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<html><head><style type="text/css"><!--
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 --></style><title>Re: [ANPPOM-L] Lattes abriga currículos
falsos</title></head><body>
<div>o pior não são os lattes falsos, mas títulos falsos
recebidos de verdade em universidade reconhecidas.</div>
<div>titulares q nunca orientaram doutorados, livre-docentes que nunca
publicaram em revistas indexadas.</div>
<div>isto vem se somar aos lattes problemáticos: livros que nunca
foram escritos. Num dos lattes lê-se q o pesquisador tem 4 livros
mas apenas "em projeto", ou seja um dia ele vai escrever e
daí quem sabe publicar; noutro lattes lê-se que o pesquisador tem
livros creditados a ele mas nos quais ele apenas participa como
revisor de um dos artigos....e assim vai.</div>
<div><br></div>
<div>como dizia koellreuter: "o culpado é o morto"</div>
<div>o culpado dos lattes falsos e falsos títulos são aqueles que
fecham os olhos para esta situação e aceitam tais falsas
identidades.</div>
<div>o lattes não é vulnerável, vulnerável é nossa
comunidade que aceita este jogo estranho.</div>
<div><br></div>
<div>agora...é bom que a discussão contra o lattes pare por
aí..imaginem nós todos tendo que fazer scanning de todos os
comprovantes, transformar em pdf, fazer up-load de 20 minutos no site
do cnpq de cada um dos documentos!</div>
<div><br></div>
<div>abs</div>
<div>silvio</div>
<div><br></div>
<div><br></div>
<blockquote type="cite" cite>Deu na Folha:<br>
<br>
<b>Folha de S.Paulo<br>
09/07/2009</b><br>
<b><br>
Banco de dados indica que locutor Galvão Bueno é médico com
doutorado em física. Última reunião da comissão que avalia
problemas com o sistema analisou dez denúncias, aplicou três
expurgos e uma suspensão</b><br>
<i><br>
Hélio Schwartsman e Laura Capriglione escrevem para a Folha de
SP</i><br>
<br>
Está no currículo Lattes: Galvão Bueno, o locutor esportivo da
Globo, tem graduação em medicina pela Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo), mestrado em engenharia eletrônica pelo MIT
(Instituto Tecnológico de Massachusetts) e doutorado em física
pelo Caltech (Instituto Tecnológico da Califórnia). Trata-se,
evidentemente, de uma falsificação, ao que tudo indica produzida
para ilustrar a vulnerabilidade da Plataforma Lattes a fraudes.<br>
<br>
A peça fictícia está sendo usada numa polêmica que mobiliza
pesquisadores de diversas áreas. No caso, é argumento em favor de
controles rígidos sobre a mais importante base de dados a respeito
de cientistas e instituições de pesquisa do país, mantida pelo
CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico). O debate é relevante porque o currículo Lattes é
um dos elementos que mais pesa na hora de decidir a destinação de
verbas públicas para laboratórios, bolsas, viagens etc.<br>
<br>
O currículo falso de Galvão Bueno - que também informa que o
apresentador é fluente em croata, chinês e guarani - já foi
retirado da base de dados do CNPq, mas ainda pode ser encontrado em
imagens "cache" de sites como o Google.<br>
<br>
Os defensores de maior rigor na plataforma, entre os quais o físico
Paulo Murilo Castro de Oliveira, 60, da Universidade Federal
Fluminense (UFF), dizem que o CNPq deveria verificar a fidedignidade
das informações postadas. Segundo ele, "são cada vez mais
frequentes as notícias sobre fraudes. O fato é que oportunistas
existem em todas as áreas, inclusive entre cientistas,
naturalmente".<br>
<br>
A revista "Piauí" publicou reportagem mostrando que até
o currículo Lattes da ministra Dilma Rousseff foi
"turbinado".<br>
<br>
Para o pesquisador da UFF, "é preciso fazer algum tipo de
verificação. As informações que estão na Plataforma Lattes
devem ser checadas pelo CNPq e, se não houver o trabalho que o
sujeito diz que publicou, ou o curso que ele diz que fez, o usuário
deve ser questionado".<br>
<br>
Quando surgiu, há dez anos, a Plataforma Lattes tinha apenas o
objetivo de servir como fonte de informação "inter
pares". Mais recentemente, contudo, a base cresceu e ganhou novas
