<table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" ><tr><td valign="top" style="font: inherit;"><div><br></div>Caros colegas!<div><br></div><div>Bom ver novas idéias surgindo nesta rica discussão. Estive pensando sobre qual o real significado da pesquisa em nosso cotidiano, e como a partir dela podemos realmente inseri-la de fato na Universidade, como reflexo das necessidades práticas do exercício da profissão de músico.</div><div><br></div><div>Pesquisar é o ato de buscar conhecimentos - sejam eles novos ou não - em concomitância com nossa experiência em um dado momento. É, portanto, um comportamento - uma habilidade - que desenvolvemos. Se, por exemplo, não sabemos fazer arroz, vamos atrás do conhecimento pertinente a este ato, seja através de livros de receitas ou de alguém.</div><div><br></div><div>Nesse sentido, como inserir este tipo de pesquisa em um curso de Graduação em Música? Darei aqui algumas possibilidades. Em História da
Música, trabalha-se tradicionalmente o repertório Ocidental. Porém, são muitos compositores, cada qual com seu estilo próprio dentro de um "período". O professor poderia, por exemplo, trazer à aula aqueles mais reconhecidos, e solicitar aos alunos que façam um trabalho trazendo compositores não mencionados na aula e que pertencem a um mesmo estilo.</div><div>Em Harmonia, os alunos poderiam ser incitados a aplicar as ferramentas de análise no repertório de seu interesse, trazendo-os às aulas. Isto amplia o repertório conhecido e contextualiza a ferramenta Análise Musical, que muitas vezes só é aplicada em repertórios específicos, fazendo com que o aluno não consiga aproveitá-la de fato em sua vida musical. </div><div>Nas disciplinas de prática do instrumento, o que seria a pesquisa? Cada aluno possui seu repertório, que demanda habilidades e técnicas específicas. Buscar novas formas de digitação/dedilhado não seria uma
pesquisa? Do outro lado, aprender um instrumento, como no sentido tradicional da palavra "conservatório", significa que quando você se formar, saberá tudo sobre seu instrumento e seu repertório? Creio que não.</div><div><span style="font-size: 10pt; ">A "parte escrita" desta disciplina poderia ser a partir de livros que orientem a consolidação de hábitos de estudo mais adequados, conhecer o funcionamento do corpo e da Memória através da Cognição/Neurociência contribuiriam para o estudo do instrumento. O problema das disciplinas práticas é que o conhecimento envolve uma série de tipos de informações que não podem ser registrados em livros, como tato e cinestesia, por exemplo. Por mais que haja métodos em audiovisual, grande parte destas informações são transmitidas oralmente, e sempre será assim. Temos que reconhecer isto ao definir que tipos de trabalho são necessários e devem ser reconhecidos nas Universidades para a área de
Música.</span></div><div><br></div><div>Diante disso, creio que a pesquisa deve entrar nos cursos de Graduação como um hábito a ser criado. Depois deste trabalho de base, os benefícios serão muito sensíveis na Pós-Graduação, que enfrenta os problemas atuais justamente devido à forma como a maioria das Graduações em Música é ministrada. O papel da Pós-Graduação passa a ser a extensão natural deste processo de pesquisa: buscar ferramentas para diálogo com a literatura, documentação e "validação" destes novos conhecimentos à Academia. Assim, creio que as pesquisas institucionais de Música passem a fazer um maior significado para a sociedade, não pela pesquisa produzida em si (que já é importante), mas porque estão se formando músicos que valorizam esta bagagem e sabem aplicá-la na sua prática profissional. Vejo que os pesquisadores da Música muitas vezes se vêem isolados, pois a aplicação prática de suas pesquisas não
acontece justamente porque o público-alvo delas <span style="font-size: 10pt; ">não tem este hábito de buscar por novos conhecimentos. Creio que resolvendo esta parte elementar da questão "pesquisa em Música" na Graduação, daqui a alguns anos haverá reflexos positivos nos programas de Pós-Graduação, pois esta última herda tais problemas. Assim, o "número de trabalhos produzidos" aumentará como mera consequência prática da demanda por novos conhecimentos.</span></div><div><span style="font-size: 10pt; "><br></span></div><div><span style="font-size: 10pt; ">Saudações,</span></div><div><br><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="3">Daniel Lemos</font></font></p><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="2">Curso de Música/DEART - </font></font><font style="font-family:tahoma, new york, times, serif;" size="2"><a rel="nofollow" target="_blank"
href="http://musica.ufma.br/">musica.ufma.br</a></font></p><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="1"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://ufma.academia.edu/dlemos">ufma.academia.edu/dlemos</a></font></span></font><font size="2"><font size="1"> - </font></font><font size="1"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://audioarte.blogspot.com/">audioarte.blogspot.com</a></span></font><br style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"></span></font><font size="2"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;">Universidade Federal do Maranhão</span></font><br></font><span style="font-family:arial, helvetica, sans-serif;"></span><br><br>--- Em <b>qua, 25/1/12, Carlos Eduardo Ramos <i><kabrain@hotmail.com></i></b>
