Eu conheço os trabalhos de Tarasti, Béhague, Guérios, Peppercorn etc. sobre Villa-Lobos. Conheço também suas qualidades e limitações. Conheço ainda a excelente biografia de Mario Reis que Giron publicou na 34. É verdade que, na matéria em questão, ele se fixa em anedotas, mas:<br>
<br>1. É oportuno notar que, embora se trate de anedotas, as anedotas são de um tipo diferente das que estamos acostumados a ler e ouvir.<br><br>2. Não há por que descartar anedotas no estudo da vida e da obra de quem quer que seja. Na música, as abordagens puramente formais são tão ou mais <i>passé</i> quanto as puramente anedóticas.<br>
<br>3. O artigo não é destituído de interesse científico, uma vez que traz informações sobre os trabalhos em curso de um conhecido pesquisador.<br><br>4. Pergunto: levando em conta os trabalhos supracitados, amplamente conhecidos nessa lista, não seria o caso de reconhecer que queixas sobre o anedótico nos estudos sobre Villa-Lobos são, elas também, anedóticas?<br>
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