<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01 Transitional//EN">
<html>
<head>
  <meta content="text/html;charset=ISO-8859-1" http-equiv="Content-Type">
</head>
<body bgcolor="#99ff99" text="#000099">
<div align="justify"><font face="Georgia">Eu vou manipular o software,
mas me antecipei para solicitar junto ao site do fabricante alguns
esclarecimentos, conforme texto abaixo.</font><br>
<br>
<font face="Georgia">Boa tarde. Meu nome é Farlley Derze, sou professor
de música, com Licenciatura Plena na Universidade Federal do Rio de
Janeiro, pós-graduação e mestrado em Música, na Universidade de
Brasília. Tendo em vista a propaganda sobre o software de que não se
faz necessário o acompanhamento de um professor de música, creio que
tal afirmação encontra-se embasada em dados estatísticos colhidos ao
longo de vários anos em que o software vem sendo utilizado. Como vocês
afirmam participar "da luta" para a inserção da educação musical nas
escolas brasileiras (que se deu por meio de um aditivo à Lei de
Diretrizes e Bases de 9394 de 1998), e atestam que o software cumpre
com os objetivos relacionados à Educação Musical nas escolas, acredito
que é oportuno levar ao conhecimento do Ministério Público Federal,
aqui em Brasília, as afirmações que acompanham a propaganda do software
que vocês estão vendendo. Especialmente a afirmação de que o professor
de música é dispensável para a educação musical da criança. A idéia é
contar com a participação do Ministério Público na defesa da Educação
Musical no Brasil. Se o professor de música é dispensável, como vocês
afirmam, será possível verificar a partir de resultados estatísticos
sobre o rendimento de crianças em contato com o referido software.
Vocês já descobriram como solucionar os milhões de estudantes do ensino
fundamental e médio que não dispõem de um computador? A consequência é
não ter aula de música, já que se dependeria de um computador para
instalação do referido software.</font><br>
<font face="Georgia">Tenho 45 anos de idade. Tenho 2 filhos gêmeos.
Vocês aceitariam enviar o software para que meus filhos manipulassem o
mesmo? Vocês poderiam enviar a estatística com os dados quantitativos
de quantas crianças usaram o software e os dados qualitativos,
elucidando quantas das crianças aprenderam a tocar algum instrumento?</font><br>
<font face="Georgia">Atenciosamente,</font><br>
<br>
<font face="Georgia">Farlley Derze</font><br>
</div>
<br>
Maria Cristina de Carvalho Cascelli de Azevedo escreveu:
<blockquote
 cite="mid:20081123171215.3i2s6vryzcwoc4gk@webmail.abordo.com.br"
 type="cite">
  <p>Prezados colegas,<br>
  <br>
Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o software TOMPLAY que
está sendo
comercializado na internet. Visitem os
sites:</p>
  <p><a class="moz-txt-link-freetext" href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/">http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/</a></p>
  <p><a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.tomplay.com.br/" class="fixed">http://www.tomplay.com.br</a><br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/"
 class="fixed">http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/</a><br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/"
 class="fixed">http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/</a><br>
  <br>
O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua
empresa PPV
Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da
nossa área 
para legitimar
seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC para a compra de mais
de 2000
Kits para os pólos de cultura. Para avaliar o programa esperam gastar
cerca
de    R$ 500 000,00 do dinheiro público.<br>
  <br>
A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais
para
introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento
comercial da
PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
compatível com linux e windows e dispensa <b>a presença de um
professor com
formação acadêmica </b>para ministrar aula de música, a ferramenta o
substitui.
Com esse argumento, a empresa
defende o baixo custo do produto. Vejam como a empresa justifica seu
argumento comercial:<br>
  <br>
  <i>O artigo que previa a formação específica de professores na área
musical para
ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
e, no
Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
oficial
na área e que são reconhecidos por seu talento. In </i><a
 moz-do-not-send="true"
 href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2"
 target="_blank">
http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2</a><br>
  </p>
  <p>No site <a class="moz-txt-link-abbreviated" href="http://www.ppvinformática.com.br">www.ppvinformática.com.br</a> vocês podem ver que a empresa
oferece
treinamento para qualquer pessoa implantar o software nas escolas:
produção em
série de tutores ou monitores - uma visão tecnicista de ensino e
aprendizagem.</p>
  <p>Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista
da ANPPOM do ano
passado:</p>
  <div><i>o software é realmente um brinquedo bacana e vou até
indicá-lo para meus sobrinhos. mas, como a Wanda disse, também não vejo
sentido
em o governo
adotar software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim
como
muitas aulas de música
são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não ensina (nem nunca
terá
como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí q mora a
diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical: ensinar a
pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor
técnico (seja sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da
minúcia). realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente
no
Brasil a partir da prática completa da música e não do
brinquedos musicais. Silvio</i></div>
  <i>Dei uma olhada no material e considero-o
pedagogicamente profundamente discutível.Acho, também, que o ensino, e
a
educação em geral, têm como base profissionais bem formados e bem
remunerados. Não vejo sentido em o governo gastar
com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento real
e consistente na formação de professores,  na melhoria dos
salários deles, na melhoria das condições materiais em sala de
aula, etc. Material de apoio, como o software
pretende ser, deve ser um complemento à ação competente de um
educador musical.Não acredito que qualquer software,
mesmo que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para
trazer de volta a música às escolas. Na verdade, considero quetal
iniciativa
seria uma total inversão de valores e um desperdício de dinheiro
público. Vanda Freire </i>
  <br>
  <p><i>Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar
de
não ser a <br>
minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito
retrógrado se
limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma mais ampla
a
percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é adestrada
desde os
7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas (das relações
tonais),
estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça para um universo
muito
mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a mais de 50 anos e
que
chega com força hj até na música comercial, vide música eletronica,
suas raves e
quantidade de público que gosta e produz esse tipo de música.</i><i> Ou
seja,
adotando um programa ( = um sistema de ensino) voce atropela a
discussão sobre
como fazer acoisa, como educar musicalmente os jovens nas escolas.
