<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD><TITLE>Re: [ANPPOM-L]pós-modernidade ou paradoxos da mode rnidad</TITLE>
<META http-equiv=Content-Type content="text/html; charset=iso-8859-1">
<STYLE type=text/css>BLOCKQUOTE {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
DL {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
UL {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
OL {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
LI {
PADDING-BOTTOM: 0px; PADDING-TOP: 0px
}
</STYLE>
<META content="MSHTML 6.00.2900.3132" name=GENERATOR></HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff>
<DIV><FONT face=Arial size=2>caro Silvio Ferraz,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>muito bom este teu último e-mail,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>gostei do teu wittgensteiniano "estado de coisas"
(Sachverhalt),</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>e gostei também do teu positivo "polo de
resistência", assim como da utilização do conceito de
"ultrapassamento" neste contexto (que também está na leitura que Vattimo faz de
Heidegger em relação à metafísica), acho que vale pra nós também enquanto
compositores que pensamos em possibilidades poéticas...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>e tudo isso para além do ecletismo gratuito, das
comodidades convencionais, assim como, do mesmo modo, para além dos epígonos da
velha vanguarda, (já cansada e há muito exaurida) etc.</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>por isso disse que vivenciamos ainda sempre
parodoxos da modernidade - e vc tem razão, que mal há em se escrever um
novo arranjo para uma velha modinha??? (disse arranjo, não composição) - é
sempre ainda melhor para os alunos cantarem, do que eles ficarem
escutando o fundo sonoro de vídeo game emitido num subwoofer
invariavelmente de péssima qualidade: isto é que é confusão e mistureba de mau
gosto!!! - tecnologia a serviço da degradação estética com o desleixo para
com os parâmetros musicais... eta geração estropiada: "só um Deus pode ainda nos
salvar", como disse o Heidegger certa vez numa entrevista para a revista Der
Spiegel...</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>um abraço do Rubens Ricciardi</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT> </DIV>
<BLOCKQUOTE
style="PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV
style="BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: black"><B>From:</B>
<A title=silvio.ferraz@terra.com.br
href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br">silvio</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=anppom-l@iar.unicamp.br
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A> </DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Monday, July 23, 2007 11:27
AM</DIV>
<DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> Re: [ANPPOM-L] pós-modernidade
ou paradoxos da mode rnidade?</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>caro rubens</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>não é à toa que adorno passa a ser lido e relido em diversos
lugares.</DIV>
<DIV>mas vc fala de uma poética pomô.</DIV>
<DIV>ora poética é um projeto, e no pomô não há projeto há apenas estado de
coisas (não há como haver projeto em um pensamento que descartou qq utopia, qq
futuro projetado).</DIV>
<DIV>mas vc fala numa poétca,</DIV>
<DIV>se esta poética é a mescla de linguagens, ora ela já estava esboçada na
década de 50 em plena vangüarda e encontra sua forma mais plena não na música
q fazermos mas nas instalações sonoras, peças radiofônicas, música de pista,
músicas visuais, música de celulares...</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>nada impede que exista um polo de resistência (no sentido positivo do
termo e não no sentido de reação) à esta forma de pensamento.</DIV>
<DIV>e aí vc tem duas linhas: uma pró pomô e outra de resistência, ou de
ultrapasamento do pomô (acredito mais neste termo).</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>qto a misturar alhos com bugalho, fazer música
meio-tonal-meio-modal-meio-atonal, aí é outra coisa, é comodismo mesmo, é
vontade não de arte, mas vontade de público.</DIV>
<DIV>muitos compositores se empastam da palavra pomô pra fazer modinha ou pra
esconder que não conseguiram aderir às propostas mais radicais do
séc.XX.</DIV>
<DIV>por outro lado, não devemos evitar o fato de q as orq.sinfônicas precisam
de repertório fácil o qto antes (muita já tocaram todos mahlers e strausses
possíveis), e pagam bem pra quem faz isto...são encomendas q vão de trilha de
