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Caros, <br><br>Concordo plenamente com o fato da complexidade da profissão torná-la inordenável, mas não creio que a questão dos direitos profissionais seja simples, muito pelo contrário, como escrevi na discussão sobre a avaliação da OSB em outro email.<br><br>Abs.,<br><br>Graziela<br><br>> Date: Wed, 19 Jan 2011 18:21:06 -0200<br>> From: andrelcmac@ig.com.br<br>> To: rogeriobudasz@yahoo.com<br>> CC: anppom-l@iar.unicamp.br<br>> Subject: Re: [ANPPOM-L] OMB<br>> <br>> Alô a todos,<br>> <br>> Penso que Rael acertou na mosca, mas vou mudar um pouco a maneira de<br>> colocar as coisas,<br>> <br>> Alguns colegas se equivocam ao pensar que as Ordens de qualquer<br>> profissão têm como missão primordial defender os direitos de seus<br>> afiliados. Isso é tarefa dos sindicatos e sua eficiência depende da<br>> participação da classe em questão. Na verdade, as Ordens são como<br>> corporações de ofício e atuam no sentido de regular o exerxício e<br>> restringir condutas ilegais ou moralmente reporváveis, ou até mesmo<br>> tentam controlar o mercado, como a OAB faz, tentando dificultar a<br>> validade de cursos por todo o país, tentando tomar para si as<br>> atribuições de órgãos competentes como o MEC.<br>> <br>> Eu já trabalhei como músico contratado em bandas e peças de teatro e<br>> fui obrigado a me filiar à Ordem para poder trabalhar. Mas já fui<br>> impedido de trabalhar em minha própria área por não músicos e a<br>> gloriosa OMB nada fez para me defender, já que ela considera a todos<br>> que produzam qualquer som por qualquer meio como músico,<br>> conferindo-lhes prontamente a carteira de músico profissional.<br>> <br>> Ou seja, a nossa área é inordenável por absoluta falta de parâmetros<br>> regulamentáveis. Então eu pergunto. Para que serve uma instituição que<br>> só existe para realizar uma tarefa irrealizável, colocar ordem onde<br>> não há ordem possível? Resposta: para beneficiar particulares.<br>> <br>> Quanto a questão de nossos direitos profissionais é simples. Se você é<br>> contratado seus direitos estão no contrato. Se é autônomo, a sua<br>> garantia deveria ser o carnê do INSS que você paga todo mês,<br>> dinheirinho que o governo aceita de bom grado sem maiores<br>> questionamentos. Por que essa palhaçada de termos que provar que temos<br>> uma profissão para podermos ter direitos e pensão como autônomos pelo<br>> INSS já que pagamos o benefício?<br>> <br>> Abraço<br>> André Machado<br>> <br>> Em 19/01/11, Rogerio Budasz<rogeriobudasz@yahoo.com> escreveu:<br>> > Colegas,<br>> > Já tive as minhas desavenças com a OMB, inclusive um processo por falta de<br>> > pagamento das anuidades, que ficou rolando na justiça por 13 anos, sem eu<br>> > nunca ter dado satisfação, até ser arquivado. O processo foi iniciado<br>> > justamente quando o sujeito da OMB bateu na Escola de Música e Belas Artes e<br>> > pediu ao funcionário o nome e cpf dos professores... Como o funcionário da<br>> > OMB tem status de delegado (coisa muito esquisita), o funcionário passou as<br>> > informações. O curioso é que vários professores não tinham carteirinha e<br>> > eles processaram só os professores já inscritos na OMB (porque antes de<br>> > sermos professores já éramos músicos e a OMB fazia batidas frequentes nos<br>> > teatros).