<br>Olá,<br><br>Coloquei na rede uma versão multimídia do trabalho que apresento nesta quarta-feira, 4 de julho, às 14:30, no IV Seminário Música Ciência Tecnologia, na ECA-USP.<br><br><a href="http://www.proibidao.org/o-som-a-prova-de-bala/">http://www.proibidao.org/o-som-a-prova-de-bala/</a><br>
<br><blockquote><blockquote style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex" class="gmail_quote"><p>“Temos preguiça e não questionamos.” As palavras de Pushkin continuam válidas.</p>

<p>Estamos assistindo ao surgimento de uma arte nova. Ela está-se 
desenvolvendo a passos largos, desligando-se da influência das artes 
precedentes e começando a influenciá-las. Ela cria normas próprias, leis
 próprias, para depois rejeitá-las, confiante. Torna-se assim um 
instrumento poderoso de propaganda e educação, um fato social cotidiano e
 onipresente. Nisso, deixa todas as outras para trás.</p>
<p>Os estudos <em>de música</em> no entanto parecem continuar de todo alheios a seu desenvolvimento. O colecionador de <em>discos de cera de carnaúba</em> e outros objetos raros só se interessa <em>pela época de ouro</em>. Para que preocupar-se com o surgimento e a autodeterminação <em>da música eletrônica</em> quando é tão simples contentar-se com hipóteses imaginosas sobre a origem <em>do samba</em> ou a natureza sincrética <em>da modinha e do lundu</em>?
 Tanto mais escassos os traços preservados, tanto mais instigante a 
reconstrução do desenvolvimento das formas estéticas. O estudioso 
considera a história da <em>música eletrônica dançante</em> uma 
banalidade; praticamente, uma vivissecção, quando sua especialidade é 
sair à cata de antiguidades. Porém é óbvio que a busca pelo legado 
recente do <em>funk carioca</em> há de tornar-se em breve tarefa de arqueólogo. <em>A primeira década</em> do <em>proibidão</em> já <em>constitui</em> uma “era de fragmentos”. Dos <em></em>anteriores a <em>1995</em>, por exemplo, não resta muito, além <em>do “Rap da armas”</em>, afirmam os especialistas.</p>

<p>Mas o <em>proibidão</em> é uma arte autônoma? Onde andará seu herói específico? Que tipo de material essa arte transforma? <em>Artistas como Mr. Catra, o MC Leonardo, o MC Smith, o MC Orelha e o DJ Marlboro</em> afirmam corretamente que o material do <em>proibidão</em> são as coisas reais. E <em>os criadores da sonoridade proibida entenderam</em> perfeitamente que, no <em>proibidão</em>, até mesmo o homem é “só um detalhe, uma parte da matéria do mundo”.</p>
</blockquote></blockquote>Abraços,<br><br>Carlos<br><br>-- <br><div>carlos palombini<br></div><a href="http://www.researcherid.com/rid/F-7345-2011" target="_blank">www.researcherid.com/rid/F-7345-2011</a><br>