filme a hino do pan.</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>qto à mistureba: ora, façam modinha sem problema, nunca foi proibido
fazer modinha, muita gente viveu feliz no séc.XX fazendo modinha, fazendo
música romântica, e não só aqui no Brasil, no mundo todo.</DIV>
<DIV>então, só num país de pouca leitura é que fazer modinha precisa de
halibi.</DIV>
<DIV>ora, paulo coelho não nos pergunta se deve ou não ser mago, e é.</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>senão, tenta-se justificar com um meta-relato (o que é fruto de uma
metafísica) uma prática, a prática do pastiche, ora justificar é atitude
moderna, e é o que caracteriza os anos 50.</DIV>
<DIV>e isto contradiz o próprio pomô "sem verdades".</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV>abs</DIV>
<DIV>silvio</DIV>
<DIV><BR></DIV>
<DIV><BR></DIV>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>caro
silvio,</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"> </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>agradeço o teu
e-mail...</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"> </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>vc
concluía:</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"> </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>"o q caracteriza o
pós-modernismo é a produção de arte como mercadoria de consumo
rápido"...</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"> </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>se fosse simples
assim, então tudo que há de mais essencial na condição
pós-moderna já teria sido anunciado nos anos 40 por adorno e
horkheimer no capítulo deles sobre indústria cultural, e, seguindo ainda
este caminho, então o que nos interessa na pós-modernidade seriam
acima de tudo as presentes questões das distorções ideológicas... mas
justamente muitos autores que pensam a pós-modernidade não pensam
assim...</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"> </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>e para "insistir na leitura
de livros sobre o assunto" vc deveria não só ler vários outros autores além
de lyotard e jameson (aliás, este já é um crítico ferrenho daquele - e
nem cabe aqui nenhuma listinha bibliográfica complementar), como também
depois desenvolver uma crítica diferenciada sobre os
principais autores que tratam da pós-modernidade (são dezenas e dezenas
deles em quase todos os países)...</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"> </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>com meu outro e-mail eu só
quis levantar o seguinte problema para nós músicos (e aí talvez até
estejamos de acordo): qual a relação entre 1) uma suposta condição
de pós-modernidade analisada a partir das quantidades estatísticas
e 2) outra suposta pós-modernidade enquanto possibilidades poéticas na
música em suas singularidades qualitativas? penso que embora
concomitantes tenhamos aí dois processos essencialmente
diversos e, assim, não devemos pensá-los através de um único e
redutivo conceito, conceito este sempre já facilmente eclético, generalista,
relativista, valetudista, não raramente reacionário (aí pensemos no vattimo,
mas que por exemplo enquanto filósofo talvez até seja maior que o
jameson)...</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"> </BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>abraços do rubens
ricciardi</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><BR>
<BLOCKQUOTE>----- Original Message -----</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><B>From:</B> <A
href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br">silvio</A></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><B>To:</B> <A
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</A></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><B>Sent:</B> Sunday, July 22, 2007 11:49 AM</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><B>Subject:</B> Re: [ANPPOM-L]pós-modernidade ou paradoxos da
modernidade?</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>caro rubens</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>como deixar os padrões medianos da
Ind.cultural de fora se o q caracteriza o pós-modernismo é a produção de
arte como mercadoria de consumo rápido (insisto na leitura de livros sobre
o assunto).</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>no Brasil existe um uso corrente do
termo pós-moderno pq ele alivia a alma daqueles que se mantinham numa arte
tradicionalista, sobretudo de cunho nacionaL.</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>só q numa lidinha rápida em jameson, vale ver