<br>> > Mas se a OMB for extinta não sei como ficariam as centenas de músicos<br>> > populares que dependem da carteira da ordem prá mostrar que estão empregados<br>> > ou que de alguma forma são trabalhadores autônomos--alguns bancos e lojas<br>> > pedem alguma documentação comprovando um vínculo regular quando o músico<br>> > quer abrir uma conta ou um crediário. Se só a filiação ao sindicato bastar<br>> > então talvez a OMB seja inútil mesmo, embora no fundo eu pense que o<br>> > problema não é a existência do órgão, mas a obrigatoriedade da filiação.<br>> > Rogério<br>> ><br>> > --- On Tue, 1/18/11, Carlos Palombini <cpalombini@gmail.com> wrote:<br>> ><br>> > From: Carlos Palombini <cpalombini@gmail.com><br>> > Subject: Re: [ANPPOM-L] OMB<br>> > To: anppom-l@iar.unicamp.br<br>> > Date: Tuesday, January 18, 2011, 12:45 PM<br>> ><br>> > Rael,<br>> > Concordo itegralmente com você. Sabemos muito bem que o que é música para<br>> > uns não é música para outros. A necessidade da própria OAB tem sido<br>> > questionada. A OMB é inteiramente inútil e, mais, danosa.<br>> > Carlos<br>> > 2011/1/17 Rael Bertarelli Gimenes Toffolo <rael.gimenes@gmail.com><br>> > Caros colegas...<br>> ><br>> > Tenho acompanhado a discussão e vejo alguns pontos positivos e outros<br>> > negativos...<br>> ><br>> > Antes de avaliarmos se temos ou não que acabar com a ordem precisamos nos<br>> > perguntar:<br>> ><br>> > Que carreira queremos regulamentar?<br>> > Que habilidades um Músico deve demonstrar para obter uma "carteira" de uma<br>> > classe profissional?<br>> ><br>> > Pelo pouco que conheço, o registro de atores (DRT) tem provas específicas<br>> > que parecem realmente separar atores de não atores regulamentando e<br>> > normatizando uma "carreira".<br>> > Será que isso é possível de ser realizado em nossa profissão sem sermos<br>> > acusados de não democráticos e limitadores de determinadas expressões<br>> > artísticas que são por muitos consideradas importantes?<br>> ><br>> > Nesse sentido, se não é possível determinarmos qual são as habilidades<br>> > mínimas que um músico deve ter, fica patente que realmente não há a<br>> > necessidade de regulamentação e normatização da carreira.<br>> > Sendo assim continuo achando que a Ordem dos músicos para nada serve<br>> > mesmo...<br>> ><br>> > Abraços<br>> ><br>> > Rael Toffolo (UEM-PR)<br>> ><br>> > 2011/1/16 Marcio Pereira <marciopereira111@gmail.com><br>> > A OMB foi criada por uma lei no governo Juscelino Kubitschek (esqueci o<br>> > número da lei) que regulamentou a profissão de músico e deu status de curso<br>> > superior aos que fazem o tal exame da Ordem.<br>> > Os atores conseguiram isso só recentemente e antes tinham que assinar<br>> > carteira profissional como comerciários, caso contratados.<br>> > Por isso, é preciso tomar cuidado para não jogar fora o bebê junto com a<br>> > água do banho, ou seja, acabar a Ordem poderia também, por hipótese,<br>> > cancelar a tal lei do Juscelino, o que não seria bom para os músicos,<br>> > principalmente os populares.<br>> > Sei que quem manda na Ordem é uma turma de aproveitadores desonestos que<br>> > estão lá há anos.<br>> > Não seria o caso de moralizar a Ordem em vez de simplesmente acabar com ela?<br>> > Abs,<br>> > Marcio Pereira (UNIRIO)<br>> > ________________________________________________<br>> > Lista de discussões ANPPOM<br>> > http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>> > ________________________________________________<br>> ><br>> ><br>> ><br>> ><br>> ><br>> ________________________________________________<br>> Lista de discussões ANPPOM<br>> http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l<br>> ________________________________________________<br>                                    </body>
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