Alexandre.</i></p>
  <p>Eu concordo com os colegas acima. Acho que o software
apresenta potencial como ferramenta digital complementar à aula de
música,  o que exige a presença de um <b>professor de música </b>e
sua  reflexão
sobre
como usar, quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além
disso, o
software apresenta pontos discutíveis relativo a concepção de ensino de
música, 
construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos musicais e
seleção
musical.
Uma outra questão é o governo adquirir um produto específico que está
nas mãos
de um único produtor sem analisar outros produtos do mercado de livre
acesso.</p>
  <p>Aguardo a avaliação de vocês, pois a UnB e outras instituições
estão sendo contactadas de forma não muito precisa para legitimar esse
produto.
Penso que precisamos urgentemente nos unirmos para defendermos<b> o
professor de
música como o único profissional competente para ministrar a aula de
música nas
escolas. </b>Repassem este email para outros educadores musicais. A
secretaria
da ABEM pode repassá-lo para todos os sócios? Obrigada.</p>
  <p>Um abraço para
todos,<br>
Maria Cristina de Carvalho C. de Azevedo</p>
  <p><br>
  <br>
  <br>
  <br>
  <br>
  <br>
  <br>
  <br>
----------------------------------------------------------------<br>
This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.<br>
  <br>
  <br>
  <br>
----- Final da mensagem encaminhada -----<br>
  </p>
  <br>
  <br>
----------------------------------------------------------------<br>
This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.<br>
  <br>
  <hr size="4" width="90%"><br>
  <p><br>
  <br>
Prezados colegas,<br>
  <br>
Preciso urgentemente da opinião de vocês sobre o programa TOMPLAY que
está sendo
comercializado na internet. <br>
  <br>
O autor do projeto, o empresário Roberto Bittar, por meio da sua
empresa PPV
Informática está solicitando e tentando obter apoio de acadêmicos da
área
(educação musical, músicos, informática, programação visual, etc) para
legitimar
seu produto e, assim efetivar parceria com o MINC para a compra de mais
de 2000
Kits para os pólos de cultura. <br>
  <br>
A empresa divulga em seu site parceria com o estado de Minas Gerais
para
introduzir o programa em todas as escolas do estado. O argumento
comercial da
PPV Informática é que o software é simples, fácil de ser usado, lúdico,
compatível com linux e windows e despensa a presença de um professor
com
formação acadêmica para mediar a ferramenta. Com esse argumento, a
empresa
defende o baixo custo do produto. Além disso, vejam como a empresa
justifica seu
argumento comercial:<br>
  <br>
  <i>O artigo que previa a formação específica de professores na área
musical para
ministrar os conteúdos foi vetado. Afinal a música é uma prática social
e, no
Brasil, há diversos profissionais sem formação acadêmica específica ou
oficial
na área e que são reconhecidos por seu talento. In </i><a
 moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2">
http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2</a><br>
  <br>
O software apresenta potencial como ferramenta digital complementar à
aula de
música,  o que exige a presença de um <b>professor </b>e sua 
reflexão sobre
como usar, quando, por quanto tempo, associado a que atividades. Além
disso, o
software apresenta problemas com relação a concepção de ensino de
música, 
construção de conceitos musicais, procedimentos pedagógicos e seleção
musical.