escreveu:<br><blockquote style="border-left: 2px solid rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px;"><br>De: Carlos Eduardo Ramos <kabrain@hotmail.com><br>Assunto: RE: [ANPPOM-Lista] Produtivismo acadêmico está acabando com a saúde dos docentes<br>Para: dal_lemos@yahoo.com.br, anppom-l@iar.unicamp.br, lucianocesar78@yahoo.com.br<br>Data: Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2012, 10:37<br><br><div id="yiv1818302766">
<style><!--
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<div><div dir="ltr">
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Venho acompanhando essa discussão
com muito interesse, pois é tema que atravessa nossas vidas, futuros, planos,
cotidianos, espaços, tempo...</span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Quero contribuir com a colocação do
Luciano: “os músicos não lêem os trabalhos uns dos outros”. Concordo, constato
na realidade e faço <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">minhas interpretações. É realmente raríssimo “haver
disciplinas que incitam o músico a buscar informações que lhe interessam”, tal
como o <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Daniel escreve. Mas para além disso, parece raro também professores que
saibam ensinar o aluno a buscar as informações que lhe interessam.</span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Entrei na graduação em Música
depois de uma graduação em Psicologia, e nessa última, vinha engrenado num
ritmo de pesquisa que muito me <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">satisfazia, que me atiçava a curiosidade e a
vontade de investigar. Lá, minimamente aprendi a buscar e construir criticamente
o conhecimento. <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Participei de grupos de pesquisa, de centros de pesquisa com
reuniões ordinárias, lendo trabalhos de pesquisadores de todos os ‘calibres’,
lendo <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">desde projetos de pesquisa de colegas da graduação à teses de doutorado,
passando por relatórios de investigações ainda em andamento, artigos <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">de
mestrandos e de grandes pesquisadores de reconhecimento e inserção
internacional, enfim: havia o hábito da produção, da comunicação, do <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">questionamento, e mais, isso é que era satisfatório e desejável! Perdoem se
parece prolixo, pois essa descrição deve parecer óbvia para quem <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">está
acostumado com isso. Mas esse não me parece ser o cenário real da maioria dos
cursos de graduação em música aqui no Brasil.</span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Na música me deparei com um muro!
Nenhuma dessas práticas, nada além das aulas em formato expositivo e na maioria
das vezes a-crítico! <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Quando muito, por ser música, se tratavam de aulas
estritamente práticas. Mas o exercício de leitura de textos, reflexão e
discussão foram muito <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">escassos. Tive que me recompor e me conformar: não havia
espaço nem incentivo para o pique no qual eu vinha. Produzi sim algo de
pesquisa a <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">partir de revisão bibliográfica, fiz modestíssimas publicações, e
empreendi um projeto de pesquisa em acústica e construção de instrumentos <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">TUDO
SEM QUALQUER ORIENTAÇÃO não por falta de buscá-la!! Fiz de tudo para aproveitar
ao máximo a ótima graduação que me foi <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">oferecida, mas ‘construção de
conhecimento’ sobre música definitivamente não foi o ponto forte. Minha
interpretação especulativa para essa <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">circunstância, para além das
idiossincrasias que me circundavam (as instituições, as pessoas, a política), é
que, no Brasil, talvez a música esteja <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">entrando na academia mais por
sobrevivência que por ‘curiosidade espontânea’. <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Hipótese: Pessoas músicos com uma
formação um pouco mais privilegiada vão para a academia em busca de alguma
segurança social, em busca <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">de algum poder sobre a própria estabilidade na vida
social. Convenhamos: músico não tem segurança social no Brasil! Que o diga a
justificativa do <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">projeto de lei de seguro desemprego de artistas e músicos.</span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Vide: http://dagavetaproducoes.wordpress.com/2011/12/22/aprovado-seguro-desemprego-para-artistas-musicos-e-tecnicos-em-espetaculo/ <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Por outro lado, também tendo a
interpretar que os efeitos disso são os de uma transposição brusca e imediata
