<b>Querido amigo Rubens:<br><br>Desculpe-me, mas você não entendeu minhas mensagens.<br>Eu não opinei sobre esse assunto a que você se refere.<br>Abraço,<br>Jorge Antunes</b><br><br><br><br><br><br><div class="gmail_quote">
Em 12 de agosto de 2011 13:55,  <span dir="ltr"><<a href="mailto:rrrr@usp.br">rrrr@usp.br</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex;">
caríssimo maestro Antunes,<br>
<br>
vc sabe do sincero respeito e admiração que tenho por sua insigne pessoa, bem como pelo grande artista e ainda pelo grande pensador político que vc é e sempre foi,<br>
<br>
mas neste caso, me permita descordar, caro maestro, uma vez que os ministros do STF foram brilhantes em suas arguições. A unanimidade dos votos no STF não deixa dúvida que a exigência de se pagar anuidade pra OMB não faz o menor sentido.<br>

<br>
Excelente notícia pra música e para os músicos no Brasil! (agora falta resolver os problemas do ECAD)<br>
<br>
abraços do Rubens R. Ricciardi<br>
<br>
<br>
Citando "SBME ." <<a href="mailto:sbme@sbme.com.br" target="_blank">sbme@sbme.com.br</a>>:<div><div></div><div class="h5"><br>
<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Olá, colegas:<br>
<br>
Inicialmente gostaria de agradecer ao maestro Mário Marçal Jr, pela honra<br>
que me deu ao se debruçar em minhas reflexões, para emitir suas opiniões<br>
sobre o tema que levantei. O exímio violinista, líder do grupo SC Trio,<br>
expõe suas ideias de modo claro.<br>
Entretanto acho oportuno relembrar que não fiz e nem faço, por enquanto,<br>
qualquer análise ou emissão de opinião, sobre a decisão do STF com relação à<br>
Ordem dos Músicos quanto à não obrigatoriedade de filiação dos músicos à<br>
entidade.<br>
Recordo que o único tema que coloco na berlinda é a afirmação de Ministros,<br>
segundo a qual "a prática musical nunca representa risco social".<br>
Meu primeiro ímpeto é o de dizer que se alguma atividade pública mal<br>
realizada não representa risco social, então a mesma atividade quando bem<br>
realizada não implicará em qualquer bem social.<br>
Se isso for verdade, poderíamos concluir que a prática musical "não cheira,<br>
nem fede". No limite chegaríamos à conclusão de que ela de nada serve e que<br>
o mundo poderia muito bem viver sem Música. Em não existindo música, ninguém<br>
morreria.<br>
Mas, morrer é o mal maior?<br>
Talvez alguns saibam que eu sou autor de algumas composições musicais. Eu,<br>
pessoalmente, preciso que os músicos, ao tocarem alguma de minhas peças ?o<br>
que às vezes acontece?, toquem exatamente as notas, os ritmos, que coloquei<br>
na partitura. Claro, isso quando escrevo notas e ritmos determinados.<br>
Talvez falte-me modéstia, talvez eu seja pretensioso, mas eu preciso que<br>
seja assim, porque acredito que o que escrevi na partitura determinará um<br>
bem social se for concretizado acusticamente, fielmente como escrevi.<br>
<br>
Existem inúmeros exemplos de casos em que a música determina risco social.<br>
Para não me alongar mostrarei apenas um.<br>
Há anos, talvez década, o Prof. Manoel Veiga, da UFBA, relatou uma de suas<br>
experiências como membro do Conselho de Cultura da Bahia, ou de Salvador<br>
(não me lembro de qual Conselho exatamente).<br>
Chegara-lhe às mãos um estudo científico em forma de pesquisa<br>
médico-acústica que, ao final, demonstrava o seguinte: a juventude que<br>
acompanha os trios elétricos nas ruas de Salvador, já perdeu 15% de sua<br>
capacidade auditiva, em razão da alta intensidade sonora (com mais de 110<br>
dB) em um raio de muitos metros.<br>
O então Conselheiro Manoel Veiga levou a denúncia às autoridades através do<br>
Conselho. O resultado foi o abafamento do relato e a ordem de não divulgação<br>
da pesquisa, porque o governo local alertou: "a divulgação da pesquisa<br>
implicaria em sério prejuizo para o turismo na Bahia".<br>
Evidentemente esse problema não tem nada com a Ordem dos Músicos.<br>
Evidentemeente não é se filiando à OMB que os 110 dB diminuirão. Reitero que<br>
coloco na berlinda apenas a afirmação dos Juizes da Alta Corte segundo a<br>
qual *"a música nunca oferece risco social"*.<br>
Abraços,<br>
Jorge Antunes<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
Em 11 de agosto de 2011 14:59, mariomarcaljr <<a href="mailto:mariomarcaljr@gmail.com" target="_blank">mariomarcaljr@gmail.com</a>><u></u>escreveu:<br>
<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Olá Jorge Antunes e caros colegas!<br>
<br>
Acredito que a discussão seja sempre saudável, por isso darei minha opinião<br>
