<table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" ><tr><td valign="top" style="font: inherit;">Depende da escola e do curso. <div>Cursos com ênfase na performance geralmente exigem algum tipo de audição/entrevista, alguns mais abertos que outros (às vezes o aluno simplesmente envia uma gravação), seguida ou não por um exame escrito. Em muitos casos essa fase não é eliminatória, e às vezes é só um pretexto para que o aluno se matricule em algum curso de aproveitamento, trazendo mais dinheiro para a universidade.</div><div>No programa de World Music, do Departamento de Etnomusicologia da UCLA, exige-se apenas que o candidato toque algo em instrumento de sua escolha (de qualquer tradição musical). Já o programa de Jazz do mesmo departamento é mais específico sobre o que tocar na audição, e há também um curto exame escrito. A mesma universidade tem outros dois departamentos de música, um que segue o modelo de conservatório
(Departamento de Música) e outro, o Departamento de Musicologia, que segue o modelo humanístico (liberal arts), e oferece o diploma de graduação (major) em História da Música, sem exigir qualquer tipo de audição ou exame de ingresso. </div><div>Para ficar apenas na Califórnia, algumas outras universidades do sistema UC exigem exame de ingresso, outras não. A UCR oferece o bacharelado em Música e em Música e Cultura, ambos seguindo o modelo humanístico (não são voltados à performance) e não exigindo audição ou exame de ingresso. Mesmo assim, temos vários conjuntos musicais e aulas de voz/instrumento. Por outro lado, a USC, que é uma universidade particular, segue o modelo do conservatório -- aliás, o maior do oeste dos EUA -- e exige audições e exames em todos os cursos de bacharelado, mesmo em Popular Music e Music Industry, mas abre a exceção para alguns minors (que é uma espécie de diploma secundário, algo que não
parece existir no Brasil). Aliás, em várias outras universidades o exame não é exigido para alguns minors.<div>O que fica disso é que não há um modelo único. As posturas são muito divergentes para admitir uma conciliação (aliás, acho que essa foi uma das razões para a ruptura da UCLA em três departamentos de música, cada um com uma diferente filosofia e oferecendo diferentes diplomas de graduação). <br><div><br>Rogério<br><br><br>--- On <b>Thu, 11/25/10, Marcos Câmara de Castro <i><mcamara@usp.br></i></b> wrote:<br><blockquote style="border-left: 2px solid rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px;"><br>From: Marcos Câmara de Castro <mcamara@usp.br><br>Subject: Re: [ANPPOM-L] Contraponto sobre possbilidades dos testes específicos<br>To: "Carlos Palombini" <cpalombini@gmail.com><br>Cc: anppom-l@iar.unicamp.br<br>Date: Thursday, November 25, 2010, 3:57 AM<br><br><div id="yiv1828177586"><p>Bom dia,
</p>
<p>Eu gostaria de saber se nas universidades estadonidenses há teste de aptidão nos seus departamentos de música.
</p>
<p>Marcos
</p>
<p>Citando Carlos Palombini <cpalombini@gmail.com>:
</p>
<blockquote type="cite">Exatamente, se gosto ou se não gosto de música eletroacústica, não vem ao caso. E meus argumentos não são fracos, proque não expus argumento algum. Ao invés, preferi expor a opinião antitética à predominante, de modo que as vozes discordantes se sentissem à vontade para se manifestar. E André Machado enunciou perfeitamente o argumento que faço meu. É significativo que simplesmente aventurar-se a mencionar a possibilidade de extinção da prova específica e os possíveis benefícios decorrentes desta extinção provoque respostas de cunho eminentemente retórico. Isto mostra a entronização de certo tipo de pensamento em nosso meio. É contra esse tipo de pensamento que declaro meu voto aqui.