q o verdadeiro músico pomô é o DJ.</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>abs</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>silvio</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face=Arial>caros colegas da
anppom,</FONT><BR></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>1) o q se chama pós-moderno
talvez sejam tão-somente novos casos de paradoxo da
modernidade (já houve vários destes casos na música - por
exemplo, o neoclassicismo dos anos 20-40, o jdanovismo dos anos 50
etc. - antes mesmo que os filósofos tentassem interpretar a tal
pós-modernidade enquanto conceito);</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>2) aliás, pós-modernismo ou
valetudismo? (seguramente "nem tudo é relativo", como diz o Prof. Hilton
Japiassu)...</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>3) mesmo em nossos tempos seguramente
pós-vanguarda há ainda tanto jovens epígonos
modernistas como demais compositores apenas
convencionais...</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>ps: e, já que estamos falando
de música, deixemos os padrões medianos da indústria cultural fora
da questão...</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>rubens ricciardi</FONT><BR>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>----- Original Message
-----</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><B>From:</B></FONT> <A
href="mailto:silvio.ferraz@terra.com.br"><FONT
face=Arial>silvio</FONT></A><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><B>To:</B></FONT> <A
href="mailto:sandramontreal@hotmail.com"><FONT face=Arial>Sandra
Reis</FONT></A><FONT face=Arial> ;</FONT> <A
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br"><FONT
face=Arial>anppom-l@iar.unicamp.br</FONT></A><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><B>Sent:</B> Saturday, July 21, 2007
12:36 PM</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><B>Subject:</B> Re: [ANPPOM-L] FWD: TRADI
ÇÃ O E RUPTURA - John Corigliano e a m ú sica do presentepor Matheus
G. Bito ndi</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>sandra e carlos cobertos de
razão.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>vale pegar dois livros muito pouco lidos
pelos brasileiros que gostam de pós-modernismo:</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>a condição pós-moderna de Lyotard e
pósmodernismo e jameson.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>ora, nos dois o termo é claramente uma
crítica à forma de relações humanas nascidas do capitalismo
recente.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>nos dois livros é clara a noção de último
homem, alertada por nietzsche, para falar do nihilismo ao qual
chegaríamos.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>para checar tanto, basta ler o artigo e
entrevistas com artístas ditos pós-modernos e notar que todo o
entusiasmo do discurso das utopias dos anos 50 se desfaz num
ressentimento e no tanto faz, sobretudo tanto faz qdo aquele que tanto
faz tem condições financeiras que beiram a
agressão.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Por outro lado, esta coisa de misturar,
isto não era antropofagia? e antropfagia não é uma coisa do modernismo
de oswald? O q isto tema ver com pós-modernismo?</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>silvio ferraz</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><BR>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT
face=Arial>Amigos,</FONT><BR></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Estou de acordo com a postura crítica
do Carlos Palombini.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Para iniciar, não aprecio o termo
Pós-Modernismo. É muito confuso. Se Descartes foi o introdutor da
Idade Moderna, se Baudelaire chamava o seu momento de
Modernidade, se ser moderno é estar dentro do<I><B> agora</B></I> de
seu tempo, não existe "Pós-Modernismo" mas sim,
Pós-Modernismos.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Inventaram o termo, o coro dos
influentes gostou e impuseram na área de artes um epíteto que os
pósteros vão ter de agüentar?</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Quando estive no Canadá , o
Pós-Modernismo era visto como uma<B> justaposição de tendências no
tempo atual</B>, validando todos os estilos suprassumidos no tempo
histórico em pé de igualdade como fonte de inspiração e
meio para exercitar e dar forma à criatividade no momento
hodierno.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>A partir daí, comecei a "engulir" o
termo com menos sofrimento porque passei a ver o Pós-Modernismo como
a<B> expressão de liberdade</B> no nosso tempo : cada um deve criar
