<html><head></head><body style="word-wrap: break-word; -webkit-nbsp-mode: space; -webkit-line-break: after-white-space; ">querid@s,<div><br></div><div>muito interessante acompanhar toda a discussão aqui, estou aproveitando bastante e em breve posto outros comentários. queria primeiro agradecer à colega heloísa valente, que me apontou o equívoco e fazer uma correção aqui na lista. o nome correto é <b>Raymond</b> Murray Schafer e não Robert, como eu havia colocado. há muitos anos estudo a obra dele e tive que conferir pra ter certeza. obrigado, heloísa! revi todo o meu material, para fazer correções, especialmente o que está online.</div><div><br></div><div>abraço a todos!</div><div><br></div><div>puig</div><div><br></div><div><br><div><div>Em 19/03/2012, às 20:52, silvioferrazmello escreveu:</div><br class="Apple-interchange-newline"><blockquote type="cite"><div style="word-wrap: break-word; -webkit-nbsp-mode: space; -webkit-line-break: after-white-space; "><div>oi daniel</div><div><br></div><div>..interessante tua resposta.</div><div>então:</div><div>o que estava colocando na roda era questionar o próprio conceito de composição coletiva e trazendo para o debate a produção das oficinas.</div><div>mozart usava este modo de trabalhar e, pelo que sabemos, stockhausen a retomou na composição de Licht.</div><div><br></div><div>um oficial (como se chamava os trabalhadores das oficinas) pode bem deixar sua marca e até mesmo ser determinante na feitura de um trabalho.</div><div>são diversos os relatos de trabalhos coletivos no renascimento.</div><div>e por vezes se contratava um artista e se garantia que a obra ficaria pronta contratando dois oficiais (o que nos garantiu uma meia duzia de quadros de da Vinci, por exemplo, e nos garantiu o Requiem).</div><div>e os oficiais podem não apenas garantir como também interferir decisivamente no resultado, visto que mesmo na mais ampla democracia teórica sempre existirá a diferença de velocidade de trabalho dos participantes de uma obra.</div><div><br></div><div>o que é importante realçar é que o que há de novo na composição coletiva não deve ser apenas o fato de ser feita por muita gente.</div><div>é necessário outro ingrediente ou estaremos apenas reinaugurando o passado, embevecidos por imaginar estar inventando a roda.</div><div><br></div><div><br></div><div>algumas modalidades podem ser mapeadas:</div><div><br></div><div>1) composição coletiva como prática pedagógica...mas neste caso há uma orientação.</div><div>2) isto é bem distinto do processo que parece ter havido na composição do grupo da paraíba (mando a pergunta ao valério: houve uma condução de um dos participantes ou realmente todas decisões foram coletivas?).</div><div>3) e há a produção coletiva em que participantes tem funções diferentes (tomar cuidado com a proposta de retomar a produção fordista...seria interessante estudar a música do realismo socialista e a do cinema americano...alguém assina, ou o proletariado assina, e um bando de anônimos trabalha e até mesmo é demitido em meio ao processo caso não esteja rendendo)</div><div>4) há tembém trabalho em que cada um que participa o faz às cegas e o resultado é o amálgama díspar (cage+merce cunningham)</div><div>5) o trabalho do tipo improvisação livre coletiva (trabalho de iazzetta e rogério costa na usp)</div><div>6.1) o trabalho de colaboração (o técnico informático ou eletrônico e o compositor, como acontece no ircam, grm e tal)</div><div>6.2) o trabalho de colaboração compositor-instrumentista como o realizou e dovumentou giacinto scelsi.</div><div> </div><div>ou seja, existem modalidades desta prática.</div><div><br></div><div>no mais, quanto a Mozart...ele não assina a obra, não teve tempo pra isto.</div><div>ele teria assinado talvez (nem disto se sabe ao certo) o contrato para realização da obra.</div><div>temos de tomar cuidado com nossa noção de propriedade romântica e a noção de propriedade pré-romântica...dois mundos a parte.</div><div>vale à pena a leitura do pequeno livro de Szendi sobre a escuta musical em que trabalhar justamente o conceito de autoria. </div><div><br></div><div>a quem pertence o stabat mater, o qual bach reproduz hipsis literis em seu salmo 51...esta peça, o salmo, é de bach ou pergolesi?