<table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" ><tr><td valign="top" style="font: inherit;"><br>Caros colegas,<br><br>Muito bom ver que há diversas pessoas trabalhando com composição coletiva, conforme os relatos que tem sido apresentados aqui na Lista. Composição em grupo parecia ser uma área quase que intocada, mas felizmente observamos o contrário. Ainda, ressalta-se a variedade de abordagens e procedimentos composicionais adotados em cada experiência. Seria muito bem-vindo documentá-las, para que possamos compreender as decisões musicais tomadas em cada experiências e assim ampliar mais esta temática. Agradeço a todos por terem levado seus relatos à Lista.<br><br>AInda, é interessante observar que em praticamente todos os casos, elementos musicais específicos são predefinidos de forma a prover uma unidade relativa da obra. Isto me lembrou os livros de Contraponto e Harmonia de Alan Belkin (disponíveis na internet <a
 href="https://www.webdepot.umontreal.ca/Usagers/belkina/MonDepotPublic/e.index.html">aqui</a>). Belkin passa a abordar o ensino destas disciplinas não por regras, mas princípios gerais flexíveis que permitem a adoção destes conhecimentos na maior variedade de contextos musicais e estilos possíveis. Creio que esta abordagem de "princípios" ao invés de "regras" sirva também para a Composição em grupo. Ao se pensar em "regras", há uma grande restrição da criatividade, até pela própria natureza deste termo, que denota uma ideia a ser obedecida que não permite reflexões ou questionamentos. Esta é uma boa referência que tenho usado na disciplina "Laboratório de Criação" aqui.<br><br>Em geral, gosto de tratar sobre técnicas composicionais específicas, dar exemplos históricos de sua utilização e adotá-las em atividades de criação com aplicação mais rápida, voltadas à proposta de "Educação Musical no ensino regular". Assim,
 associamos a atividade com a bagagem tradicional, ao invés de cair sempre na história de "jogos", "brincadeiras" e "atividades lúdicas". Particularmente, acho muito vazio fazer "qualquer coisa" e dizer que está fundamentada no modelo TECLA. Pra mim, isso não é suficiente para "validar" uma atividade de musicalização. Hoje, por exemplo, fizemos uma atividade de musicalização com Música Contemporânea, baseada em pesquisa de sons de acordo com a interpretação do grupo sobre um desenho com três partes (cada parte representando uma seção da peça). Falei sobre a "Proporção Áurea", a Série de Fibonacci e citei a obra de Bártok, compositor conhecido por adotar esta técnica. Falei sobre achar o ponto culminante ao planejar esta criação, e o resultado musical ficou bem interessante, pois este ponto foi justamente o ápice da dinâmica (fff) e maior densidade de sons. Na minha opinião, este tipo de atividade aproxima o ensino tradicional
 da educação musical na escola regular, e acho que é justamente este tipo de diálogo que tem faltado muito nas Licenciaturas em Música de hoje. O que vocês acham?<br><br>Saudações,<br><br><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="3">Daniel Lemos</font></font></p><p style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="4"><font size="2">Curso de Música/DEART - </font></font><font style="font-family:tahoma, new york, times, serif;" size="2"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://musica.ufma.br/">musica.ufma.br</a></font></p><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="1"><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://ufma.academia.edu/dlemos">ufma.academia.edu/dlemos</a></font></span></font><font size="2"><font size="1"> - </font></font><font size="1"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><a rel="nofollow" target="_blank"
 href="http://audioarte.blogspot.com/">audioarte.blogspot.com</a></span></font><br style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;"></span></font><font size="2"><font size="2"><span style="font-family:tahoma, new york, times, serif;">Universidade Federal do Maranhão</span></font><br></font><span style="font-family:arial, helvetica, sans-serif;"></span><br><br>--- Em <b>sex, 23/3/12, Damián Keller <i><musicoyargentino@hotmail.com></i></b> escreveu:<br><blockquote style="border-left: 2px solid rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px;"><br>De: Damián Keller <musicoyargentino@hotmail.com><br>Assunto: [ANPPOM-Lista] Composição em Grupo<br>Para: anppom-l@iar.unicamp.br, "Carlos Palombini" <cpalombini@gmail.com><br>Data: Sexta-feira, 23 de Março de 2012, 11:56<br><br><div class="plainMail"><br><br>Oi Carlos,<br>> Um trabalho que conheço de
 criação musical coletiva que vi funcionar boBrasil é o que Conrado Silva desenvolveu na UnB a partir da própria criaçãode sons individuais com objetos comuns, passando pelos duos (por exemplo,entre uma bola de gude e uma folha de papel) até chegar a *concertigrossi* com orquestras das mais inusitadas. Pergunte pra ele, que valea pena.<br>De fato, o trabalho do Conrado e do Emilio Terraza na UnB foi muito bacana, as Oficinas Básicas de Música. Nenhum dos dois escreveu suficiente sobre o assunto, mas eu já vi algunas referências em publicações sobre educação musical. Eu sei que o Conrado tem um acervo enorme de gravações. Acredito que a família do Emilio tenha o material dele. <br>Como a ideia das oficinas era <fazer> e nada de teorizar, nenhum de nós teve a iniciativa de documentar o processo. É aquela mesma questão que estávamos discutindo antes sobre a falta de citações na produção
 composicional...<br>Abraço,Damián<br><br><br>Dr. Damián Keller -<br>Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical (NAP) - Universidade Federal do Acre - Amazon Center for Music Research - Federal University of Acre -<br><a href="http://ccrma.stanford.edu/%7Edkeller" target="_blank">http://ccrma.stanford.edu/~dkeller</a><br><br>                           <br>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________<br></div></blockquote></td></tr></table>