<span style="color:rgb(0,0,102)">Oi, Iazzetta:</span><br style="color:rgb(0,0,102)"><br style="color:rgb(0,0,102)"><span style="color:rgb(0,0,102)">Parabéns.</span><br style="color:rgb(0,0,102)"><span style="color:rgb(0,0,102)">Você equacionou muito bem a questão.</span><br style="color:rgb(0,0,102)">
<span style="color:rgb(0,0,102)">Só um grande seminário, com avaliação profunda sobre o tema, pode nos levar à solução.</span><br style="color:rgb(0,0,102)"><span style="color:rgb(0,0,102)">Devemos combater essa tendência de se tentar escamotear e se adaptar aos sistemas e modelos impostos, sem oitiva dos diretamente interessados.</span><br style="color:rgb(0,0,102)">
<span style="color:rgb(0,0,102)">As farsas devem ser condenadas.</span><br style="color:rgb(0,0,102)"><span style="color:rgb(0,0,102)">Um exemplo: lembro-me de que, há alguns anos, órgãos colegiados e de fomento determinaram destinação de verbas, pontos na carreira e privilégios para áreas e especialidades que dispusessem de um laboratório para pesquisa.</span><br style="color:rgb(0,0,102)">
<span style="color:rgb(0,0,102)">O que aconteceu em nossa área? Começaram a pipocar, aqui e ali, laboratórios de violino, laboratórios de canto, laboratórios de trombone, e por aí vai.</span><br style="color:rgb(0,0,102)">
<span style="color:rgb(0,0,102)">A criatividade é muito grande. Assim, qualquer atividade artística pode, num passe de mágica, ser travestida de atividade científica. Observe-se que a recíproca é verdadeira. Cientistas muito criativos têm conseguido, algumas vezes, travestir uma atividade científica em atividade artística.</span><br style="color:rgb(0,0,102)">
<span style="color:rgb(0,0,102)">A Anppom, além de promover uma mesa de debates sobre o tema, poderia ir mais longe com algo verdadeiramente promissor: criação de uma comissão que se reúna periodicamente durante um ano, recebendo e discutindo propostas, para que na Anppom de 2013 sejam apresentados resultados conclusivos com propostas concretas.</span><br style="color:rgb(0,0,102)">
<br style="color:rgb(0,0,102)"><span style="color:rgb(0,0,102)">Abraço,</span><br style="color:rgb(0,0,102)"><span style="color:rgb(0,0,102)">Jorge Antunes</span><br style="color:rgb(0,0,102)"><br><br><br><br><br><br><br>
<div class="gmail_quote">Em 24 de janeiro de 2012 12:20, Fernando Iazzetta <span dir="ltr"><<a href="mailto:iazzetta@usp.br">iazzetta@usp.br</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Caros colegas,<br>
<br>
Já manisfestei em mais de uma ocasião minha preocupação com as discussões a respeito da produção acadêmica na área de música.<br>
<br>
Parece-me que a discussão está muito focada na superfície do problema e na busca de soluções imediatas. Na maior parte do tempo essas soluções buscam simplesmente maquiar o que fazemos para que nossa produção possa parecer compatível com a de outras áreas.<br>

<br>
Não é raro vermos sugestões de como transformar produções artísticas em científicas, de como convencer instrumentistas a publicar um artigo por ano em algum congresso local para garantir seu status de pesquisador, ou de tentar justificar nossas deficências com as idiosincrasias da área.<br>

<br>
Claro, tudo isso reflete uma situação voltada para a disputa por verbas e espaços institucionais que é fundamental no sistema de desenvolvimento acadêmico atual. Mas essa postura deixa de lado a discussão sobre a construção de um ambiente de pesquisa consolidado e que reflita nossas características e vontades.<br>