Uma outra questão é o governo adquirir um produto específico que está
nas mãos
de um único produtor sem analisar outros produtos do mercado de livre
acesso.<br>
Vejam algumas opiniões sobre o assunto de colegas na lista da ANPPOM do
ano
passado:</p>
  <div><i>o software é realmente um brinquedo bacana e vou até
indicá-lo para meus sobrinhos.</i></div>
  <div><i>mas, como a Wanda disse, também não vejo sentido em o governo
adotar software e ficar na mão do produtor. o softw. é discutível assim
como
muitas aulas de música
são discutíveis. o principal, a meu ver, é q ele não ensina (nem nunca
terá
como ensinar) o sujeito a tocar um instrumento e é aí q mora a
diferença e talvez seja este o foco de uma pedagogia musical: ensinar a
pessoa a cantar e tocar instrumento, visando adquirir um rigor
técnico (seja sopro, percussão, cordas, mas com um certo rigor da
minúcia).</i></div>
  <div><i>realmente a pedagogia musical precisa ser pensada e urgente
no
Brasil a partir da prática completa da música e não do
brinquedos musicais. silvio</i></div>
  <i>Dei uma olhada no material e considero-o
pedagogicamente profundamente discutível.Acho, também, que o ensino, e
a
educação em geral, têm como base profissionais bem formados e bem
remunerados. Não vejo sentido em o governo gastar
com esse software ou qualquer outro, sem que haja um investimento real
e consistente na formação de professores,  na melhoria dos
salários deles, na melhoria das condições materiais em sala de
aula, etc. Material de apoio, como o software
pretende ser, deve ser um complemento à ação competente de um
educador musical.Não acredito que qualquer software,
mesmo que pedagogicamente adequado, seja o ponto de partida para
trazer de volta a música às escolas. Na verdade, considero quetal
iniciativa
seria uma total inversão de valores e um desperdício de dinheiro
público. Vanda Freire </i>
  <br>
  <p><i>Concordo com o que o Silvio, Wanda e Palombini falaram. Apesar
de
não ser a <br>
minha área direta, gostaria de dizer ainda que acredito ser muito
retrógrado se
limitar ao ensino das notas musicais e não explorar de forma mais ampla
a
percepção do som e de suas qualidades internas.Se a criança é adestrada
desde os
7, 8 anos de idade sendo formatada neste universo apenas (das relações
tonais),
estamos perdendo a oportunidade de abrir a sua cabeça para um universo
muito
mais rico de sonoridades que a música já se utiliza a mais de 50 anos e
que
chega com força hj até na música comercial, vide música eletronica,
suas raves e
quantidade de público que gosta e produz esse tipo de música.</i><i> Ou
seja,
adotando um programa ( = um sistema de ensino) voce atropela a
discussão sobre
como fazer acoisa, como educar musicalmente os jovens nas escolas.
Alexandre.</i><br>
  <br>
  <br>
  <br>
  <br>
  <br>
  <br>
Estive visitando a internet para conhecer o software. É um produto
comercial,<br>
vejam os sites abaixo.<br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.tomplay.com.br">http://www.tomplay.com.br</a><br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.tomplay.com.br/site/">http://www.tomplay.com.br/site/</a><br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.tomplay.com.br/versoes/v5b/download/musicas">http://www.tomplay.com.br/versoes/v5b/download/musicas</a><br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/">http://www.marcelosabadini.com.br/portfolio/2008/08/26/tomplay-site/</a><br>
  <br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/">http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/10/16/projeto-tomplay-sai-na-agencia-de-noticias-do-acre/</a><br>
  <br>
Fuçando eu me deparei com a notícia abaixo onde escrevi  um comentário 
  <br>
(não resisiti);<br>
  <a moz-do-not-send="true" target="_blank"
 href="http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2">http://www.ppvinformatica.com.br/ppv/noticias/2008/08/20/ensino-de-musica-agora-e-obrigatorio-nas-escolas/#comment-2</a><br>
  <br>
Acho que devemos iniciar uma campanha contra esse tipo de iniciativa e 
  <br>
processo, que querem eliminar o professor de música. Estou disposta a  <br>
enviar para toda ABEM e colegas o site do TOMPLAY e a reportagem que  <br>
li para façam uma avaliação do software e se manifestem. De repente eu 
  <br>
estou com implicância. O que acham? E o pessoal de Minas? Será que  <br>
estão apoiando? Puxa vida é duro tanto trabalho para privilegiar uma  <br>
iniciativa privada.<br>
  <br>
Se o software tem potencial, ótimo, mas quais as suas intenções e  <br>
conseqüências? Depois é duro ouvir o Mário querer ensinar o pai nosso  <br>
ao vigário, tipo a  "lógica dos pólos é diferente da academia". Então 
  <br>
porque precisam da academia?<br>
  <br>
O que acham de encaminharmos esse email para a Beatriz MC?<br>
  <br>
Beijos,<br>
  <br>
M Cristina<br>
  <br>
  <br>
----------------------------------------------------------------<br>
This message was sent using IMP, the Internet Messaging Program.<br>
  <br>
  <br>
  <br>
----- Final da mensagem encaminhada -----<br>
  </p>
  <pre wrap="">
<hr size="4" width="90%">
________________________________________________
Lista de discussões ANPPOM 
<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a>
________________________________________________</pre>
</blockquote>
</body>
</html>