<table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" ><tr><td valign="top" style="font: inherit;"><br>Olá Palombini, Ana e colegas,<br><br>O curioso deste vídeo sobre a posse de Sarney em 1966 é que eu estava no mesmo local ontem (na praça Tiradentes), e havia um protesto de estudantes e professores da UEMA contra o corte que a Roseana Sarney tem feito nas finanças da Universidade... parece que as coisas aqui estão mudando aos poucos.<br><br>Sobre os conteúdos, se falarmos sobre Leitura Musical em um sentido mais amplo, ler partituras é apenas um destes saberes. É fundamental, pois grande parte da literatura está escrita em notação tradicional. Porém, lembremos que há diversos tipos de notação: audiopartituras, notações de música contemporânea... e delas derivam as interfaces gráficas utilizadas em programas como Fruit Loops, Renoise, Cubase, Sonar, etc, programas importantes para composição e manipulação de áudio em especial na
 Música Popular, uma bagagem essencial ao músico de hoje.<br><br>O grande problema do "ensino tecnicista de Conservatório" é achar que apenas o conhecimento "erudito europeu" é válido; aí estamos fadados a viver no passado. Porém, descartar a importância deste saber não é a melhor alternativa, pois ele constitui parte importante do "saber musical". A visão de Luciano Berio ilustra muito bem isso: diferentemente de Boulez e Stockhausen, ele não acreditava na <span style="font-style: italic;">tabula rasa</span>, mas trabalhou de forma genial com os elementos musicais de seu tempo, dialogando com o passado. Este é o perfil ideal do músico de hoje: ensinar Beethoven, mostrar como ele se inseria na sociedade em sua época e trazê-lo ao presente, em forma de releitura.<br><br>Mais importante que os conteúdos é formar músicos com a capacidade de reflexão, de buscar os conhecimentos necessários (pesquisa!) e - principalmente - de atitude
 política, para que possa requerer e criar seus espaços na sociedade. A Universidade, logicamente, não pode prover todos os tipos de conhecimento musical. Logo, seu papel mais importante é formar indivíduos independentes, que ao terminar o Curso, saberão como se inserir na sociedade. Logo, a formação seria apenas o "pontapé inicial" para uma vida musical.<br><br>A figura do "músico alienado" não pode mais existir! Tenho pena de quem se forma em reconhecidas Instituições de ensino musical e ainda acredita que será um concertista solista... mas a culpa não é dele, nem do professor dele (talvez um pouco mais do professor, pois este sim está numa posição de trazer mudanças e no entanto não o faz). Assim como disse o Capitão Nascimento, é o "Sistema" que precisa ser mudado!<br><br>Sds,<br><br>Daniel Lemos<br>
Professor Assistente I<br>
Curso de Música - http://musica.ufma.br<br>
Departamento de Artes (DEART)<br>
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)<br></td></tr></table><br>