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MANNIS; ANPPOM-L<br><b>Assunto:</b> Re: [ANPPOM-Lista] RES: Polarização das áreas do conhecimento na Universidade<o:p></o:p></span></p></div><p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p><div><div><p class=MsoNormal><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Caro prof. Mannis,</span><o:p></o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Vejamos:</span><o:p></o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><i><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'><o:p> </o:p></span></i></p></div><p class=MsoNormal><i><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Se sabemos exercitar, treinar e educar a invenção de artistas...</span></i><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> será?</span><o:p></o:p></p><div><p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><i><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>...poderíamos também aplicar isso para físicos, médicos, engenheiros e advogados. </span></i><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Certamente! Mas qual a razão de ainda não ter se realizado esse projeto interdisciplinar que beneficiaria a todas as áreas?</span><o:p></o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Seja como for, a FGV já se antecipou nesse aspecto. O GVcult, núcleo recente dessa instituição do qual faço parte do <i>board</i>, cansou de esperar os treinadores e educadores de artistas descerem do olimpo para explicar a sistematização aplicada ao desenvolvimento criativo<i>. </i>O núcleo já trabalha com esse tema em aulas e está expandindo para a pesquisa acadêmica interdisciplinar com outras áreas do conhecimento. Interessante notar que os primeiros treinadores acadêmicos escolhidos e contatados pelo núcleo são os que apresentam também uma grande produção artística. A turma do lado esquerdo do cérebro está disposta a aprender como apreciar antes de ser treinada para criar. Percebo que há pouca movimentação dos treinadores e educadores de artistas nesta direção.</span><o:p></o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Abraços,</span><o:p></o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>MC</span><o:p></o:p></p></div><div><p class=MsoNormal><span style='font-size:11.5pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'><a href="http://www.coelho-music.com">www.coelho-music.com</a></span><o:p></o:p></p></div></div><div><p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'><o:p> </o:p></p><div><p class=MsoNormal>Em 28 de dezembro de 2012 14:35, Daniel Lemos <<a href="mailto:dal_lemos@yahoo.com.br" target="_blank">dal_lemos@yahoo.com.br</a>> escreveu:<o:p></o:p></p><table class=MsoNormalTable border=0 cellspacing=0 cellpadding=0><tr><td valign=top style='padding:0cm 0cm 0cm 0cm'><p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'><br>Caro prof. Mannis,<br><br>Realmente, se tivéssemos o poder de mudar a escuta da sociedade assim tão imediatamente, seria tudo ótimo né... mas este é um trabalho a longo prazo pra Educação Musical. Torço para que tudo dê certo!<br><br>Entendo a questão da potencialidade do fazer artístico e de seus benefícios para outras áreas do conhecimento, mas como tu mesmo disseste, somos procurados somente por motivos de entretenimento. É justamente dentro da Universidade que isso não pode acontecer, pois estamos nela e aí sim temos possibilidade de mudar esta concepção. É certo de ser um caminho difícil, mas a partir da Universidade, espera-se que os reflexos sejam sentidos na sociedade.<br><br>Acredito que o problema central é o desrespeito com que é tratado o artista e seu trabalho. Como tu mesmo disseste, observa-se um profundo desconhecimento sobre Arte nas elites contemporâneas, e mesmo assim, não há a preocupação de chamar um especialista da área para participar de decisões importantes da administração pública. Agora, se forem construir uma ponte, chamam um engenheiro; se há alguma enfermidade, chamam um médico...<br><br>Música é igual a futebol: todo mundo pensa que sabe, mas são poucos aqueles que conhecem de fato a realidade do profissional.