<br>
<br>
<div class="yiv1828177586gmail_quote">2010/11/24 Eduardo Patricio <span dir="ltr"><<a rel="nofollow" ymailto="mailto:epatricio@yahoo.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=epatricio@yahoo.com">epatricio@yahoo.com</a>></span>
<br>
<blockquote style="BORDER-LEFT:rgb(204,204,204) 1px solid;MARGIN:0pt 0pt 0pt 0.8ex;PADDING-LEFT:1ex;" class="yiv1828177586gmail_quote">
<div>
<div style="FONT-FAMILY:sans-serif;FONT-SIZE:12pt;">
<div>
</div>
<div>
<br>
<br>
</div>
<div>
<br>
</div>
<div>É. Pela mensagem do André Machado, me parece que a posição do Palombini (e/ou reflexos dela) foi agora melhor captada.
</div>
<div>A questão central seria menos sobre a existência ou não de testes específicos e mais a respeito da necessidade de um questionamento acerca dos objetivos e proposições dos cursos de música no Brasil - que apresentam sim um certo descolamento da realidade (histórico-social), e, que fique claro, não se trata aqui de uma questão puramente de mercado.
</div>
<div>
<br>
</div>
<div>Saudações
</div>
<div>
<br>
</div>
<div>Eduardo Patrício
</div>
<div>
<br>
</div>
<div><span style="FONT-WEIGHT:bold;">
<br>_____________________________________
<br></span><span style="FONT-WEIGHT:bold;"><span style="FONT-FAMILY:arial, helvetica, sans-serif;">Eduardo Patrício</span></span>
<br style="FONT-FAMILY:arial, helvetica, sans-serif;"><a rel="nofollow" style="FONT-FAMILY:arial, helvetica, sans-serif;COLOR:rgb(0,96,191);" target="_blank" href="http://www.eduardopatricio.com.br"><span style="FONT-WEIGHT:bold;">http://www.eduardopatricio.com.br</span></a>
<br style="FONT-FAMILY:arial, helvetica, sans-serif;"><span style="FONT-FAMILY:arial, helvetica, sans-serif;FONT-WEIGHT:bold;">+55 41 8434-0480</span>
<br>
</div>
<div>
<br>
</div>
<div style="FONT-FAMILY:lucida console, sans-serif;FONT-SIZE:12pt;">
<br>
<div style="FONT-FAMILY:times new roman, new york, times, serif;FONT-SIZE:12pt;"><font size="2" face="Tahoma">
<hr size="1"> <strong><span style="FONT-WEIGHT:bold;">De:</span></strong> Carlos Palombini <<a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>>
<div class="yiv1828177586im">
<br><strong><span style="FONT-WEIGHT:bold;">Para:</span></strong> <a rel="nofollow" ymailto="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank" href="/mc/compose?to=anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a>
<br>
</div><strong><span style="FONT-WEIGHT:bold;">Enviadas:</span></strong> Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010 1:02:13
<div class="yiv1828177586im">
<br><strong><span style="FONT-WEIGHT:bold;">Assunto:</span></strong> Re: [ANPPOM-L] Contraponto sobre possbilidades dos testes específicos
<br>
</div></font>
<div>
<div>
</div>
<div class="yiv1828177586h5">
<br>Voilà!
<br>
<br>
<div class="yiv1828177586gmail_quote">2010/11/24 André Luís Cardoso Machado <span dir="ltr"><<a rel="nofollow" ymailto="mailto:andrelcmac@ig.com.br" target="_blank" href="/mc/compose?to=andrelcmac@ig.com.br">andrelcmac@ig.com.br</a>></span>
<br>
<blockquote style="BORDER-LEFT:rgb(204,204,204) 1px solid;MARGIN:0pt 0pt 0pt 0.8ex;PADDING-LEFT:1ex;" class="yiv1828177586gmail_quote">Olá, se me permitem
<br>
<br>O ensino superior em música é todo baseado na tradição européia que
<br>culminou na música erudita contemporânea. Os jovens que ingressam nas
<br>faculdades de música, como todos os outros, são um pouco
<br>inconsequentes. Se julgam poderosos e pensam poder vencer a realidade
<br>e se tornar grandes solistas ou reconhecidos compositores. Porém essas
<br>possibilidades já não existem, já tem algum tempo. O máximo que se
<br>pode conseguir é um reconhecimentozinho acadêmico. Não dá pra ganhar
<br>dinheiro nem com a música tradicional nem com a contemporânea. A não
<br>ser sob a égide do estado que não oferece(e nem deveria) vagas para
<br>todos.
