Aliás Sílvio, conheço alguns que ocupam cargos de prof de composição que tem graduação em Geologia e Engenharia, ou em música mas não em composição. Afinal, não havia muito curso antigamente, e não eram muito bons, não que hoje já seja ideal.<div>
<br></div><div>Me pergunto até que ponto um diploma de composição é necessário se o sujeito tem carreira de compositor, com peça tocada em uma bienal, ou peça tocada em festival na Europa, e ainda tem mestrado ou doutorado na área de música. Quando o sujeito compõe uma peça, ninguém olha pro diploma, olha pra peça.</div>
<div><br></div><div>Inclusive, se permitem que alguém com uma graduação em outra área faça mestrado em composição, porque exigir concursos em que categoricamente esteja especificado graduação, mestrado e doutorado na área de composição? Na Unicamp, aliás, ainda se aplica uma prova seletiva que até alguns graduados em música não passam. Porque exigir o diploma em música de um sujeito que tem mestrado em um sistema desses?</div>
<div><br></div><div>Fora que esse contexto também diz respeito à pesquisa em música. Queremos mesmo somente músicos com formação de conservatório para fazer pesquisa em musicologia?</div><div><br></div><div>Um historiador não poderia fazer um mestrado em história da música e dar aula de história da música na universidade? Ou queremos somente músicos de conservatório na universidade? Eu creio que isso é um problema com reflexo na situação da UFJF agora, e na atual situação da composição e d a musicologia nos (novos) cursos de música"</div>
<div><br></div><div>Eu realmente gostaria de ouvir a opinião dos colegas a respeito disso.</div><div><br></div><div>Obrigado</div><div><br></div><div><br></div><div><div class="gmail_quote">Em 30 de outubro de 2011 11:32, silvioferrazmello <span dir="ltr"><<a href="mailto:silvioferrazmello@uol.com.br">silvioferrazmello@uol.com.br</a>></span> escreveu:<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex;">pergunta:<br>
se em concursos para cargos em departamentos de música em universidade públicas exige-se que o diploma seja em engenharia ou produção, pq um aluno viria cursar composição já que estes postos em quase todas está preenchido?<br>

abs<br>
silvio<br>
<div><div></div><div class="h5"><br>
On Oct 29, 2011, at 6:39 PM, <a href="mailto:jamannis@uol.com.br">jamannis@uol.com.br</a> wrote:<br>
<br>
> Na unicamp tinhamos 10 vagas para composicao ate a licenciantura comecar.<br>
> Agora sao 5 vagas.<br>
> Mas a procura tb caiu, penso que deviddo ao fato de haver um descompasso entre o que se aprende e aquilo que de fato se operacionaliza no exercicio pratico profissional hoje em dia.<br>
><br>
> Ha urgencia de um redesenho do curso de composicao, disciplinas a serem incluidas e outras a serem remodeladas e revistas.<br>
><br>
> Tb o tipo de aula deve ser revisto. Se nossa pratica e essencialmente ao redor da heuristica eh preciso que as atividades praticadas em aula estejam dirigidas a esse objtivo. Ou seja, eh necessario rever a metodologia de ensino.<br>

><br>
> Inventar metodologias em funcao das necessidades dos alunos seria o mais desejavel, mas eh tb o mais dificil.<br>
><br>
> Abs<br>
><br>
> Mannis<br>
><br>
> --<br>
> José Augusto Mannis<br>
> <a href="tel:%2B55%2019%2081163160" value="+551981163160">+55 19 81163160</a><br>
> <a href="mailto:jamannis@uol.com.br">jamannis@uol.com.br</a><br>
><br>
> -----Original Message-----<br>
> From: josé henrique padovani <<a href="mailto:zepadovani@gmail.com">zepadovani@gmail.com</a>><br>
> Sender: <a href="mailto:sonologia-l-bounces@listas.unicamp.br">sonologia-l-bounces@listas.unicamp.br</a><br>
> Date: Sat, 29 Oct 2011 12:40:44<br>
> To: <<a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a>>; "Pesquisadores em Son ologia (Música)"<<a href="mailto:sonologia-l@listas.unicamp.br">sonologia-l@listas.unicamp.br</a>><br>

> Reply-To: Pesquisadores em Sonologia (Música)<br>
> <<a href="mailto:sonologia-l@listas.unicamp.br">sonologia-l@listas.unicamp.br</a>><br>
> Subject: [Sonologia-l] situação da composição e d<br>
> a musicologia nos (novos) cursos de música<br>
><br>
> Olá a todos,<br>
><br>
> Recebi algumas respostas ao e-mail original e estou encaminhando essa<br>
> resposta às listas e, privadamente, às pessoas responderam diretamente a<br>
> mim. Espero, no futuro, poder delinear melhor um panorama a partir do<br>
> que recebi (ou vier a receber). No momento ando consideravelmente<br>
> atarefado e, de toda maneira, minha intenção é mais aquela de estimular<br>
> um debate do que a de realizar um estudo.<br>
><br>
> Em síntese:<br>
><br>
> Cursos mais tradicionais (UFMG, UFBA, UFRJ, Unesp, etc.) possuem<br>
> graduação em composição, possuindo até 20 vagas p/ a área (Bahia). Me<br>
> parece, no entanto que, na maioria dos cursos, o preenchimento de vagas<br>
> fica no máximo em 10. Não estou certo de que seja assim em SP (se alguém<br>
> souber os números por favor diga). [SP é, evidentemente, um caso a parte<br>
> e conta com uma estrutura acadêmica singular, em grande parte devido à<br>
> sua situação econômica, às universidades estaduais, mas também, é claro,<br>
> devido à tradição da área e ao esforço pessoal de compositores do estado.]<br>
><br>
> Já os cursos novos, em sua maioria, estão dedicados quase exclusivamente<br>
> à implantação da licenciatura, o que, a princípio, é compreensível e<br>
> justificável nesse momento histórico específico (tendo em vista a<br>
> necessidade de formar professores p/ a educação básica). Não me parece<br>
> justificável, entretanto, o fato de não se implantar novos cursos de<br>
> composição em um momento de criação de novos centros acadêmicos ligados<br>
> à música usando-se, para isso, o argumento da prioridade de se criar<br>
> cursos de licenciatura. Ao meu ver, esse é um antagonismo artificial e<br>
> prejudicial ao amadurecimento da área da música no país.<br>
><br>
> Ao meu ver, a depreciação da composição (e da musicologia) certamente<br>
> causa outros efeitos que esse baixo número de ingressantes/formandos<br>
> nessas habilitações. Afeta, por exemplo, o próprio ambiente acadêmico<br>
> que formará os futuros licenciados em música do país. Se é inegavelmente<br>
> urgente criar as condições para que surjam novos professores de música,<br>
> devemos pensar que esses professores se formam em um habitat<br>
> universitário: e se não existirem modelos nesses ambientes que coloquem<br>
> a criação e a pesquisa musicológica como atividades/posturas/valores<br>
> importantes, penso que a própria formação desses professores (e de seus<br>
> futuros alunos) estará seriamente comprometida.<br>
><br>
> Por fim, acredito que essa situação deveria ser ao menos discutida de<br>
> maneira menos reservada às salas de reuniões de departamentos, já que é<br>
> de interesse público.<br>
><br>
> Abraços e obrigado a todos os que me escreveram pelo retorno,<br>
> (desculpem-me não responder individualmente a cada um)<br>
><br>
> José Henrique<br>
><br>
> --<br>
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> sonologia-l mailing list<br>
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