de uma tradição baseada no funcionamento <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">conservatorial para o ambiente
acadêmico, o que obviamente gera contradições flagrantes! São práticas
conflitantes entre si (a acadêmica e a conservatorial) <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">e tenho a impressão de
que uma grande parte dos músicos que adentram a academia se deparam com essa
contradição, não conhecendo muito bem os <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">fundamentos do pensamento científico e
do funcionamento da academia, tão diverso em todos os sentidos do funcionamento
conservatorial. Enfim, <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">são hipóteses que me passam à cabeça e necessitariam de pesquisa
para que se demonstrasse. Num nível mais abrangente de interpretação, isso <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">perpassaria um problema de formação básica no Brasil: o brasileiro médio entra
em uma graduação sem saber exatamente o que é a academia, como <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">se dá a
construção do conhecimento científico, qual a função de uma universidade para
uma nação, para um povo, para o ser humano, e pior, saem da <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">graduação ainda sem
sabê-lo! E isso qualquer professor universitário de qualquer área constata
cotidianamente.</span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Fazer ciência sobre a música não
é fazer música, mesmo sabendo que obviamente sejam duas práticas plenamente
conciliáveis e nunca mutuamente <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">excludentes. Isso pode parecer óbvio, mas minha
intuição e convívio fazem pensar que uma grande parte dos músicos na academia,
investindo nessa <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">carreira, não se dão conta disso. <br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Por outro lado, se há algo das práticas musicais que precisa da academia para sobreviver, qual é o lugar e função da música na sociedade em que</span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">vivemos e no modelo de sociedade que queremos para o futuro?<br></span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"><br></span></p><p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Enfim, penso que essa
problemática toda do ‘produtivismo acadêmico’ também é transpassada por esses
fatores.</span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;"> </span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Abraço</span></p>
<p class="yiv1818302766MsoNormal" style="text-indent:42.55pt;line-height:normal;"><span style="font-size:12pt;">Carlos Ramos</span></p>
<br><br><div><div id="yiv1818302766SkyDrivePlaceholder"></div><hr id="yiv1818302766stopSpelling">Date: Tue, 24 Jan 2012 15:17:43 -0800<br>From: dal_lemos@yahoo.com.br<br>To: anppom-l@iar.unicamp.br; lucianocesar78@yahoo.com.br<br>Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Produtivismo acadêmico está acabando com a saúde dos docentes<br><br><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td style="font:inherit;" valign="top"><div><br></div><div>Caro Luciano e colegas,</div><div><br></div><div>Gostei da observação feita pelo Luciano: "os músicos não lêem os trabalhos uns dos outros". Creio que este problema provém da base oferecida nas graduações dos cursos de Música em geral. É raro haver disciplinas que incitam o músico a buscar informações que lhe interessam. Darei meu exemplo. Fiz um bacharelado em Piano e nunca tinha ouvido falar de José Alberto Kaplan, que tem um excelente trabalho sobre ensino e aprendizagem do Piano. Enquanto
houver Universidades formando pessoas sem o hábito de pesquisar, os músicos continuarão não lendo seus próprios trabalhos, fato que também irá comprometer a pós-graduação e o próprio impacto dos trabalhos produzidos. E não basta ler por ler: a grande contribuição é apreender de fato novas práticas. Novamente no meu caso:
passei a utilizar novas estratégias de ensino e estudo do piano após ler os trabalhos de Kaplan.</div><div><br></div><div>Um abraço!</div><div><br></div><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="3">Daniel Lemos</font></font></p><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="2">Curso de Música/DEART - </font></font><font style="font-family:tahoma, new york, times, serif;" size="2"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://musica.ufma.br/">musica.ufma.br</a></font></p><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="1"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://ufma.academia.edu/dlemos">ufma.academia.edu/dlemos</a></font></span></font><font size="2"><font size="1"> - </font></font><font size="1"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><a rel="nofollow" target="_blank"
href="http://audioarte.blogspot.com/">audioarte.blogspot.com</a></span></font><br style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"></span></font><font size="2"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;">Universidade Federal do Maranhão</span></font><br></font><span style="font-family:arial, helvetica, sans-serif;"></span><br>--- Em <b>seg, 23/1/12, luciano cesar <i><lucianocesar78@yahoo.com.br></i></b> escreveu:<br><blockquote style="margin-left:5px;padding-left:5px;"><br>De: luciano cesar <lucianocesar78@yahoo.com.br><br>Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Produtivismo acadêmico está acabando com a saúde dos docentes<br>Para: "Damián Keller" <musicoyargentino@hotmail.com>, "silvioferrazmello" <silvioferrazmello@uol.com.br><br>Cc: anppom-l@iar.unicamp.br<br>Data: Segunda-feira, 23
