Caro Damian e Colegas da Anppom,<br>Tenho conversado com as pessoas da
nova diretoria a questão "prova de música" e estamos atentos ao que
está acontecendo e acompanhando as opiniões da lista. Não tenho uma
definição da diretoria nem dos sócios da Anppom sobre a questão, apesar
da lista estar demonstrando uma visão bastante conciliadora entre os
sócios que se manifestaram.
<br>Acho o assunto de extrema seriedade e espero que possamos pensar juntos numa medida efetiva.<br>Aqui
na UFG, a mudança de terminologia, associada a argumentação da Escola
de Música na Pró-Reitoria de Graduação, definitivamente mudou a visão
do centro de seleçao. Agora é PROVA DE CONHECIMENTO MUSICAL (não
aptidão). O Ney e o Silvio estão, na minha opinião, levando a discussão
no caminho mais acertado.
<br>Continuemos conversando.<br>Um Abraço,<br>Sonia<br><br>**************************************************<br>SONIA RAY <br>Presidente da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música<br>Escola de Música da UFG (Contrabaixo, Música de Câmara e Metodologia de Pesquisa em Música)
<br>Editora da Revista Musica Hodie (PPG-UFG)<br>ABC - Associação Brasileira de Contrabaixistas<br>Tel/Fax: 62-3091.1289 ou 9249.0911<br>São Paulo (11) 9369.5520<br><a href="http://www.soniaray.com">www.soniaray.com</a><br>
<br><div><blockquote class="gmail_quote" style="border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; padding-left: 1ex;"><div><span class="gmail_quote"><a href="mailto:musicoyargentino@hotmail.com" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">
musicoyargentino@hotmail.com</a>> escreveu:</span><div><span class="e" id="q_1156c3b27044c985_1"><blockquote class="gmail_quote" style="border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; padding-left: 1ex;">

<br>Caros membros da lista,<br><br>Gostaria agradecer a todos os colegas e amigos que se manifestaram em<br>relação a eliminação da prova específica. A grande maioria foi favorável a<br>prova. Um único membro se posicionou contra (acho que valeria a pena que ele
<br>fizesse a sua colocação para a lista).<br><br>O colega Edilson Rocha solicitou alguns esclarecimentos em relação a nossa<br>situação aqui no Acre. Então, vamos lá:<br><br>>Naturalmente que a entrada de alunos "não iniciados" trará alguns problemas
<br>>que precisarão ser solucionados, com algum esforço certamente. Os membros<br>>da Câmara tem conciência dos possíveis desdobramentos da medida?<br><br>A reunião da Câmara de Ensino na qual foi decidida a eliminação da prova de
<br>música não teve nenhum representante da nossa área para defender a posição<br>do Colegiado de Música. Os conselheiros da nossa área foram convocados<br>depois da data da reunião. Nenhum membro da Câmara presente na reunião tem
<br>formação musical. O processo do dia 6/10/2006 no qual o colegiado solicita a<br>inclusão da prova prática no vestibular (os candidatos da UFAC só fazem<br>prova escrita) nunca foi apreciado pela Câmara. Resumindo, os membros da
<br>Câmara não podem ter consciência dos desdobramentos da medida já que eles<br>não atuam no curso de música da UFAC.<br><br>>A universidade pretende ofertar alguma cadeira específica para o ensino da<br>>linguagem musical ou coisa que o valha, a fim de transformar o licenciando
<br>>em um músico antes de tudo, com o devido embasamento teórico?<br><br>O Colegiado de Música recentemente concluiu a reformulação do Projeto<br>Pedagógico do curso. Para nós, na UFAC, seria muito interessante conhecer a
<br>opinião dos colegas em relação a esta proposta. Mesmo antes de entrar nessa<br>discussão, acho que a pergunta do Edilson já contém a resposta: "transformar<br>o licenciando em um músico antes de tudo". Essa é a filosofia da nossa
<br>proposta, o professor de música é simplesmente um músico com formação<br>pedagógica. Isto é, o aluno precisa saber ler, escrever, reger, tocar e<br>compor.<br><br>>Foi lembrado o fato da possível grande evasão neste caso?
