<html><head></head><body style="word-wrap: break-word; -webkit-nbsp-mode: space; -webkit-line-break: after-white-space; "><div>Jorge,</div><div><br></div><div>Que horror meu português apressado!</div><div>Quis dizer: "…enquanto começamos o que deveríamos ter começado há 3 anos. Essa me parece também a melhor alternativa…"</div><div>Perdão!</div><div>Alexandre</div><div><br></div><br><div><div>Em 02/11/2011, às 22:21, Alexandre Negreiros escreveu:</div><br class="Apple-interchange-newline"><blockquote type="cite"><div style="word-wrap: break-word; -webkit-nbsp-mode: space; -webkit-line-break: after-white-space; "><div>Oi Jorge,</div><div><br></div><div>O orientador dele foi o José Nunes Fernandes, e creio que a dissertação está disponível pela internet.</div><div>De fato não vejo problema com as incógnitas; são elas que nos movem pra resolver as equações! O prazo acabou em agosto, então no próximo ano letivo, já vale a obrigatoriedade. Soube pela Maya do MinC que temos em torno de 65 mil escolas a serem atendidas, menos de 5 mil profissionais com formação específica e formamos uns 300 por ano. Não fiz as contas, mas já dá pra agradecer o veto do Lula à exigência de formados. Pelo que entendi, a solução provisória foi dar formação pedagógica a músicos enquanto começamos o que devíamos ter sido feito há 3 anos. Essa também me parece também a melhor alternativa. Enfim, o país é enorme, e as diferentes correntes tão numerosas quanto os fazeres musicais, tô fora dessa encrenca! (já me dedico a outra equivalente…)</div><div><br></div><div>Abçs!</div><div><br></div><div>Alexandre</div><br><div><div>Em 02/11/2011, às 20:22, Jorge Antunes escreveu:</div><br class="Apple-interchange-newline"><blockquote type="cite">Oi, Alexandre:<div><br></div><div>Muito obrigado por seus relatos e esclarecimentos.</div><div>Ele nos dá uma luz mas, ao mesmo tempo, reforça a minha convicção sobre a existência de grandes incógnitas.</div><div>A propósito, acabou recentemente o prazo legal para que as escolas implementem os dispositivos legais.</div>
<div>Como, de acordo com a lei, os professores de Educação Musical não precisam ter formação específica, seria muito bom se pudéssemos ter uma análise da conjuntura agora (alô Magali): quais serão as formações predominantes dos "educadores musicais" que estão ingressando nesse novo mercado de trabalho?</div>
<div>Outra coisa: você sabe quem é o orientador do Radicetti?</div><div>Abraço,</div><div>Jorge Antunes</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br><br><div class="gmail_quote">Em 2 de novembro de 2011 14:57, Alexandre Negreiros <span dir="ltr"><<a href="mailto:alexandrenegreiros@yahoo.com.br">alexandrenegreiros@yahoo.com.br</a>></span> escreveu:<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex;"><div style="word-wrap:break-word"><div><div>Oi Jorge,</div><div><br></div><div>Antes de tudo, creio que o Felipe Radicetti seja a pessoa gabaritado a prestar esclarecimentos detalhados quanto ao processo. Ele não só o vivenciou ativamente, assumindo pessoalmente e com ônus próprio a condução de diversas ações vitais para a conquista, como voltou a ele como pesquisador no mestrado, sistematizando os dados e efeitos dessa memorável passagem.</div>
</div><div><br></div><div>A minha impressão, algumas vezes como espectador privilegiado, foi a de que nenhum desses envolvidos no esforço que você cita se arrogou a manifestar "oficialmente" a sua opção pessoal quanto ao "tipo" de educação musical a ser implementado, salvo em rodas informais e sempre com a distância humilde de neófitos em tão espinhoso assunto. Desde que se construiu a opção por esta bandeira, no interior daquele grupo, houve a consciência de que o tema era por demais complexo para que propostas nesse sentido restassem a cargo de não especialistas. Exatamente por isso, lá atrás a Magali Kleber, então já ativa militante na ABEM, foi trazida às discussões e ofereceu inúmeras orientações além de indicações de outros estudiosos, que foram chamados a ilustrar os debates técnicos com suas posições. Lembro das presenças da então presidente da ISME, a<span style="background-color:transparent"> Liane Hentschke, </span>do Sérgio Figueiredo, então presidente da ABEM, do Ricardo Breim, do João Guilherme Ripper, e outros.</div>
<div><br></div><div>As presenças dos artistas que cita, por usufruírem de, vamos dizer assim, "expressão midiática", tinham consciência do papel estratégico de suas visibilidades na inserção e posicionamento desse tema na pauta dos legisladores. Estes chafurdam em meio a 500 outros assuntos, sempre prioritários e importantíssimos para cada base de pressão da sociedade brasileira. Não fosse por eles, é provável que nossa proposta ainda estivesse submersa em comissões atoladas, como tantas permanecem por décadas. O Ivan, a Cristina e a Fernanda, com quem pude conviver um pouco mais, certamente só se posicionaram como notáveis interessados, tal como eu e também outros tantos temos o direito de ser. Talvez a mídia tenha dado relevância ao que disseram, mas estou certo de que os próprios, assim como o Ministério da Educação e os condutores do processo, hoje, os percebem como curiosos, e nada mais.</div>
<div><br></div><div>O que é de se chamar atenção é a incapacidade do somatório de especialistas de nossa classe em convergir, ou transigir em suas posições para que se alcance um, ou alguns modelos que tornem efetivo o corolário daquele esforço. Em recente debate, uma crítica me fez muito refletir: a inserção do ensino de história da África ocorreu quase ao mesmo tempo de nossa vitória, mas o movimento negro atuou de forma mais efetiva e sua implementação já é visível, enquanto isso a música bate cabeça entre cabeçudos, em vez de tambores, o os especialistas capacitados não conseguem ser o suficiente para pôr em prática a conquista, que ameaça se perder caso se torne uma obrigação legal desprezada, rejeitada pela sociedade. Ninguém vai usar a polícia pra isso! A insistência pelo sistema perfeito nos impede de aos poucos construir o razoável, uma pena.</div>
<div><br></div><div>Abçs!</div><div><br></div><div>Alexandre</div><div><br></div><br><div><div>Em 02/11/2011, às 10:24, Jorge Antunes escreveu:</div><br><blockquote type="cite">Caro Alexandre:<div><br></div><div>Quando usei a expressão "<i>carregados pelos industriais da música comercial</i>", eu não pretendia dizer ou insinuar que artistas tiveram suas passagens e estadias pagas pelas gravadoras multinacionais. Eu quis me referir apenas às motivações e aos objetivos que levavam aqueles cantores populares a viajarem e fazerem lobby. Esses objetivos –sempre transpareceu– se resumiriam em implementar uma educação musical daquele tipo a que eu chamaria deseducação musical: a prática, em sala de aula, de fabricação de mentes jovens potenciais futuros consumidores de música popular comercial.</div>