<br>Em qualquer outra área a academia se veria obrigada a mudar seus
<br>rumos. Mas em nossa área específica, amparada inclusive por uma
<br>equivocada visão de toda a sociedade de que nossos valores são muito
<br>diferentes do resto, mantem-se tudo como está.
<br>Me parece que mudar o enfoque acadêmico vigente é como a reforma
<br>política. Todos sabem que ela é necessária, mas quem tem poder para
<br>realizá-la são os menos interessados.
<br>
<br>Abraço a todos
<br>André Machado
<br>
<br>Em 23/11/10, Carlos Palombini<<a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>> escreveu:
<br>
<div>
<div>
</div>
<div>> É outra possibilidade. Infelizmente, muito pouco na política da Capes e nada
<br>> na política do CNPq aponta nesta direção.
<br>>
<br>> 2010/11/23 Flavio <<a rel="nofollow" ymailto="mailto:flateb@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=flateb@gmail.com">flateb@gmail.com</a>>
<br>>
<br>>> Pelo visto, pode-se mesmo dizer que nada do que se faz na tal "área
<br>>> específica" de música presta ( "análises interpretativas",
<br>>> "instrumentista-pesquisador que nem toca nem faz pesquisa",
<br>>> "compositor-pesquisador cuja pesquisa é dizer o que quer que seja da
<br>>> música
<br>>> que só é ouvida por seus próprios colegas" etc.). Faltou apenas incluir a
<br>>> categoria de egrégios "pesquisadores" que não tocam, não cantam, não
<br>>> compõem, não diferenciam uma colcheia de um violão, costumam fugir de sala
<br>>> de aula e de orientações, mas encontram-se muito bem instalados e pagos
<br>>> em... Escolas de Música (vejam que coisa!). Enfim, acabemos com esse tipo
<br>>> também, pessoal, e assim podemos apagar todas as luzes de tão nefasta
<br>>> área,
<br>>> entregando os prédios (e principalmente a verba pública que alimenta, por
<br>>> exemplo, muitas bolsas de pesquisa) para a sociedade fazer de tudo isso um
<br>>> melhor uso.
<br>>>
<br>>> Flavio Barbeitas.
<br>>>
<br>>>
<br>>> 2010/11/23 Carlos Palombini <<a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>>
<br>>>
<br>>> Não, acabamos apenas com a prova de habilidades específicas, o que
<br>>>> resultará no fim do Conservatório Universitário, e no fim também das
<br>>>> intermináveis discussões sobre a "especificidade" da área, sobre quantos
<br>>>> artigos vale um concerto, sobre o número de artigos que substitui uma
<br>>>> dissertação na pós-graduação em performance, acabamos com as "análises
<br>>>> interpretativas" e tantos outros males, como o instrumentista-pesquisador
<br>>>> que nem toca nem faz pesquisa (ou faz de conta que faz, e se publica
<br>>>> porque
<br>>>> as revistas precisam de artigos para satisfazer as exigências de
<br>>>> periodicidade da Capes), com o compositor-pesquisador cuja pesquisa é
<br>>>> dizer
<br>>>> o que quer que seja da música que só é ouvida por seus próprios colegas,
<br>>>> e
<br>>>> poderemos pensar numa formação adequada e específica para
<br>>>> instrumentistas,
<br>>>> compositores, musicólogos, educadores etc. Não seria um benefício?
<br>>>>
<br>>>> 2010/11/23 Fernando Pereira Binder <<a rel="nofollow" ymailto="mailto:fernandobinder@yahoo.com.br" target="_blank" href="/mc/compose?to=fernandobinder@yahoo.com.br">fernandobinder@yahoo.com.br</a>>
<br>>>>
<br>>>>> Muito bem,
<br>>>>>
<br>>>>> Primeiro acabamos com a prova de habilidades específicas para música.