<br><br>Abraço,<o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Tahoma","sans-serif"'>Daniel Lemos Cerqueira<o:p></o:p></span></p><p><span style='font-family:"Tahoma","sans-serif"'>Coordenador do Curso de Música<o:p></o:p></span></p><p><span style='font-family:"Tahoma","sans-serif"'>Membro da Comissão Permanente de Vestibular<o:p></o:p></span></p><p><span style='font-family:"Tahoma","sans-serif"'>Universidade Federal do Maranhão (UFMA)<o:p></o:p></span></p><p class=MsoNormal><span style='color:black'><a href="http://musica.ufma.br" target="_blank"><b><span style='font-family:"Tahoma","sans-serif"'>http://musica.ufma.br</span></b></a></span><br><br><br>--- Em <b>sex, 28/12/12, <a href="mailto:jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a> <i><<a href="mailto:jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a>></i></b> escreveu:<o:p></o:p></p><p class=MsoNormal><br>De: <a href="mailto:jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a> <<a href="mailto:jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a>><br>Assunto: RES: [ANPPOM-Lista] Polarização das áreas do conhecimento na Universidade<br>Para: "'Daniel Lemos'" <<a href="mailto:dal_lemos@yahoo.com.br" target="_blank">dal_lemos@yahoo.com.br</a>>, <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank">anppom-l@iar.unicamp.br</a><br>Data: Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2012, 12:55<o:p></o:p></p><div><div><p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'><o:p> </o:p></p><div><div><div><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Prezado Daniel Cerqueira,</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Não tive a pretensão de desejar que a comunidade acadêmica ou a sociedade tivessem mais apreço pelo fazer musical desalinhado da industria cultural de massa, o que implicaria numa mudança de escuta e de analise do que estão ouvindo.</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Mesmo se me espanta muito o nível de desinformação de algumas elites superiores universitárias... </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><i><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>(Se fizéssemos uma avaliação do conhecimento musical de nossa administração superior universitária e mesmo da administração superior cultural (secretarias, ministério, agências, órgão de fomento...) me pergunto quanto poderiam distinguir um excerto musical Barroco de um Romântico, ou dizer o que sabem sobre um Xote ou uma Guarânia. )</span></i><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>... o que busquei focar não era isso.</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Mas sobretudo, como os campos do saber se entrelaçam e a estrutura da totalidade se permeia entre as áreas que (desde Aristóteles) se consolidaram e que neste momento estejam estranguladas de tanto esticadas, retorcidas e deformadas. </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Um dos aspectos dessa estrutura comunicante entre campos do saber é o da criatividade como heurística aplicada. Nas unidades universitárias, a área de Artes trabalha intensamente a criatividade de forma sistemática. Temos desenvolvido métodos, estratégias, procedimentos através de uma infinidade de abordagens para ter algum domínio sobre o processo para se chegar ao Achado (Eureka).</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Se sabemos exercitar, treinar e educar a invenção de artistas, poderíamos também aplicar isso para físicos, médicos, engenheiros e advogados. </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Esse potencial ainda não foi percebido pela comunidade acadêmica, que acaba se lembrando de seu instituto de artes para demandas do entretenimento, por exemplo quando precisa de uma agrupação musical para uma inauguração ou uma comemoração ou ir a um espetáculo para relaxar a cabeça após um dia intenso de trabalho.</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>A maneira e a sistemática que adotamos para resolver problemas criativos são solução para muitas buscas das outras áreas.</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Mas para que isto apareça e aconteça, é necessário, antes de tudo, que nós possamos acreditar em nós mesmos e termos a coragem e a determinação de bancar nossa posição e acreditarmos em nosso taco.</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Abraços</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'>Mannis</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-size:11.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif";color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><div style='border:none;border-top:solid #B5C4DF 1.0pt;padding:3.0pt 0cm 0cm 0cm'><p><b><span style='font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma","sans-serif"'>De:</span></b><span style='font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma","sans-serif"'> <a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank">anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a> [mailto:<a href="mailto:anppom-l-bounces@iar.unicamp.br" target="_blank">anppom-l-bounces@iar.unicamp.br</a>] <b>Em nome de </b>Daniel Lemos<br><b>Enviada em:</b> quinta-feira, 27 de dezembro de 2012 14:47<br><b>Para:</b> <a href="mailto:anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank">anppom-l@iar.unicamp.br</a><br><b>Assunto:</b> [ANPPOM-Lista] Polarização das áreas do conhecimento na Universidade</span><o:p></o:p></p></div><p> <o:p></o:p></p><table class=MsoNormalTable border=0 cellspacing=0 cellpadding=0><tr><td valign=top style='padding:0cm 0cm 0cm 0cm'><p style='margin-bottom:12.0pt'><br>Caros colegas,<br><br>O prof. José Mannis tocou em outro assunto muito importante para discussão: a valorização de áreas do conhecimento específicas dentro da Universidade.