Parabéns, Sílvio. Pôs a questão em ótimas palavras. <br><br clear="all"><div>Abraços,<br>Alvaro Henrique<br><a href="http://www.alvarohenrique.com" target="_blank">www.alvarohenrique.com</a><br>----<br><a href="http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=44Kf0yBMgKU</a> <br>
</div>
<br><br><div class="gmail_quote">Em 30 de janeiro de 2013 11:04,  <span dir="ltr"><<a href="mailto:silvioferrazmello@uol.com.br" target="_blank">silvioferrazmello@uol.com.br</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
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Caros Lucas e colegas,<br>
<br>
A proposta da UFBA é bastante interessante, e tem de ser parabenizada.<br>
Porém ela dá a volta sem resolver um problema fundamental: a contínua separação entre performance, criação e reflexão conceitual (ou teórica).<br>
Tanto a produção composicional e de performance devem ser consideradas produções acadêmicas (aquelas que se dão na academia), não se distinguindo da conceitual, nem sendo complementares umas às outras.<br>
Uma tese em matemática pode ter 10 linhas introdutórias e 100 páginas de cálculo, que apenas os matemáticos entendem, por que uma tese em música não pode ter 10 linhas introdutórias e 100 páginas de partitura ou 2 horas de gravação, que só os músicos entendem?<br>

Por que a música, pelo seu flerte com as ciências humanas, tem de se submeter a mecanismos intelectuais do século XIX?<br>
<br>
Por que não podemos assumir a posição de uma ciência a parte, um real estética (ciência do sensível) e com isto reservar lugar digno para a produção do musicólogo (esta conceitual ou história) e para a produção musical (em teses e dissertações focadas em suas práticas, nas quais os textos não necessariamente se constituam em trabalhos conceituais ou teóricos).<br>

Claro que o texto clarifica uma proposta, ele introduz, apresenta uma proposta composicional ou de performance, mas ele não pode ser o único resultado esperado deixando à prática o lugar de campo de experimentação.<br>
<br>
Mas de qq maneira, parabenizo a iniciativa, pois já coloca a prática em algum lugar na produção acadêmica.<br>
Apenas pergunto se já não estaria na hora de assumirmos nossas produções musicais em sua íntegra.<br>
Se não formos nós a fazer tal mudança, sem dúvida ela não será feita pelo departamento de engenharia elétrica.<br>
<br>
abs<br>
Silvio Ferraz<br>
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