<p>Bom dia,
</p>
<p>Eu gostaria de saber se nas universidades estadonidenses há teste de aptidão nos seus departamentos de música.
</p>
<p>Marcos
</p>
<p>Citando Carlos Palombini <cpalombini@gmail.com>:
</p>
<blockquote type="cite">Exatamente, se gosto ou se não gosto de música eletroacústica, não vem ao caso. E meus argumentos não são fracos, proque não expus argumento algum. Ao invés, preferi expor a opinião antitética à predominante, de modo que as vozes discordantes se sentissem à vontade para se manifestar. E André Machado enunciou perfeitamente o argumento que faço meu. É significativo que simplesmente aventurar-se a mencionar a possibilidade de extinção da prova específica e os possíveis benefícios decorrentes desta extinção provoque respostas de cunho eminentemente retórico. Isto mostra a entronização de certo tipo de pensamento em nosso meio. É contra esse tipo de pensamento que declaro meu voto aqui.
<br />
<br />
<div class="gmail_quote">2010/11/24 Eduardo Patricio <span dir="ltr"><<a href="mailto:epatricio@yahoo.com">epatricio@yahoo.com</a>></span>
<br />
<blockquote style="BORDER-LEFT: rgb(204,204,204) 1px solid; MARGIN: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; PADDING-LEFT: 1ex" class="gmail_quote">
<div>
<div style="FONT-FAMILY: 'lucida console',sans-serif; FONT-SIZE: 12pt">
<div>
</div>
<div>
<br />
<br />
</div>
<div>
<br />
</div>
<div>É. Pela mensagem do André Machado, me parece que a posição do Palombini (e/ou reflexos dela) foi agora melhor captada.
</div>
<div>A questão central seria menos sobre a existência ou não de testes específicos e mais a respeito da necessidade de um questionamento acerca dos objetivos e proposições dos cursos de música no Brasil - que apresentam sim um certo descolamento da realidade (histórico-social), e, que fique claro, não se trata aqui de uma questão puramente de mercado.
</div>
<div>
<br />
</div>
<div>Saudações
</div>
<div>
<br />
</div>
<div>Eduardo Patrício
</div>
<div>
<br />
</div>
<div><span style="FONT-WEIGHT: bold">
<br />_____________________________________
<br /></span><span style="FONT-WEIGHT: bold"><span style="FONT-FAMILY: arial,helvetica,sans-serif">Eduardo Patrício</span></span>
<br style="FONT-FAMILY: arial,helvetica,sans-serif" /><a style="FONT-FAMILY: arial,helvetica,sans-serif; COLOR: rgb(0,96,191)" href="http://www.eduardopatricio.com.br" rel="nofollow" target="_blank"><span style="FONT-WEIGHT: bold">http://www.eduardopatricio.com.br</span></a>
<br style="FONT-FAMILY: arial,helvetica,sans-serif" /><span style="FONT-FAMILY: arial,helvetica,sans-serif; FONT-WEIGHT: bold">+55 41 8434-0480</span>
<br />
</div>
<div>
<br />
</div>
<div style="FONT-FAMILY: lucida console,sans-serif; FONT-SIZE: 12pt">
<br />
<div style="FONT-FAMILY: times new roman,new york,times,serif; FONT-SIZE: 12pt"><font size="2" face="Tahoma">
<hr size="1" /> <strong><span style="FONT-WEIGHT: bold">De:</span></strong> Carlos Palombini <<a href="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>>
<div class="im">
<br /><strong><span style="FONT-WEIGHT: bold">Para:</span></strong> <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank">anppom-l@iar.unicamp.br</a>
<br />
</div><strong><span style="FONT-WEIGHT: bold">Enviadas:</span></strong> Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010 1:02:13
<div class="im">
<br /><strong><span style="FONT-WEIGHT: bold">Assunto:</span></strong> Re: [ANPPOM-L] Contraponto sobre possbilidades dos testes específicos
<br />
</div></font>
<div>
<div>
</div>
<div class="h5">
<br />Voilà!