<br><br>A evasão é um fato. A primeira turma da UFAC fez uma prova escrita que não<br>excluiu praticamente nenhum dos 500 candidatos. Esse erro foi corrigido no<br>segundo vestibular, no entanto, este é o saldo: "O resultado do ingresso de
<br>analfabetos musicais no curso de música pode ser avaliado pela proporção<br>entre desistentes leigos e alunos com aproveitamento. 100% dos analfabetos<br>musicais que ingressaram na primeira turma do curso não compareceram as
<br>aulas, trancaram a sua matrícula ou desistiram. Em contrapartida, os alunos<br>com formação musical tiveram um bom desempenho, inclusive dando a sua<br>contribuição nos eventos artísticos da universidade e no trabalho de
<br>formação de platéia no Colégio de Aplicação, assim como desenvolvendo e<br>participando de projetos de educação musical." (Colegiado de Música).<br><br>>O curso será estendido?<br><br>Não. O curso tem 3200 horas/aula.
<br><br>>Existem cursos de extensão ofertados pela universidade voltados para a<br>>preparação de candidatos para a prova de habilidade específica no nível em<br>>que o professorado considera suficiente?<br><br>
O Curso de Música da UFAC tem dois professores efetivos. Levando em conta
<br>que existem duas turmas e que cada uma cursa 7 ou 8 disciplinas por<br>semestre, é só fazer as contas... Os nossos três projetos de extensão estão<br>voltados para áreas carentes na cidade de Rio Branco: tecnologia musical e
<br>música de câmara.<br><br>>Existem bandas, fanfarras e outros grupos privados ou não que estejam<br>>preparando estes futuros alunos?<br><br>Sem dúvida. "O Colégio de Aplicação da UFAC oferece a disciplina música há
<br>sete anos, a escola Villa-Lobos vem formando pianistas há mais de 2<br>décadas.O Estado oferece cursos de música na Usina de Artes e no Centro<br>Comunitário Tucumã (gratuitos). A Ong Musicalizar já atendeu mais de 1000
<br>alunos em cursos de formação básica em seus projetos sociais. Duas bandas<br>militares na cidade de Rio Branco têm mais de 50 anos de existência. A<br>Orquestra Filarmônica do Acre tem mais de 10 anos de atuação, e existem
<br>aproximadamente 70 fanfarras nas escolas do estado (onde os participantes<br>recebem aulas de iniciação musical)." (Colegiado de Música).<br><br>>A procura pela licenciatura em música é grande ou apresenta declínio ao
<br>>longo dos anos?<br><br>"Não é por ausência de candidatos à profissão de professor de música que a<br>prova não possa ser realizada, já que é exatamente para esta imensa<br>clientela - o público alvo do curso, formado na dúzia de instituições
<br>públicas e privadas que oferecem cursos de iniciação musical  - que a mesma<br>deve ser mantida e ampliada passando a incluir uma parte escrita (teoria<br>musical), uma perceptiva (história da música) e uma prática (instrumento). A
<br>proporção de candidatos por vaga (sete no último vestibular), é uma das mais<br>altas do Brasil" (Colegiado de Música).<br><br>>O que é que a UFAC espera entregar à sociedade em se tratando de<br>>licenciados em música? E o que é que a sociedade acreana (a primeira
<br>>beneficiada pela universidade) espera receber?<br><br>Aqui, caro Edilson, você coloca o dedo na ferida. Existem dois projetos<br>claramente delineados: a proposta do Colegiado de Música (que você vai poder<br>apreciar através do Projeto Pedagógico do curso) e a proposta de um grupo
<br>vinculado a dois grandes departamentos. Cito de forma literal a postura<br>deste último, "precisamos derrubar o curso de música". Acho que não preciso<br>dar mais detalhes.<br><br>Agradeço mais uma vez as informações valiosíssimas e as manifestações de
<br>apoio dos colegas. Mandarei um resumo dos resultados após a reunião do<br>Conselho Universitário.<br><br>Um abraço para todos,<br><br>Dr. Damián Keller<br>Coordenador, Curso de Música<br>Universidade Federal do Acre<br>

<br>Chair, Division of Music<br>Federal University of Acre<br><a href="http://ccrma.stanford.edu/%7Edkeller" target="_blank" onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)">http://ccrma.stanford.edu/~dkeller</a><br>
</blockquote></span></div></div></blockquote></div>