como deseja, de acordo com suas tendências e ideais, sem ter de
seguir as determinações de um grupo que se acha dono da história. Se
alguém deseja ressuscitar, por exemplo, o estilo de Palestrina, está
no seu direito e certamente fará algo novo pois nunca<B>
"atravessamos o mesmo rio, em cada momento, ele está diferente"</B>,
como disse o nosso colega Heráclito, no VI século antes de
Cristo.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Daí, que as preferências ocorram é
muito natural, mas dizer que X, Y ou Z são os modelos de
Pós-Modernismo, é voltar às ditaduras do poder na história que
é feita a partir das "estrelas" eleitas pelos historiadores e
teóricos que se concentram em determinados pontos como abelhas no
mel, sem vislumbrar outras riquezas ao seu
redor.</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Um abraço para
todos,</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Sandra Loureiro de Freitas
Reis</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>From: <I>carlos palombini
<palombini@terra.com.br></I><BR>To: <I>ANPPOM
<anppom-l@iar.unicamp.br></I><BR>Subject: <I>Re:
[ANPPOM-L] FWD: TRADI ÇÃ O E RUPTURA - John Corigliano e a m ú sica
do presentepor Matheus G. Bito ndi</I><BR>Date: <I>Fri,
20 Jul 2007 22:05:01 -0300</I><BR>><BR>>Achei muita coisa
estranha neste artigo.<BR>><BR>>[1] É estranho ver Gilberto
Mendes descrito como o representante<BR>>brasileiro do
pós-modernismo. Matheus Bitondi não deve ter lido o<BR>>prefácio
que o compositor santista escreveu para o livro em que
Jorge<BR>>Antunes publicou sobre Jorge Antunes, _Uma poética
musical brasileira e<BR>>revolucionária_. Considerem este
excerto:<BR>><BR>>"Neste momento em que o hip-hop e DJs são
elevados, pela mídia, à<BR>>importância de Stockhausen, Berio,
Pousseur, este livro de análises das<BR>>obras de Antunes vem em
boa hora, como reação a esta descaracterização<BR>>das
diversidades. Vem para colocar as coisas em seus devidos
lugares,<BR>>mostrando o que é de fato um compositor voltado para
uma música<BR>>realmente de invenção. Um compositor que pensa a
música, como um<BR>>artista, como um homem da alta
cultura."<BR>><BR>>[2] É estranho ver o "ecletismo" de um
compositor norte-americano dos<BR>>séculos XX e XXI ser
apresentado como tendo raízes em
Monteverdi,<BR>>Tchaikovski e Dvorak e, portanto, não sendo
realmente novo. O serialismo</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>>integral de Boulez não combinava
Webern, Messiaen, Varèse, Cage e<BR>>Stravinski? E o
dodecafonismo<BR>>de Schoenberg não era a conseqüência necessária
de Brahms, Mozart, Bach,<BR>>Beethoven e Wagner? Por que o
pós-modernismo de uns necessita reduzir-se<BR>>às mesmas
narrativas historiográficas que o modernismo de outros? E
por<BR>>que estas estruturas narrativas são usadas ao mesmo tempo
para<BR>>justificar os modernistas como conseqüência lógica da
tradição e<BR>>desqualificar os pós-modernos como nem tão novos
assim?<BR>><BR>>[3] É estranho ver os compositores ditos
pós-modernos só podendo ser<BR>>compreendidos se colocados em
oposição ao serialismo integral, como se<BR>>só o serialismo
integral os tivesse precedido e nos anos cinqüenta
não<BR>>houvesse mais nada de novo acontecendo no mundo. Não
houve Cage? Não<BR>>houve Scelsi? Não houve Messiaen? Não houve
Varèse? E não houve o soul,<BR>>o gospel, o rock, o twist, o cool
jazz? E não houve Villa-Lobos, Camargo<BR>>Guarnieri, o baião,
Ary Barroso, Ângela Maria, a bossa
nova?<BR>><BR>>--<BR>>cvp<BR>><BR>><BR>>silvio
escreveu:<BR>> > interessante a frase:<BR>> ><BR>>
> " A libertação das amarras seriais e a<BR>> > conseqüente
reabertura dos ouvidos para toda a<BR>> > história da
música"<BR>> > afinal de contas ela era usada antes de
outro<BR>> > modo: "a liberação da música das amarras
do<BR>> > tonalismo", "a liberação do som". E não
houve<BR>> > época mais aberta a ouvir toda a história do
que<BR>> > os anos 50 e 60, nas classes de messiaen e<BR>>
> maderna.<BR>>
><BR>><BR>>________________________________________________<BR>>Lista
de discussões
ANPPOM<BR>>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>>________________________________________________</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><A href="http://g.msn.com/8HMBBRBR/2743??PS=47575"><FONT
face=Arial>Verificador de Segurança do Windows Live OneCare:
verifique já a segurança do seu PC!</FONT></A><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR width=400 SIZE=2>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>E-mail classificado pelo Identificador
de Spam Inteligente.<BR>Para alterar a categoria classificada,
visite o</FONT> <A