<br>>>>> Depois acabamos com a prova geral (português, história, etc...).
<br>>>>> Daí acabamos com a alfabetização.
<br>>>>> Re-instituímos a igreja como guardiã do conhecimento ocidental (começada
<br>>>>> na última eleição).
<br>>>>> Pronto, voltamos todos à Idade Média em 4 etapas!
<br>>>>>
<br>>>>> Fernando Binder
<br>>>>>
<br>>>>> Em 22/11/2010, às 10:07, Carlos Palombini escreveu:
<br>>>>>
<br>>>>>
<br>>>>>
<br>>>>> 2) Não exigir conhecimentos específicos desvaloriza a Lei 11.769/2008,
<br>>>>>> uma árdua conquista da área de Música que simboliza sua valorização,
<br>>>>>> pois
<br>>>>>> esta é comumente tratada de forma amadora pela sociedade. Atualmente,
<br>>>>>> há uma
<br>>>>>> verdadeira "indústria educacional" em torno da Educação Básica, pois
<br>>>>>> sua
<br>>>>>> função mais comum é oferecer acesso à Universidade, desvalorizando sua
<br>>>>>> própria utilidade educacional. Nesse contexto, há o risco de muitos se
<br>>>>>> perguntarem: "pra que estudar Música se para entrar no Curso de Música
<br>>>>>> não é
<br>>>>>> necessário estudar Música?";
<br>>>>>>
<br>>>>>
<br>>>>> Há um erro básico aqui: supor que estudar música seja solfejar, tocar um
<br>>>>> instrumento (ou cantar), ou compor. Como é isso que a maioria de nossos
<br>>>>> colegas sabe fazer, esse erro não será democraticamente erradicado. A
<br>>>>> prova
<br>>>>> específica tem a função de perpetuá-lo.
<br>>>>>
<br>>>>>
<br>>>>> --
<br>>>>> Carlos Palombini
<br>>>>> <a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>
<br>>>>>
<br>>>>> ________________________________________________
<br>>>>> Lista de discussões ANPPOM
<br>>>>> <a rel="nofollow" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a>
<br>>>>> ________________________________________________
<br>>>>>
<br>>>>>
<br>>>>> _____________________
<br>>>>> Ajude a manter minha caixa postal limpa, não inclua meu endereço de
<br>>>>> email
<br>>>>> em listas de qualquer espécie. Obrigado. Fernando.
<br>>>>> Please, help me to keep my inbox clean. Do not include my email address
<br>>>>> in any sort of of list. Thank You. Fernando.
<br>>>>>
<br>>>>>
<br>>>>>
<br>>>>
<br>>>>
<br>>>> --
<br>>>> Carlos Palombini
<br>>>> <a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>
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<br>>> Lista de discussões ANPPOM
<br>>> <a rel="nofollow" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a>
<br>>> ________________________________________________
<br>>>
<br>>
<br>>
<br>>
<br>> --
<br>> Carlos Palombini
<br>> <a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>
<br>>
<br>
</div>
</div>
</blockquote>
</div>
<br>
<br clear="all">
<br>--
<br>Carlos Palombini
<br><a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>
<br>
<br>
</div>
</div>
</div>
</div>
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</div>
</div>
<br>
</div>
</blockquote>
</div>
<br>
<br clear="all">
<br>--
<br>Carlos Palombini
<br><a rel="nofollow" ymailto="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank" href="/mc/compose?to=cpalombini@gmail.com">cpalombini@gmail.com</a>
<br>
<br>
</blockquote>
<p>Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
<br>Departamento de Música
<br>Universidade de São Paulo
<br>Campus de Ribeirão Preto (SP)
<br><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://camaradecastro.blogspot.com/">http://camaradecastro.blogspot.com/</a>
<br><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://stoa.usp.br/marcos58/weblog/">http://stoa.usp.br/marcos58/weblog/</a>
</p></div><br>-----Inline Attachment Follows-----<br><br><div class="plainMail">________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________</div></blockquote></div></div></div></td></tr></table><br>