<div>Aí sim, caro Alexandre, pode ser que eu esteja enganado. Você então poderia me esclarecer.</div><div>Por favor, informe qual tipo de Educação Musical a Daniela Mercury, o Zezé de Camargo, o Luciano, o Ivan Lins, a Cristina Saraiva, a Joyce e a Fernanda Abreu pretendem ver implantado nas escolas?</div>

<div>Abraço,</div><div>Jorge Antunes</div><div><br></div><div><div class="gmail_quote"><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div style="word-wrap:break-word">

<div><br></div><div><br><div><div>Em 01/11/2011, às 09:58, Alexandre Negreiros escreveu:</div><div><div></div><div><br><blockquote type="cite"><div style="word-wrap:break-word"><div>Olá Jorge e Daniel,</div><div>
<br></div><div>Primordial que se cultive o debate e propostas em torno desse tema, e aguardo ansioso a implementação da lei, com todas as incertezas que conduz.</div><div>Mas preciso ressalvar a notícia de que Ivan e Daniela teriam ido ao Congresso conduzidos pelos industriais da música comercial: as passagens de ambos, na época, foram custeadas ou por gabinetes de políticos que nos apoiavam, ou pelo Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro, ou pelos próprios bolsos. Tivemos o apoio puramente conceitual de diversas organizações ligadas à música, dentre elas a ABMI, que se interessava que apoiássemos o projeto que hoje está prestes a ser votado chamado PEC da música, com incentivos tributários (tardios, é certo) à produção fonográfica, equiparando-a ao livro. A dissertação do Felipe Radicetti, na Unirio, descreve em detalhes a história.</div>

<div><br></div><div>Abçs!</div><div>Alexandre</div><div><br></div><br><div><div>Em 30/10/2011, às 12:15, Jorge Antunes escreveu:</div><br><blockquote type="cite">Oi, Daniel:<div><br></div><div>Aguardo ansioso seu projeto político-pedagógico.</div>

<div>Minha simpatia e luta pelos cursos na área de Performance estão na reserva, no frigorífico, a espera de descongelamento.</div><div>A explosão delas poderá acontecer, dependendo do repertório a ser programado e preconizado, e do espaço a ser dado à música erudita contemporânea de hoje.</div>


<div>Abraço,</div><div>Jorge Antunes</div><div><br></div><div><br><div class="gmail_quote">Em 30 de outubro de 2011 11:35, Daniel Lemos <span dir="ltr"><<a href="mailto:dal_lemos@yahoo.com.br" target="_blank">dal_lemos@yahoo.com.br</a>></span> escreveu:<br>


<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0"><tbody><tr><td valign="top" style="font:inherit"><br>Caro prof. Jorge Antunes,<br>


