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Caro Andersen:
<p>Tenho algumas obras assim, em que a participação do público
é essencial e é determinada na partitura.
<br>Veja em meu catálogo:
<br><A HREF="http://www.americasnet.com.br/antunes/">http://www.americasnet.com.br/antunes/</A>
<br>Ao lado de cada título está uma descrição
da obra, com detalhes.
<br>A principal é Macroformobiles [1972], para barítono,
público, projeções e conjunto de câmara.
<br>Essa peça foi premiada no Festival da Fundação
Gaudeamus, Holanda, em 1973.
<br>O público vota produzindo efeitos vocais determinados, para
eleger o movimento-móbile a ser executado a cada momento.
<br>O barítono, ao final de cada movimento, avalia de ouvido o efeito
sonoro do público que é predominante, para saber qual das
partituras projetadas é a escolhida para seguir a execução.
<br>Essa obra está editada pela Edizioni Suvini Zerboni (Milão).
Eu só tenho um exemplar. Ela tem formato grande.
<br>A Sinfonia das Diretas (das Buzinas) [1984], também usa participação
do público. Esta está em CD.
<br>Na ópera Qorpo Santo [1983] a participação do
público é essencial, mas sem sons: o público vota,
nos entreatos, para escolher qual será o final (o poslúdio).
Cinco urnas ficam espalhadas na platéia. Existem 4 poslúdios
e o público recebe, na entrada, os libretos de cada final. Nas 5
récitas apresentadas em Brasília, em 1983, ganhou sempre
o final 4, o mais dramático. Felizmente. Porque eu só compus
a música do final 4.
<br>Na partitura determinei, e assim foi feito, que também nos entreatos,
enquanto o público vota, um grupo de 5 jovens distribuem panfletos
na platéia, denunciando a fraude eleitoral: eles pregam o voto em
nulo, dizendo que Antunes só compôs um final.
<br>Abraço,
<br>Jorge Antunes
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