<br><br>Já basta a supervalorização que a sociedade brasileira dá pra áreas como Medicina, Engenharia e Direito; a Universidade tem (ou deveria ter) o papel transformador de reforçar a importância de cada área e dar o exemplo à sociedade. Mas ao invés disso, vê-se que ela é na verdade uma mera reprodução das práticas que já existem.<br><br>As áreas de Artes então, estas são sempre o "patinho feio": só dão gastos e sua produção não visa à aplicação imediata em massa. Não existe nenhum tipo de incentivo à produção artística se ela não estiver vinculada ou adequada a projetos de pesquisa ou extensão (creio que deveria haver um tipo de projeto específico voltado à produção artística, legalmente institucionalizado). E fora da Universidade, a produção artística tem que se adequar aos padrões de mercado, com nossas geniais "Leis de <b>Incentivo</b>" (ou seja: os artistas não merecem uma política cultural digna; tem de viver de "incentivo" ou caridade das empresas). Se não houver resistência, daqui a 50 anos o país será feito de Micheis Teló e de "estudiosos acadêmicos da Música".<br><br> Tem um ditado que um de nossos alunos criou, sabiamente: "a sociedade pensa que o músico é uma prostituta: tem que viver para dar prazer aos outros".<o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Tahoma","sans-serif"'>Daniel Cerqueira</span><o:p></o:p></p><p><a href="http://musica.ufma.br" target="_blank"><b><span style='font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma","sans-serif"'>http://musica.ufma.br</span></b></a><span style='font-size:10.0pt'><br></span><br><br>--- Em <b>qua, 26/12/12, <a href="http://mc/compose?to=jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a> <i><<a href="http://mc/compose?to=jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a>></i></b> escreveu:<o:p></o:p></p><p style='margin-bottom:12.0pt'><br>De: <a href="http://mc/compose?to=jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a> <<a href="http://mc/compose?to=jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a>><br>Assunto: [ANPPOM-Lista] Posição de docentes quanto às politicas de cotas<br>Para: "'ANPPOM'" <<a href="http://mc/compose?to=anppom-l@iar.unicamp.br" target="_blank">anppom-l@iar.unicamp.br</a>><br>Data: Quarta-feira, 26 de Dezembro de 2012, 15:26<o:p></o:p></p><div><div><div><p><span style='color:#1F497D'> </span><o:p></o:p></p><div><div style='border:none;border-top:solid #B5C4DF 1.0pt;padding:3.0pt 0cm 0cm 0cm'><p><span style='font-size:10.0pt;font-family:"Tahoma","sans-serif"'> </span><o:p></o:p></p></div></div><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>O editorial desta data (26/12/2012)</span><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#1F497D;background:white'> </span><span style='font-family:"Georgia","serif";background:white'>OESP<span style='color:#464646'>, especificamente “Cotas nas universidades paulistas”, cita posição de colegiados e de ‘vários docentes’ das universidades estaduais paulistas de uma maneira que me causou estranhamento. </span></span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>Cito excerto: <i>“.../ Historicamente, os órgãos colegiados da USP, Unicamp e Unesp sempre foram contrários à adoção de políticas de cotas nos vestibulares, alegando que elas distorcem os resultados dos exames, comprometem o princípio de mérito e colocam em salas de aula alunos despreparados.</i></span><i> Vários docentes receberam com reservas esse programa de inclusão social. Serão decisivas as reuniões das congregações das faculdades mais importantes, como as de Medicina, Direito e Engenharia. /...”