<br>
Como muitos de vocês devem saber, neste momento faço parte dos grupos de avaliação de projetos de duas agências importantes para o fomento da pesquisa (o CNPq e a Fapesp) representando a área de artes. Essa função, que é tansitória, me ajudou a entender um pouco melhor os problemas estruturais da nossa produção acadêmica. Tenho certo para mim que o problema maior não está nas agências de fomento, mas na nossa dificuldade em lidar com nossas diferenças e particularidades e na falta de ambiente consolidado de pesquisa. Está também na nossa relação frágil com nossas próprias as Universidades, as quais têm se amparado de uma maneira generalista nas diretrizes da Capes e CNPq para estabelecer as suas próprias condutas em relação à produção artistica e à pesquisa em arte.<br>

<br>
Não quero entrar em detalhes aqui, mas acho que só vamos solucionar nossas deficiências quando pudermos encará-las de frente. E a solução certamente só vira a médio e longo prazo.<br>
<br>
A Luciana já apontou que a Anppom terá espaço para debater isso (e ficarei feliz se discutir o assunto na ocasião), mas acho que precisamos de um trabalho que vá além de uma mesa redonda de 1 hora de duração durante o Congresso. Talvez seja o momento de pensarmos num seminário mais abrangente, em que se discuta claramente o papel que a música (e as artes em geral) têm na univesidade e que se assuma a difereça entre produção artística e científica, não como um problema, mas como uma particularidade bastante rica da nossa área.<br>

<br>
Sem isso, parece que continuaremos a criar uma imagem do que não somos e a assumir uma vocação que talvez não tenhamos.<br>
<br>
abraços, fernando<br>
<br>
<br>
<br>
Citando Damián Keller <<a href="mailto:musicoyargentino@hotmail.com" target="_blank">musicoyargentino@hotmail.com</a>><u></u>:<br>
<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
<br>
<br>
Caros Silvio e Rogério,<br>
<br>
Nenhum sistema de avaliação é ideal. Mas o fator de impacto é o que tem mais apoio da comunidade científica internacional. Voltamos ao ponto inicial, vamos tentar convencer a Fapesp e o CNPq de que nós somos diferentes e que merecemos uma fatia maior no orçamento porque a música é uma atividade importante, a pesar de que nenhum índice de produtividade indica isso?<br>

<br>
Eu tento olhar estas questões do ponto de vista prático. Qual é o nosso objetivo: conseguir que a área de música tenha mais peso financeiro, científico, artístico, institucional? Quais são os caminhos que temos para atingir esse objetivo?<br>

<br>
1. convencer todas as outras áreas de que nós somos diferentes e portanto que precisamos de uma métrica de produtividade <própria>, ou<br>
2. adaptar a forma de contabilizar nossa produção para atender as demandas da métrica utilizada pelo resto da comunidade científica.<br>
<br>
Cuidado, não estou falando em mudar <o que fazemos> e sim <como apresentamos> o que fazemos para o resto da comunidade. Acho que o Silvio resumiu de forma exata o ponto principal:<br>
<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
o que vejo de mais contundente nisto que vcs colocam é que deverá, com o tempo, surgir novos habitos de produção e de referencia. nos hábitos atuais escreve-se música, toca-se música, mas sem referir uma pesquisa de outro. <br>

</blockquote>
<br>
Acredito que as ferramentas para essa mudança já estão aí, o que falta é que nós como comunidade decidamos que queremos colocar a nossa área em pé de igualdade com o resto da produção científica brasileira. <br>
<br>
Abraços,Damián<br>
<br>
<br>
Dr. Damián Keller -<br>
Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical (NAP) - Universidade Federal do Acre - Amazon Center for Music Research - Federal University of Acre -<br>
<a href="http://ccrma.stanford.edu/%7Edkeller" target="_blank">http://ccrma.stanford.edu/~<u></u>dkeller</a><br>
<br>
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______________________________<u></u>__________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
<a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/<u></u>listinfo/anppom-l</a><br>
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</blockquote>
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Lista de discussões ANPPOM<br>
<a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/<u></u>listinfo/anppom-l</a><br>
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