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<br><div class="date-view" id="date-view"> <div class="EJENEA00304"> <span id="dataHTML">
04/06/2013 00:30:00
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<div class="noticia-header"> <h1 id="noticia-titulo">Fraude para inflar visualizações de clipes cai como bomba no meio musical</h1>
<h2 id="noticia-olho">Esquema denunciado pelo DIA mostra que sites nacionais e internacionais vendem centenas de cliques por uma bagatela</h2>
<div class="barra-superior" id="barra-superior"> <div class="EJENEE00404"> <span> <span id="authors-box">
<strong>Leandro Souto Maior</strong>
e <strong>Ricardo Schott</strong>
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<strong class="complemento-credito"></strong>
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<div id="noticia" class="noticia">
<p class=" ">Rio - Esquema tecnológico usado para
fraudar número de visualizações de vídeos no YouTube — através de
acessos reais e não gerados por ferramenta automática — foi denunciado
ontem pelo colunista Leo Dias no DIA. Na reportagem, empresário
conhecido no meio musical como Magalhães disse ser o responsável por
fenômenos da internet, como clipes de artistas populares do sertanejo,
entre eles Gusttavo Lima, Luan Santana, Munhoz & Mariano e Gabriel
Gava, e afirmou que tentava “falar com o escritório do Naldo”.</p>
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<img src="http://ejesa.statig.com.br/bancodeimagens/06/ig/o9/06igo9o9j5wm7js8w4c1shfkm.jpg">
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<div class="legenda">Luan
Santana, Gusttavo Lima, entre outros, foram citados como artistas que
tiveram visualizações infladas por um esquema que vende até comentários
em redes sociais. Eles </div>
<cite> Foto: <span>Divulgação</span>
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<p>Procurada pelo jornal, a Som Livre, gravadora dos
artistas citados, disse que não poderia esclarecer informações sobre as
supostas fraudes dentro do prazo de fechamento desta edição. Já o
delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática
(DRCI), Gilson Perdigão, irá analisar o caso e verificar se a situação
constitui fraude.</p>
<p>Numa rápida busca no Google, é possível encontrar
sites que oferecem o serviço de venda de ‘views’. Já o YouTube informou
que o canal está sempre preocupado em evitar abusos contra seu sistema e
“usa diversas tecnologias para prevenir aumento artificial de
visualizações por spambots, malware e qualquer outro programa” (veja nas
páginas 6 e 7 como funcionam).</p>
<p>Responsável pelas redes sociais de Luan Santana,
um dos astros apontados como consumidor do serviço, Juliana Thomé diz
que não conhece o especialista identificado como Magalhães, que
comandaria o esquema. Thomé afirma que o sucesso de Luan é real: “Uma
vez uma pessoa ofereceu um recurso desses e a gente não aceitou. A gente
sabe que o público do Luan é muito forte e muito natural, nem tem por
que cogitar esse tipo de serviço. Existem, sim, mecanismos que aumentam
as visualizações e esse cara parece que sabe bem do que fala, quando
cita que são visitas diferentes, que consegue acessos de mobiles... Mas
qualquer pessoa pode ver como o Luan mobiliza a internet”.</p>
<p>Dos artistas citados por Magalhães, que afirmou
cobrar R$ 7,5 mil a cada 1 milhão de visualizações no YouTube, o mais
indignado é Luan Santana: “Coloco os meus canais da internet para
auditoria, que possa provar que a verdade é o que sustenta uma história,
uma carreira, cujo sucesso é assinado junto com o público”.</p>
<p>Em gravação, o empresário ouvido por Leo Dias
contou ainda que tenta falar com Naldo e entrar no mundo do funk, mas
ainda não havia conseguido. Ele afirmou que poderia ganhar qualquer
premiação que angarie votos populares via internet. “Hoje consigo ganhar
o prêmio Multishow com qualquer artista”, disse.</p>
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<img src="http://ejesa.statig.com.br/bancodeimagens/df/n4/ec/dfn4ecd3k05yfuuu17rxq1p5n.jpg">
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<div class="legenda">Representantes de Naldo teriam sido procurados para receberem proposta semelhante</div>
<cite> Foto: <span>Divulgação</span>
</cite>
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<p class=" ">Gerente de produtos e negócios do canal
Multishow, Stella Amaral discorda: “A Globosat emprega em seus sites de
internet e processos de votação online práticas de segurança
compatíveis com o mercado. A votação popular é muito importante no
Prêmio Multishow, existe desde a primeira edição, e é baseada no
envolvimento e no engajamento dos fãs, que se mobilizam para eleger seus
artistas favoritos”.</p>
<p>Diretor de marketing de Naldo, Mario Portella já
espera a proposta com uma negativa. “Nunca nos propuseram isso. E não
adianta criar nenhum esquema baseado em fraudes. É possível criar fakes
na internet para bombar determinado artista, mas não tenho como provar”,
diz Portella, explicando que o trabalho realizado com seriedade envolve
contato diário com fãs-clubes. “Damos ferramentas para eles, fazemos
promoções, para que comecem a divulgar. Eles criam o ‘exército’ de fãs a
partir do momento em que os credenciamos como fãs-clubes oficiais. E um
dissemina as informações para o outro. É algo que não tem custo e é
espontâneo”, afirma.</p>
<p>Criador do aplicativo musical Plaay (uma espécie
de rede social de músicas), o programador João Pedro Motta conta que, no
Brasil, tal procedimento “serve mais para burlar o YouTube do que para
fazer realmente uma fraude. Nos Estados Unidos, eles usam robôs,
enquanto aqui são pessoas com vários perfis, muitos seguidores, que
ganham pouco por não saberem o verdadeiro preço de mercado disso”,
relata. “E também não sabem o peso da propaganda na internet. Muitas
vezes o que acontece é o link ser exibido até todo mundo enjoar. O
próprio artista sai perdendo”.</p>
<p>Newma Santiago, produtora da dupla Pepê &
Neném, diz que foi procurada recentemente por uma pessoa oferecendo um
serviço desses. “A ideia deles é pegar os artistas que estão precisando
bombar. Por isso, tem muita gente aí que não é famosa mas tem
visualizações à beça”, ressalta.</p>
<p>Também citada como cliente do esquema de
Magalhães, a dupla Munhoz & Mariano descarta tais fraudes. “Só
podemos pensar que isso se trata de uma brincadeira de mau gosto. Por
que razão um canal como o YouTube, conhecido no mundo inteiro por sua
credibilidade, seria suscetível a um tipo de ‘manobra’?”, disseram,
através de sua assessoria.</p>
<p>Pelo Twitter, o apresentador Danilo Gentili se
manifestou sobre os esquemas denunciados, dizendo que não são novidade:
“Sempre soube disso!”</p><p><a href="http://odia.ig.com.br/diversao/2013-06-04/fraude-para-inflar-visualizacoes-de-clipes-nas-redes-sociais-cai-como-bomba-no-meio-musical.html">http://odia.ig.com.br/diversao/2013-06-04/fraude-para-inflar-visualizacoes-de-clipes-nas-redes-sociais-cai-como-bomba-no-meio-musical.html</a><br>
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</div>-- <br><div>carlos palombini<br>pesquisador visitante, centro de letras e artes, unirio<br></div><a href="http://ufmg.academia.edu/CarlosPalombini" target="_blank">ufmg.academia.edu/CarlosPalombini</a><br>
<a href="http://proibidao.org" target="_blank">proibidao.org</a><br><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div>
<div style id="__af745f8f43-e961-4b88-8424-80b67790c964__"></div>