<table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" ><tr><td valign="top" style="font: inherit;">Oi Damián,<div><br><div>Mas aí entra um problema sério, que já foi ventilado aqui em outras ocasiões. A avaliação qualitativa de um periódico baseada no fator impacto (=número de citações) simplesmente não funciona para algumas subáreas da música, em especial a musicologia histórica. Um artigo de quatro páginas na área de teoria ou cognição musical pode ter dezenas de citações e ser citado dezenas de vezes, enquanto um artigo de 50 páginas sobre um compositor obscuro do interior de Goiás vai ser citado raríssimas vezes. Avaliar o último artigo como sendo de baixa qualidade porque será pouco citado acabaria afastando os pesquisadores das áreas onde eles são mais necessários. Note que esse problema acontece também com ranqueadores internacionais, não só o Qualis da CAPES. Veja esse ranking do scopus na área de
 música: </div><div><br></div><div>http://www.scimagojr.com/journalrank.php?category=1210</div><div><br></div><div>Não há nenhum periódico na área de história da música no nível Q1, que é ocupado pela Psicologia, Teoria e Educação. Os mais importantes periódicos na área de musicologia histórica aparecem nos níveis Q2 e Q3, e a maioria no Q4. Aliás os níveis Q3 e Q4 estão literalmente ocupados pela musicologia histórica. Significa isso que os musicólogos devem agora mudar de área ou adotar os métodos de pesquisa da tecnologia ou psicologia? Significa isso que os musicólogos devem parar de consultar fontes primárias porque elas estão "desatualizadas"? </div><div>Esse tipo de avaliação baseado no tal "fator impacto" pode ser bom para a educação, cognição, tecnologia e teoria musical, mas é desastroso para a musicologia histórica.</div><div><br></div><div>Rogério</div><div><br></div><div><br></div><div><br><br>---
 On <b>Sun, 1/22/12, Damián Keller <i><musicoyargentino@hotmail.com></i></b> wrote:<br><blockquote style="border-left: 2px solid rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px;"><br>From: Damián Keller <musicoyargentino@hotmail.com><br>Subject: [ANPPOM-Lista] Produtivismo acadêmico está acabando com a saúde dos docentes<br>To: anppom-l@iar.unicamp.br<br>Date: Sunday, January 22, 2012, 12:33 PM<br><br><div class="plainMail"><br><br>Obrigado a<br>Rogério e Silvo por ajudar a esclarecer o conceito de produtividade.<br><br><br>> em reunião recente a fapesp reuniu 2000 mil, dos 9000 pesquisadores participantes de seu sistema, para dizer-nos que devemos visar a qualidade, a originalidade, o impacto (sobretudo o impacto, os desdobramentos de uma pesquisa), atualidade e pertinência. ou seja, a avaliação quantitativa da produção é algo a ser evitado, pois produz monstros.<br><br> <br><br>Eu não sei<br>qual é a métrica
 utilizada pela Fapesp e pelas outras agências de fomento na<br>hora de determinar a produtividade das áreas, mas se a métrica for o impacto, o<br>cálculo é simples e é amplamente utilizado pela comunidade científica<br>internacional.<br><br><br><br>Por<br>exemplo, se não me engano, a revista com maior impacto na área de música é o<br>Jounal of New Music Research. Cada artigo publicado no JNMR recebe em média<br>aproxidamente 7 citações. Em algumas das  principais revistas de computação a proporção<br>é 17. Na que é considerada uma das revistas científicas mais importantes,<br>Science, cada artigo gera mais ou menos 167 citações. Os números variam de ano<br>para ano, o ponto é que a diferença é enorme.<br><br>Obviamente,<br>a ANPPOM não pode mudar a inserção da área de música a nível internacional, o<br>que poderia ser feito é adotar mecanismos que melhorem a posição da área de<br>música na hora de negociar
 verba e espaços institucionais. Uma opção é criar<br>métodos próprios de avaliação e tentar convencer as outras áreas de que nós<br>somos diferentes e por isso devemos ser avaliados de forma diferente. Outra<br>opção é adotar métodos que já são consenso (como o cálculo do impacto) e tentar<br>ajustar as nossas práticas para que a nossa produção não fique defasada com as<br>outras áreas.<br><br><br><br>Um exemplo<br>de método sui géneris é o Qualis. Como já colocamos várias vezes aqui na lista<br>e também nas reuniões com os representantes da Capes, o Qualis não reflete o<br>impacto da produção da nossa área. Só para citar os exemplos acima, nem JNMR nem<br>Science constam no Qualis A1 de música. Ou seja, para a Capes nós devemos publicar<br>na revista Studies in Conservation, porque essa sim é Qualis A1.<br><br><br><br>Abraços,<br><br>Damián<br><br>Dr. Damián Keller -<br>Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical
 (NAP) - Universidade Federal do Acre - Amazon Center for Music Research - Federal University of Acre -<br><a href="http://ccrma.stanford.edu/~dkeller" target="_blank">http://ccrma.stanford.edu/~dkeller</a><br><br><br>                           <br>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________<br></div></blockquote></div></div></td></tr></table>