Caros:<br><br>Segue um artigo sobre assunto que reputo ser de grande interesse para a área acadêmica.<br><br>[]s,<br clear="all"><font size="1">---<br></font><font face="tahoma, sans-serif">LUCIANO CAROSO<br></font><span style="font-size:x-small">---</span><br style="font-size:x-small">
<a href="http://luciano.caroso.com.br/" style="font-size:x-small" target="_blank">http://luciano.caroso.com.br</a><br style="font-size:x-small"><a href="mailto:lcaroso@uefs.br" style="font-size:x-small" target="_blank">lcaroso@uefs.br</a><br style="font-size:x-small">
<span style="font-size:x-small">---</span><br><font size="1">Universidade Estadual de Feira de Santana<br>Departamento de Letras e Artes - Colegiado de Licenciatura em Música<br>---<br>Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA)<br>
Rua Conselheiro Franco, 66, Centro. Feira de Santana - Bahia - Brasil. CEP: 44002-128.<br>E-mail: <a href="mailto:licemus.uefs@gmail.com" target="_blank">licemus.uefs@gmail.com</a>, telefone: +55 75 31618265</font><font size="1"><br>
</font><br>
<br><br><div class="gmail_quote">---------- Forwarded message ----------<br>From: <b class="gmail_sendername"></b> <span dir="ltr"><<a href="mailto:walter@uefs.br">walter@uefs.br</a>></span><br>Date: 2012/2/10<br>Subject: Boicote coletivo à Elsevier<br>
To: <a href="mailto:professores@uefs.br">professores@uefs.br</a><br><br><br>
JC e-mail 4434, de 09 de Fevereiro de 2012.<br>
*<br>
11. Pé de guerra*** Já são quase cinco mil os signatários do manifesto The<br>
Cost of Knowledge [O custo do conhecimento], um boicote coletivo à<br>
Elsevier, a maior editora de revistas científicas do mundo. Os<br>
pesquisadores afirmam que não vão mais publicar nos periódicos do grupo e<br>
nem atuar como revisores - um trabalho que costumam fazer de graça.<br>
<br>
O grupo holandês Elsevier publica cerca de dois mil periódicos e teve em<br>
2010 um lucro de 847 milhões de euros, ou mais de um terço da sua receita<br>
anual. A editora é acusada pelos pesquisadores de explorar o trabalho<br>
voluntário dos pesquisadores e cobrar preços extorsivos por suas revistas,<br>
obrigando muitas vezes as bibliotecas a assinar pacotes de periódicos, nos<br>
quais títulos menos relevantes são empurrados junto com revistas essenciais<br>
(qualquer semelhança com os pacotes das operadoras de TV a cabo não é<br>
coincidência).<br>
<br>
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A proposta de boicote reflete uma insatisfação antiga da comunidade<br>
científica com um sistema de publicação que ainda é majoritariamente<br>
fechado. Mas ela foi desencadeada por um projeto de lei dos Estados Unidos<br>
que impediria que pesquisas financiadas com dinheiro público tivessem<br>
acesso aberto um ano depois de publicada.<br>
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<br>
<br>
O grupo holandês é alvo do protesto por sua visibilidade, mas o<br>
descontentamento dos cientistas se estende a outras editoras. "A Elsevier é<br>
somente a empresa que mais chama a atenção por essas práticas e pelo lucro<br>
exorbitante que tem, mas há algo de muito errado com todo o sistema de<br>
publicação de artigos científicos", reconheceu o físico Ernesto Galvão,<br>
professor da Universidade Federal Fluminense e um dos signatários<br>
brasileiros do manifesto.<br>
<br>
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O projeto de lei e a reação dos pesquisadores já motivaram a publicação de<br>
dezenas de artigos e posts na imprensa mundial. Para citar apenas três<br>
exemplos colhidos na blogosfera brasileira, vale ler os textos de Carlos<br>
Orsi, que fez uma discussão minuciosa do contexto em que surgiu o<br>
manifesto, de André Rabelo, que apontou alguns caminhos possíveis para o<br>
futuro da ciência aberta, e de Átila Iamarino, que discutiu como os<br>
cientistas brasileiros podem se posicionar nesse debate.<br>
