigos,</font></blockquote>
</blockquote>
</blockquote>
</blockquote>
<blockquote>
<blockquote>
<blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Estou de acordo com a postura crítica
do Carlos Palombini.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Para iniciar, não aprecio o termo
Pós-Modernismo. É muito confuso. Se Descartes foi o introdutor
da Idade Moderna, se Baudelaire chamava o seu momento de Modernidade,
se ser moderno é estar dentro do<b><i> agora</i></b> de seu tempo,
não existe "Pós-Modernismo" mas sim, Pós-Modernismos.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Inventaram o termo, o coro dos influentes
gostou e impuseram na área de artes um epíteto que os pósteros
vão ter de agüentar?</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Quando estive no Canadá , o
Pós-Modernismo era visto como uma<b> justaposição
de tendências no tempo atual</b>, validando todos os estilos suprassumidos
no tempo histórico em pé de igualdade como fonte
de inspiração e meio para exercitar e dar forma à
criatividade no momento hodierno.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">A partir daí, comecei a "engulir"
o termo com menos sofrimento porque passei a ver o Pós-Modernismo
como a<b> expressão de liberdade</b> no nosso tempo : cada um deve
criar como deseja, de acordo com suas tendências e ideais, sem ter
de seguir as determinações de um grupo que se acha dono da
história. Se alguém deseja ressuscitar, por exemplo, o estilo
de Palestrina, está no seu direito e certamente fará algo
novo pois nunca<b> "atravessamos o mesmo rio, em cada momento, ele está
diferente"</b>, como disse o nosso colega Heráclito, no VI
século antes de Cristo.</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Daí, que as preferências ocorram
é muito natural, mas dizer que X, Y ou Z são os modelos
de Pós-Modernismo, é voltar às ditaduras do
poder na história que é feita a partir das "estrelas" eleitas
pelos historiadores e teóricos que se concentram em determinados
pontos como abelhas no mel, sem vislumbrar outras riquezas ao seu redor.</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Um abraço para todos,</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Sandra Loureiro de Freitas Reis</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote><font face="Arial">From: <i>carlos palombini <palombini@terra.com.br></i></font>
<br><font face="Arial">To: <i>ANPPOM <anppom-l@iar.unicamp.br></i></font>
<br><font face="Arial">Subject: <i>Re: [ANPPOM-L] FWD: TRADI ÇÃ
O E RUPTURA - John Corigliano e a m ú sica do presentepor Matheus
G. Bito ndi</i></font>
<br><font face="Arial">Date: <i>Fri, 20 Jul 2007 22:05:01 -0300</i></font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>Achei muita coisa estranha neste artigo.</font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>[1] É estranho ver Gilberto Mendes descrito
como o representante</font>
<br><font face="Arial">>brasileiro do pós-modernismo. Matheus Bitondi
não deve ter lido o</font>
<br><font face="Arial">>prefácio que o compositor santista escreveu
para o livro em que Jorge</font>
<br><font face="Arial">>Antunes publicou sobre Jorge Antunes, _Uma poética
musical brasileira e</font>
<br><font face="Arial">>revolucionária_. Considerem este excerto:</font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>"Neste momento em que o hip-hop e DJs são
elevados, pela mídia, à</font>
<br><font face="Arial">>importância de Stockhausen, Berio, Pousseur,
este livro de análises das</font>
<br><font face="Arial">>obras de Antunes vem em boa hora, como reação
a esta descaracterização</font>
<br><font face="Arial">>das diversidades. Vem para colocar as coisas em
seus devidos lugares,</font>
<br><font face="Arial">>mostrando o que é de fato um compositor
voltado para uma música</font>
<br><font face="Arial">>realmente de invenção. Um compositor
que pensa a música, como um</font>
<br><font face="Arial">>artista, como um homem da alta cultura."</font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>[2] É estranho ver o "ecletismo" de um compositor
norte-americano dos</font>
<br><font face="Arial">>séculos XX e XXI ser apresentado como
tendo raízes em Monteverdi,</font>
<br><font face="Arial">>Tchaikovski e Dvorak e, portanto, não sendo
realmente novo. O serialismo</font></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">>integral de Boulez não combinava
Webern, Messiaen, Varèse, Cage e</font>
<br><font face="Arial">>Stravinski? E o dodecafonismo</font>
<br><font face="Arial">>de Schoenberg não era a conseqüência
necessária de Brahms, Mozart, Bach,</font>
<br><font face="Arial">>Beethoven e Wagner? Por que o pós-modernismo
de uns necessita reduzir-se</font>
<br><font face="Arial">>às mesmas narrativas historiográficas
que o modernismo de outros? E por</font>
<br><font face="Arial">>que estas estruturas narrativas são usadas
ao mesmo tempo para</font>
<br><font face="Arial">>justificar os modernistas como conseqüência
lógica da tradição e</font>
<br><font face="Arial">>desqualificar os pós-modernos como nem tão
novos assim?</font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>[3] É estranho ver os compositores ditos
pós-modernos só podendo ser</font>
<br><font face="Arial">>compreendidos se colocados em oposição
ao serialismo integral, como se</font>
<br><font face="Arial">>só o serialismo integral os tivesse precedido
e nos anos cinqüenta não</font>
<br><font face="Arial">>houvesse mais nada de novo acontecendo no mundo.