<br />
<br />
<div class="gmail_quote">2010/11/24 André Luís Cardoso Machado <span dir="ltr"><<a href="mailto:andrelcmac@ig.com.br" rel="nofollow" target="_blank">andrelcmac@ig.com.br</a>></span>
<br />
<blockquote style="BORDER-LEFT: rgb(204,204,204) 1px solid; MARGIN: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; PADDING-LEFT: 1ex" class="gmail_quote">Olá, se me permitem
<br />
<br />O ensino superior em música é todo baseado na tradição européia que
<br />culminou na música erudita contemporânea. Os jovens que ingressam nas
<br />faculdades de música, como todos os outros, são um pouco
<br />inconsequentes. Se julgam poderosos e pensam poder vencer a realidade
<br />e se tornar grandes solistas ou reconhecidos compositores. Porém essas
<br />possibilidades já não existem, já tem algum tempo. O máximo que se
<br />pode conseguir é um reconhecimentozinho acadêmico. Não dá pra ganhar
<br />dinheiro nem com a música tradicional nem com a contemporânea. A não
<br />ser sob a égide do estado que não oferece(e nem deveria) vagas para
<br />todos.
<br />Em qualquer outra área a academia se veria obrigada a mudar seus
<br />rumos. Mas em nossa área específica, amparada inclusive por uma
<br />equivocada visão de toda a sociedade de que nossos valores são muito
<br />diferentes do resto, mantem-se tudo como está.
<br />Me parece que mudar o enfoque acadêmico vigente é como a reforma
<br />política. Todos sabem que ela é necessária, mas quem tem poder para
<br />realizá-la são os menos interessados.
<br />
<br />Abraço a todos
<br />André Machado
<br />
<br />Em 23/11/10, Carlos Palombini<<a href="mailto:cpalombini@gmail.com" rel="nofollow" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>> escreveu:
<br />
<div>
<div>
</div>
<div>> É outra possibilidade. Infelizmente, muito pouco na política da Capes e nada
<br />> na política do CNPq aponta nesta direção.
<br />>
<br />> 2010/11/23 Flavio <<a href="mailto:flateb@gmail.com" rel="nofollow" target="_blank">flateb@gmail.com</a>>
<br />>
<br />>> Pelo visto, pode-se mesmo dizer que nada do que se faz na tal "área
<br />>> específica" de música presta ( "análises interpretativas",
<br />>> "instrumentista-pesquisador que nem toca nem faz pesquisa",
<br />>> "compositor-pesquisador cuja pesquisa é dizer o que quer que seja da
<br />>> música
<br />>> que só é ouvida por seus próprios colegas" etc.). Faltou apenas incluir a
<br />>> categoria de egrégios "pesquisadores" que não tocam, não cantam, não
<br />>> compõem, não diferenciam uma colcheia de um violão, costumam fugir de sala
<br />>> de aula e de orientações, mas encontram-se muito bem instalados e pagos
<br />>> em... Escolas de Música (vejam que coisa!). Enfim, acabemos com esse tipo
<br />>> também, pessoal, e assim podemos apagar todas as luzes de tão nefasta
<br />>> área,
<br />>> entregando os prédios (e principalmente a verba pública que alimenta, por
<br />>> exemplo, muitas bolsas de pesquisa) para a sociedade fazer de tudo isso um
<br />>> melhor uso.
<br />>>
<br />>> Flavio Barbeitas.
<br />>>
<br />>>
<br />>> 2010/11/23 Carlos Palombini <<a href="mailto:cpalombini@gmail.com" rel="nofollow" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>>
<br />>>
<br />>> Não, acabamos apenas com a prova de habilidades específicas, o que
<br />>>> resultará no fim do Conservatório Universitário, e no fim também das
<br />>>> intermináveis discussões sobre a "especificidade" da área, sobre quantos
<br />>>> artigos vale um concerto, sobre o número de artigos que substitui uma
<br />>>> dissertação na pós-graduação em performance, acabamos com as "análises
<br />>>> interpretativas" e tantos outros males, como o instrumentista-pesquisador
<br />>>> que nem toca nem faz pesquisa (ou faz de conta que faz, e se publica
<br />>>> porque
<br />>>> as revistas precisam de artigos para satisfazer as exigências de
<br />>>> periodicidade da Capes), com o compositor-pesquisador cuja pesquisa é
<br />>>> dizer
<br />>>> o que quer que seja da música que só é ouvida por seus próprios colegas,
<br />>>> e
<br />>>> poderemos pensar numa formação adequada e específica para
<br />>>> instrumentistas,
<br />>>> compositores, musicólogos, educadores etc. Não seria um benefício?
