<p /><p /><p>Prezados colegas,<br />
<br />
Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o software TOMPLAY que está sendo
comercializado na internet. Visitem os
sites:</p><p>http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/<a target="_blank"
href="http://www.tomplay.com.br/" class="fixed"></a></p><p><a target="_blank"
href="http://www.tomplay.com.br/" class="fixed">http://www.tomplay.com.br</a><br
/>
<a target="_blank"
href="http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/"
class="fixed">http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/</a><br
/>
<a target="_blank"
href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/"
class="fixed">http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/</a><br
/>
<br />
O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua empresa PPV
Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da nossa área 
para legitimar
seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC para a compra de mais de 2000
Kits para os pólos de cultura. Para avaliar o programa esperam gastar cerca
de    R$ 500 000,00 do dinheiro público.<br />
<br />
A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais para
introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento comercial da
PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
compatível com linux e windows e dispensa <b>a presença de um professor com
formação acadêmica </b>para ministrar aula de música, a ferramenta o substitui.
Com esse argumento, a empresa
defende o baixo custo do produto. Vejam como a empresa justifica seu
argumento comercial:<br />
<br /><i>
O artigo que previa a formação específica de professores na área musical para
ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social e, no
Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou oficial
na área e que são reconhecidos por seu talento. In </i><a
href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2"
target="_blank">
http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2</a><br
/>
</p><p>No site www.ppvinformática.com.br vocês podem ver que a empresa oferece
treinamento para qualquer pessoa implantar o software nas escolas: produção em
série de tutores ou monitores - uma visão tecnicista de ensino e
aprendizagem.</p><p>Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista
da ANPPOM do ano
passado:</p>






<div><i>o software é realmente um brinquedo bacana e vou até
indicá-lo para meus sobrinhos. mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido
em o governo
adotar software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim como
muitas aulas de música
são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não ensina (nem nunca terá
como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí q mora a
diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical: ensinar a
pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor
técnico (seja sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da
minúcia). realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente
no
Brasil a partir da prática completa da música e não do
brinquedos musicais. Silvio</i></div><div></div>

<div></div><i>Dei uma olhada no material e considero-o
pedagogicamente profundamente discutível.Acho, também, que o ensino, e a
educação em geral, têm como base profissionais bem formados e bem
remunerados. Não vejo sentido em o governo gastar
com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento real
e consistente na formação de professores,  na melhoria dos
salários deles, na melhoria das condições materiais em sala de
aula, etc. Material de apoio, como o software
pretende ser, deve ser um complemento à ação competente de um
educador musical.Não acredito que qualquer software,
mesmo que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para
trazer de volta a música às escolas. Na verdade, considero quetal iniciativa
seria uma total inversão de valores e um desperdício de dinheiro
público. Vanda Freire </i>
<br /><p><i>Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar de
não ser a <br />minha
 área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito retrógrado se
limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma mais ampla a
percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é adestrada desde os
7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas (das relações tonais),
estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça para um universo muito
mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a mais de 50 anos e que
chega com força hj até na música comercial, vide música eletronica, suas raves e
quantidade de público que gosta e produz esse tipo de música.</i><i> Ou seja,
adotando um programa ( = um sistema de ensino) voce atropela a discussão sobre
como fazer acoisa, como educar musicalmente os jovens nas escolas.
Alexandre.</i></p><p>Eu concordo com os colegas acima. Acho que o software
apresenta potencial como ferramenta digital complementar à aula de
música,  o que exige a presença de um <b>professor de música </b>e sua  reflexão
sobre
como usar, quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além disso, o
software apresenta pontos discutíveis relativo a concepção de ensino de música, 
construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos musicais e seleção
musical.
Uma outra questão é o governo adquirir um produto específico que está nas mãos
de um único produtor sem analisar outros produtos do mercado de livre
acesso.</p><p>Aguardo a avaliação de vocês, pois a UnB e outras instituições
estão sendo contactadas de forma não muito precisa para legitimar esse produto.
Penso que precisamos urgentemente nos unirmos para defendermos<b> o professor de
música como o único profissional competente para ministrar a aula de música nas
escolas. </b>Repassem este email para outros educadores musicais. A secretaria
da ABEM pode repassá-lo para todos os sócios? Obrigada.</p><p>Um abraço para
todos,<br />Maria Cristina de Carvalho C. de Azevedo</p><p><br />
<br /><br />
<br />
<br />
<br />
<br /><br />
----------------------------------------------------------------<br />
This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.<br />
<br />
<br />
<br />
----- Final da mensagem encaminhada -----<br />
</p><br />
<br />
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This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.<br />