Não houve Cage? Não</font>
<br><font face="Arial">>houve Scelsi? Não houve Messiaen? Não
houve Varèse? E não houve o soul,</font>
<br><font face="Arial">>o gospel, o rock, o twist, o cool jazz? E não
houve Villa-Lobos, Camargo</font>
<br><font face="Arial">>Guarnieri, o baião, Ary Barroso, Ângela
Maria, a bossa nova?</font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>--</font>
<br><font face="Arial">>cvp</font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>silvio escreveu:</font>
<br><font face="Arial">> > interessante a frase:</font>
<br><font face="Arial">> ></font>
<br><font face="Arial">> > " A libertação das amarras seriais
e a</font>
<br><font face="Arial">> > conseqüente reabertura dos ouvidos para
toda a</font>
<br><font face="Arial">> > história da música"</font>
<br><font face="Arial">> > afinal de contas ela era usada antes de outro</font>
<br><font face="Arial">> > modo: "a liberação da música
das amarras do</font>
<br><font face="Arial">> > tonalismo", "a liberação do som".
E não houve</font>
<br><font face="Arial">> > época mais aberta a ouvir toda a história
do que</font>
<br><font face="Arial">> > os anos 50 e 60, nas classes de messiaen e</font>
<br><font face="Arial">> > maderna.</font>
<br><font face="Arial">> ></font>
<br><font face="Arial">></font>
<br><font face="Arial">>________________________________________________</font>
<br><font face="Arial">>Lista de discussões ANPPOM</font>
<br><font face="Arial">><A HREF="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</A></font>
<br><font face="Arial">>________________________________________________</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>
<hr></blockquote>
<blockquote><font face="Arial"><a href="http://g.msn.com/8HMBBRBR/2743??PS=47575">Verificador
de Segurança do Windows Live OneCare: verifique já a segurança
do seu PC!</a></font></blockquote>
<blockquote>
<hr width=400 SIZE=2></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">E-mail classificado pelo Identificador de
Spam Inteligente.</font>
<br><font face="Arial">Para alterar a categoria classificada, visite o<span></span></font><a href="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1185016666.83736.26830.tacamaca.hst.terra.com.br,8651,Des15,Des15">Terra
Mail</a></blockquote>
<blockquote>
<hr width=400 SIZE=2></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Esta mensagem foi verificada pelo</font>
<font face="Arial"><a href="http://mail.terra.com.br/">E-mail Protegido
Terra.</a></font>
<br><font face="Arial"><a href="http://mail.terra.com.br/">Scan engine:
McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007 / Versão: 5.1.00/5079</a></font>
<br><a href="http://mail.terra.com.br/"><font face="Arial">Proteja o seu
e-mail Terra:</font> <font face="Arial">http://mail.terra.com.br/</font></a></blockquote>
<blockquote>
<br><font face="Arial">________________________________________________</font>
<br><font face="Arial">Lista de discussões ANPPOM</font>
<br><font face="Arial"><A HREF="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</A></font>
<br><font face="Arial">________________________________________________</font>
<br><font face="Arial">E-mail classificado pelo Identificador de Spam Inteligente
Terra.</font>
<br><font face="Arial">Para alterar a categoria classificada, visite</font>
<br><font face="Arial"><A HREF="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1">http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1</A><span></span>,1185016666.83736.26830.tacamaca.hst.terra.com.br,8651,Des15,Des15</font>
<p><font face="Arial">Esta mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido
Terra.</font>
<br><font face="Arial">Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007
/ Versão: 5.1.00/5079</font></blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Proteja o seu e-mail Terra: <A HREF="http://mail.terra.com.br/">http://mail.terra.com.br/</A></font></blockquote>