aqui.<br>
<br>
Acredito que tanto o veredicto quanto os argumentos estejam corretos, além<br>
de muito bem baseados na nossa constituição e nossas leis.<br>
<br>
Quanto ao que o Sr. jorge Antunes argumentou discordo, entendo, mas na<br>
minha opinião se justifica.<br>
<br>
Não acredito que alguém ou algum grupo tocando mal, ou "desafinado" possa<br>
causar um mal a sociedade. Se seguirmos essa linha iremos discutir<br>
infinitamente o que é arte, o que é afinação, o que o certo e errado. Isso<br>
em arte é um tanto limitador, tanto é que se seguíssemos as regras,<br>
estaríamos ainda impedidos de tocar trítonos.<br>
<br>
O que é afinado ou não, mal ou bom, certo e errado deve ser decidido por<br>
quem ouve, e não por um grupo de pessoas que detém um documento que diz que<br>
eles são o que são ou fazem o que fazem.<br>
<br>
Uma má interpretação não mata, no máximo vai fazer com que o publico se<br>
retire do recinto e nunca mais volte a assistir esse interprete, o que é<br>
problema do intérprete.<br>
<br>
Não estou dizendo que enquanto profissionais não devamos buscar nos<br>
informar sobre o "como era ou é interpretada" a música de determinada época<br>
ou compositor. Mas essa preocupação deve se restringir a "escolas" e não a<br>
apresentação pública de determinada arte em sí, caso contrário estaríamos<br>
também limitando os variados tipos de  interpretações e isso seria como<br>
proibir uma obra de Shakespeare de ser traduzida ou o que é pior, só<br>
permitido o uso do inglês da época para interpretar.<br>
<br>
Além disso acredito que o público tem todo o direito de poder escolher o<br>
que é melhor ou pior. E mesmo o pior pode vir a ser o melhor (de novo a<br>
história nos mostra quantos compositores morreram na pobreza porque a<br>
critica e/ou público achou que a sua música não prestava).<br>
<br>
O "conhecimento técnico" pode ser necessário, mas não da forma como colocou<br>
o Sr. Jorge Antunes. Caso contrário não precisaríamos nem sequer existir<br>
como musicos, hoje um computador faria nosso trabalho com muito mais<br>
exatidão. O intérprete valeria como uma mera ferramenta entre o compositor e<br>
o público, e o mesmo perderia sua característica como artista e seria<br>
somente mais um operário, o que não acredito que seja verdade.<br>
<br>
O que noto é uma mistura de argumentos, e cada um tenta puxar a brasa para<br>
o seu assado.<br>
<br>
Não defendo a extinção de uma ordem dos musicos, mas sim a obrigatoriedade<br>
de se associar a uma. A ordem deve existir para defender a quem dela<br>
participa e não a limitar quem esta fora dela.<br>
<br>
Outro dia li um texto de um colega preocupado em perder emprego porque sem<br>
a ordem, qualquer poderia ser musico. Achei tanto a preocupação quanto o<br>
argumento ridículos (me desculpem a sinceridade). Se um médico ou advogado<br>
quer também tocar um instrumento não vejo motivos para não o fazer. Tenho<br>
colegas os quais sua principal ocupação não é ser musico, e mesmo assim são<br>
extremamente profissionais e talentosos.<br>
<br>
Fico imaginando o pior cenário se realmente fosse proibida a execução de<br>
música por quem não esta associado a uma ordem. A música ao vivo seria como<br>
uma droga, estaria sendo consumida nos cantos obscuros da sociedade... Ela<br>
seria comercializada no mercado negro da música ao vivo... Jovens seriam<br>
presos por estarem usando um violão numa rola de amigos... Existiria a<br>
GESTAPO da ordem dos musicos e fariam papel de aniquilar quem não se<br>
associasse ao nazismo musical. (essa piadinha foi boa!!!)<br>
<br>
Me desculpem se não concordam, mas esta é a minha opinião.<br>
<br>
<br>
Mário Marçal Jr.<br>
<br>
<br>
Em 08/08/2011, às 13:21, "SBME ." <<a href="mailto:sbme@sbme.com.br" target="_blank">sbme@sbme.com.br</a>> escreveu:<br>
<br>
Colegas:<br>
<br>
Vejo que existe um intenso movimento de colegas em difundir a notícia sobre<br>
a decisão do STF.<br>
Mas não vejo qualquer iniciativa em incentivar a discussão sobre a questão.<br>
<br>
Vejo com muita preocupação os argumentos usados pelo ministros para decidir<br>
o que decidiram.<br>
Refiro-me aos argumentos, e não à decisão.<br>
<br>
Ellen Gracie alegou que  o registro em entidades só pode ser exigido quando<br>
o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no<br>
caso de médicos, engenheiros ou advogados".<br>
Isso é verdade?<br>
O mau exercício da profissão de músico intérprete não representa risco<br>
social?<br>
Imagine um grupo social ouvindo a execução de uma obra contemporânea, nada<br>