href="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1185016666.83736.26830.tacamaca.hst.terra.com.br,8651,Des15,Des15"><SPAN></SPAN>Terra
Mail<BR></A></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR width=400 SIZE=2>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Esta mensagem foi verificada
pelo</FONT> <A href="http://mail.terra.com.br/"><FONT
face=Arial>E-mail Protegido Terra.<BR>Scan engine: McAfee VirusScan
/ Atualizado em 20/07/2007 / Versão: 5.1.00/5079<BR>Proteja o seu
e-mail Terra:</FONT> </A><A href="http://mail.terra.com.br/"><FONT
face=Arial>http://mail.terra.com.br/</FONT><BR></A></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><BR><FONT
face=Arial>________________________________________________<BR>Lista
de discussões
ANPPOM<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________<BR>E-mail
classificado pelo Identificador de Spam Inteligente Terra.<BR>Para
alterar a categoria classificada,
visite<BR>http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1<SPAN></SPAN>,1185016666.83736.26830.tacamaca.hst.terra.com.br,8651,Des15,Des15<BR><BR>Esta
mensagem foi verificada pelo E-mail Protegido Terra.<BR>Scan engine:
McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007 / Versão:
5.1.00/5079</FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Proteja o seu e-mail Terra:
http://mail.terra.com.br/</FONT><BR></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT
face=Arial>________________________________________________<BR>Lista
de discussões
ANPPOM<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Internal Virus Database is
out-of-date.<BR>Checked by AVG Free Edition.<BR>Version: 7.5.476 /
Virus Database: 269.10.2/893 - Release Date: 9/7/2007
17:22</FONT><BR></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR width=400 SIZE=2>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>E-mail classificado pelo Identificador de
Spam Inteligente.<BR>Para alterar a categoria classificada, visite
o</FONT> <A
href="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1185074580.663874.5589.ladigue.hst.terra.com.br,24510,Des15,Des15"><SPAN></SPAN>Terra
Mail<BR></A></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR width=400 SIZE=2>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Esta mensagem foi verificada pelo</FONT> <A
href="http://mail.terra.com.br/"><FONT face=Arial>E-mail Protegido
Terra.<BR>Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007 /
Versão: 5.1.00/5079<BR>Proteja o seu e-mail Terra:</FONT> </A><A
href="http://mail.terra.com.br/"><FONT
face=Arial>http://mail.terra.com.br/</FONT><BR></A></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial><BR></FONT></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT
face=Arial>________________________________________________<BR>Lista de
discussões
ANPPOM<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________</FONT><BR></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE>
<HR>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE><FONT face=Arial>Internal Virus Database is
out-of-date.<BR>Checked by AVG Free Edition.<BR>Version: 7.5.476 / Virus
Database: 269.10.2/893 - Release Date: 9/7/2007
17:22</FONT><BR></BLOCKQUOTE></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">
<HR width=400 SIZE=2>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face="Trebuchet MS" size=-1>E-mail
classificado pelo Identificador de Spam Inteligente.<BR>Para alterar a
categoria classificada, visite o</FONT> <A
href="http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1185175468.176564.15368.calomba.hst.terra.com.br,36738,Des15,Des15"><SPAN></SPAN>Terra
Mail<BR></A></BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite">
<HR width=400 SIZE=2>
</BLOCKQUOTE>
<BLOCKQUOTE cite="" type="cite"><FONT face="Trebuchet MS" size=-1>Esta
mensagem foi verificada pelo</FONT> <A
href="http://mail.terra.com.br/"><FONT face="Trebuchet MS" size=-1>E-mail
Protegido Terra.<BR>Scan engine: McAfee VirusScan / Atualizado em 20/07/2007
/ Versão: 5.1.00/5079<BR>Proteja o seu e-mail Terra:</FONT></A> <A
href="http://mail.terra.com.br/"><FONT face="Trebuchet MS"
size=-1>http://mail.terra.com.br/</FONT></A></BLOCKQUOTE>
<DIV><BR></DIV>
<P>
<HR>
<P></P>________________________________________________<BR>Lista de discussões
ANPPOM
<BR>http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<BR>________________________________________________
<P>
<HR>
<P></P>Internal Virus Database is out-of-date.<BR>Checked by AVG Free Edition.
<BR>Version: 7.5.476 / Virus Database: 269.10.2/893 - Release Date: 9/7/2007
17:22<BR></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>