funções: orientandos se valem da plataforma para selecionar seus
orientadores, e vice-versa; alunos usam-na para saber quem é que
lhes dará aulas; empresas, para selecionar consultores; jornalistas,
para eleger suas fontes.<br>
<br>
"Até existe um caso de um administrador que usou o Lattes para
achar um profissional em São Paulo com a especialização médica
que a mulher dele necessitava", disse Geraldo Sorte,
coordenador-geral de informática do CNPq.</blockquote>
<blockquote type="cite" cite><br>
A ala mais liberal, que inclui pesquisadores como o bioquímico
Rogério Meneghini e o físico Ronald Cintra Shellard, admite que a
fragilidade da base dá margem a injustiças, mas não acha que
seja o caso de criar uma "polícia do Lattes".<br>
<br>
O nível de problemas hoje detectado não justificaria o custo de
fazê-lo. De resto, como ressalta Meneghini, que se especializou em
métodos de avaliação da produção científica, cabe à
banca de um concurso conferir a autenticidade dos dados constantes dos
currículos apresentados pelos candidatos, não acreditar piamente
no que está escrito.<br>
<br>
Sem polícia<br>
<br>
"Quem tem de coibir eventuais fraudes no Lattes é a
instituição envolvida no caso", concorda Shellard. "A
chancela de qualidade de um pesquisador vem da instituição a que
ele está ou esteve vinculado. Pode até haver quem ache engraçado
um currículo falso do Galvão Bueno. Mas, se não houver o aval de
uma instituição científica, aquilo não vale nada",
diz.<br>
<br>
Geraldo Sorte, do CNPq, diz que "existem fraudes em tudo quanto é
lugar, mas é uma pena que haja quem queira jogar fora todo esse
trabalho porque alguém foi inescrupuloso".<br>
<br>
Segundo ele, na última reunião da comissão responsável pela
plataforma, em maio, foram avaliadas dez denúncias de fraudes em
currículos, que resultaram em três expurgos e uma suspensão. Os
demais casos serão apreciados na próxima reunião, que deve
ocorrer em agosto. A Plataforma Lattes, com 1,1 milhão de
currículos, recebe em média 10.052 atualizações diárias.<br>
<br>
Para entidade, melhor controle é "olho vigilante de
cientistas"<br>
<br>
Para o coordenador-geral de informática do CNPq, Geraldo Sorte, a
solidez das informações contidas na Plataforma Lattes é
perseguida desde o surgimento da base, em 1999. Para isso, várias
ferramentas de software foram aprimoradas, como as que se usam em
sites de bancos, com o cruzamento de informações de diversas
fontes. Mas, para ele, o mais importante ainda é "olho
vigilante dos outros cientistas".<br>
<br>
"Todo pesquisador tem seu currículo Lattes, base para os
pedidos de financiamento de pesquisa. Essas solicitações são
avaliadas pelos comitês das agências de fomento, formados por
outros cientistas. O resultado é que todo mundo está de olho.
Basta alguém perceber alguma informação falsa e fazer a
denúncia à Comissão Lattes que se abre um processo", diz.<br>
<br>
Segundo Sorte, os procedimentos investigatórios são "muito
sérios" e podem acarretar desde um pedido de correção da
informação até a retirada do currículo da plataforma.<br>
<br>
Às vezes, é só questão de bolar softwares antifraudes. Para o
sujeito que "inventa" artigos científicos, o CNPq, na hora
do preenchimento do currículo, solicita o DOI (Digital Object
Identifier), uma espécie de carteira de identidade digital do
artigo. A pessoa informa esse DOI e o currículo automaticamente
recupera seus dados. "Nem todos os artigos têm DOI, mas nós
começamos a agregar elementos no software que tornam os dados mais
confiáveis", diz Sorte.<br>
<br>
Há ainda ferramentas de autovalidação. "Se você disser
que foi orientado por determinada pessoa, e essa pessoa confirmar, no
currículo dela, que o orientou, a plataforma cruza esses dados e
verifica se há consistência. Em caso afirmativo, ela gera um
selinho de confiança, que é colocado ao lado da linha
validada", diz Sorte.</blockquote>
<blockquote type="cite" cite><br>
________________________________________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>
________________________________________________</blockquote>
<div><br></div>
</body>
</html>