<table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" ><tr><td valign="top" style="font: inherit;"><br>Caros Rodolfo, Sílvio, Paulo e demais colegas,<br><br>Notáveis colocações! Os julgamentos de valor que se dão entre "erudito" e "popular", "bom" e "ruim" não são estéticos ou musicais - ao contrário do que se costuma dizer - mas políticos. Uma tentativa de manter o corporativismo e a exclusividade das ações musicais ao seleto grupo de intelectos musicais que apreciam os fraseados de Mozart saboreando um vinho fino, enquanto outros músicos "inferiores" tem de tocar todas as noites para ter uma renda que possa fazê-los viver com dignidade...<br><br>Porém, creio que isto esteja mudando. Muitos dos professores universitários de hoje - aqueles que podem contribuir muito para mudar este cenário - são cada vez menos "filhos" (ou nobres) desta classe, mas pessoas que viveram outra realidade, e se dedicou muito para chegar lá. Eles estão
nas Universidades não pelo status dessa profissão (pois quem está por este motivo não precisa trabalhar para viver!), e tem compromisso em trazer benefícios para nossa área e à sociedade.<br><br><br>Um abraço,<br><br><br><br><font size="2"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;">Daniel Lemos</span></font><br style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><font size="2"><font size="1"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;">Professor Assistente I</span></font><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><br><font size="2"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://musica.ufma.br">Curso de Música</a></font></span></font><font style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;" size="2"> - Departamento de Artes (DEART)</font><font size="2"><br style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"></font><font style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;" size="2"><a rel="nofollow" target="_blank"
href="http://groups.google.com/group/ppmus">Fórum de Pedagogia da Performance</a></font><font size="2"><br></font><font size="2"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://musica.ufma.br/ensaio/">ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance</a></span></font><font size="2"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><br></span></font><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"></span><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><font size="2">Universidade Federal do Maranhão (UFMA)</font><br></span><br><br>--- Em <b>ter, 25/1/11, Rodolfo Caesar <i><rodolfo.caesar@gmail.com></i></b> escreveu:<br><blockquote style="border-left: 2px solid rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px;"><br>De: Rodolfo Caesar <rodolfo.caesar@gmail.com><br>Assunto: Re: [ANPPOM-L] A Anppom e Ordem dos Músicos do Brasil<br>Para: "Daniel Lemos"
<dal_lemos@yahoo.com.br><br>Cc: anppom-l@iar.unicamp.br<br>Data: Terça-feira, 25 de Janeiro de 2011, 10:56<br><br><div class="plainMail">Excelente toda essa conversa sobre a OMB!<br><br>Obrigado, Paulo, por trazê-la, e aos demais pelas ótimas contribuições.<br>Gostaria de acrescentar que há uma questão mais profunda a ser<br>desdobrada, e de interesse acadêmico: o exame das causas que<br>possibilitaram a criação de um<br>monstrengo desses. Poderia render uma dissertação de mestrado.<br>O Silvio disse que foi José Siqueira, comunista, durante os anos JK.<br>Isso é uma ponta. Há que saber ainda: qual seria a intenção, vinda de<br>um militante do partido, em fundar um órgão que esvaziava o já débil<br>sindicato? Alguma estratégia especial?<br>Num período em que não precisaria da força bruta (de uma futura<br>ditadura) para se instalar, que apoio teve a OMB? Ou melhor: com<br>que/quanta conivência da classe ela contou? Para
quê montar uma<br>instituição que não ajudava o músico contra o patrão, mas contra o<br>colega? Ah, diriam, 'um mau colega', picareta, charlatão... (O que era<br>um charlatão em música? Um 'erudito' que não sabia solfejar tríades?<br>Um 'popular' que não conseguia tocar tamborim?) Seria somente um caso<br>de escandalosa preservação corporativa em escala nacional. A que<br>preço?!<br>Interessante fazer um paralelo com o mundo das Artes Plásticas<br>'eruditas' daquele período, às voltas com o concretismo e o<br>neo-concretismo, expressões radicais que mexiam, como qualquer<br>vanguarda, com o conceito de arte do senso comum. (OK, diriam que era<br>um projeto fundado na importação de modelos europeus...). Exatamente<br>no mesmo momento a nossa classe musical resolve inventar uma 'Ordem'<br>com poderes suficientes até para exercer autoritariamente - retirando<br>do esforço e da responsabilidade do indivíduo comum - o juízo
estético<br>de determinar o que seria ou não música. (Agora sim, uma invenção<br>digna de exportação, porque deve ser a única no mundo.) Enfim, com a<br>OMB intalada o indivíduo comum passava a ter uma instância superior<br>tomando decisões estéticas por ele.<br><br><br>Saudações,<br>Rodolfo Caesar<br><br>On 1/24/11, Daniel Lemos <<a ymailto="mailto:dal_lemos@yahoo.com.br" href="/mc/compose?to=dal_lemos@yahoo.com.br">dal_lemos@yahoo.com.br</a>> wrote:<br>><br>> Olá,<br>><br>> Excelente a idéia do Paulo, seria muito interessante esta<br>> posição oficial, até mesmo para reforçar a relevância política da<br>> ANPPOM.<br>><br>> Abraços,<br>><br>><br>> Daniel Lemos<br>> Professor Assistente I<br>> Curso de Música - Departamento de Artes (DEART)<br>> Fórum de Pedagogia da Performance<br>> ENSAIO - Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance<br>> Universidade Federal do Maranhão
(UFMA)<br>><br>><br>><br>><br></div></blockquote></td></tr></table><br>