</div><div><br></div><div>abs</div><div>silvio</div><div><br><div><div>On Mar 19, 2012, at 1:26 PM, Daniel Lemos wrote:</div><br class="Apple-interchange-newline"><blockquote type="cite"><table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" style="position: static; z-index: auto; "><tbody><tr><td valign="top" style="font: inherit;"><br>Caro Sílvio,<br><br>Obrigado pelas informações. Interessante observar que há de fato iniciativas de composição "formal" coletivas. Agora não imaginava que a composição do Requiem de Mozart poderia ser considerada uma metodologia de composição coletiva. Neste caso, em que sentido especificamente? Se o compositor estiver aberto a sugestões musicais de intérpretes, seria isto uma composição coletiva? Do aspecto da autoria, poderia não ser, pois Mozart assina a obra. Ainda, a aproximação entre intérprete e compositor, assim como nas <span style="font-style: italic;">Sequenze</span> de Berio, poderiam ser consideradas "composição coletiva"?<br><br>Um abraço,<br><br><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="3">Daniel Lemos</font></font></p><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="2">Curso de Música/DEART - </font></font><font style="font-family:tahoma, new york, times, serif;" size="2"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://musica.ufma.br/">musica.ufma.br</a></font></p><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="1"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://ufma.academia.edu/dlemos">ufma.academia.edu/dlemos</a></font></span></font><font size="2"><font size="1"> - </font></font><font size="1"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://audioarte.blogspot.com/">audioarte.blogspot.com</a></span></font><br style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"></span></font><font size="2"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;">Universidade Federal do Maranhão</span></font><br></font><span style="font-family:arial, helvetica, sans-serif;"></span><br><br>--- Em <b>dom, 18/3/12, silvioferrazmello <i><<a href="mailto:silvioferrazmello@uol.com.br">silvioferrazmello@uol.com.br</a>></i></b> escreveu:<br><blockquote style="border-left: 2px solid rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px;"><br>De: silvioferrazmello <<a href="mailto:silvioferrazmello@uol.com.br">silvioferrazmello@uol.com.br</a>><br>Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] Composição em Grupo<br>Para: "Valério Fiel da Costa" <<a href="mailto:fieldacosta@gmail.com">fieldacosta@gmail.com</a>><br>Cc: "ANPPOM-L" <<a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br">anppom-l@iar.unicamp.br</a>><br>Data: Domingo, 18 de Março de 2012, 23:27<br><br><div id="yiv1605999598"><div><div>Caro Daniel,</div><div><br></div><div>Lembro aqui de uma experiência.</div><div>Em 1994 Flo Menezes, eu e os alunos do festival de campos do jordão compusemos uma grande peça para isntrumentos e eletrônica como resultado do curso de composição.</div><div>A peça, intitulada Campos de Pássaros, está gravada em CD Música Maximalista (creio que o segundo
volume)</div><div><div>Mas existem diversas formas de composição coletiva.</div><div>Mozart mantinha uma verdadeira oficina e seu Requiem é resultado desta oficina bem como suas ultimas sinfonias e a Cantata Maçônica.</div><div>Cabe saber bem o que entende0se por composição coletiva e o quanto seus participantes realmente participam do processo desde seus primeiros passos.</div><div>Cito o exemplo de Campos pois dele participaram, dentre os 9 alunos do curso, alguns que hoje se destacam no panorama da música brasileira como Pedro Kroeger e Sérgio Kafegian.</div><div>Pelo visto temos diversas experiências no Brasil.</div><div>Fora do Brasil uma experiência surpreendente é o trabalho do grupo L'Itineraire, que realizaram diversas obras coletivas nos anos 80.</div><div><br></div><div><br></div></div><div>Abs</div><div>Silvio Ferraz</div><div><br><div><div>On Mar 18, 2012, at 11:55 AM, Valério Fiel da Costa wrote:</div><br class="yiv1605999598Apple-interchange-newline"><blockquote type="cite">Caro Daniel.<div><br></div><div>Se estiver interessado em composição coletiva "formal", estamos programando para a ANPPOM um painel sobre a experiência de composição coletiva desenvolvida ano passado aqui em João Pessoa pelo COMPOMUS. Trata-se da "Cantata Bruta", obra para orquestra, coro, solistas, narradores e eletrônica composta por 6 membros do núcleo. Tal prática, muito bem sucedida, motivou mais duas experiências de grande porte, envolvendo vários compositores, programadas para este ano.</div>
