Car@s amig@s:<br><br>Estou prestando homenagem ao povo nordestino em meu blog:<br><font size="4"><a href="http://jorgeantunespsol.blogspot.com/">http://jorgeantunespsol.blogspot.com/</a></font><br><br>Recentemente foi feita crítica injusta e perversa ao povo brasileiro do Nordeste. Mais uma vez o valoroso povo nordestino foi atacado de modo racista e discriminatório. Em desagravo e em homenagem àqueles brasileiros, coloco no ar a gravação do terceiro movimento de minha <b>Sinfonia em Cinco Movimentos</b> intitulado “<i><b>O Povo Brasileiro Nordestino</b></i>”.<br>
<br>Ouçam em:<br><font size="4"><a href="http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3">http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3</a></font><br><br>Em 1999 o Ministério da Cultura do governo brasileiro empreendeu uma ação maravilhosa e raríssima: promoveu a encomenda de obras sinfônicas a compositores brasileiros. A motivação era a efeméride do ano seguinte, 2000, quando seriam celebrados os 500 anos do descobrimento do Brasil. O presidente da República era Fernando Henrique Cardoso e o Ministro da Cultura era Francisco Weffort. Mas isso não significava lucidez do governo. Weffort confidenciou-me, em 2000, que desconhecia totalmente a existência de compositores brasileiros de música erudita. Por trás das ações do Ministério estava alguém de vasta cultura musical e visão admirável da cultura brasileira: o embaixador Wladimir Murtinho, que assessorava o Ministro à época.<br>
<br>O Ministério queria escolher cinco compositores para que fossem compostas cinco obras sinfônicas homenageando o Descobrimento do Brasil. Para tanto foi nomeada uma comissão de regentes de orquestra com a incumbência de serem escolhidos os cinco compositores. A comissão de maestros foi assim constituída: Isaac Karabtchevsky, Silvio Barbato, Norton Morozowics, Osman Gioia, Diogo Pacheco, Benito Juarez e Tiago Flores. Essa comissão escolheu os seguintes compositores: Edino Krieger, Jorge Antunes, Egberto Gismonti, Almeida Prado e Ronaldo Miranda.<br>
<br>Quando recebi a notícia, fiquei feliz e preocupadíssimo, pois eu não via motivos para comemorar o chamado “descobrimento do Brasil”. Sempre achei que o Brasil não foi descoberto. Foi, sim, invadido. Entendo que o Brasil foi encoberto. A truculência dos invasores colonizadores encobriu e enterrou as culturas autóctones.<br>
<br>Para contornar meu conflito interno, resolvi escrever uma obra homenageando o povo brasileiro. Assim, compus uma <b>Sinfonia</b> dividida em cinco movimentos: 1- <i>O Povo Brasileiro Índio</i>; 2- <i>O Povo Brasileiro Negro</i>; 3- <i>O Povo Brasileiro Nordestino</i>; 4- <i>O Povo Brasileiro em Fim de Milênio</i>; 5- <i>Utopia para o Povo Brasileiro</i>.<br>
<br>O terceiro movimento, cujo link aqui eu disponibilizo, utiliza um tema de baião que esporadicamente é interrompido por ataques orquestrais de massas sonoras quase extemporâneas. A abertura e a coda do movimento fazem uso de sons eletrônicos, mesclados aos sons da orquestra, que nos reportam a um carro de boi: aquele mesmo do filme Vidas Secas de Nelson Pereira dos Santos.<br>
<br>A gravação foi feita pela Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, sob a regência de Silvio Barbato:<br><font size="4"><a href="http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3">http://www.americasnet.com.br/antunes/audio/O_Povo_Brasileiro_Nordestino.mp3</a></font><br>