<!doctype html public "-//W3C//DTD W3 HTML//EN">
<html><head><style type="text/css"><!--
blockquote, dl, ul, ol, li { padding-top: 0 ; padding-bottom: 0 }
 --></style><title>Re: [ANPPOM-L]        Qual a música que queremos em
nossas Unive</title></head><body>
<div>caro rubens e colegas</div>
<div><br></div>
<div>realmente um livro de contraponto com o de De La Motte nos ajuda
bastante a pensar desta maneira.</div>
<div>e dá a fux o seu real lugar na história, sendo q o próprio
e velho bach o conhecia e bem (a trad. do gradus para o alemão foir
realizada por um de seus alunos).</div>
<div>a grande importância de fux pode estar menos nos
contrapontistas q em mozart, beethoven e haydn (vale pensar-se sobre
isto?).</div>
<div><br></div>
<div>mas a discussão da lista não é bem esta.</div>
<div>discute-se pelo que estou acompanhando é a as réstias de
eurocentrismo entre nós.</div>
<div>não q não sejamos descendentes de europeus (ricciardis,
notos, antunes, blancos, mellos).</div>
<div>mas quando fala-se de eurocentrismo, diz-se de uma posição em
q o pensamento europeu é tomado como medida de todas as
coisas.</div>
<div>em oposição a tal eurocentrismo o que se defende é uma
visão ampla, esta sim ligada ao conceito de complexidade tal qual o
encontramos nos livros sobre sistêmica. E não a de complexidade
como sinônimo de "mais estruturado", "mais
formalizado".</div>
<div><br></div>
<div>creio q o q defendem alguns dos colegas debatendo na lista é
justamente a necessidade urgente de diversidade de leituras o que
põe em xeque se contraponto é ou não matéria fundamental da
música na questão "q música estamos querendo trabalhar em
nossas escolas?".</div>
<div><br></div>
<div>ao q proponho a questão de outro modo: "q idéia de
música queremos fazer nascer com nossos cursos?"</div>
<div><br></div>
<div>abs</div>
<div>silvio</div>
<div><br></div>
<div><br></div>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">meus
caros...</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">onde
estamos????</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial"
size="-1">"contraponto europeu"??? - que bobagem é
esta???</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">ha, então
o futebol (invenção inglesa!) também é europeu (aliás,
não é o esporte mais popular por lá
também)????</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">nossa
senhora, por que será então que eu torço aqui pro meu glorioso
Comercial de Ribeirão Preto???</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">certamente
uma postura eurocentrista e com certeza politicamente
incorreta (estes corinthianos, estes flamenguistas, todos uns
vendidos à submissão eurocêntrica)...</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">pois viva a
nossa identidade, viva a nossa verdadeira cultura, abaixo toda e
qualquer forma de inteligência
estrangeira!!!...</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">Rubens
Ricciardi</font></blockquote>
<blockquote type="cite" cite> </blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Arial" size="-1">PS: caro
Silvio Ferraz, concordo com vc que o estudo dos contrapontos deve ser
sempre desenvolvido nos contextos das linguages, porisso, já há
alguns anos venho dando aulas do contraponto da Polifonia Gótica em
seus primórdios, da Ars Antiqua (em especial Perotinus) e
da Ars Nova (em especial Machault e Landini), até os primeiros
polifonistas franco-flamengos quando se inicia o
Renascimento, realmente é muito mais enriquecedor que trabalhar
só com as 5 espécies do Fux ou com os recursos dos contrapontos em
meio aos diversos estilos e época do sistema tonal...</font><br>
<blockquote>----- Original Message -----</blockquote>
<blockquote><b>From:</b> <a
href="mailto:carlos.sandroni@gmail.com">Carlos
Sandroni</a></blockquote>
<blockquote><b>To:</b> <a
href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a></blockquote>
<blockquote><b>Cc:</b> <a
href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a> ; <a
href="mailto:hugoleo75@gmail.com">hugoleo75@gmail.com</a></blockquote>
<blockquote><b>Sent:</b> Friday, October 12, 2007 3:10 PM</blockquote>
<blockquote><b>Subject:</b> Re: [ANPPOM-L]Qual a música que queremos
em nossas Universidades?</blockquote>
<blockquote><br></blockquote>
<blockquote>Prezado Antunes e demais colegas,</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>Citando:</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>"A fuga nº 24 é bem complexa estruturalmente. A
lamentação de funeral das Ilhas Solomos é bem menos complexa
estruturalmente.<br>
O estudo da estrutura dos cantos a duas vozes dessas lamentações
não garante sucesso no estudo da estrutura da fuga. Mas o estudo da
estrutura da fuga, garante o sucesso no estudo da estrutura dos cantos
a duas vozes das lamentações fúnebres."<br>
