<font size="6"><b>Projeto resgata obras de compositores<br>perseguidos pelo nazismo</b></font><br><br>Fonte:<br><a href="http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14941773,00.html" target="_blank">http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14941773,00.html</a><br>
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</div>DW- <a href="http://world.de/" target="_blank">WORLD.DE</a><br>DEUTSCHE WELLE
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</div><div style="width: 374px;"><h4>
Pesquisadores de uma universidade do Texas buscam registros e obras de
músicos que foram forçados a interromper a carreira após a chegada dos
nazistas ao poder.</h4></div><div> </div></div>
<div><p>
</p><p>
</p><p>O músico Timothy Jackson, professor da Universidade do Norte do
Texas, em Denton, nos Estados Unidos, vem trabalhando num projeto
importante para a música: resgatar os trabalhos de dez compositores que
ficaram "perdidos" na história. Sobretudo por conta da ascensão do
nazismo na Alemanha.</p>
<p>Um desses compositores é Paul Kletzki. Nascido em 1900 na cidade
polonesa de Lodz, Kletzki logo se tornou uma das estrelas do cenário
musical alemão. Respeitado por compositores e maestros, alcançou
particular sucesso em Weimar, com suas sinfonias e concertos ao piano.</p>
<p>Só que Kletzki era judeu, e os compositores judeus eram proscritos
pelos nazistas, não interessando a que tipo de música se dedicassem.
"Quando Paul Kletzki estava começando a estourar, Hitler chegou ao poder
(em 1933) e o compositor percebeu que seu futuro estava arruinado",
conta Jackson.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">Primeiramente,
Kletzki fugiu para a Itália. Em seguida foi para a Rússia e logo depois
para a Suíça. Traumatizado com as atrocidades dos nazistas – ele perdeu
os pais e a irmã na perseguição – Kletzki parou de compor em 1942 e
enterrou os papéis com suas músicas dentro de uma caixa.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;"><b>Arte desenterrada</b></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">A caixa foi
descoberta em 1964, mas o compositor não pôde ir ao local abri-la.
Apenas após a sua morte, em 1973, a viúva, Yvonne, viu que todas as
composições permaneciam intactas. Ela repassou todo o trabalho do marido
para Timothy Jackson e desde então várias das composições de Kletzki
foram gravadas em CD. A última gravação, um concerto de piano, chegou a
ser indicado ao Grammy deste ano.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">De acordo com o
curador musical do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, Bret
Werb, vários compositores perseguidos pelo regime nazista vêm sendo
redescobertos e seus trabalhos resgatados após vários anos, em pesquisas
realizadas em diversos lugares do mundo. Werb ressalta que a Internet
tem facilitado e intensificado o intercâmbio de informações. Com isso,
se sabe cada vez mais sobre esse período perdido.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">"Não fosse isso,
grande parte da música produzida naquele tempo ficaria perdida", diz
Werb. "É nosso dever dar uma segunda chance àqueles que foram
injustiçados no passado".<span style="width: 194px;"><i><span></span></i></span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;"><b>Músico na guerra</b></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">Outro nome importante
revelado pelas pesquisas foi o do músico Reinhard Oppel. Jackson chegou
a ele quando estava pesquisando sobre músicos contemporâneos do famoso
teórico de música Heinrich Schenker, de Viena, logo no começou de seu
projeto, no início dos anos 1990. Oppel e Schenker haviam sido
professores na Universidade de Kiel.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">O pastor Kurt Oppel,
de 80 anos de idade e residente em Heidelberg, era filho de Reinhard
Oppel. Ele lembra que seu pai era um homem incomum e interessante, que
conseguia ser "dócil e colérico ao mesmo tempo". Ele era, sobretudo, um
músico. Ele aprendeu a tocar órgão aos seis anos de idade, antes mesmo
de entrar para a escola, e trombone, aos 60.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">Reinhard Oppel nunca
fizera segredo da sua má vontade em relação aos nazistas. Aos 62 anos de
idade, já enfrentando graves problemas cardíacos, foi chamado para uma
inspeção militar. Ele morreu em 1941.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">Após a guerra, seu
filho Kurt foi para a Alemanha Ocidental, deixando as obras parcialmente
enterradas ou em caixas de margarina numa casinha de jardim de amigos
da família.</p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;"><b>Compositores perdidos</b></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 6pt;">O pesquisador Jackson
também busca também detalhes da história de sua própria família. Sua
mãe foi uma artista e cresceu sob a sombra do Holocausto. Por meio de
suas buscas, ele espera descobrir mais "compositores perdidos". O
professor afirma que grande parte de suas descobertas acabam vindo à
tona por "acaso", dependendo de quanto os familiares pretendem resgatar
de seus ancestrais.</p>
<p>"Nós esperamos que suas músicas não sejam relacionadas a arte
proibida ou de compositores exilados, ou mesmo consideradas músicas do
Holocausto. Mas que as obras sejam vistas, simplesmente, como música",
defende Werb.</p>
<p>Autora: Christina Bergmann (msa)<br>Revisão: Roselaine Wandscheer</p></div><div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;"></span></span><i style="color: rgb(102, 0, 204);">"Quando os missionários chegaram,<br>
</i></div><div style="text-align: right;"><div style="text-align: right;"><i style="color: rgb(102, 0, 204);">os africanos tínhamos as terras e eles a Bíblia.<br>Eles nos ensinaram a orar de olhos fechados.<br>Quando abrimos os olhos,<br>
</i><i style="color: rgb(102, 0, 204);">nós tínhamos a Bíblia</i><i style="color: rgb(102, 0, 204);"> e eles as terras."</i><br></div></div><div style="text-align: right;"><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Jomo Kenyatta</span><b style="color: rgb(153, 0, 0);"><br>
</b><span style="color: rgb(204, 102, 0);"><font size="1">primeiro presidente do Quênia,<br>após o fim da colonização britânica</font></span><br></div><br>