<div>Caro Prof. Daniel Lemos,</div>
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<div>Estranho seu posicionamento, pois, em atendimento a solicitação particular de V. Sa., reservei-lhe um horário na quinta-feira para apresentar seu trabalho de pesquisa, de modo a que fosse debatido pelos participantes. Embora o pedido tenha sido feito diretamente a mim <strong>após</strong> a sessão de quarta-feira, ou seja, sem o conhecimento dos outros participantes do GT, e mesmo que isso fosse modificar a dinâmica adotada no GT (que se constituiu democraticamente numa série de discussões sobre questões levantadas pelos presentes), o tempo lhe foi concedido por mim para o início da sessão da quinta-feira (conforme de seu aceite). O senhor, contudo, não compareceu às sessões posteriores sem qualquer aviso, apenas um pedido de desculpas ao me encontrar na sexta-feira ao final do congresso.</div>

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<div>Quanto às sessões do GT, a média diária foi de cerca de 40 participantes, a maior parte dos quais presentes todos os dias. Na sexta-feira, contamos com trinta e cinco presentes e posso assegurar-lhe que todos, do aluno de graduação à Dra. Salomea Gandelmann, tiveram direito a externar suas opiniões durante todos os dias, enquanto o tempo o permitisse. Quanto às reações de outros participantes da comunidade acadêmica presente, o senhor deveria ter usado da palavra no momento da discussão, caso tenha se sentido ofendido - o que de maneira alguma ficou patente para mim. </div>

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<div>O resultado das discussões será oportunamente divulgado no relatório do GT e as ações propostas para o futuro estão a cargo de uma comissão criada democraticamente pelos presentes à sessão de sexta-feira. Acredito poder afirmar que as discussões tenham sido muito proveitosas para todos que optaram por permanecer ao longo do GT.</div>

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<div>Atenciosamente,</div>
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<div> </div>
<div class="gmail_quote">Em 4 de setembro de 2010 13:36, Daniel Lemos <span dir="ltr"><<a href="mailto:dal_lemos@yahoo.com.br">dal_lemos@yahoo.com.br</a>></span> escreveu:<br>
<blockquote style="BORDER-LEFT: #ccc 1px solid; MARGIN: 0px 0px 0px 0.8ex; PADDING-LEFT: 1ex" class="gmail_quote">
<table border="0" cellspacing="0" cellpadding="0">
<tbody>
<tr>
<td valign="top"><br>Caros colegas,<br><br>A ANPPOM, mais uma vez, foi muito produtiva e bem organizada, todos estão de parabéns pela excelente organização. Contudo, mais uma vez o GT de Performance deixou a desejar.<br>
<br>Esta área precisa se desenvolver muito em termos de pesquisas, engajadas em trabalhar a realidade brasileira e prover amplo acesso da sociedade à Performance Musical. Vejo no Brasil muitos instrumentistas precisando de ajuda tanto no exercício da profissão quanto em questões de ensino da Performance. Creio que o GT deveria abrir para discutir assuntos como as Leis de Incentivo à Cultura, se elas tem oferecido o devido espaço para a prática da Performance (elas existem pra isso), ou em possibilidades de atuação em diversos locais do país, considerando suas peculiaridades regionais. Ainda, creio que o ensino da Performance deveria ser um assunto de amplo interesse da área, uma vez que práticas rígidas do ensino tradicional do Conservatório continuam sendo exercidas em pleno Século XXI. Portanto, falta um diálogo muito maior por parte desta área para com as demandas que a sociedade necessita.<br>
<br>Reforço, ainda, que abandonei este GT, pois na tentativa de expor um pouco do meu ponto de vista, percebi certos risinhos irônicos e comentários que tentaram menosprezar meu discurso. Acredito que todos nós, independentemente da titulação, da "vasta experiência acadêmica" ou de ter uma carreira como "Concertista Solista Virtuoso", temos contribuições a dar com nossas experiências regionais e, principalmente, prover ferramentas para que instrumentistas e cantores possam exercer sua profissão de forma competente nas mais diversas situações que encontramos em nosso país. Esta falta de respeito é um comportamento que não podemos aceitar de nossos colegas, portanto, fica aqui meu protesto.<br>
<br>Creio que se este cenário não mudar em breve, poucas serão as contribuições para a área de Performance, sendo esta a minha grande preocupação. Sei que temos muitos pesquisadores engajados e com excelentes propostas, mas são minimizados ou desistiram de atuar em meio a este ambiente que se formou no GT. Este é um assunto que já passou da hora de ser discutido.<br>
<br>Atenciosamente,<br><br>Daniel Lemos<br>Professor Assistente I<br>Curso de Música - <a href="http://musica.ufma.br/" target="_blank">http://musica.ufma.br</a><br>Departamento de Artes (DEART)<br>Universidade Federal do Maranhão (UFMA)<br>
</td></tr></tbody></table><br> <br>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>
________________________________________________<br></blockquote></div>
<div><br><br clear="all"><br>-- <br>Profa. Dra. Diana Santiago<br>Coordenadora - Núcleo de Pesquisa em Performance Musical e Psicologia <br>Escola de Música da UFBA</div>
<div> </div>
<div>Coordenadora do GT de Performance ANPPOM 2010<br><br></div>