<br />>>>
<br />>>> 2010/11/23 Fernando Pereira Binder <<a href="mailto:fernandobinder@yahoo.com.br" rel="nofollow" target="_blank">fernandobinder@yahoo.com.br</a>>
<br />>>>
<br />>>>> Muito bem,
<br />>>>>
<br />>>>> Primeiro acabamos com a prova de habilidades específicas para música.
<br />>>>> Depois acabamos com a prova geral (português, história, etc...).
<br />>>>> Daí acabamos com a alfabetização.
<br />>>>> Re-instituímos a igreja como guardiã do conhecimento ocidental (começada
<br />>>>> na última eleição).
<br />>>>> Pronto, voltamos todos à Idade Média em 4 etapas!
<br />>>>>
<br />>>>> Fernando Binder
<br />>>>>
<br />>>>> Em 22/11/2010, às 10:07, Carlos Palombini escreveu:
<br />>>>>
<br />>>>>
<br />>>>>
<br />>>>> 2) Não exigir conhecimentos específicos desvaloriza a Lei 11.769/2008,
<br />>>>>> uma árdua conquista da área de Música que simboliza sua valorização,
<br />>>>>> pois
<br />>>>>> esta é comumente tratada de forma amadora pela sociedade. Atualmente,
<br />>>>>> há uma
<br />>>>>> verdadeira "indústria educacional" em torno da Educação Básica, pois
<br />>>>>> sua
<br />>>>>> função mais comum é oferecer acesso à Universidade, desvalorizando sua
<br />>>>>> própria utilidade educacional. Nesse contexto, há o risco de muitos se
<br />>>>>> perguntarem: "pra que estudar Música se para entrar no Curso de Música
<br />>>>>> não é
<br />>>>>> necessário estudar Música?";
<br />>>>>>
<br />>>>>
<br />>>>> Há um erro básico aqui: supor que estudar música seja solfejar, tocar um
<br />>>>> instrumento (ou cantar), ou compor. Como é isso que a maioria de nossos
<br />>>>> colegas sabe fazer, esse erro não será democraticamente erradicado. A
<br />>>>> prova
<br />>>>> específica tem a função de perpetuá-lo.
<br />>>>>
<br />>>>>
<br />>>>> --
<br />>>>> Carlos Palombini
<br />>>>> <a href="mailto:cpalombini@gmail.com" rel="nofollow" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>
<br />>>>>
<br />>>>> ________________________________________________
<br />>>>> Lista de discussões ANPPOM
<br />>>>> <a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" rel="nofollow" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a>
<br />>>>> ________________________________________________
<br />>>>>
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<br />>>>> _____________________
<br />>>>> Ajude a manter minha caixa postal limpa, não inclua meu endereço de
<br />>>>> email
<br />>>>> em listas de qualquer espécie. Obrigado. Fernando.
<br />>>>> Please, help me to keep my inbox clean. Do not include my email address
<br />>>>> in any sort of of list. Thank You. Fernando.
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<br />>>> Carlos Palombini
<br />>>> <a href="mailto:cpalombini@gmail.com" rel="nofollow" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>
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<br />>> Lista de discussões ANPPOM
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<br />>
<br />> --
<br />> Carlos Palombini
<br />> <a href="mailto:cpalombini@gmail.com" rel="nofollow" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>
<br />>
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</div>
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</blockquote>
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<br />
<br clear="all" />
<br />--
<br />Carlos Palombini
<br /><a href="mailto:cpalombini@gmail.com" rel="nofollow" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>
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<br clear="all" />
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<br />Carlos Palombini
<br /><a href="mailto:cpalombini@gmail.com" target="_blank">cpalombini@gmail.com</a>
<br />
<br />
</blockquote>
<p><!--begin_signature-->Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro
<br />Departamento de Música
<br />Universidade de São Paulo
<br />Campus de Ribeirão Preto (SP)
<br /><a href="http://camaradecastro.blogspot.com/" target="_blank">http://camaradecastro.blogspot.com/</a>
<br /><a href="http://stoa.usp.br/marcos58/weblog/" target="_blank">http://stoa.usp.br/marcos58/weblog/</a><!--end_signature-->
</p>