<br>De Olavo de Carvalho, disse José Colucci Jr.: "Devemos passar por cima das grosserias de Olavo de Carvalho e, cuidando
 para que elas não nos sujem a sola dos sapatos, levar a discussão para o
 terreno onde as suas deficiências são patentes: o das idéias". Será muito digno, para quem encontrasse ideias ali. Vejam esta: a falência do sistema educacional brasileiro é resultado do sucesso do socioconstrutivismo e, portanto, causada pelo PT.<br>
<br>cvp<br><br><div class="gmail_quote">2012/11/15 cristovam augusto de carvalho sobrinho augusto <span dir="ltr"><<a href="mailto:caviolao@yahoo.com.br" target="_blank">caviolao@yahoo.com.br</a>></span><br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td style="font:inherit" valign="top"><div><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td style="font:inherit;font-family:arial;font-size:10pt">
<br>Gostaria de compartilhar o texto abaixo. <br><br>Att.<br><br><br><p align="center"><span style="font-size:x-large"><b>O novo imbecil coletivo<br></b></span></p>
<p align="center"><span style="color:#990000">Olavo de Carvalho</span><br><i>Diário do Comércio</i><i>,</i> 30 de outubro de 2012</p>
<p><span lang="PT-BR">         Quando entre os anos 80 e 90 comecei a redigir as notas que viriam a compor <i>O Imbecil Coletivo</i>,
 os personagens a que ali eu me referia eram indivíduos inteligentes, 
razoavelmente cultos, apenas corrompidos pela auto-intoxicação 
ideológica e por um corporativismo de partido que, alçando-os a posições
 muito superiores aos seus méritos, deformavam completamente sua visão 
do universo e de si mesmos. Foi por isso que os defini como “um grupo de
 pessoas de inteligência normal ou mesmo superior que se reúnem com a 
finalidade de imbecilizar-se umas às outras”.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          Essa definição já não se aplica aos novos tagarelas e opinadores, que atuam sobretudo através da <i>internet</i>e
 que hoje estão entre os vinte e os quarenta anos de idade. Tal como 
seus antecessores, são pessoas de inteligência normal ou superior 
separadas do pleno uso de seus dons pela intervenção de forças sociais e
 culturais. A diferença é que essas forças os atacaram numa idade mais 
tenra e já não são bem as mesmas que lesaram os seus antecessores.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          Até os anos 70, os brasileiros recebiam 
no primário e no ginásio uma educação normal, deficiente o quanto fosse.
 Só vinham a corromper-se quando chegavam à universidade e, em vez de 
uma abertura efetiva para o mundo da alta cultura, recebiam doses 
maciças de doutrinação comunista, oferecida sob o pretexto, àquela 
altura bastante verossímil, da luta pela restauração das liberdades 
democráticas. A pressão do ambiente, a imposição do vocabulário e o 
controle altamente seletivo dos temas e da bibliografia faziam com que a
 aquisição do <i>status</i> de brasileiro culto se identificasse, na 
mente de cada estudante, com a absorção do estilo esquerdista de pensar,
 de sentir e de ser – na verdade, nada mais que um conjunto de cacoetes 
mentais.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          O trabalho dos professores-doutrinadores
 era complementado pela grande mídia, que, então já amplamente dominada 
por ativistas e simpatizantes de esquerda, envolvia os intelectuais e 
artistas de sua preferência ideológica numa aura de prestígio sublime, 
ao mesmo tempo que jogava na lata de lixo do esquecimento os escritores e
 pensadores considerados inconvenientes, exceto quando podia explorá-los
 como exceções que por sua própria raridade e exotismo confirmavam a 
regra.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          Criada e mantida pelas universidades, 
pelo movimento editorial e pela mídia impressa, a atmosfera de 
imbecilização ideológica era, por assim dizer, um produto de luxo, só 
acessível às classes média e alta, deixando intacta a massa popular.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          A partir dos anos 80, a elite 
esquerdista tomou posse da educação pública, aí introduzindo o sistema 
de alfabetização “socioconstrutivista”, concebido por pedagogos 
esquerdistas como Emilia Ferrero, Lev Vigotsky e Paulo Freire para 
implantar na mente infantil as estruturas cognitivas aptas a preparar o 
desenvolvimento mais ou menos espontâneo de uma cosmovisão socialista, 
praticamente sem necessidade de “doutrinação” explícita.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          Do ponto de vista do aprendizado, do 
rendimento escolar dos alunos, e sobretudo da alfabetização, os 
resultados foram catastróficos.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          Não há espaço aqui para explicar a coisa
 toda, mas, em resumidas contas, é o seguinte. Todo idioma compõe-se de 
uma parte mais ou menos fechada, estável e mecânica – o alfabeto, a 
ortografia, a lista de fonemas e suas combinações, as regras básicas da 
morfologia e da sintaxe -- e de uma parte aberta, movente e fluida: o 
universo inteiro dos significados, dos valores, das nuances e das 
intenções de discurso. A primeira aprende-se eminentemente por 
memorização e exercícios repetitivos. A segunda, pelo 
auto-enriquecimento intelectual permanente, pelo acesso aos bens de alta
 cultura, pelo uso da inteligência comparativa, crítica e analítica e, <i>last not least</i>,
 pelo exercício das habilidades pessoais de comunicação e expressão. Sem
 o domínio adequado da primeira parte, é impossível orientar-se na 
segunda. Seria como saltar e dançar antes de ter aprendido a andar. É 
exatamente essa inversão que o socio
 construtivismo impõe aos alunos, pretendendo que participem ativamente –
 e até criativamente – do “universo da cultura” antes de ter os 
instrumentos de base necessários à articulação verbal de seus 
pensamentos, percepções e estados interiores.</span></p>
<p><span lang="PT-BR">          O socioconstrutivismo mistura a 
alfabetização com a aquisição de conteúdos, com a socialização e até com
 o exercício da reflexão crítica, tornando o processo enormemente 
complicado e, no caminho, negligenciando a aquisição das habilidades 
fonético-silábicas elementares  sem as quais ninguém pode chegar a um 
domínio suficiente da linguagem.       </span></p>
<p><span lang="PT-BR">           O produto dessa monstruosidade 
pedagógica são estudantes que chegam ao mestrado e ao doutorado sem 
conhecimentos mínimos de ortografia e com uma reduzida capacidade de 
articular experiência e linguagem. Na universidade aprendem a macaquear o
 jargão de uma ou várias especialidades acadêmicas que, na falta de um 
domínio razoável da língua geral e literária, compreendem de maneira 
coisificada, quase fetichista, permanecendo quase sempre insensíveis às 
nuances de sentido e incapazes de apreender, na prática, a diferença 
entre um conceito e uma figura de linguagem. Em geral não têm sequer o 
senso da “forma”, seja no que lêem, seja no que escrevem.</span></p>
<span lang="PT-BR">          Aplicado em escala nacional, o 
socioconstrutivismo resultou numa espetacular democratização da inépcia,
 que hoje se distribui mais ou menos equitativamente entre todos os 
jovens brasileiros estudantes ou diplomados, sem distinções de credo ou 
de ideologia. O novo imbecil coletivo, ao contrário do antigo, não tem 
carteirinha de partido. </span><br><font style="font-style:italic"><span style="font-family:times new roman,new york,times,serif"><br></span></font><br><br></td></tr></tbody></table></div></td></tr></tbody></table><br>________________________________________________<br>

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