</i><o:p></o:p></p><p><i> </i><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>Sou membro de vários colegiados em minha universidade, em vários niveis, e tenho claro em minha memória que em todas as oportunidades em que ocorreu a discussão a respeito de cotas para ingresso na universidade, o principal motivo de questionamento era o de estar implementando um procedimento para remediar um problema sem sanar sua causa. ‘Colocar alunos despreparados em salas de aula’ é uma das consequências disso, mas não algo a ser observado e tratado em si e de forma restrita, senão visto num contexto amplo diante de uma situação complexa. </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>‘Comprometer o princípio de mérito’ e ‘distorcer os resultados do exame de vestibular’ são alegações que podem até ter ocorrido, mas são irrelevantes em relação ao eixo de pensamento, uma vez que o cerne da questão, sempre bem aceito por todos, era ‘buscar uma solução para combater uma desigualdade e uma injustiça’. </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>Em todos os debates foi unânime a aprovação de que uma educação fortalecida pela revitalização das escolas públicas nos níveis fundamental e médio teria um impacto marcante e decisivo sobre essa exclusão que se busca combater. Sempre perguntamos onde está o compromisso do estado (em nível federal, estadual e municipal) que deveria cumprir as metas estabelecidas quanto ao percentual orçamentário dedicado à educação. Se fossem de fato cumpridos, de forma responsável e eficiente, a desigualdade não estaria na situação em que se encontra atualmente.</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>O que os colegiados e os membros da comunidade acadêmica desejam, não é que a prova seletiva que elaboram seja aplicada exibindo sua elegância e a consistência de seus métodos. O que zelamos sempre em nosso método de trabalho é que antes de adotar e aplicar um procedimento, este deve ser suficiente e consistentemente testado e validado. Em políticas públicas esse rigor seria uma prevenção para que, com o tempo, grandes soluções anunciadas com alarde não se revelem ineficientes, senão inócuas.</span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>Se temos alunos na sala de aula com dois níveis de preparação distintos, isso poderia até ser trabalhado. Temos condições e potencial criativo para encontrar soluções. Mas não queremos sair precipitadamente empurrando o caminhão, antes de ter certeza de que o motor dele de fato não pode funcionar, ou que pelo menos o freio de mão seja solto. Queremos que, antes disso, as obrigações do estado (Federação, Estado e Município) sejam cumpridas. No costume dos índios, o cacique era o primeiro a se levantar e a realizar a tarefa árdua que ninguém queria fazer. Depois dele, todos se erguiam e se punham a trabalhar. </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>Por outro lado, como docente e pesquisador, nunca ousaria dizer que uma área do conhecimento pudesse ser mais importante do que outra. Simplesmente porque o universo, com sua estrutura e seus fenômenos, segue seu curso normal, independentemente da taxonomia que os homens inventaram para vê- lo, entendê-lo e explicá-lo, da mesma forma como aves, mamíferos, anfíbios, insetos, plantas e demais formas de vida seguem vivendo, se reproduzindo e evoluindo à revelia das frequentes e rápidas variações das classificações que lhes aplicam. </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'> </span><o:p></o:p></p><p><span style='font-family:"Georgia","serif";color:#464646;background:white'>José Augusto Mannis (docente Instituto de Artes, Depto. de Música, Unicamp)</span><o:p></o:p></p><p> <o:p></o:p></p><p> <o:p></o:p></p><p> <o:p></o:p></p><p> <o:p></o:p></p><p> <o:p></o:p></p><p>_____________________________________<o:p></o:p></p><p> <o:p></o:p></p><p>Prof. Dr. José Augusto Mannis<o:p></o:p></p><p>Universidade Estadual de Campinas - Unicamp<o:p></o:p></p><p>Instituto de Artes<o:p></o:p></p><p>Depto. de Música<o:p></o:p></p><p><a href="http://mc/compose?to=jamannis@uol.com.br" target="_blank">jamannis@uol.com.br</a><o:p></o:p></p><p><a href="tel:%2B55%20%2819%29%208116-3160" target="_blank">+55 (19) 8116-3160</a> <o:p></o:p></p><p>RID: B-9522-2012<o:p></o:p></p><p>ORCID: 0000-0002-9484-5674<o:p></o:p></p><p> <o:p></o:p></p></div></div></div><p style='margin-bottom:12.0pt'><br>-----Anexo incorporado-----<o:p></o:p></p><div><p>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________<o:p></o:p></p></div></td></tr></table><p><span style='font-size:10.0pt;font-family:"Calibri","sans-serif"'> </span><o:p></o:p></p></div></div></div></div></div></td></tr></table><p class=MsoNormal><br>________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________<o:p></o:p></p></div><p class=MsoNormal><br><br clear=all><o:p></o:p></p><div><p class=MsoNormal><o:p> </o:p></p></div><p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'>-- <br>Marcelo Coelho<br><a href="http://www.coelho-music.com">www.coelho-music.com</a><o:p></o:p></p></div></div></body></html>