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<body class='hmmessage'><div dir='ltr'>
<br>Reencaminhando...<div><br></div><div>Abraços,<br>Damián<br><br>Dr. Damián Keller -
Núcleo Amazônico de Pesquisa Musical (NAP) - Universidade Federal do Acre - Amazon Center for Music Research - Federal University of Acre -
http://ccrma.stanford.edu/~dkeller<br><br><br><div><div id="SkyDrivePlaceholder"></div><hr id="stopSpelling">Subject: Re: [ANPPOM-Lista] Matéria sobre avaliação diferenciada entre arte e ciência<br>From: silvioferrazmello@uol.com.br<br>Date: Wed, 6 Jun 2012 10:10:29 -0300<br>CC: musicoyargentino@hotmail.com<br>To: alexandre_ficagna@yahoo.com.br; rcaesar@oi.com.br; carole.gubernikoff@gmail.com<br><br>Como minhas mensagens não são postadas na lista da ANPPOM, escrevo a vcs...<div><br></div><div>Falando da composição, minha área de atuação:</div><div><br></div><div>Existe uma grande diferença entre produção artística e produção científica.</div><div>A primeira dela diz respeito a arte da performance: "l'art de la répétition" ... "rehearsal art"</div><div>O que para um teórico seria repetir, repetir um artigo ou palestra aqui ou acolá, na arte é outra coisa: repetir uma obra tem implicações muito mais sérias e interessantes do que simplesmente se repetir.</div><div><br></div><div>Do mesmo modo que tocar um concerto duas vezes não é se repetir (o repertório é sempre retrabalhado, sempre envolve boas horas de estudo), ter uma obra tocada duas vezes ao ano, por grupos diferentes ou pelo mesmo grupo mas em lugares muito diferentes, não é se repetir.</div><div>Envolve contato com o grupo, ensaios, reensaios, ajustes de partitura.</div><div>Por outro lado a repetição de uma obra em concerto demonstra o amadurecimento de um trabalho.</div><div>É comum a estreia de uma obra, mas é raro ela ser reapresentada, sobretudo reapresentada por grupos diferentes, o que demonstra crescimento da obra e de sua recepção.</div><div><br></div><div>No que diz respeito à criação propriamente dita: Ok, escrevemos a peça uma vez só, no entanto não temos como publica-la. Por isto o erro de considerar-se a estreia como publicação. Qdo publicação é publicação, seja digital ou analógica. O mesmo vale para gravação, que também não substitui a publicação nem a estreia.</div><div><br></div><div>Neste sentido é que necessitamos de um qualis de composição sério, distinto de qq qualis de livro ou congresso.</div><div>Ok, podemos ter um primeiro critério: espaços de abrangência internacional, nacional, local; editoras idem; gravadoras idem.</div><div>Mas temos também o repertório envolvido, sua dificuldade.</div><div>Uma obra para orquestra tem uma certa complexidade de escrita, mas a mesma coisa se dá para um solo...ou seja, não pode ser por aí.</div><div><br></div><div>Por outro lado... a avaliação por pares: isto já ocorre no processo de seleção para concertos, não precisa ser refeito no qualis....aliás, o tempo de avaliação de uma banca para uma bienal é bem maior do que o do avaliador capes...o que torna sua qualificação falha.</div><div><br></div><div>Minha sugestão é:</div><div>1. avaliação do local de difusão (concerto, evento, editora, gravadora: internacional, nacional, local; com/sem conselho; com/sem processo seletivo por pares)</div><div>2. avaliação do grupo encarregado pela difusão (internacional, nacional, local)</div><div>3. avaliação de amadurecimento: estreia, apresentação (considerando-se distancia mínima entre apresentações e se com o mesmo ensemble ou performer, que configure retrabalho..equivalendo assim estreia e apresentação)</div><div><br></div><div>A coisa é simples e não devemos nunca entrar em méritos de qualidade do trabalho: isto quem qualifica é o grupo que selecionou a obra, o evento que a aceitou, a gravadora, ou a editora. Já basta ter papers esculhambado por razões de discordância teórica...isto se multiplica exponencialmente no caso de trabalhos artísticos... </div><div><br></div><div>abs</div><div>Silvio </div><div><br></div><div><br></div><div><br></div></div></div>                                       </div></body>
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