 </blockquote>
<blockquote>Fim da citação.</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>"Mais complexo" e "menos complexo",
aqui, do ponto de vista do contraponto europeu. A harmonia de Wagner
também é mais complexa que a dos Beatles. Mas saber harmonia
e contraponto nao nos habilitam a compreender nem formalmente, e muito
menos estruturalmente, música vocal das Ilhas Salomon ou
rock. (No caso do rock saber alguns acordes pode às vezes
ajudar).</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>Se voce analisa polifonias do Pacífico ou
dos pigmeus com instrumentos teóricos de
contraponto europeu, o resultado é a primeira e a
segunda frases citada acima. Esta é uma das razões pelas
quais a terceira e a quarta frases citadas acima são, na
opinião dos etnomusicólogos, falsas (isto inclui Hugo Zemp, que
estudou a fundo as polifonias das Ilhas Salomon).</blockquote>
<blockquote> </blockquote>
<blockquote>Abraços,</blockquote>
<blockquote>Carlos<br>
<br>
 </blockquote>
<blockquote>On 10/12/07,<b> Jorge Antunes</b> <<a
href="mailto:antunes@unb.br">antunes@unb.br</a>> wrote:<br>
<blockquote>Eduardo:<br>
</blockquote>
<blockquote>Você está usando a palavra "forma", que
nunca utilizei. No escopo de nosso debate ela não cabe.<br>
Você fala em "complexidade formal" e em se
"compreender formalmente o contraponto".<br>
Nunca me referi a forma. Sempre estou me referindo a estrutura.<br>
Estou falando em complexidade estrutural.<br>
Também nunca disse que a análise se sustenta unicamente pela
abordagem estrutural e formal.<br>
As aspectos simbólicos e contextuais hão de vir, numa boa
análise, a ser estudados profundamente após as análises estrutural
e formal.<br>
Mas aquela ficará solta, descontextualizada e superficial, se estas
não se estabelecerem antes.<br>
A fuga nº 24 é bem complexa estruturalmente. A lamentação de
funeral das Ilhas Solomos é bem menos complexa estruturalmente.<br>
O estudo da estrutura dos cantos a duas vozes dessas lamentações
não garante sucesso no estudo da estrutura da fuga. Mas o estudo da
estrutura da fuga, garante o sucesso no estudo da estrutura dos cantos
a duas vozes das lamentações fúnebres.</blockquote>
<blockquote>Veja, estou falando em estrutura. Quanto à forma, os
níveis de complexidade são altos nos dois casos. As lamentações
fúnebres têm, em geral, a forma ABAB CBCB. A fuga nº 24, segundo
caderno, tem forma de fuga tripla, com a complexidade imposta pelo uso
de três sujeitos.<br>
Para completar as análises, aí sim, seria necesssário abordar as
questões que você menciona. Seria então preciso abordar a
religiosidade de Bach, suas construções quiasmáticas, sua
época, seu entorno, sua fixação na cristologia e seu encantamento
pelas letras de seu próprio nome (b, a, c, h). Quanto às
Lamentações fúnebres das imediações da Polinésia, seria
necessário, na etapa final da análise, considerar a coreografia da
dança ritual<i> suahongi</i>, as escalas usadas, suas simbologias,
ritmos, andamentos, textos, o gestual da distribuição de alimentos
durante o velório, etc.<br>
Abraço,<br>
Jorge Antunes<br>
 <br>
 <br>
 <br>
 <br>
</blockquote>
</blockquote>
<blockquote>Carlos Sandroni<br>
Departamento de Música, UFPE<br>
Programa de Pós-Graduação em Música, UFPB<br>
Setembro 2007/Fevereiro 2008:<br>
Pesquisador Associado ao Centre de Recherches en Ethnomusicologie<br>
CNRS - LESC UMR 7186 - Paris<br>
Endereço pessoal na França:<br>
Chez Duflo-Moreau<br>
199, rue de Vaugirard<br>
75015 - Paris<br>
Telefone profissional no Brasil<br>
(81) 2126 8596 (telefone e fax)<br>
(Recados com Anita)<br>
Endereço pessoal no Brasil:<br>
Rua das Pernambucanas, 264/501<br>
Graças - 52011-010<br>
Recife - PE<br>
</blockquote>
<blockquote>
<hr></blockquote>
<blockquote>________________________________________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>
________________________________________________<br>
</blockquote>
<blockquote>
<hr></blockquote>
<blockquote>No virus found in this incoming message.<br>
Checked by AVG Free Edition.<br>
Version: 7.5.488 / Virus Database: 269.14.5/1058 - Release Date:
8/10/2007 16:54<br>
</blockquote>
</blockquote>
<blockquote type="cite" cite>
<hr size="2" width="400"></blockquote>
<blockquote type="cite" cite><font face="Trebuchet MS"
size="-1">E-mail classificado pelo Identificador de Spam
Inteligente.<br>
Para alterar a categoria classificada, visite o</font> <a
href=
"http://mail.terra.com.br/cgi-bin/imail.cgi?+_u=silvio.ferraz&_l=1,1192218262.956287.3830.cadarga.hst.terra.com.br,18109,Des15,Des15"><span
></span>Terra Mail</a><br>
</blockquote>
<blockquote type="cite" cite><br>
________________________________________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>
________________________________________________</blockquote>
<div><br></div>
</body>
</html>