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*Conteúdo aberto x fechado - *A defesa da ciência aberta reflete um<br>
movimento mais amplo pelo acesso irrestrito à informação em vários<br>
domínios. Na avaliação do médico e pesquisador da área de saúde pública<br>
Kenneth Camargo, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), as<br>
editoras de periódicos se vêem diante de uma crise que há anos assusta as<br>
indústrias fonográfica e cinematográfica. "Determinadas empresas se<br>
acostumaram com um modelo de negócios que está ameaçado", avaliou o médico,<br>
que também assinou o manifesto. "Mas com o crescimento dos portais abertos<br>
como o Scielo, no Brasil, o PLoS e o Biomed Central, no exterior,<br>
claramente está se desenhando um campo de força oposto."<br>
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Mas ainda não está claro qual modelo poderá substituir o sistema atual.<br>
Camargo - que é editor da revista brasileira Physis, publicada pela Uerj, e<br>
editor associado do American Journal of Public Health, dos Estados Unidos -<br>
lembra que, em alguns periódicos abertos do exterior, os autores precisam<br>
pagar uma taxa de publicação (os recursos acabam diluídos nas verbas de<br>
financiamento à pesquisa). Entre as revistas brasileiras de acesso aberto,<br>
a prática não é rotineira.<br>
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"Ainda dependemos de fundos da universidade e das agências de fomento para<br>
arcar com os custos de secretaria, edição, impressão", disse Kenneth<br>
Camargo. "Enquanto não equacionarmos como isso vai funcionar, não está<br>
muito claro qual modelo econômico seguiremos no futuro. Mas não dá para ser<br>
esse modelo oligopolista."<br>
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Soluções como o arXiv, repositório público de artigos muito usado por<br>
pesquisadores das ciências exatas, estão entre as mais citadas pelos<br>
críticos como possível modelo alternativo ao atual. Ernesto Galvão aposta<br>
num modelo como esse para o futuro da publicação científica, desde que o<br>
sistema tenha um mecanismo de validação da qualidade dos artigos. "Acredito<br>
que outros modelos para publicação são possíveis, que combinem algum tipo<br>
de julgamento por pares e um baixo custo de disseminação", disse o físico.<br>
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*Em defesa da Elsevier - *A editora holandesa divulgou no início do mês um<br>
comunicado não assinado em que defende que as editoras são necessárias para<br>
o bom funcionamento da ciência. "Sem as editoras e os revisores, os três<br>
milhões de artigos enviados todo ano às revistas científicas não seriam<br>
transformados no 1,5 milhão de artigos publicados todo ano", diz o<br>
comunicado. "Os pesquisadores funcionam de forma mais eficiente e efetiva<br>
por causa do valor agregado por todos nós através dos processos de<br>
publicação."<br>
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O economista David Stern, editor da revista Ecological Economics, publicada<br>
pela Elsevier, também saiu em defesa da editora holandesa em seu blog. Para<br>
ele, não faz sentido o argumento segundo o qual pagar pelos artigos<br>
científicos significa pagar em dobro pela ciência que já havia sido<br>
financiada com recursos públicos. "A Elsevier é como o Walmart, eles<br>
distribuem o produto e isso custa dinheiro", afirmou Stern. "Não vejo por<br>
que usar dinheiro público para pagar à PLoS para publicar um artigo seja<br>
moralmente melhor do que usá-lo para que uma biblioteca universitária<br>
assine um periódico. Os custos têm que ser pagos de uma forma ou de outra."<br>
<br>
(Revista Piauí - Questões da Ciência)<br>
<span class="HOEnZb"><font color="#888888"><br>
--<br>
Nadsa Maria Araújo Cid<br>
Universidade Federal do Ceará<br>
Biblioteca do Instituto de Ciências do Mar - LABOMAR<br>
(85) 3366.7006<br>
</font></span></div><br>