<br>Muito obrigado por sua mensagem! Não havia visto a situação dessa forma, agradeço por me despertar para uma visão diferente. O canto orfeônico certamente tem suas raízes no ensino tradicional de Música, e sabemos da problemática em torno das ideologias pedagógicas que prega. A Educação Musical realmente tem este compromisso: quanto maior o contato da sociedade brasileira com a Música de forma saudável, espontânea e livre dos "traumas da pedagogia musical tradicional", maiores 
os benefícios para todos: amadores, admiradores e profissionais. E de fato, qualquer defesa destes "ícones da Música Popular" em prol da Educação Musical certamente é de se desconfiar.<br><br>A minha preocupação maior é que as Universidades brasileiras tem dado muita atenção à formação de profissionais capazes de atuar na Educação Básica, capazes de adotar metodologias apropriadas a este contexto. Porém, pela natureza dessa formação e das precárias condições que eles hipoteticamente encontrariam nas escolas brasileiras, o ensino da Performance é praticamente deixado de lado na formação destes. É esta a situação que me preocupa, e também a vários colegas daqui. A ampliação da área também precisa acontecer dessa forma.<br>


<br>Estamos trabalhando em um projeto político-pedagógico para fundação de um Bacharelado que emergirá da Licenciatura com poucos custos à Universidade, engajado em ampliar as possibilidades de
 atuação profissional dos bacharéis e adotando idéias muito positivas da Educação Musical. Em breve enviarei o projeto para lista para que todos possam discutir, e quem sabe motivar a abertura desta habilitação em outras Universidades que fundaram a Licenciatura há alguns anos.<br>


<br>Grande abraço,<div><br><br><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif"><font size="4"><font size="3">Daniel Lemos</font></font></p><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif"><font size="4"><font size="2">Curso de Música/DEART - </font></font><font style="font-family:tahoma, new york, times, serif" size="2"><a rel="nofollow" href="http://musica.ufma.br/" target="_blank">musica.ufma.br</a></font></p>


<font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif">Grupo de Pesquisa em Ensino da Performance Musical</span><font size="1"> - </font></font><font size="1"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif"><a rel="nofollow" href="http://musica.ufma.br/ensaio" target="_blank">musica.ufma.br/ensaio</a></span></font><br>


<font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif"></span></font><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif">Perfil no <a href="http://academia.edu/" target="_blank">academia.edu</a><font size="1"> - <a rel="nofollow" href="http://ufma.academia.edu/dlemos" target="_blank">ufma.academia.edu/dlemos</a></font><br>


  </span></font><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif"></span></font><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif"></span></font><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif">Blog Audio Arte</span><font size="1"> - </font></font><font size="1"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif"><a rel="nofollow" href="http://audioarte.blogspot.com/" target="_blank">audioarte.blogspot.com</a></span></font><br style="font-family:tahoma, new york, times, serif">


<font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif"></span></font><font size="2"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif">Universidade Federal do Maranhão</span></font><br>


</font><span style="font-family:arial, helvetica, sans-serif"></span><br><br></div>--- Em <b>dom, 30/10/11, Jorge Antunes <i><<a href="mailto:antunes@unb.br" target="_blank">antunes@unb.br</a>></i></b> escreveu:<br>


<blockquote style="border-left-width:2px;border-left-style:solid;border-left-color:rgb(16, 16, 255);margin-left:5px;padding-left:5px"><br>De: Jorge Antunes <<a href="mailto:antunes@unb.br" target="_blank">antunes@unb.br</a>><br>

Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] situação da composição e da musicologia nos (novos) cursos de música<br>
Para: <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank">anppom-l@iar.unicamp.br</a>, <a href="mailto:dal_lemos@yahoo.com.br" target="_blank">dal_lemos@yahoo.com.br</a><br>Data: Domingo, 30 de Outubro de 2011, 11:10<div>


<div></div><div><br><br><div>Caro Daniel:<div><br></div><div>Você, tal como vários outros colegas, usa a frase "volta do ensino de Música na Educação Básica".</div><div>Proponho que se passe a usar, no
 lugar da frase acima, o seguinte: "início do ensino de Música na Educação Básica".</div>
<div><br></div><div>Não há como pensar na "volta" de algo que nunca houve.</div><div><br></div><div>O que houve no passado foi a educação cívica através da música, com a prática do chamado "canto orfeônico", disciplina que fazia com que os estudantes passassem a ter raiva da Música.</div>



<div><br></div><div>Quanto aos novos cursos e à grande clientela de Educação Musical e das Licenciaturas, acho isso bastante bom e promissor e necessário.</div><div>Temos que construir novas cabeças que possam ocupar o mercado que se abrirá. As "majors", indústrias multinacionais do disco e da música popular comercial estão de olho nesse nicho que se abre. Não é à toa que personalidades da música popular, como Ivan Lins e Daniela Mercury, frequentam o Congresso Nacional fazendo lobby pela Educação Musical, carregados pelos industriais da música comercial.</div>



<div><br></div><div>Abraço,</div><div>Jorge Antunes</div><div><br></div><div></div></div></div></div></blockquote></td></tr></tbody></table></blockquote></div></div></blockquote></div></div></blockquote></div></div></div>

</div></div></blockquote></div><br></div>
________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________</blockquote>
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