</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>
<hr></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">________________________________________________</font>
<br><font face="Arial">Lista de discussões ANPPOM</font>
<br><font face="Arial"><A HREF="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</A></font>
<br><font face="Arial">________________________________________________</font></blockquote>
<blockquote>
<hr></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Internal Virus Database is out-of-date.</font>
<br><font face="Arial">Checked by AVG Free Edition.</font>
<br><font face="Arial">Version: 7.5.476 / Virus Database: 269.10.2/893
- Release Date: 9/7/2007 17:22</font></blockquote>
</blockquote>
<blockquote>
<hr width=400 SIZE=2></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">E-mail classificado pelo Identificador de
Spam Inteligente.</font>
<br><font face="Arial">Para alterar a categoria classificada, visite o<span></span></font><a href="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1185074580.663874.5589.ladigue.hst.terra.com.br,24510,Des15,Des15">Terra
Mail</a></blockquote>
<blockquote>
<hr width=400 SIZE=2></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Esta mensagem foi verificada pelo</font>
<font face="Arial"><a href="http://mail.terra.com.br/">E-mail Protegido
Terra.</a></font>
<br><font face="Arial"><a href="http://mail.terra.com.br/">Scan engine:
McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007 / Versão: 5.1.00/5079</a></font>
<br><a href="http://mail.terra.com.br/"><font face="Arial">Proteja o seu
e-mail Terra:</font> <font face="Arial">http://mail.terra.com.br/</font></a></blockquote>
</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>
<hr></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">________________________________________________</font>
<br><font face="Arial">Lista de discussões ANPPOM</font>
<br><font face="Arial"><A HREF="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</A></font>
<br><font face="Arial">________________________________________________</font></blockquote>
<blockquote>
<hr></blockquote>
<blockquote><font face="Arial">Internal Virus Database is out-of-date.</font>
<br><font face="Arial">Checked by AVG Free Edition.</font>
<br><font face="Arial">Version: 7.5.476 / Virus Database: 269.10.2/893
- Release Date: 9/7/2007 17:22</font></blockquote>
</blockquote>
<blockquote cite="" type="cite">
<hr width=400 SIZE=2></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Trebuchet MS"><font size=-1>E-mail
classificado pelo Identificador de Spam Inteligente.</font></font>
<br><font face="Trebuchet MS"><font size=-1>Para alterar a categoria classificada,
visite o<span></span></font></font><a href="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1185175468.176564.15368.calomba.hst.terra.com.br,36738,Des15,Des15">Terra
Mail</a></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite">
<hr width=400 SIZE=2></blockquote>
<blockquote cite="" type="cite"><font face="Trebuchet MS"><font size=-1>Esta
mensagem foi verificada pelo</font></font> <font face="Trebuchet MS"><font size=-1><a href="http://mail.terra.com.br/">E-mail
Protegido Terra.</a></font></font>
<br><font face="Trebuchet MS"><font size=-1><a href="http://mail.terra.com.br/">Scan
engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007 / Versão: 5.1.00/5079</a></font></font>
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<br>Lista de discussões ANPPOM
<br><A HREF="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</A>
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<hr>
<br>Internal Virus Database is out-of-date.
<br>Checked by AVG Free Edition.
<br>Version: 7.5.476 / Virus Database: 269.10.2/893 - Release Date: 9/7/2007
17:22</blockquote>
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Lista de discussões ANPPOM
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