<div><br></div><div>chamada aqui:</div><div><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://www.paraiba.com.br/colunista/edileide-vilaca/52137-cantata-bruta-em-comemoracao-aos-70-anos-de-w-j-solha">http://www.paraiba.com.br/colunista/edileide-vilaca/52137-cantata-bruta-em-comemoracao-aos-70-anos-de-w-j-solha</a><br>
</div><div>Algumas críticas aqui:</div><div><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://www.portal100fronteiras.com.br/noticias.php?id=10505">http://www.portal100fronteiras.com.br/noticias.php?id=10505</a></div><div><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://www.portal100fronteiras.com.br/noticias.php?id=10503">http://www.portal100fronteiras.com.br/noticias.php?id=10503</a></div>
<div><br></div><div>Abç</div><div><br></div><div>VFC<br><br><div class="yiv1605999598gmail_quote">Em 17 de março de 2012 15:20, Daniel Puig <span dir="ltr"><<a rel="nofollow" ymailto="mailto:danielpuig@me.com" target="_blank" href="x-msg://366/mc/compose?to=danielpuig@me.com">danielpuig@me.com</a>></span> escreveu:<br>
<blockquote class="yiv1605999598gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex;"><div style="word-wrap:break-word;">olá, daniel!<div><br></div><div>no campo da educação musical você encontra bastante coisa, se interessar. procure nos livros de Robert Murray Schafer, Brian Dennis, George Self e John Paynter. nos textos e livros de Keith Swanwick você pode achar algum aparato teórico que ajude, embora os questionamentos dele sejam voltados para a idade escolar. também em "Minds on Music: composition for creative and critical thinking" de Michele Kaschub e Janice Smith.</div>
<div><br></div><div>vários textos na área da música contemporânea, ligados principalmente à improvisação, você vai encontrar questionamentos que interessem. no momento não me lembro de nenhum que aborde unicamente o assunto "composição em grupo", mas tenho certeza que outros colegas de lista poderão completar as informações.</div>
<div><br></div><div>abraço,</div><div><br></div><div>puig</div><div><br></div><div><br><div></div></div><div><div>Em 16/03/2012, às 15:10, Daniel Lemos escreveu:</div><br><blockquote type="cite"><div><div class="yiv1605999598h5"><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0">
<tbody><tr><td style="font:inherit;" valign="top"><br>Olá,<br><br>Gostaria de saber se vocês conhecem referências
bibliográficas sobre prática de Composição em grupo. Não tenho tido
sucesso nas pesquisas até agora. Muito obrigado pela atenção.<br><br>Cordialmente<br><br><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="3">Daniel Lemos</font></font></p><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;">
<font size="4"><font>Curso de Música/DEART - </font></font><font style="font-family:tahoma, new york, times, serif;" size="2"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://musica.ufma.br/">musica.ufma.br</a></font></p><font><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="1"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://ufma.academia.edu/dlemos">ufma.academia.edu/dlemos</a></font></span></font><font><font size="1"> - </font></font><font size="1"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://audioarte.blogspot.com/">audioarte.blogspot.com</a></span></font><br style="font-family:tahoma, new york, times, serif;">
<font><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"></span></font><font><font><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;">Universidade Federal do Maranhão</span></font><br></font><span style="font-family:arial, helvetica, sans-serif;"></span></td>
</tr></tbody></table></div></div>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>
________________________________________________</blockquote></div><br></div><br>________________________________________________<br>
Lista de discussões ANPPOM<br>
<a rel="nofollow" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>
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________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________</blockquote></div><br></div></div></div><br>-----Anexo incorporado-----<br><br><div class="plainMail">________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________</div></blockquote></td></tr></tbody></table></blockquote></div><br></div></div>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________</blockquote></div><br></div></body></html>