de Janeiro de 2012, 21:50<br><br><div id="yiv1818302766ecxyiv1936834846"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td style="font:inherit;" valign="top">Bom, foi dito que a diferença entre nós e os psicólogos, por exemplo, é que eles leem os trabalhos uns dos outros, os músicos não. Aceito a idéia do Silvio, claro que devemos nos referir mais as pesquisas uns dos outros. Mas voltamos então ao problema levantado no início desta discussão: O problema é achar tempo pra ler tudo dos colegas e incluir os trabalhos deles em nossas pesquisa, já que as aulas, a pesquisa e a exigência com a produtividade configura uma jornada as vezes quádrupla pra quem toca ou compõe?<br><br> Mais uma vez, SIlvio, concordo que essa contingência vai gerar novos habitos de pesquisa, inclusive para o que se considera uma pesquisa. A Federal do Rio Grande do Sul apresenta trabalhos que me parecem conjuntos de resenhas dos trabalhos
dos vizinhos e a
nota é alta... Será que é por
aí?<br><br>Abraços,<br><br>Luciano<br><br>--- Em <b>seg, 23/1/12, silvioferrazmello <i><silvioferrazmello@uol.com.br></i></b> escreveu:<br><blockquote style="margin-left:5px;padding-left:5px;"><br>De: silvioferrazmello <silvioferrazmello@uol.com.br><br>Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Produtivismo acadêmico está acabando com a saúde dos docentes<br>Para: "Damián Keller" <musicoyargentino@hotmail.com><br>Cc: anppom-l@iar.unicamp.br<br>Data: Segunda-feira, 23 de Janeiro de 2012, 17:07<br><br><div class="yiv1818302766ecxyiv1936834846plainMail">caro damian<br>o que vejo de mais contundente nisto que vcs colocam é que deverá, com o tempo, surgir novos habitos de produção e de referencia.<br>nos hábitos atuais escreve-se música, toca-se música, mas sem referir uma pesquisa de outro. <br>refere-se sim, mas em trabalho escrito que possa estar vinculado a este trabalho prático.<br>ou seja, por um bom tempo
ainda não
teremos citados trabalhos que foram importantes para perfornances.<br>abs<br><br><br>On Jan 23, 2012, at 11:19 AM, Damián Keller wrote:<br><br>> <br>> Caro Rogério,<br>> <br>> <br>> <br>> O problema que vc<br>> aponta acontece em todas as áreas. Em psicologia, por exemplo, um<br>> experimento leva meses, as vezes anos para ser implementado. E o<br>> resultado é 1 artigo só. Uma revisão do estado da arte pode ser<br>> feita em algumas semanas e o resultado é o mesmo: 1 artigo. O<br>> trabalho musicológico com fontes primárias pode ser comparado ao<br>> trabalho experimental na relação investimento/resultado.<br>> <br>> <br>> <br>> A grande diferença<br>> entre nós, músicos, e os psicólogos é que eles citam os trabalhos<br>> dos colegas, nós não. Esse tipo de prática era o que estava<br>> sugerindo quando falei em ajustar<br>> as nossas práticas para que a nossa produção
não fique defasada<br>> com as outras áreas. <br>> <br>> <br>> <br>> <br>>> Este<br>> é um problema: avaliar e permitir o que tem força impactante entre<br>> outros pesquisadores e que pode resultar não em citações mas em<br>> uso direto.<br>> <br>> <br>> <br>> Silvio, quando respondi<br>> à colocação sobre o <código de barras> estava me referindo<br>> justamente a essa questão. Performance e composição geram produtos<br>> não escritos. Mas esses produtos podem ser registrados, indexados, e<br>> consequentemente citados. Para falar do caso que conheço mais de<br>> perto, eu como compositor uso técnicas que documento através de<br>> publicações. Se existisse um mecanismo para publicar o resultado<br>> sonoro referenciando os trabalhos que lhe dão suporte, cada peça<br>> geraria várias citações a outros trabalhos.<br>> <br>> <br>> <br>> O que eu
quero dizer é<br>> que a nossa produção como músicos não é muito diferente do tipo<br>> de trabalho que fazem os outros pesquisadores. O problema é que o<br>> nosso trabalho está <em negro>.<br>> <br>> <br>> <br>> Abraços,<br>> Damián<br>> <br>> <br>> Dr. Damián Keller -<br>> Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical (NAP) - Universidade Federal do Acre - Amazon Center for Music Research - Federal University of Acre -<br>> <a rel="nofollow" target="_blank" href="http://ccrma.stanford.edu/%7Edkeller">http://ccrma.stanford.edu/~dkeller</a><br>> <br>> <br><br>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a rel="nofollow" target="_blank"
href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________<br></div></blockquote></td></tr></tbody></table></div><br>-----Anexo incorporado-----<br><br><div class="yiv1818302766ecxplainMail">________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________</div></blockquote></td></tr></tbody></table><br>________________________________________________
Lista de discuss�es ANPPOM
http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l
________________________________________________</div> </div></div>
</div></blockquote></div></td></tr></table>