conhecida, ou conhecida apenas de outro grupo social, mal tocada, cheia de<br>
desafinações, erros, saltos, etc. Nessas circunstâncias o público, sem<br>
perceber se estava tudo certo ou errado, recebe aquela execução como se ela<br>
representasse a realização fiel da partitura.<br>
Nesse caso, o mau músico intérprete, realizador da performance cheia de<br>
erros, não estaria provocando consequências desastrosas para a sociedade?<br>
<br>
O ministro Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse<br>
registro pois a música é uma arte.<br>
O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o<br>
mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da<br>
Poesia para que pudessem escrever.<br>
<br>
Mas, dentre as artes, a Música é a única que se utiliza do Triângulo da<br>
Comunicação para chegar ao público.<br>
O pintor, o poeta, o cineasta, o escultor, colocam suas criações artísticas<br>
diretamente no suporte, e o público tem acesso à fruição da arte<br>
contemplando o suporte diretamente.<br>
A música instrumental não vive esse processo simples. O compositor coloca<br>
sua criação num suporte, a partitura, plena de signos representativos, que<br>
deverão ser decodificados por músicos instrumentistas. Essa decodificação<br>
exige profundo conhecimento técnico.<br>
<br>
À salutar discussão!!!<br>
Abraços,<br>
Jorge Antunes<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
<br>
Em 1 de agosto de 2011 19:49, Rogerio Budasz < <<a href="mailto:rogeriobudasz@yahoo.com" target="_blank">rogeriobudasz@yahoo.com</a>><br>
<a href="mailto:rogeriobudasz@yahoo.com" target="_blank">rogeriobudasz@yahoo.com</a>> escreveu:<br>
<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Matéria da Folha de hoje <<<a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml" target="_blank">http://www1.folha.uol.com.<u></u>br/ilustrada/952808-musico-<u></u>nao-precisa-de-registro-para-<u></u>exercer-profissao-decide-stf.<u></u>shtml</a>><br>

<a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/952808-musico-nao-precisa-de-registro-para-exercer-profissao-decide-stf.shtml" target="_blank">http://www1.folha.uol.com.br/<u></u>ilustrada/952808-musico-nao-<u></u>precisa-de-registro-para-<u></u>exercer-profissao-decide-stf.<u></u>shtml</a><br>

><br>
==============================<u></u>====================<br>
<br>
Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF<br>
<br>
FELIPE SELIGMAN<br>
DE BRASÍLIA<br>
<br>
Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta<br>
segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de<br>
classe para exercer sua profissão.<br>
<br>
Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à<br>
Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente<br>
se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil.<br>
<br>
Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento<br>
de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se<br>
apresentar.<br>
<br>
A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os<br>
ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao<br>
tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido<br>
quando chegar no tribunal.<br>
<br>
Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só<br>
pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um<br>
"risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados",<br>
afirmou.<br>
<br>
O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse<br>
registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou<br>
a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma<br>
Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever.<br>
<br>
Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que<br>
julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por<br>
entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão.<br>
<br>
______________________________<u></u>__________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
 <<a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/<u></u>mailman/listinfo/anppom-l</a>><br>
<a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/<u></u>listinfo/anppom-l</a><br>
______________________________<u></u>__________________<br>
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</blockquote>
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______________________________<u></u>__________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
<a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/<u></u>listinfo/anppom-l</a><br>
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