<table cellspacing="0" cellpadding="0" border="0" ><tr><td valign="top" style="font: inherit;">Carlos, <br><br>   Não pedi exeguese, pedi sua opinião. Gracinhas todo mundo aqui sabe fazer. Não era necessário misturar tartarugas se acasalando ao som de Richard Clayderman para manifestar suas discordâncias, bastava ter se pronunciado contra o texto. Você tem, aliás, contribuições importantes, não fosse seu ceticismo destrutivo.<br>   Considerar como uma notícia secundária, que deve ser desconsiderada a veiculação na grande mídia de uma decisão judicial que exclui áreas de pesquisa de um programa de fomento me parece precipitado. Principalmente se pensarmos nos termos do editorial, cujo link foi enviado. Mas isto também está sujeito a contestações.<br>   De qualquer forma, o texto era um esboço a ser elaborado coletivamente, para que fosse representativo por quem achasse pertinente uma manifestação da
 ANPPOM. Se não fosse considerado pertinente, o que parece ser sua opinião, que se abandonasse a iniciativa da Associação e que cada um fizesse sua própria nota de desagravo ou apoio. Alguns membros desta lista propuseram uma discussão preliminar, embora fizesse parte dessa discussão a necessidade de uma decisão algo rápida. Daí as imprecisões nos termos e direcionamentos de que você falou. Para determiná-los, seria necessário uma manifestação coletiva. Isso foi reiterado todas as vezes em que o texto foi encaminhado. Mas você o "corrigiu" como se fosse uma tese acabada, tomando conceitos que permanecem ainda em discussão em qualquer área como estáveis e resolvidos. E, pior, ignorados por quem teve iniciativa de se manifestar.<br>   Isso ofende a inteligencia dos que pensaram haver propósito na iniciativa, além de denotar sua arrogância em julgar como "estáveis" definições profissionais e acadêmicas apesar das pessoas
 que pensam de maneira diferente. Este é um ambiente plural, é normal haver divergências, inclusive quanto aos lugares que as atividades artísticas e científicas podem ou devem ocupar, na universidade.<br>     Por último, o referido constrangimento "contra" a diretoria e contra você (engraçado, não me lembro de ninguém te pedindo para assinar documento algum): a presidência foi chamada a se pronunciar simplesmente porque não tem cabimento que nos manifestemos em nome da ANPPOM sem uma posição expressa dela. Eu reforcei esse ponto. É direito de todos aqui dizer o que pensam (imagino), inclusive para que a iniciativa seja abandonada. Mas a sua manifestação simplesmente escarnece pessoas, que ocuparam suas vidas de trabalho para pensar o que pensam, exatamente como você.<br>     Sua arrogância é deplorável, mas a sua posição é absolutamente respeitável. O lugar de onde você fala me parece
 bastante claro.<br><br>Saudações cordiais, <br><br>Luciano Morais<br><br><br><br>--- Em <b>sex, 15/2/13, Carlos Palombini <i><cpalombini@gmail.com></i></b> escreveu:<br><blockquote style="border-left: 2px solid rgb(16, 16, 255); margin-left: 5px; padding-left: 5px;"><br>De: Carlos Palombini <cpalombini@gmail.com><br>Assunto: Re: [ANPPOM-Lista] a função científica da música<br>Para: anppom-l@iar.unicamp.br<br>Data: Sexta-feira, 15 de Fevereiro de 2013, 6:13<br><br><div id="yiv1483775665">Você deseja realmente que eu faça a exegese desse <i>opus magnum</i>?<br><br>Para começar, parece que quem o escreveu tem problemas de autodefinição: o manifesto não é nem da Anppom nem contra ela, tampouco é de membros da Associação ou de seus dissidentes, mas "da comunidade acadêmica ligada à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música – ANPPOM – Artes e Humanidades". E ainda é necessário reforçar "Artes e
 Humanidades", para deixar bem claro que, sim, "estamos ligados ao grupo que está ligado ao CNPq".<br>
<br>Para terminar, se quem o escreveu não sabe muito bem de onde fala, se o documento é porta-voz dos que "estão ligados aos que estão ligados", fica claro também que não se sabe a quem se dirige, ao que tudo indica, ele vai de si para si: "ao












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        {}--></style> jornal OESP, à Comunidade: ANPPOM, professores, estudantes de artes, filosofia e a quem mais possa interessar." O que vem depois dos dois pontos é para especificar a "comunidade" a quem se dirige? Ou é para especificar de onde ele vem? E no segundo caso, ele vem da Anppom e de "quem mais possa interessar"? E se é este o caso, por que eu, que não contribuí uma linha sequer e a quem ele não interessa, sou constrangido a ter meu nome incluído entre seus autores, como sou constrangido a explicar o que quero dizer com o óbvio, do mesmo modo que a diretoria da Anppom é constrangida a assiná-lo?<br>
<br>O primeiro parágrafo já deixa bem claro seu caráter de pseudo-pesquisa: ele parte de um texto mais que secundário, um editorial de grande mídia, cita a palavra de um ministro na voz de um órgão manifestamente oposto a seu partido, e cita decisões judiciais de fonte secundária ou terciária. Claramente, não é para levar a sério.<br>
<br>O segundo parágrafo contém a frase célebre: "se a ciência começa com a percepção sensorial, observações, medições, experimentações e hipóteses, e termina no conhecimento intelectual como um todo." A frase está evidentemente mal construída, pois esse "se" faz esperar uma consequência que não vem. Mas não é este o problema, o problema é uma frase de estudante de escola primária sobre a ciência experimental utilizada para propor a expansão do conceito de ciência, e dar um jeito de inserir a música ali, seja no lugar onde a ciência começa, seja no lugar onde ela termina. <br>
<br>O terceiro parágrafo está ali para substituir qualquer argumento efetivo em prol da inclusão da música no programa. Se os autores não sabem quem são nem a quem se dirigem, fica claro também que não são capazes de citar um único trabalho dos colegas aos quais estão "ligados" que lhes sirva de argumento. O quinto parágrafo dá um jeito nisso: a música é importante e é ciência porque nunca se sabe a importância que possa ter tido para dois ou três cientistas. Pela mesma lógica, se poderia justificar o caráter filosófico do peido de Wittgenstein.<br>
<br>Sem mais, saudações cordiais<br><br>carlos palombini<br><div><a rel="nofollow" target="_blank" href="http://www.researcherid.com/rid/F-7345-2011">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br><span>"Ici je ne tiens à charmer personne." (Paul Valéry)</span><br>
<div></div><div></div><div><br></div></div>
<div style="" id="yiv1483775665__af745f8f43-e961-4b88-8424-80b67790c964__"></div>
</div><br>-----Anexo incorporado-----<br><br><div class="plainMail">________________________________________________<br>Lista de discussões ANPPOM<br><a href="http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l" target="_blank">http://iar.unicamp.br/mailman/listinfo/anppom-l</a><br>________________________________________________</div></blockquote></td></tr></table>